Momento e histórico dão favoritismo a Djokovic na disputa pelo número 1

Após o título no Masters 1.000 de Xangai, conquistado neste domingo (14) com vitória sobre o croata Borna Coric, Novak Djokovic colou em Rafael Nadal (7.660 contra 7.445 pontos), líder do ranking, e tornou-se o grande favorito para terminar a temporada na primeira posição.

Faltam dois grandes torneios: o Masters 1.000 de Paris, a partir de 29 de outubro, e o ATP Finals, em Londres, que fecha o ano a partir de 11 de novembro. São 2.500 pontos em jogo para o sérvio, que não estava em ação nesta época de 2017, e 2.320 para o espanhol, que fez quartas de final em Paris no ano passado e não pontuou no Finals.

O momento e o histórico dão o favoritismo a Djokovic. Ele já ganhou quatro vezes cada um desses torneios, disputados em quadras fechadas e rápidas, enquanto Nadal nunca triunfou em nenhum deles.

O sérvio venceu os últimos dois Slams e está invicto há 18 partidas. Já o espanhol abandonou a semifinal do Aberto dos EUA contra Juan Martín Del Potro por causa de lesão no joelho e não entrou em quadra desde então. Seu retorno será em Paris, em condições de jogo que estão longe de serem as suas preferidas.

É por esses motivos que tudo se encaminha para Djokovic protagonizar um dos maiores retornos da história do tênis. No início do ano, ele era o 22º colocado do ranking. Vinha de seis meses de inatividade e teve momentos deprimentes. O principal deles provavelmente foi a derrota para o japonês Taro Daniel na estreia em Indian Wells, em março.

No mês seguinte, ele retomou a parceria com o técnico Marian Vajda e, aos poucos, o tenista motivado e com sangue nos olhos voltou a aparecer. Com confiança e preparo físico em dia, ficou difícil para seus adversários.

A reta final da temporada também será interessante para observar o comportamento de Roger Federer, que pareceu desmotivado em suas últimas aparições. O suíço, em terceiro no ranking com 6.260 pontos, defenderá 500 na Basileia, uma semana antes de Paris, e 600 no Finals.

A lamentar, a lesão de Del Potro, quarto colocado, que neste domingo anunciou ter sofrido uma fratura no joelho direito. Não há data prevista para o retorno do argentino, que já sofreu com diversas lesões no punho e neste ano enfim parecia estar mais inteiro.