Ascensão de Thiago Monteiro impõe expectativa e pressão por resultados

DANIEL E. DE CASTRO

Se o ano de 2016 ficou marcado para Thiago Monteiro pela espetacular escalada no ranking (de 463º para 82º), 2017 surge como a temporada de afirmação para o cearense.

É importante que resultados como as quartas de final alcançadas em Buenos Aires e no Rio passem a fazer parte da rotina de Monteiro para que ele ganhe confiança e possa dar o próximo salto na carreira.

No mesmo palco, o atleta já viveu dois momentos distintos: a vitória sobre Tsonga no Aberto do Rio do ano passado, lembrada como o início da sua trajetória ascendente, e a derrota diante de Casper Ruud, nesta sexta (24), revés de difícil digestão.

Sem tirar os méritos do potente e agressivo norueguês de 18 anos, convidado da organização, o brasileiro errou demais e teve uma exibição bem abaixo da esperada pela (pequena) torcida no Jockey. A chance de enfrentar, no próprio país, o 208º do ranking nas quartas de um ATP 500 não aparece sempre.

Oportunidade desperdiçada, bola para frente. Na semana que vem, no Aberto do Brasil, o jovem de 22 anos terá mais uma chance de fazer boa campanha e continuar ganhando posições.

O cearense já mostrou que bate muito bem na bola e que tem o jogo mental como um dos seus trunfos. Vibrante, ele começa a ganhar fãs pelo país, mas ao mesmo tempo precisará se acostumar com a expectativa criada sobre os seus resultados.

Após Monteiro crescer vários anos em um, é normal que a evolução dele seja mais lenta, porém é importante que também seja constante.

A “rivalidade” com Thomaz Bellucci pela posição de número 1 do Brasil pode ser benéfica para ambos, à medida que diminui a pressão por resultados de um único tenista.

À pergunta “até onde pode chegar?” só cabe a ele responder.