As incríveis coincidências entre Ostapenko, finalista de Roland Garros, e Guga

DANIEL E. DE CASTRO

Em 8 de junho de 1997, enquanto Gustavo Kuerten vencia Roland Garros pela primeira vez e fazia história, Jelena Ostapenko nascia em Riga, na Letônia.

Hoje, 20 anos depois, Guga recebia homenagens pela conquista em Paris enquanto a jovem tenista avançava à decisão do Grand Slam francês.

Com os mesmos 20 anos que o brasileiro tinha na época do título, Ostapenko já escreve um capítulo mágico na sua carreira.

Caso vença a final contra a romena Simona Halep, às 10h deste sábado (transmissão do Bandsports), ela repetirá Guga e alcançará seu primeiro grande troféu como profissional logo em um Grand Slam.

Outra coincidência, em caso de final feliz para a letã, é que, assim como o catarinense, ela não entrou como cabeça de chave do torneio. Guga estava em 66º do mundo antes de Roland Garros-1997. Ostapenko aparecia na 47ª posição do ranking.

Hoje, com a facilidade de acesso à informação e uma grande quantidade de jogos exibidos na TV, ficou mais simples conhecer jovens tenistas com potencial. Por isso, principalmente, a atleta da Letônia não choca o mundo como aconteceu naquela ocasião.

Ostapenko vem de três vitórias seguidas contra cabeças de chave: Samantha Stosur (23), Caroline Wozniacki (11) e Timea Bacsinszky (30). Durante o torneio, ela disputou quatro partidas de três sets e fez cinco dos seus seis jogos diante de adversárias mais bem ranqueadas.

Apesar de não esconder a frustração com os erros em quadra —faz careta e cara de choro—, impressiona como a jovem não deixou os jogos escaparem. Agressiva, ela disparou em média 41 winners por partida e cometeu 36 erros não forçados.

A título de curiosidade: Ostapenko teve que optar pelo tênis ou pela dança de salão na adolescência. Campeã juvenil de Wimbledon em 2014, ela escolheu a raquete, mas não deixou de praticar dança sempre que pode. Seu ritmo preferido, segundo esta divertida reportagem do “The New York Times”, é samba.