Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Djokovic vence Wimbledon, seu primeiro título de Grand Slam em dois anos https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/djokovic-vence-wimbledon-seu-primeiro-titulo-de-grand-slam-em-dois-anos/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/djokovic-vence-wimbledon-seu-primeiro-titulo-de-grand-slam-em-dois-anos/#respond Sun, 15 Jul 2018 15:32:31 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/djoko-trofeu-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1352 Após pouco mais de dois anos, Novak Djokovic se reencontrou com um grande troféu. Neste domingo (15), o sérvio derrotou o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0 (6/2, 6/2 e 7/6) e conquistou o título de Wimbledon pela quarta vez na carreira.

O 13º troféu de Grand Slam de Djokovic (está a um de igualar o americano Pete Sampras) representa um novo momento do tenista no circuito, que começou o torneio na 21ª posição do ranking —será o 10º na lista desta segunda (16).

Anderson, também finalista do Aberto dos EUA do ano passado, chega ao seu segundo vice-campeonato de Grand Slam e sobe da oitava para a quinta posição do ranking.

Após ganhar quatro Slams em sequência, culminando com o título inédito de Roland Garros em 2016, o sérvio entrou em declínio. Em novembro daquele ano, perdeu a liderança do ranking, que ocupava desde julho de 2014, para o britânico Andy Murray.

Depois de abandonar uma partida por lesão nas quartas de final de Wimbledon, no ano passado, ele se afastou do circuito para tratar uma lesão no cotovelo direito.

Voltou no Aberto da Austrália, em janeiro, mas após parar nas oitavas decidiu se submeter a uma cirurgia no cotovelo. Em março, quando retornou, sofreu derrotas nas estreias dos Masters 1.000 de Miami e de Indian Wells.

Sua técnica, seu preparo físico e, principalmente, sua confiança passaram a ser questionadas. Será que aquele Djokovic dominante de 2011 e 2015, anos em que ganhou três Grand Slams, voltaria a dar as caras no circuito?

Na temporada de saibro, ele começou a apresentar sinais de evolução. Nessa época, interrompeu a parceria de menos de um ano com o ex-tenista americano Andre Agassi e voltou a trabalhar com seu antigo técnico, o eslovaco Marian Vajda, que também o acompanhou de 2006 até 2017.

Djokovic fez jogo duro contra Rafael Nadal no Masters de Roma, mas caiu de forma surpreendente diante do italiano Marco Cecchinato nas quartas em Roland Garros.

Já na grama, após ser vice-campeão do torneio de Queens, alimentou boas expectativas para Wimbledon, confirmadas ao longo do torneio.

Seu maior teste foi na semifinal, contra Rafael Nadal, em jogo de cinco sets em que os dois elevaram seus níveis e fizeram um duelo para entrar na lista dos melhores entre os 52 que eles já protagonizaram.

Se a final não foi memorável como a rodada anterior, ao menos será lembrada pelo retorno triunfal de um dos maiores tenistas da história e pela superação pessoal, como Djokovic deixou bem claro ao vibrar efusivamente na quadra central de Wimbledon.

A partida deste domingo teve duas horas e 19 minutos de duração e foi dominada pelo sérvio desde o primeiro game, em que ele logo quebrou o saque de Anderson. Faria isso mais três vezes na partida.

Os dois tenistas vinham de longos jogos, mas o sul-africano parece ter sentido mais os efeitos das maratonas. Somando duas partidas de cinco sets, contra Roger Federer e John Isner, nas quartas e na semifinal, respectivamente, ele já havia ficado em quadra por 10 horas e 50 minutos.

Já as cinco horas e 15 minutos da semifinal entre Djokovic e Nadal, apesar de terem acabado menos de 24 horas antes do início da decisão, foram diluídas em dois dias.

Curiosamente, foi no terceiro set que Anderson mostrou mais resistência.

O sérvio precisou salvar cinco set-points antes de levar a parcial para o tiebreak e fechar o confronto.

 

]]>
0
Kerber frustra façanhas de Serena e conquista Wimbledon pela primeira vez https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/14/kerber-frustra-facanhas-de-serena-e-conquista-wimbledon-pela-primeira-vez/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/14/kerber-frustra-facanhas-de-serena-e-conquista-wimbledon-pela-primeira-vez/#respond Sat, 14 Jul 2018 16:26:04 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/kerber-serena-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1334 As chances de Serena Williams, 36, conquistar seu oitavo título em Wimbledon, e de quebra ainda conseguir mais duas façanhas na vitoriosa carreira, foram frustradas por outra tenista que também perseguia grandes feitos neste sábado (14).

A alemã Angelique Kerber, 30, que venceu a americana por 2 sets a 0 (duplo 6/3), chegou ao seu terceiro título de Grand Slam em três torneios diferentes. Em 2016, ela ganhou o Aberto da Austrália (também contra Serena) e o Aberto dos EUA.

Após uma temporada memorável há dois anos, quando além desses títulos ficou com o vice em Wimbledon (daquela vez derrotada pela americana) e chegou à liderança do ranking, Kerber viu seu rendimento cair no ano passado e fechou a temporada na 21ª posição.

Em 2018, seu desempenho vinha sendo mais regular, mas sem brilho. Já no Slam britânico, ela, que será a quarta colocada do ranking na segunda-feira (16), fez grande campanha e só perdeu um set nas sete partidas disputadas.

Na decisão contra Serena, pesou o contraste no número de erros não forçados. A americana cometeu 23, contra apenas 5 da alemã.

Com seu terceiro título de Slam na carreira, a alemã torna-se a quarta jogadora em atividade com mais troféus desse nível. Fica atrás de Serena (23), Venus Williams (7) e Sharapova (5), mas se isola de outras contemporâneas de destaque, como a bielorrussa Azarenka, a espanhola Muguruza e a tcheca Kvitova, todas com dois troféus.

Serena podia alcançar duas marcas histórias neste sábado. Um 24º título de Grand Slam a igualaria à australiana Margaret Court como maior vencedora da história.

Ela também poderia ser a quarta tenista na era profissional a ganhar um Slam após ter se tornado mãe. Apesar de as façanhas não terem sido alcançadas, ficou a sensação de que foram apenas adiadas.

Wimbledon foi o quarto torneio de Serena após dar à luz, em setembro do ano passado. Ter chegado à final superou suas expectativas, como ela destacou no discurso de vice-campeã ao dizer que que esse foi apenas o início do seu retorno ao circuito.

“Fiquei realmente feliz por chegar tão longe. Para todas as mães aqui, eu estava jogando por vocês hoje”, disse a atleta, que ganhará 153 posições no ranking e assumirá a 28ª posição nesta segunda.

Kerber, repetindo a troca de gentileza que as amigas já haviam demonstrado em outros torneios, concordou: “Tenho certeza de que você terá seu próximo título de Grand Slam em breve. Estou realmente certa disso”.

A expectativa para que Serena conquiste esses dois feitos foi transferida para o Aberto dos EUA, torneio em solo pátrio com início no fim de agosto e que ela já venceu seis vezes, a última em 2014.

]]>
0
Sul-africano Anderson vence jogo de 6h36min e vai à final de Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/13/apos-6-horas-e-36-minutos-sul-africano-anderson-vai-a-final-de-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/13/apos-6-horas-e-36-minutos-sul-africano-anderson-vai-a-final-de-wimbledon/#respond Fri, 13 Jul 2018 18:54:38 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/anderson-1-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1315 O sul-africano Kevin Anderson, 32, demorou dez edições de Wimbledon para chegar à final do Grand Slam britânico. Quando enfim conseguiu, nesta sexta-feira (13), também precisou de muita paciência.

Sua vitória contra o americano John Isner, 33, veio após seis horas e 36 minutos de jogo na quadra central do torneio.

Foi a segunda partida mais longa da história de Wimbledon e a quarta de todo o tênis profissional. Anderson venceu Isner por 3 sets a 2 (7/6, 6/7, 6/7, 6/4 e 26/24). Em Wimbledon, o quinto set se estende até que um dos tenistas abra vantagem de dois games.

A maratona levou os atletas ao limite do esforço físico. Após o ponto que definiu o confronto, o público foi ao delírio, e os dois tenistas se abraçaram. Isner aparentava frustração por não ter chegado à sua primeira final de um Grand Slam. Anderson, que foi à segunda decisão desse nível em menos de um ano, mal tinha forças para vibrar.

O sul-africano, oitavo colocado do ranking mundial, é o atual vice-campeão do Aberto dos EUA. Em setembro de 2017, ele perdeu a decisão em Nova York para Rafael Nadal.

A maratona desta sexta ainda fica muito atrás em duração do jogo mais longo da história do tênis, que curiosamente também teve Isner como um dos participantes.

Em 2010, o americano demorou 11 horas e cinco minutos, dividas em três dias, para superar o francês Nicolas Mahut na primeira rodada do torneio. O quinto set acabou em 70 a 68 e durou oito horas e 11 minutos.

A segunda partida mais longa foi pela Copa Davis, em duelo de duplas. Os tchecos Tomas Berdych e Lukas Rosol bateram os suíços Stan Wawrinka e Marco Chiudinelli após sete horas e dois minutos.

Em simples, o segundo jogo em duração teve como um dos protagonistas o brasileiro João Souza, o Feijão. Em 2015, durante confronto pela Copa Davis contra a Argentina, ele perdeu para Leonardo Mayer após seis horas e 43 minutos.

Era esperado que a semifinal entre dois exímios sacadores com mais de dois metros de altura (Anderson tem 2,03 m, e Isner, 2,08 m) fosse longa e tivesse poucos serviços quebrados. Dos 96 games, em apenas 6 isso aconteceu. O americano disparou 53 aces, contra 49 do sul-africano.

Essa foi a segunda partida seguida em que Anderson precisou superar longo período em quadra. Na quarta (11), ele venceu Roger Federer após estar em desvantagem de 2 sets a 0. A partida durou quatro horas e 14 minutos. Em três dias, o sul-africano passou 10 horas e 50 minutos em ação.

Por causa da longa duração da primeira semifinal, o segundo e mais esperado jogo do dia, entre Rafael Nadal e Novak Djokovic, foi interrompido às 19h (horário brasileiro) e será retomado às 9h deste sábado (14). Djokovic lidera por 2 sets a 1.

Os jogos mais longos do tênis

Wimbledon – 2010 – primeira rodada – John Isner 3 x 2 Nicolas Mahut (6/4, 3/6, 6/7, 7/6, 70/68) – 11 horas e 5 minutos

Copa Davis – 2013 – Tomas Berdych e Lukas Rosol 3 x 2 Stan Wawrinka e Marco Chiudinelli (6/4, 5/7, 6/4, 6/7, 24/22) – 7 horas e 2 minutos

Copa Davis – 2015 – Leonardo Mayer 3 x 2 João Souza (7/6, 7/6, 5/7, 5/7 e 15/13) – 6 horas e 43 minutos

Wimbledon – 2018 – Kevin Anderson 3 x 2 John Isner (7/6, 6/7 6/7, 6/4 e 26/24) – 6 horas e 35 minutos

Roland Garros – 2004 – Fabrice Santoro 3 x 2 Arnauld Clement (6/4, 6/3, 6/7, 3/6, 16/14) – 6 horas e 33 minutos

]]>
0
Federer leva virada incrível de sul-africano e cai nas quartas de Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/11/federer-leva-virada-incrivel-de-sul-africano-e-cai-nas-quartas-de-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/11/federer-leva-virada-incrivel-de-sul-africano-e-cai-nas-quartas-de-wimbledon/#respond Wed, 11 Jul 2018 16:30:45 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/federer-anderson2-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1297 Após vencer 34 sets seguidos em Wimbledon, Roger Federer perdeu 3, diante do sul-africano Kevin Anderson, e foi eliminado nas quartas de final do torneio.

Nesta quarta-feira (11), o suíço de 36 anos abriu vantagem de 2 a 0 contra Anderson, 32, igualando seu próprio recorde de invencibilidade de sets na grama inglesa. A contagem considera também a última edição do evento, que ele venceu.

Na terceira parcial, Federer chegou a ter um match point no saque do adversário, mas não conseguiu fechar o jogo e viu o sul-africano se recuperar em partida que parecia destinada a terminar com uma vitória tranquila do cabeça de chave número um.

O triunfo acabou nas mãos do sul-africano e não teve nada de tranquilo. Após quatro horas e 14 minutos de confronto contra o oito vezes campeão do torneio, Anderson concretizou a virada e fechou a partida por 3 sets a 2 (2/6, 6/7, 7/5, 6/4 e 13/11).

O último set, com a perspectiva de se estender sabe-se lá por quanto tempo (em Wimbledon não há tiebreak para definir a última parcial), teve momentos de drama e fez a torcida, majoritariamente favorável ao suíço, sofrer ao ver seu favorito flertar mais e mais com a eliminação precoce.

Essa é a primeira vez desde 2013 que ele perde antes das semifinais do Slam britânico. Naquele ano, caiu diante do ucraniano Stakhovsky na segunda rodada. Depois, foi derrotado em duas decisões pelo sérvio Novak Djokovic e caiu nas semis de 2016, contra o canadense Milos Raonic. No ano passado, voltou a vencer o torneio.

Na reta final da partida, os dois tenistas confirmavam seus saques com certa facilidade e não pareciam capazes de ameaçar o serviço do adversário, por competência do rival e também pelos erros que, desgastados, cometiam.

Parecia que o primeiro a demonstrar instabilidade em seu saque perderia o duelo, e foi isso que aconteceu. Quando sacava em 11-11, Federer cometeu uma dupla falta e, no ponto seguinte, foi quebrado por Anderson. O sul-africano confirmou o serviço na sequência para confirmar a vitória mais impressionante da sua carreira.

Oitavo colocado do ranking, Kevin Anderson, 2,03 m, é o atual vice-campeão do Aberto dos EUA e chega pela primeira vez às semifinais de Wimbledon. Ele enfrentará John Isner em um duelo de gigantes, já que o americano tem 2,08 m.

Na outra semifinal, Djokovic e Rafael Nadal, que venceu Juan Martín Del Potro também em batalha de 5 sets (quatro horas e 48 minutos), farão uma partida que já nasce com grande expectativa. O espanhol não vai à final de Wimbledon desde 2011, quando perdeu justamente para o sérvio. Este, por sua vez, ganhou o torneio pela última vez em 2015.

Nadal e Del Potro se abraçam após a partida (Tony O'Brien/Reuters)
Nadal e Del Potro se abraçam após a partida (Tony O’Brien/Reuters)
]]>
0
Serena Williams embala em Wimbledon, e só uma zebra pode tirá-la da final https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/09/serena-williams-embala-em-wimbledon-e-so-uma-zebra-pode-tira-la-da-final/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/09/serena-williams-embala-em-wimbledon-e-so-uma-zebra-pode-tira-la-da-final/#respond Mon, 09 Jul 2018 16:32:03 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/serena-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1291 Sete vezes campeã de Wimbledon, Serena Williams, 36, está a duas vitórias de voltar à final do Grand Slam britânico —e será uma surpresa se isso não acontecer.

Após derrotar a russa Evgeniya Rodina nesta segunda (9), por duplo 6/2, ela marcou duelo contra a italiana Camila Giorgi nas quartas de final, já nesta terça-feira, por volta das 10h30 (com transmissão do SporTV 3).

Aos 26 anos, Giorgi avançou pela primeira vez na carreira às quartas de final de um Slam. Atualmente, ela é a número 52 do ranking da WTA.

Já sua possível adversária nas semifinais virá do confronto entre a alemã Julia Goerges, 29 e a holandesa Kiki Bertens, 30. Respectivamente cabeças de chave 13 e 30, Goerges e Bertens também estão nas quartas de um dos quatro principais torneios pela primeira vez.

Serena, dona de 23 títulos de Slam, retornou em março ao circuito após passar mais de um ano afastada em razão do nascimento da sua filha, em setembro de 2017. Desde então, ganhou 9 dos 11 jogos que disputou. No último mês, desistiu antes de enfrentar Maria Sharapova nas oitavas de Roland Garros por sentir dores na região do peito.

Em Wimbledon, a americana, atual número 181 do ranking, vive seu melhor momento desde a volta e mostrou evolução na parte física e no ritmo de jogo em comparação às atuações anteriores. Ela ganhou seus quatro jogos sem perder sets.

É verdade que a ex-número um do mundo —que já garantiu ao menos o retorno ao top 100— ainda não teve um grande desafio, e há grandes chances de isso não acontecer até a decisão, marcada para sábado (14).

Cibulkova, Ostapenko, Kerber ou Kasatkina será a outra finalista, aí sim num provável duelo mais interessante.

No ano em que as dez primeiras cabeças de chave foram eliminadas antes das quartas de final de Wimbledon, uma velha conhecida do torneio credencia-se novamente como favorita ao título.

]]>
0
Wimbledon perde atual campeã e mais cinco das oito principais favoritas https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/em-tres-dias-wimbledon-perde-cinco-das-oito-principais-favoritas/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/em-tres-dias-wimbledon-perde-cinco-das-oito-principais-favoritas/#respond Wed, 04 Jul 2018 19:09:28 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/muguruza-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1280 *Atualizado às 17h06 de quinta-feira (5)

Não é apenas a Copa do Mundo da Rússia que tem quebrado bolões. Em quatro dias de Wimbledon, seis das oito principais cabeças de chave do evento feminino de simples foram eliminadas do torneio.

Na primeira rodada caíram a americana Sloane Stephens (#4), a ucraniana Elina Svitolina (#5), a francesa Caroline Garcia (#6) e a tcheca Petra Kvitova (#8), bicampeã do Slam britânico. A dinamarquesa Caroline Wozniacki (#2) foi eliminada na segunda rodada, assim como a espanhola Garbiñe Muguruza (#2).

Nesta quinta (5), a atual campeã foi superada pela belga Alison Van Uytvanck por 2 sets a 1 (5/7, 6/2 e 6/1).

Das tenistas mais cotadas para chegar às quartas de final sobraram a romena Simona Halep (#1), campeã de Roland Garros em junho, e a tcheca Karolina Pliskova (#7), que busca seu primeiro título de Slam.

Nas últimas dez edições do torneio, apenas em 2013 houve um cenário próximo desse, quando quatro das oito principais cabeças de chave foram derrotadas antes da terceira rodada.

As irmãs Williams, Venus (#9) e Serena (#25), venceram dois jogos até agora. Campeã de Wimbledon, a russa Maria Sharapova (#24) caiu no seu primeiro jogo.

Na chave masculina de simples, as zebras também estão soltas. Três dos oito principais cabeças de chave se despediram até agora: o croata Marin Cilic, o búlgaro Grigor Dimitrov (#6) e o austríaco Dominic Thiem (#7).

]]>
0
Saque do australiano Nick Kyrgios acerta boleira e a tira de jogo em Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/saque-de-australiano-acerta-boleira-e-a-tira-de-jogo-em-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/saque-de-australiano-acerta-boleira-e-a-tira-de-jogo-em-wimbledon/#respond Tue, 03 Jul 2018 15:59:52 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/kyrgios-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1269 O australiano Nick Kyrgios, 23, estava em um dia afiado no saque nesta terça-feira (3). Na sua estreia em Wimbledon, contra o uzbeque Denis Istomin, ele fez 42 aces na vitória por 3 sets a 1 (7/6, 7/6, 6/7 e 6/3).

O tenista quebrou seu recorde pessoal, que era de 37 aces, registrados na vitória sobre Rafael Nadal nas oitavas de final em 2014, quando o australiano tinha 19 anos.

Duas semanas atrás, no torneio de Queens, Kyrgios tornou-se o primeiro tenista desde 2007 a fazer pelo menos 30 aces em uma partida melhor de três sets.

Um dos 42 saques certeiros disparados nesta terça, porém, não teve um destino feliz. Ele acertou o braço de uma boleira que estava no fundo da quadra. Mesmo após a bola quicar na grama, a potência do golpe causou dores na região atingida, e a garota precisou ser substituída.

Segundo a transmissão oficial, o saque atingiu 217 km/h. O recorde no tênis masculino é de um compatriota dele, Sam Groth, que sacou a 263 km/h em um torneio challenger em 2012. Em eventos de primeiro nível, a principal marca é do americano John Isner, 253 km/h na Copa Davis em 2016.

“Originalmente, quando ouvi o som, achei que fosse o placar. Então percebi que era o braço dela. Foi difícil. Ela começou a chorar. Foi difícil, mas ela levou como uma campeã. Eu estaria chorando, com certeza”, afirmou Kyrgios, que disse também não ter encontrado com a boleira após a partida.

]]>
0
Federer deixa Nike e surpreende em Wimbledon com marca japonesa https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/02/federer-deixa-nike-e-surpreende-em-wimbledon-com-marca-japonesa/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/02/federer-deixa-nike-e-surpreende-em-wimbledon-com-marca-japonesa/#respond Mon, 02 Jul 2018 14:39:26 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/federer-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1256 A entrada do atual campeão em quadra para o primeiro jogo da quadra central de Wimbledon é um dos vários momentos tradicionais do mais tradicional torneio do Grand Slam. Nesta segunda-feira (2), porém, quando Roger Federer, 36, pisou no maior templo do tênis, uma outra tradição se quebrava.

O suíço apareceu trajado com roupas da sua nova patrocinadora, a Uniqlo. A empresa multinacional japonesa, que nos últimos anos se expandiu e espalhou lojas de departamento pelo mundo, substitui a Nike, que vestiu Federer por toda a sua carreira profissional, iniciada em 1998.

Em junho, quando a imprensa suíça noticiou a possibilidade da mudança de fornecedora de material, o tenista confirmou que o contrato com os americanos havia acabado em março, mas deixou o futuro em aberto.

Enquanto continuava usando roupas com o famoso logotipo RF, criado pela Nike e sucesso mundial de vendas, ele ganhava tempo. No domingo, deu entrevista de blazer e camisa e treinou com uma camiseta da Laver Cup, evento do qual é dono.

Tudo para deixar o mundo do esporte boquiaberto com a sua entrada em quadra nesta segunda. Não pela mudança, que já era esperada, mas pela forma como ela foi anunciada. Sem vazamentos, de supetão, mas com a classe habitual do vencedor de 20 Slams.

O dia marca o fim de uma das mais conhecidas relações entre atleta e marca e também o início de uma nova, voltada principalmente para o mercado asiático. A Uniqlo patrocina também o principal tenista japonês, Kei Nishikori.

Segundo a revista Forbes, o último contrato de Federer com a Nike valia US$ 10 milhões anuais (R$ 38 milhões). A imprensa suíça falava em US$ 30 milhões (R$ 115 milhões) ao noticiar as negociações do tenista com os japoneses. A empresa não revelou valores nem o tempo de contrato.

O tenista afirmou em entrevista após a partida que espera chegar a um acordo com a antiga parceira para adquirir o direito de usar o logo com as suas iniciais, as mais famosas do tênis, nos seus novos produtos.

Federer em Wimbledon: tênis da Nike e meia da Uniqlo (Glyn Kirk/AFP)
Federer em Wimbledon: tênis da Nike e meia da Uniqlo (Glyn Kirk/AFP)

Especulações monetárias à parte, deve levar algum tempo para que o público, em especial os fãs do suíço, se acostume ao seu novo visual. Em Wimbledon, o impacto da nova vestimenta é até menor, pela exigência do traje branco da cabeça aos pés.

Os tênis de Federer, aliás, ainda eram da Nike nesta segunda. É possível que assim permaneçam, já que a Uniqlo não tem uma linha específica para a modalidade. Quando foi patrocinado pela marca japonesa, Novak Djokovic permaneceu calçando Adidas, sua antiga fornecedora de material.

Dentro de quadra, o oito vezes campeão de Wimbledon fez o que dele se esperava e derrotou o sérvio Dusan Lajovic com tranquilidade, por 3 sets a 0 (6/1, 6/3 e 6/4). Já no mundo dos negócios, Federer acaba de provocar algum alvoroço.

]]>
0
Hoje sou um número 1 mais experiente e respeitado, afirma Marcelo Melo https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/20/hoje-sou-um-numero-1-mais-experiente-e-respeitado-afirma-marcelo-melo/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/20/hoje-sou-um-numero-1-mais-experiente-e-respeitado-afirma-marcelo-melo/#respond Thu, 20 Jul 2017 03:01:27 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/TENNIS-GBR-WIMBLEDON_66506763-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=611 Conquistar um Grand Slam e ser número um do mundo não são fatos novos na carreira de Marcelo Melo, 33. O atual campeão de Wimbledon vencera Roland Garros há dois anos e já havia liderado o ranking em outras duas oportunidades.

A primeira vez que o mineiro chegou ao topo foi em novembro de 2015. Ele permaneceu lá durante 22 semanas, até abril de 2016. No mês seguinte, Melo retomou a primeira posição para um reinado mais curto, de quatro semanas.

Se antes ele formava time com o croata Ivan Dodig, agora joga ao lado do polonês Lukasz Kubot. Porém não foi apenas o parceiro que mudou. O experiente tenista, que há mais de dez anos se dedica exclusivamente às duplas, hoje se considera um atleta melhor em comparação à primeira vez que liderou a lista.

“Com certeza estou muito mais experiente hoje em dia do que em 2015. Tive vários resultados importantes no caminho, e isso tudo conta na bagagem, tornando o jogador mais experiente, sólido e respeitado”, afirma Melo à Folha.

O brasileiro destaca aspectos técnicos e psicológicos da sua evolução. “Melhorei muito meu saque, e isso vem ajudando muito. Sempre procurei ficar tranquilo nos momentos importantes, e acho que o lado mental também evoluiu demais”, diz.

Saber lidar com momentos tensos foi crucial para chegar ao título de Wimbledon, no sábado (15), a primeira conquista do país no torneio em 51 anos.

A partida contra o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic teve quatro horas e 39 minutos de duração. Quando o quinto set estava empatado em 11 a 11 e a luz natural já não dava conta da iluminação, foi feita uma pausa para fechar o teto da quadra central.

Depois de dez minutos de paralisação, Melo e Kubot finalmente ganharam dois games seguidos e finalizaram o jogo em 13 a 11. O brasileiro conta que, à espera do fechamento da cobertura, ele e o parceiro evitaram papos mais longos.

“Fomos para uma sala atrás da quadra central. A gente conversou um pouco, mas cada um tentou manter o seu foco. Procurei ficar pulando para manter o corpo aquecido, porque sabia que voltaria sacando”.

Após o ponto decisivo, o silêncio se transformou em euforia. “Acho que falei Wimbledon umas 50 vezes, o Lukasz também”, relembra Melo, que se atirou na grama para comemorar.

Com o maior sonho da carreira realizado, o mineiro voltou ao Brasil nesta semana. No segundo semestre, os principais objetivos da dupla são o Aberto dos EUA, no fim de agosto, e o ATP Finals, torneio que reúne as oito melhores parcerias do ano e fecha a temporada, em novembro.

]]>
0
Sem linha de chegada, Federer torna sua carreira ainda mais brilhante https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/sem-linha-de-chegada-federer-torna-sua-carreira-ainda-mais-brilhante/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/sem-linha-de-chegada-federer-torna-sua-carreira-ainda-mais-brilhante/#respond Sun, 16 Jul 2017 19:11:20 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/federer-180x87.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=600 Até onde vai Roger Federer? A pergunta não é inédita, mas precisa ser feita novamente após seu 19º título de Grand Slam, o oitavo em Wimbledon, neste domingo (16).

Felizmente não há uma resposta na ponta da língua. O troféu em Londres, que isolou o suíço como maior vencedor do torneio entre os homens, era o objetivo principal —ainda assim visto com cautela— no início do ano, quando ele voltava após seis meses afastado por conta de lesão no joelho.

Federer antecipou as metas e venceu logo de cara o Aberto da Austrália. Depois, os Masters de Indian Wells e Miami. Nesses torneios, derrotou Rafael Nadal, seu maior adversário, três vezes. O nível apresentado em quadra surpreendia o circuito.

A prudência, porém, disse que era hora de descansar e se preparar para brilhar no seu piso favorito, a grama. Aos 35 anos, ele se permitiu nem pisar na quadra de saibro, superfície que sempre lhe trouxe mais dificuldades, e parou por mais de dois meses.

A estratégia se mostrou acertada, e a joia da coroa veio na quadra central do All England Club, cenário de suas maiores façanhas.

Em 2012, quando o suíço vencera seu último Slam até este ano, já não faltava nenhum dos principais feitos do tênis para ele. Agora, Federer ampliou a diferença de títulos para os rivais (Nadal tem 15 e Pete Sampras, 14) e ainda protagonizou um dos maiores retornos da história do esporte.

As possibilidades para o segundo semestre são animadoras. Em terceiro no ranking com 6.545 pontos e nada pela frente para defender, voltar ao topo é uma meta possível. Acima dele estão Andy Murray (7.750), que defende mais de 5.000 pontos até novembro, e Rafael Nadal (7.465), provavelmente seu maior adversário pela liderança. Na corrida da temporada, o espanhol supera o suíço por pouco (7.095 contra 6.545).

Uma eventual disputa dependerá de quantos torneios os tenistas estarão dispostos a jogar. Independentemente disso, há outros feitos grandiosos à espera do suíço. Vencer seu primeiro Aberto dos EUA desde 2008 e três Slams numa mesma temporada, algo que não acontece desde 2007, é um deles.

A maior vantagem de Federer hoje é que não há uma linha de chegada definida na sua carreira. Enquanto tiver condições físicas, prazer e sua família concordar, ele estará em ação. A aposentadoria pode vir amanhã, no fim do ano ou daqui a duas temporadas. Não importa. Aos fãs, cabe o deleite.

Mirka Federer (à dir.), mulher do suíço, e os quatro filhos do casal assistem à premiação (Daniel Leal-Olivas/Reuters)
]]>
0