Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Como o zagueiro Piqué virou vilão para fãs da Copa Davis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/16/como-o-zagueiro-pique-virou-vilao-para-fas-da-copa-davis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/16/como-o-zagueiro-pique-virou-vilao-para-fas-da-copa-davis/#respond Thu, 16 Aug 2018 22:20:48 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/pique-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1381 Um dia após defender o Barcelona em jogo de pré-temporada no Camp Nou, o zagueiro Gerard Piqué, 31, estava na Flórida comemorando a aprovação de mudanças radicais em um dos mais tradicionais eventos esportivos do mundo. No caso, um torneio de tênis.

O jogador de futebol espanhol é um dos donos do grupo de investimento Kosmos, que injetará US$ 3 bilhões (R$ 11,7 bilhões) na Federação Internacional de Tênis (ITF) por 25 anos de contrato com a Copa Davis, principal competição de países da modalidade.

O dinheiro que convenceu a ITF e a maioria das federações internacionais a mudar o formato da competição —medida populista semelhante às adotadas por Fifa e Uefa nos últimos anos— também originou críticas de atletas e fãs de tênis pelo mundo.

“O você acharia se um jogador de tênis, apoiado por um bilionário, quisesse mudar todo o formato da fraca competição de 63 anos da Liga dos Campeões? Sem jogos em casa e fora, com equipes convidadas, etc. É uma loucura”, escreveu o australiano John Millman, número 53 do ranking.

Quem também está por trás da Kosmos é o empresário japonês Hiroshi Mikitani, presidente da Rakuten, empresa de comércio eletrônico que patrocina o Barcelona.

Judy Murray, mãe dos tenistas Andy e Jamie e ex-capitã da equipe britânica da Fed Cup —competição feminina entre países também organizada pela ITF, mas que foi ignorada durante as negociações do torneio masculino—, postou em uma rede social a foto de um túmulo com a inscrição “Aqui jaz a Copa Davis (1900-2018)”.

Se em geral o tom no circuito é de lamento pelo fim da competição com torcidas barulhentas e batalhas de cinco sets, nas redes sociais muitos fãs de tênis seguiram a melodia fúnebre.

Várias das mensagens enviadas para as contas de Piqué são impublicáveis, mas a maioria reclama que um jogador de futebol tenha matado uma competição centenária de tênis.

“Este é o começo de um novo episódio, que garantirá o legítimo lugar que a Copa Davis deve ter como competição de nações. No pessoal e no profissional, hoje é um dos dias mais felizes da minha vida”, disse o espanhol, campeão da Copa do Mundo (2010) e quatro vezes da Liga dos Campeões.

Se o sucesso ou o fracasso da nova Copa Davis nos próximos anos depende de vários fatores, uma coisa já é certa. Piqué, muitas vezes vaiado em jogos da seleção espanhola em razão do seu apoio à independência catalã, acaba de ganhar novos detratores.

Entenda o que muda na nova Copa Davis

Datas – O calendário previa quatro semanas para as fases principais do torneio. Agora serão duas. Em fevereiro, será disputada a fase eliminatória, em vários países. A fase final, em novembro, terá sede única

Formato – A semana final terá uma fase de grupos, com as 18 finalistas divididas em seis chaves. Em cada confronto, serão três jogos em melhor de três sets, em vez de cinco jogos em melhor de cinco sets

Convite – Dois países serão convidados para a fase final da competição. Os critérios para a escolha desses participantes não foram divulgados

Dinheiro – O Kosmos investirá US$ 3 bilhões (R$ 11,7 bilhões) no evento por prazo de 25 anos. Segundo a ITF, a verba servirá para aumentar a premiação e expandir o esporte em mais países

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Com tenistas em baixa, Brasil corre riscos diante da Colômbia na Copa Davis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/05/com-tenistas-em-baixa-brasil-corre-riscos-diante-da-colombia-na-copa-davis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/05/com-tenistas-em-baixa-brasil-corre-riscos-diante-da-colombia-na-copa-davis/#respond Thu, 05 Apr 2018 18:00:43 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/monteiro-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1091 No confronto Brasil x Colômbia, que dará ao vencedor a chance de disputar uma vaga no grupo mundial da próxima Copa Davis, retrospecto (8 a 0 para os brasileiros) e posição dos tenistas no ranking mundial dizem pouco sobre o que pode acontecer dentro de quadra.

Os jogos serão disputados sexta (6) e sábado (7), na cidade colombiana de Barranquilla, sobre o piso duro e descoberto. Bandsports e SporTV anunciaram transmissão para os dois dias a partir das 17h (veja abaixo a ordem dos jogos). No SporTV, a partida de duplas, no sábado, será transmitida pela internet.

A equipe brasileira será formada por Thiago Monteiro (125º do ranking), Guilherme Clezar (234º), João Pedro Sorgi (359º), além dos duplistas Marcelo Melo e Marcelo Demoliner. Assim como no confronto anterior, contra a República Dominicana, Thomaz Bellucci, Rogerinho e Bruno Soares são desfalques.

O time colombiano terá Daniel Galán (257º), Santiago Giraldo (290º), Alejandro Gonzalez (305º) e os duplistas Juan-Sebastian Cabal e Robert Farah.

Se os resultados dos adversários nos jogos de simples não assustam, o momento dos brasileiros tampouco inspira confiança. Monteiro, número um do país na ausência de Rogerinho, vem de seis derrotas consecutivas. A sequência negativa começou após uma boa campanha em Quito, quando fez semifinal.

Clezar, 25 anos, e Sorgi, 24, possuem pouca experiência e resultados empolgantes, em que a pese a vitória heroica de Sorgi no ponto decisivo diante dos dominicanos.

Do outro lado, o experiente Giraldo, de 30 anos, já foi número 28 do mundo. Ele volta após meses afastado por lesão. Galán, 21 anos, ainda não possui resultados expressivos como profissional. Na semana passada, porém, venceu em sets diretos Thomaz Bellucci em um torneio challenger mexicano.

Nas duplas, que muitas vezes é um ponto quase garantido para o Brasil, a Colômbia desta vez leva vantagem —ao menos em tese. Cabal e Farah jogam juntos no circuito e formam a terceira melhor parceria do ano. Melo e Demoliner, além de não atuarem lado a lado regularmente, não fazem uma grande temporada até aqui.

O mineiro mantém a posição de número um no ranking, mas forma com o polonês Lukasz Kubot apenas a nona melhor parceria de 2018. O gaúcho, sem parceiro fixo, é o 55º colocado no ranking.

As expectativas são de um confronto aberto, com boas chances de decisão no quinto —e sempre sofrido— jogo. Placar de 3 a 0 para qualquer um dos lados me deixaria surpreso.

Sexta (6)

17h
Santiago Giraldo x Thiago Monteiro
Daniel Galán x Guilherme Clezar

Sábado (7)

17h
Juan-Sebastian Cabal e Robert Farah x Marcelo Melo e Marcelo Demoliner
Daniel Galán x Thiago Monteiro
Santiago Giraldo x Guilherme Clezar

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Capitão brasileiro da Copa Davis diz que houve desencontro com Rogerinho https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/02/capitao-brasileiro-da-copa-davis-diz-que-houve-desencontro-com-rogerinho/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/02/capitao-brasileiro-da-copa-davis-diz-que-houve-desencontro-com-rogerinho/#respond Sat, 02 Sep 2017 06:11:45 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/29660474266_5dedb0281b_z-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=736 João Zwetsch, capitão da equipe brasileira da Copa Davis, busca abafar o ruído causado pela decisão de não convocar inicialmente Rogerinho para o confronto contra o Japão, de 15 a 17 de setembro, na casa dos adversários.

Nesta sexta (1º), em nota divulgada por sua assessoria, o tenista afirmou que “teve que ir atrás do capitão para saber” se seria convocado e que, depois da negativa, preparou seu calendário até o fim da temporada. Esse motivo, de acordo com ele, motivou a recusa em substituir o lesionado Thomaz Bellucci.

Antes de embarcar de Nova York, onde esteve para acompanhar o Aberto dos EUA, Zwetsch concedeu entrevista à Folha por telefone. Abaixo estão as falas do capitão sobre o assunto e também sobre o momento de Bellucci, de quem foi técnico até junho.

Conversa

Um mês e meio, 50 dias antes, a gente começa a procurar o pessoal para falar sobre uma convocação ou eventualmente do porquê de uma não convocação. O Rogerinho sabe como funciona. Desta vez o que aconteceu foi que, no final de julho, ele me deu uma ligada porque estava querendo acertar o calendário dele. Foi muito mais uma questão de “timing”, de ele ter me ligado um pouquinho antes de eu ligar para ele. Acho que ele ficou um pouco chateado por não ter sido convocado e eu entendo, todo mundo quer jogar. Ele sempre foi um cara super dedicado.

Escolha

Quando falei com ele, disse claramente que a opção de levar o Thiago [Monteiro] foi muito pela quadra, pelo piso duro. Nesse piso, o Rogerinho nunca teve resultados muito expressivos, e o Thiago está vindo num ano de afirmação e é um jovem jogador. Uma das coisas que a gente procura sempre é apostar em alguma renovação da equipe. O Thiago é esse cara que está vindo com 23 anos e que tem muitos anos pela frente na Davis. Vejo que na quadra em que a gente vai jogar lá, os dois no mínimo se equivalem. Se o confronto fosse em quadra de saibro eu teria levado o Rogerinho. Ele está num ano melhor, apesar de estar jogando muitos challengers, e o Thiago muito mais torneios maiores que ele, o que também faz diferença.

Recusa

Ele está certo, está num momento em que tem que olhar as coisas dele, já se doou bastante para a equipe. Acho legal [a reação] da parte dos jogadores porque mostra que eles ainda têm vontade de jogar a Copa Davis, apesar de todos estarem aí há anos. Isso é ótimo, porque muitas vezes não é fácil sacrificar o calendário.

Chances

Com o Thomaz acho que nossas chances seriam maiores. Pelo ano que o Rogerinho vem tendo poderia ter uma chance um pouquinho melhor do que vai ter agora com o [Guilherme] Clezar. Vejo que a nossa chance maior seria se o Thomaz fosse jogar porque ele tem realmente condição de, num dia inspirado, jogar um tênis de altíssimo nível. Acho que todos os outros se equivalem. Não tem nenhum tipo de clima ruim. Está todo mundo tranquilo, o que importa agora é focar o confronto. Acho que ainda tem uma boa possibilidade. Com o [Kei] Nishikori não jogando, o confronto se nivela. Vamos ter as nossas chances em todos os jogos.

Bellucci

O Thomaz tem muito para dar ainda, para fazer enquanto jogador. Tomara que o André [Sá, jogador e técnico de Bellucci] consiga ao longo do tempo fazer o Thomaz retomar o rumo dele e colocar em prática o potencial que ele tem. Vamos esperar ele passar dessa fase, se recuperar fisicamente e voltar ao normal para ver o que acontece.

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Atrapalhada, convocação para Copa Davis gera tensão no tênis brasileiro https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/01/atrapalhada-convocacao-para-copa-davis-gera-tensao-no-tenis-brasileiro/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/01/atrapalhada-convocacao-para-copa-davis-gera-tensao-no-tenis-brasileiro/#respond Fri, 01 Sep 2017 20:24:35 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/28241253873_821551e7b3_z-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=731 A convocação brasileira para a Copa Davis criou um ambiente de crise no tênis nacional. A equipe enfrentará o Japão de 15 a 17 de setembro, pela repescagem do grupo mundial.

Na segunda (28), o capitão do time, João Zwetsch, convocou a mesma equipe do último duelo, contra o Equador, em abril: Thomaz Bellucci, 29, Thiago Monteiro, 23, e os duplistas Bruno Soares, 35, e Marcelo Melo, 33.

A diferença é que, nesse meio tempo, o número um do país passou a ser Rogério Dutra Silva, 33. Hoje, a ordem dos simplistas brasileiros no ranking é Rogerinho (68º colocado), Bellucci (76º) e Monteiro (113º).

Zwetsch disse que optou por não contar com o melhor jogador do país na atualidade por conta do piso em que o confronto será disputado, uma quadra dura e rápida, e para que Monteiro, o mais jovem dos três simplistas, acumule experiência.

Nesta sexta, Bellucci anunciou que não poderá disputar a competição por causa de uma ruptura parcial no tendão de aquiles. Desta vez, então, o capitão convocou Rogerinho, que recusou.

“Por ser o número um do país e viver um de meus melhores momentos acreditava que seria consultado para ir ao confronto, mas eu tive que ir atrás do capitão para saber”, afirmou o tenista em nota divulgada por sua assessoria.

“Depois dessa negativa, preparei todo o meu calendário até o fim da temporada com altos custos tanto na parte financeira e também na parte física, pois jogar uma Copa Davis exige muito do corpo. Infelizmente, atender a esse pedido de última hora comprometeria todo o meu calendário e meu desempenho”, completou o atleta, que não possui um grande patrocinador.

Também por meio de nota, divulgada pela Confederação Brasileira de Tênis, Zwetsch disse que a recusa “é plenamente compreensível, pois sabemos o quanto é difícil para um tenista mudar o calendário de última hora”. Para o lugar de Bellucci, então, foi chamado Guilherme Clezar (233º).

A Folha apurou que Rogerinho ficou irritado com a não convocação. Para ele, porém, não ter sido comunicado antes pelo capitão foi ainda pior.

MAIS DIFÍCIL

O Brasil havia visto suas chances no confronto crescerem nos últimos meses, com as lesões do top 10 Kei Nishikori e do promissor Yoshihito Nishioka. Em simples, o país asiático será representado por Yuichi Sugita (44º), que vive boa fase, e por Taro Daniel (121º), que fez bom jogo e venceu um set contra Rafael Nadal no Aberto dos EUA.

Agora, com exceção das duplas, a vantagem passa a ser japonesa. Aos brasileiros, resta juntar os cacos e buscar o retorno ao grupo de elite da Davis em meio a mais um capítulo confuso do tênis nacional.

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Marcelo Melo conta como dupla foi da apreensão ao equilíbrio em um mês https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/04/07/marcelo-melo-conta-como-dupla-foi-da-apreensao-ao-equilibrio-em-um-mes/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/04/07/marcelo-melo-conta-como-dupla-foi-da-apreensao-ao-equilibrio-em-um-mes/#respond Fri, 07 Apr 2017 12:09:11 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/MARCELOMELO-180x121.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=284 Para quem viu o brasileiro Marcelo Melo, 33, e o polonês Lukasz Kubot, 34, jogarem em março é difícil imaginar que o mês poderia ter marcado o fim da dupla. Os dois, que formaram parceria fixa para essa temporada, acumularam decepções em janeiro e fevereiro.

Após derrota nas quartas de final do Aberto do Rio, o brasileiro disse que eles ainda procuravam a forma ideal de atuar e que a continuidade da dupla seria discutida após os Masters 1.000 nos EUA.

Um vice em Indian Wells e um título em Miami depois, o mineiro e o polonês já são a segunda melhor parceria do ano e continuarão juntos para a temporada de saibro.

Melo contou em entrevista o que mudou dentro de quadra e falou sobre voltar a jogar ao lado de Bruno Soares neste sábado (8), pela Copa Davis (com SporTV 3), após ter derrotado o amigo nos dois últimos torneios.

Você esperava obter esses bons resultados após um começo de ano difícil?
Marcelo Melo – A gente vinha tentando consertar os erros. Com uma dupla nova isso é bem normal. A cada jogo, a cada treino, fomos consertando, e conseguimos fazer isso muito bem. Conseguimos contornar vários altos e baixos que tivemos também durante o torneio em Miami, virar alguns jogos, e isso foi importante para ganhar confiança.

O que mudou em quadra?
A gente conseguiu encontrar um balanço melhor, um ponto de equilíbrio. Tinha que ter uma base e achar um jeito de jogar que fizesse a dupla ser eficiente.

Quando você fala em equilíbrio é porque o Kubot costuma atacar muito mais?
Realmente, o Lukasz é um jogador muito mais agressivo do que eu. Acho que, sendo um pouco menos agressivo, ele poderia me usar mais. Não tinha necessidade de agredir tanto sendo que poderia jogar de outra maneira comigo. Com outro parceiro ele poderia ter que ser mais agressivo, como eu também tenho que ser, por isso falei que era tão importante encontrar esse balanço.

Houve algum momento mais tenso entre vocês?
Nunca tivemos problema de tensão. A gente estava um pouco apreensivo pelos resultados, mas, ao mesmo tempo, treinando para resolver esses probleminhas. Já tínhamos jogado bem juntos. Ganhamos em dois anos seguidos o ATP de Viena. Então era mais acertar o dia a dia, não só numa semana, como fazíamos quando não tínhamos a parceria fixa.

Após o título, ele lhe deu um abraço e falou algumas coisas no seu ouvido. O que foi?
Ele agradeceu a parceria, estava realmente muito feliz com o primeiro título de Masters dele. Os outros momentos todos foram ele gritando na minha orelha [risos]. Gritou mais do que falou, mas o mais importante foi agradecer a confiança e a parceria.

A dupla corria riscos?
Depois de Miami, as duplas novas conversam para ver se vale a pena continuar ou não, independentemente dos resultados. Claro que os resultados são importantes. Mas, no meu caso, se a dupla está evoluindo, acho que vale continuar. Não consigo dizer se a gente teria continuado ou não sem esses resultados, mas realmente sentamos, conversamos e resolvemos continuar.

Quais são as expectativa para a temporada de saibro?
Obviamente, a gente está com muito mais confiança do que antes. No ano passado eu joguei bem no saibro, o Lukasz fez semifinal de Roland Garros, então acho que, se conseguirmos manter esse nível, temos boas chances.

A equipe brasileira da Copa Davis no Equador (Divulgação/CBT)

Como vai ser jogar junto com o Bruno Soares após derrotá-lo duas vezes seguidas?
A gente é amigo desde pequeno, sabe que a rivalidade fica dentro de quadra. Aqui [no Equador, pela Copa Davis] vamos nos juntar novamente, assim como foi na Olimpíada. Não foram as últimas vezes que nos enfrentamos, e a gente sabe que agora tem que estar junto para poder defender bem o Brasil num ponto tão importante.

Ele chegou a ficar bravo com você, ainda que de brincadeira, por causa dos resultados?
Até que não, porque a gente já jogou várias vezes contra o outro, treina junto toda hora. Uma brincadeira ou outra às vezes acontece, mas entre nós até que não tem tanta.

Vocês têm retrospecto positivo na Davis, mas perderam dois dos últimos três jogos. O rendimento caiu?
Não acredito que caímos de rendimento na Copa Davis porque a gente vem mantendo os mesmos resultados no circuito. Contra a Bélgica [em setembro do ano passado], eles realmente jogaram muito bem, mereceram a vitória. Tivemos algumas chances de ganhar, então foi questão de jogo mesmo. Continuamos com a mesma confiança e sabemos que vamos ter que jogar nosso melhor por causa das condições adversas, especialmente a altitude [a cidade de Ambato fica 2.500 m acima do nível do mar]. Aqui a bola anda muito mais, tem menos ar, mas estamos acostumados a nos adaptar a diferentes quadras e condições.

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