Desistência de Federer faz Nadal chegar ao número um de forma chocha
Ao desistir da disputa do Masters de Cincinnati, Roger Federer jogou um balde de água fria nas expectativas para o torneio. Era para ser a semana em que ele e Rafael Nadal travariam uma batalha jogo a jogo pela liderança do ranking. Agora, já se sabe que o espanhol voltará ao número um do mundo na próxima segunda (21) —posição que ocupou pela última vez em julho de 2014.
Ambos fazem uma temporada espetacular após retornarem de lesão. Até agora, porém, houve mais momentos de brilho individual do que choques diretos.
O suíço e o espanhol estiveram frente a frente três vezes neste ano: nas finais do Aberto da Austrália e de Miami e nas oitavas em Indian Wells. Depois do último confronto, Nadal foi soberano no saibro e Federer, na grama.
Um duelo em Cincinnati com o lugar no topo em jogo era tudo o que os fãs de tênis mais desejavam. Resta torcer para que a lesão nas costas, motivo da desistência do suíço, não o atrapalhe na disputa do Aberto dos EUA, que começa em 28 de agosto.
Com Novak Djokovic e Stan Wawrinka fora da temporada e Andy Murray às voltas com problema no quadril, Federer e Nadal carregam praticamente sozinhos a popularidade do tênis masculino.
Em 13 anos de rivalidade, eles nunca se enfrentaram no Slam americano. Mesmo que a liderança não esteja em disputa direta —prognósticos ainda dependem do desempenho do espanhol nesta semana—, um eventual confronto inédito em Nova York apagaria a decepção causada pelo retorno chocho de Nadal ao número um.
QUERO SER GRANDE
Além da dupla Fedal, quem pode se orgulhar da temporada que faz é Alexander Zverev. Terceiro colocado da corrida e campeão de dois Masters com vitórias sobre Djokovic e Federer, o alemão mudou de patamar. Mais que representante da nova geração, hoje ele faz parte da elite. É um dos favoritos nesta semana, se o físico permitir, e ao Aberto dos EUA, se a pouca experiência não pesar.