Após gravidez e doping, Serena e Sharapova voltam a se enfrentar
*Atualização: pena que a partida não tenha acontecido, por conta da desistência de Serena Williams, lesionada. Boa parte do que foi escrito abaixo valerá para um próximo confronto entre elas, quem sabe já em Wimbledon.
Serena Williams e Maria Sharapova, duas tenistas que já lideraram o ranking, venceram títulos de Grand Slam e são celebridades fora do universo do esporte, farão nesta segunda (4), por volta das 11h (com transmissão do BandSports), o jogo mais aguardado de Roland Garros até agora.
A partida entre elas nas oitavas de final do torneio em Paris será a primeira desde o Aberto da Austrália de 2016.
Pouco depois, em março daquele ano, Sharapova revelou que fora flagrada em exame antidoping no torneio em Melbourne pelo uso da substância proibida meldonium. Sua suspensão acabou em abril de 2017, quando Serena estava grávida havia quatro meses.
A americana se ausentou do circuito após vencer o Aberto da Austrália do ano passado, seu 23º título de Grand Slam, e retornou a torneios oficiais há cerca de três meses. Com as duas em ação, não demorou tanto assim para que elas voltassem a se enfrentar.
O confronto é considerado uma das grandes rivalidades deste século no circuito feminino, embora o retrospecto não dê margem para acreditar em um equilíbrio de forças. Serena venceu 19 das partidas entre elas, e Sharapova, apenas 2.
O placar já foi favorável à russa em 2 a 1, mas isso ocorreu em 2004, ano em que a então adolescente de 17 anos explodiu ao vencer a americana na final de Wimbledon.
Hoje aos 31, ela vive a sua melhor fase desde que retornou da suspensão. No saibro de Paris, onde ganhou 2 dos seus 5 títulos de Grand Slam, Sharapova vinha sendo apontada como uma das candidatas ao título desde o início do torneio.
Ela vem confirmando as expectativas e no sábado derrotou a tcheca Karolina Pliskova, cabeça de chave seis, em tranquilos dois sets.
Já o bom desempenho de Serena Williams, 36, pode ser considerado surpreendente. Ela vem compensando a falta de mobilidade e ritmo de jogo com muita vontade, além de outros atributos, como técnica, tática e experiência, onde leva grande vantagem sobre a maioria das adversárias.
Apesar dos 18 jogos vencidos em sequência contra Sharapova, a americana mandou o favoritismo no duelo desta segunda para o colo da rival.
“Ela está jogando há mais de um ano, e eu estou apenas começando. Este [saibro] é um de seus melhores pisos, e ela sempre jogou muito bem aqui. Será uma boa oportunidade para eu ver em que nível estou e, com sorte, continuar seguindo em frente”, afirmou.
Se nos últimos anos o tênis precisou conviver com períodos de ausência das suas maiores estrelas, Paris voltará a reuni-las em uma mesma quadra nesta segunda.