Solitário, Novak Djokovic põe sua ‘terapia de choque’ à prova em Madri
Desespero? Gana de voltar ao topo do esporte? Desde que Novak Djokovic anunciou o rompimento com toda sua equipe técnica, na última sexta (5), várias teorias surgiram para tentar explicar o que levou o ex-número 1 a tomar essa radical decisão.
Nas palavras do sérvio, era necessário uma “terapia de choque” para recuperar os bons resultados. Dessa forma, o técnico Marián Vajda, que o acompanhava desde 2006, o preparador físico Gebhard Gritsch e o fisioterapeuta Miljan Amanovic não estão com o tenista em Madri.
Sem treinador fixo e acompanhado apenas do irmão e ex-jogador, Marko Djokovic, ele estreia no Masters na manhã desta quarta (10), contra o espanhol Nicolás Almagro (transmissão do SporTV 3 por volta das 8h30).
Será o primeiro teste para esse novo e, por enquanto, solitário Djokovic. Desde o seu primeiro título em Roland Garros, no ano passado, o sérvio teve uma queda brutal de desempenho. Por vezes pareceu desinteressado e sofreu derrotas surpreendentes, como para Sam Querrey em Wimbledon e para Denis Istomin no Aberto da Austrália.
De praticamente imbatível passou a ser um oponente derrotável. Nos últimos meses, perdeu duas vezes seguidas sem vencer set contra Nick Kyrgios e caiu diante de David Goffin em Monte Carlo. Não foram resultados vexatórios, mas anormais para o nível que o sérvio se acostumou a apresentar. No ranking deste ano, ele aparece apenas em 23º.
Após essa sequência negativa, é possível mesmo que ele esteja desesperado para ganhar um grande torneio novamente e dizer “eu voltei”. Também é elogiável a coragem para mexer completamente no time. No fim do ano passado, o número 2 do mundo já havia rompido com o alemão Boris Becker. Só quem permanece no time é o espanhol Pepe Imaz, apontado como guru e mentor espiritual do atleta.
Os próximos meses dirão se a escolha foi acertada. Djokovic defende os pontos dos títulos em Madri e Roland Garros, além do vice em Roma, mas diz que não há pressa para encontrar um novo treinador. Enquanto isso, o jornal britânico “The Telegraph” afirma que Andre Agassi é um nome cotado para o posto. O americano já disse, ao ser sondado para treinar Kyrgios, que não havia espaço na agenda. Porém uma mudança de ideia seria incrível para o circuito.
Só uma coisa é certa: a resposta para a pergunta “o que está acontecendo com Novak Djokovic?” segue no ar.