Liderança em jogo, rivalidade e aniversário duplo: saiba o que esperar das semifinais de Roland Garros

DANIEL E. DE CASTRO

A chuva deu trégua, e Roland Garros definiu nesta quarta (7) as três semifinais que faltavam nas chaves de simples. A promessa é de partidas bem interessantes, com muita coisa em jogo.

As mulheres já voltam a atuar nesta quinta, a partir das 10h. Jelena Ostapenko, única não cabeça de chave sobrevivente, enfrenta Timea Bacsinszky (30) em um jogo de aniversariantes, enquanto Simona Halep (3) duela com Karolina Pliskova (2) por uma vaga na final e pelo posto de número 1 do mundo.

A chave masculina, que tem as semis programadas para sexta (a programação ainda não foi divulgada), colocará frente a frente os dois melhores tenistas no saibro na atualidade: Rafael Nadal (4) x Dominic Thiem (6). O outro embate será entre Andy Murray (1) e Stan Wawrinka (3).

Leia abaixo a prévia dos confrontos e, se possível, não deixe de vê-los. A Bandsports transmite.

Pelo número 1

Das oito tenistas que chegaram às quartas de final, nenhuma tem um título de Grand Slam no currículo. Para a romena Simona Halep e a tcheca Karolina Pliskova, que já bateram na trave, essa é a oportunidade não só de conseguir o primeiro troféu, mas também de chegar à liderança do ranking. O cálculo é simples: Pliskova será número 1 do mundo se vencer a semi. Halep precisa de duas vitórias, portanto, do título.

A romena fazia uma campanha sem sustos até as quartas, diante da ucraniana Elina Svitolina, quando saiu de 1-5 no segundo set, salvou match-point e fechou o jogo no terceiro com direito a pneu. A tcheca, pouco cotada para triunfar no saibro, passou por dificuldades em uma chave sem grandes oponentes. Após vitória segura contra a francesa Caroline Garcia, ela precisará repetir a dose para desbancar o favoritismo de Halep.

Duelo de aniversariantes

A letã Jelena Ostapenko e a suíça Timea Bacsinszky completam 20 e 28 anos, respectivamente, nesta quinta (8). Um dos principais nomes da nova geração, Ostapenko nasceu no mesmo dia em que Guga conquistou seu primeiro título em Roland Garros.

Se o aniversário das duas coincide, o mesmo não se pode dizer do estilo de jogo. Enquanto a atleta da Letônia atua de forma agressiva e pode ser uma máquina de winners em um dia bom, a adversária da semifinal prefere trabalhar os pontos com habilidade e variações.

Nova rivalidade no saibro

Rafael Nadal e Dominic Thiem vêm criando uma nova rivalidade, na qual o primeiro leva vantagem no confronto direto por 4 a 2. Eles foram os dois melhores tenistas na temporada de saibro e ainda não perderam sets no torneio. O espanhol foi derrotado em apenas 22 games até agora (mesmo se excluir o jogo de quartas de final abandonado por Pablo Carreño Busta no segundo set, são apenas cinco games perdidos por partida).

Pelo histórico, Nadal, que busca seu décimo título, é muito favorito. Pelo momento, menos, mas continua sendo. O austríaco, porém, tem dois trunfos aos quais se apegar: foi o único a derrotar o rival no saibro este ano e vem de uma vitória espetacular sobre Novak Djokovic, com direito a pneu. Não acredito em finais antecipadas, mas certamente é uma semi com cara de decisão.

Sem alarde

Favoritos no seu lado da chave, mas sob a sombra de Nadal, Andy Murray e Stan Wawrinka disputarão uma vaga entre os finalistas. O suíço é outro que não perdeu sets, mesmo diante de rivais incômodos como Fabio Fognini, Gael Monfils e Marin Cilic. O britânico, por sua vez, foi ao quarto set em três confrontos, mas vem de uma boa sequência contra adversários que poderiam ter complicado mais: Del Potro, Karen Kachanov e Kei Nishikori.

Na semifinal do ano passado, deu Murray. Este ano, ele tenta finalmente engrenar na temporada, enquanto Wawrinka busca mais uma de suas façanhas em Grand Slams. Boas chances de cinco sets.