Gigante americano conquista primeiro Masters e quebra hegemonia no tênis

O americano John Isner, 32, conquistou o Masters 1.000 de Miami neste domingo (1º), ao bater na decisão o alemão Alexander Zverev, 20, por 2 sets a 1 (6/7, 6/4, 6/4).

Foi o primeiro título desse nível do gigante de 2,08 m e o 13º como profissional. Com o resultado, ele alcançará a nona posição do ranking nesta segunda (2), igualando a melhor de sua carreira. Após o vice-campeonato, o alemão subirá da quinta para a quarta colocação.

Esse é o segundo Masters 1.000 da temporada 2018 e o segundo que não é vencido por um integrante do “Big Four”. Em 2010, na última vez que isso havia acontecido, o croata Ivan Ljubicic e o americano Andy Roddick ficaram com os troféus de Indian Wells e Miami, respectivamente.

Miami marcou também o terceiro torneio seguido desse nível que não é vencido por Federer, Nadal, Djokovic ou Murray. O americano Jack Sock foi o campeão do último Masters de 2017, realizado em Paris.

No ano passado, pela primeira vez desde 2004 pelo menos quatro troféus de Masters ficaram fora das mãos do quarteto. Zverev venceu dois deles (Roma e Montreal), Dimitrov (Cincinnati) e Sock, um.

Alexander Zverev na final em Miami (Lynne Sladky/Associated Press)
Alexander Zverev na final em Miami (Lynne Sladky/Associated Press)

Entre os atuais detentores dos troféus dos nove Masters do calendário, Nadal tem dois e Federer, um. Djokovic e Murray, nenhum sequer. Principalmente por causa das lesões dos tenistas dominantes, a divisão de conquistas no tênis ficou mais democráticas.

Muitos podem torcer o nariz ao ver o grandalhão Isner nesse patamar, mas é um prêmio merecido para um atleta que desde 2010 passou a maior parte do tempo no top 20. Também é um jogador com recursos, não apenas sacador, como mostrou em Miami ao derrotar Marin Cilic, Del Potro e Zverev. A campanha surpreendeu, pois antes do torneio ele somava seis derrotas e apenas duas vitórias na temporada.

O alemão ficou perto de chegar ao seu terceiro título de Masters, o que seria um grande feito aos 20 anos —completa 21 ainda em abril. O melhor nome da “next gen”, porém, precisa emplacar uma boa sequência para empolgar. Ele, que ainda não passou das oitavas de um Grand Slam, vinha num ano insosso até aqui.

Se o desempenho em Miami se repetir nos próximos torneios, Zverev terá uma ótima oportunidade para dar o salto que se espera dele.