Veja curiosidades e polêmicas da carreira de Martina Hingis, agora triplamente aposentada
Chegou ao fim neste sábado (28), com uma derrota nas semifinais de duplas do WTA Finals, a terceira passagem de Martina Hingis, 37, pelo tênis profissional. Uma carreira que começou em 1994, acabou (ela jura que sim) em 2017 e marcou a história do esporte. Adolescente prodígio, número um dominante, controversa dentro e fora das quadras. Por último, uma versão light que conseguiu feitos enormes nas duplas.
Ela, que anunciou nesta semana que essa seria sua última competição, e Chan Yung-Jan foram superadas por Timea Babos e Andrea Hlavackova por 2 sets a 0 (6/4, 7/6).
Relembre curiosidades e polêmicas da carreira da Swiss Miss, um dos vários apelidos que ela teve ao longo desses anos.
Professora de Federer
Compatriota de Roger Federer e um ano mais velha que ele, Hingis pode se dar ao luxo de dizer que foi sua “professora”. O primeiro troféu profissional do maior vencedor de Grand Slams entre os homens veio ao lado dela, na Copa Hopman (competição mista entre países) de 2001. “Eu disse a ele que fui a única a ensiná-lo como ganhar títulos”, brincou anos mais tarde. Os dois jogariam juntos na Olimpíada do Rio, mas a lesão de Federer o fez desistir do evento.
Talento precoce
A exemplo de outros grandes nomes do tênis, Hingis despontou no circuito ainda adolescente. Em 1997, com 16 anos e 117 dias, superou Monica Seles e tornou-se a campeã de Grand Slam mais jovem da história. Meses mais tarde, também virou a mais nova número um do mundo. Esses recordes duram até hoje e dificilmente serão batidos. Um sinal de que os tempos são outros é que a letã Jelena Ostapenko foi considerada precoce ao ganhar Roland Garros com 20 anos, em junho deste ano.
Spice Girls
Martina Hingis e a russa Anna Kournikova eram duas das tenistas mais famosas na virada do século. A dupla formada pelas jovens venceu o Aberto da Austrália em 1999 e 2002. Além disso, foi muito badalada fora das quadras, o que fez com que as próprias atletas se definissem como as “Spice Girls” do tênis, em referência ao quinteto pop britânico que também explodiu nos anos 1990.
O saque polêmico
Em 1999, na final de Roland Garros —único Slam que não venceu em simples— contra a alemã Steffi Graf, Hingis tinha boa vantagem, mas perdeu o controle após uma marcação da juíza e foi vaiada pelos franceses. Com o jogo quase perdido, arriscou dois saques por baixo (veja a partir do minuto 24 do vídeo), ação que o público considerou um desrespeito. Vale lembrar que esse tipo de serviço não fere as regras e que vez ou outra algum tenista o arrisca. O americano Michael Chang, também em Paris, fez o mesmo dez anos antes da suíça —a torcida adorou.
Três aposentadorias
Após vencer cinco Grand Slams em simples, nove em duplas e liderar o ranking por 209 semanas, Hingis não resistiu a uma sequência de lesões no tornozelo e se aposentou pela primeira vez no início de 2003, aos 22 anos. De 2006 a 2007, ela fez mais uma tentativa de jogar em simples. A passagem teve menos brilho e acabou com uma suspensão de dois anos por testar positivo para cocaína. Mais uma vez, ela anunciou a aposentadoria.
Grand Finale
Hingis parece ter feito as pazes com o circuito a partir de 2013, quando iniciou um retorno de sucesso. Venceu mais dez Grand Slams em duplas e duplas mistas, fez uma parceria histórica com a indiana Sania Mirza, levou a medalha de prata na Olimpíada do Rio, ganhou o último Grand Slam que disputou e fechará o ano na primeira posição do ranking. Além disso, fez com que a modalidade de duplas femininas ganhasse mais espaço no circuito e na mídia.