Aos 19 anos, tenista grego faz barulho no circuito com talento e mergulhos

Se todo jovem tenista promissor precisa daquela vitória de peso para concretizar o momento “empolgou”, o grande triunfo de Stefanos Tsitsipas, 19, veio nesta quinta (9).

O grego derrotou Novak Djokovic por 2 sets a 1, pelas oitavas de final do Masters 1.000 de Toronto, e marcou encontro com Alexander Zverev, 21, nas quartas de final. O jogo é o segundo da rodada que começa às 13h30 nesta sexta (com transmissão do SporTV 3).

Além de bater um ex-número 1 que vinha do título de Wimbledon recém-conquistado, o resultado de Tsitsipas é expressivo por colocá-lo nas quartas de final de um Masters pela primeira vez.

Atual número 27 do ranking, ele irá pelo menos se aproximar do top 20 na próxima segunda (13). Após iniciar o ano em 91º, o grego encaixou bons resultados nos últimos meses que o levaram ao top 30.

Tsitsipas já venceu três atletas que estão no atual top 10: Dominic Thiem (duas vezes), Kevin Anderson e Djokovic. Seu melhor resultado foi o vice de Barcelona, em abril, quando perdeu para Rafael Nadal. Em Wimbledon, foi até as oitavas.

A capacidade de conseguir bons resultados em superfícies distintas aumenta as expectativas para esta temporada de quadra rápidas.

Tsitsipas é agressivo e habilidoso. Seu jeito solto de atuar, o backhand de uma mão e a cabeleira vasta sugerem a comparação com Guga em início de carreira.

Quando ele vai à rede, se atirar para conseguir o voleio faz parte do repertório. É a faceta old school de um tênis moderno (veja nos vídeos abaixo).

O jovem também não economiza nas reações extremadas. Na semana passada, em Washington, roubou a cena ao bater com força na cabeça por várias vezes durante a derrota na semifinal para Zverev.

Neste ano, o juiz de cadeira precisou intervir no Masters de Miami para que uma discussão entre ele e o russo Daniil Medvedev não acabasse de maneira pior.

Curiosamente, Tsitsipas é mais um representante da nova geração com origem russa. Sua mãe foi tenista profissional na União Soviética dos anos 1980. Zverev e o canadense Denis Shapovalov também têm familiares nascidos no país.