Thiem à brasileira leva troféu no Rio e ganha confiança após início de ano ruim

DANIEL E. DE CASTRO

Demorou, mas Dominic Thiem se apresentou para a temporada 2017. Após um início de ano abaixo do esperado, com cinco torneios e nenhuma semifinal ao menos, ele se aproveitou da chave aberta e das condições favoráveis ao seu jogo para triunfar com relativa facilidade no saibro carioca. Neste domingo (26), bateu o espanhol Pablo Carreño Busta por 2 sets a 0 (7/5 e 6/4).

Sem perder sets, Thiem fez uma semana digna de top 10. O número 8 do mundo não enfrentou nenhum adversário realmente perigoso (Tipsarevic, Lajovic, Schwartzman, Ramos-Vinolas e Carreño Busta), mas jogou com a autoridade que lhe cabia e mostrou estar com a direita e a esquerda em dia —pelo menos no saibro.

Com o calendário maluco que o austríaco impõe a si mesmo, o Rio foi o primeiro torneio no seu piso favorito. Agora ele terá uma sequência difícil na quadra dura: outro ATP 500, em Acapulco (onde defende título), e os Masters 1.000 de Indian Wells e de Miami.

Aos 23 anos e dono de oito títulos na carreira, o tenista chegou ao grupo dos dez primeiros do ranking na temporada passada. Agora ele busca entrar de vez para o time dos grandes da atualidade com uma conquista em Masters ou em Grand Slam.

Em entrevista após o título, Thiem afirmou que ganhou confiança com o resultado, mas reconheceu que as maratonas que faz no circuito (no ano passado disputou mais de 80 partidas) dificultam a sua preparação para os torneios.

Fã de futebol, o austríaco não pode ver jogos no Rio. Do Carnaval da cidade, ele levará apenas a impressão positiva da multidão de foliões nas ruas. O Brasil, no entanto, fez bem a Thiem. Além do chinelo de dedo nas entrevistas coletivas e da camiseta amarela com a inscrição “brazuca” nas costas que usou para receber o troféu, o tenista deixa o país com a moral renovada para a temporada.