Melhores tenistas do ano fecham temporada maluca com nova disputa pelo número 1
Uma temporada incomum como foi a da WTA em 2017 pode ser vista pela ótica do copo meio cheio ou pela do copo meio vazio. Fico com a primeira opção.
Sem a concorrência de Serena Williams, 36, que se afastou das quadras após o título do Aberto da Austrália para dar à luz à primeira filha, três novas tenistas ganharam o carimbo de número 1 do ranking no currículo: Karolina Pliskova, Garbiñe Muguruza e Simona Halep.
Somados os reinados de Angelique Kerber e da própria Serena, que mesmo sem jogar voltou à liderança em 24 de abril e permaneceu por lá até 14 de maio —na época estava grávida de quatro meses—, o ano teve cinco líderes diferentes e sete trocas de posição, maior número desde 2002. A oitava pode ocorrer na próxima semana, em Cingapura (leia mais abaixo).
No cardápio de surpresas ainda constam duas campeãs inéditas de Grand Slam: a letã Jelena Ostapenko, 20, levou Roland Garros, e americana Sloane Stephens, 24, triunfou em Nova York.
Há quem veja mediocridade na ausência do domínio de uma ou duas jogadoras. Penso que assim é mais divertido. Claro que assistir à Serena em seus melhores dias é um deleite aos fãs de tênis. Foi assim na decisão de veteranas em Melbourne contra Venus, 37, que também acabou com o vice em Wimbledon.
Mas é sempre bom que haja gente jovem —ou nem tanto— para renovar as expectativas. Halep, 26, Pliskova, 25, e Muguruza, 24, têm bons anos pela frente para disputar o concorrido lugar no topo.
Caroline Wozniacki, 27, ex-número um do mundo, voltou a fazer uma boa temporada. A ucraniana Elina Svitolina, 23, teve o ano mais consistente entre as tops e se aproximou da disputa pela liderança do ranking.
Ostapenko, a mais jovem do top 20, mostrou que pode fazer estragos com seu jogo agressivo, quase sem limites. E ainda deu tempo de a francesa Caroline Garcia, 24, vencer dois torneios na reta final e se garantir entre as oito melhores da temporada.
Grand Finale
Halep, Muguruza, Pliskova, Svitolina, Venus, Wozniacki, Ostapenko e Garcia disputarão em Cingapura, a partir deste domingo (22), o WTA Finals. O torneio, a exemplo da temporada, se desenha imprevisível.
O sorteio das chaves foi realizado nesta sexta (20) e reuniu, no grupo branco, Muguruza, Pliskova, Venus e Ostapenko. Promessa de muita pancadaria. A chave vermelha deve ter mais paciência e trocas de bola com Halep, Svitolina, Wozniacki e Garcia.
O formato de disputa é simples: as tenistas se enfrentam nos grupos, e as duas melhores de cada chave avançam às semifinais.
A corrida para terminar o ano na ponta do ranking ainda está aberta. Sete atletas têm chances matemáticas, e os possíveis cenários estão no quadro abaixo.
O canal Sony, que tem os direitos de transmissão da WTA no Brasil, anunciou em seu site que transmitirá os jogos a partir de quinta (26), com as últimas partidas da primeira fase.