Sensação do Aberto do Rio, norueguês vê fim do sonho de Carnaval

DANIEL E. DE CASTRO

Personagem da semana no Aberto do Rio, o norueguês Casper Ruud, 18, esteve perto de avançar à final da competição, mas parou no espanhol Pablo Carreño Busta em uma semifinal de três sets.

Atual número 208 do mundo, Ruud chegou a ter match-point a favor na segunda parcial, com 5 a 4 de vantagem. Até então, ele usava a sua direita calibrada para dominar o confronto e via a estratégia de jogar no limite do risco dar certo.

A torcida apoiava o norueguês, que antes do Rio nunca havia vencido um jogo de torneio ATP. Depois de Busta salvar o match-point, porém, a ordem do duelo se inverteu. O espanhol fez nove games seguidos e fechou com um pneu.

Em rápida entrevista, o norueguês afirmou que os sentimentos são dúbios. A vaga na decisão esteve muito perto, de forma que é impossível não se frustrar. Em contrapartida, quem imaginava que ele faria semifinal e sairia do torneio aplaudido na quadra central?

Sem ranking para entrar em torneios de grande porte, Ruud recebeu convite para o Rio. A empresa que administra a sua carreira é a mesma que organiza o torneio. Houve quem reclamasse, sob o argumento de que o privilégio deveria ser destinado apenas a brasileiros, mas agora não há como negar que foi um acerto.

Filho do ex-tenista Christian Ruud, que chegou a ser número 39 do ranking em 1995, o norueguês vem de um país sem tradição no esporte. Atualmente, ele treina na Espanha.

A expectativa sobre o jovem na temporada de saibro crescerá. A próxima parada dele ainda será em solo brasileiro, no Aberto do Brasil, em São Paulo, na próxima semana.

Na final deste domingo, às 17h, Busta enfrentará o austríaco Dominic Thiem, que derrotou o espanhol Albert Ramos-Vinolas por 2 sets a 0.