Sequência terrível torna Milos Raonic o rei do WO

DANIEL E. DE CASTRO

Virou rotina para Milos Raonic desistir de partidas importantes por causa de lesões. Nos últimos nove torneios que disputou, o canadense perdeu quatro vezes por não estar apto para entrar em quadra.

Foram dois WOs no fim da temporada passada, nas semifinais do ATP 500 de Pequim e do Masters 1.000 de Paris, e outros dois neste início de ano, na final do ATP 250 de Delray Beach e na terceira rodada do Masters 1.000 de Miami.

As últimas três desistências foram causadas por lesão na coxa direita, problema que também o deixou de fora em Indian Wells.

A sequência de abandonos é preocupante e tira do tenista, atual número 5 do mundo, a chance de disputar as primeiras posições do ranking. Na próxima lista, ele certamente será ultrapassado por Roger Federer, mas pode ganhar a colocação de Kei Nishikori a depender da campanha do japonês.

“Está relacionado com a lesão anterior. É o mesmo músculo. Ficou progressivamente pior após a minha primeira rodada, depois de praticar ontem, e parecia que não seria possível para mim competir hoje sem me colocar em risco significativo”, afirmou o canadense.

Muito se falou sobre as reais condições físicas de Raonic para a disputa do torneio. Ele estaria forçando um retorno precoce para defender a campanha do ano passado, quando chegou às quartas de final? Fora de Indian Wells, já havia perdido os pontos do vice-campeonato de 2016.

Agora ele já admite ser mais cauteloso e não apressar a volta, quando precisará de boas campanhas no saibro para diminuir o prejuízo no ranking.

“A perspectiva vai mudar um pouco. Obviamente, o objetivo nestes torneios em quadras duras era que eu pudesse voltar assim que me sentisse pronto. Eu acho que essa perspectiva vai mudar para voltar quando eu sentir que estou 100%. Isso pode ser em duas semanas ou em um pouco mais”, disse.

É sempre uma pena quando problemas físicos limitam o potencial de algum atleta, o que cada vez mais parece ser o caso de Raonic.