Lesões derrubam presença de Federer, Nadal, Djokovic e Murray no circuito

A temporada 2017, que começou empolgante com o Fedal do Aberto da Austrália, acabou um tanto frustrante, sem nenhum representante do “Big Four” na decisão do ATP Finals.

Não diria que o confronto entre David Goffin e Grigor Dimitrov tenha sido chocho ou capenga, até porque o belga despachou o espanhol e o suíço pelo caminho. O búlgaro, por sua vez, apresentou nível de tênis que todos já haviam esperado dele em algum momento, mas que muitos, desiludidos, já haviam desistido de esperar.

No domingo (26), o título da França na Copa Davis amenizou esse vazio quase existencial, mas o fato é que coadjuvantes com momentos de brilho ainda estão longe de preencher as ausências de Federer, Nadal, Djokovic e Murray.

Do ano passado para cá, todos eles sofreram com problemas físicos. O suíço, que teve lesão no joelho, abandonou o segundo semestre de 2016. Neste ano, o sérvio (cotovelo) e o britânico (quadril) fizeram o mesmo. O espanhol não ficou fora por um período tão longo quanto os rivais, mas desistiu de torneios aqui e ali. Na maioria dos casos, também por culpa do joelho.

Desde 2004, quando Murray e Djokovic ainda engatinhavam na carreira, nunca uma temporada havia registrado tão poucos jogos dos quatro principais tenistas do circuito. Somados, eles entraram em quadra 210 vezes em 2017. A queda começou em 2016, quando a soma foi de 242 partidas. A média dos últimos dez anos é de 290.

Apenas Nadal fez um número de jogos dentro do seu padrão neste ano: 78. Federer (57), que monta um calendário cada vez mais seletivo, Djokovic (40) e Murray (35) vieram na sequência.

Depois de Wimbledon-2016, o quarteto só esteve no mesmo torneio três vezes, todas em 2017: no Aberto da Austrália, em Indian Wells e novamente em Wimbledon.

No gráfico abaixo, as curvas mostram a evolução do número de partidas de cada um dos representantes do “Big Four” nos últimos dez anos. Fica a torcida para que o movimento volte a ser crescente em 2018.