Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Djokovic vence Wimbledon, seu primeiro título de Grand Slam em dois anos https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/djokovic-vence-wimbledon-seu-primeiro-titulo-de-grand-slam-em-dois-anos/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/djokovic-vence-wimbledon-seu-primeiro-titulo-de-grand-slam-em-dois-anos/#respond Sun, 15 Jul 2018 15:32:31 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/djoko-trofeu-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1352 Após pouco mais de dois anos, Novak Djokovic se reencontrou com um grande troféu. Neste domingo (15), o sérvio derrotou o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0 (6/2, 6/2 e 7/6) e conquistou o título de Wimbledon pela quarta vez na carreira.

O 13º troféu de Grand Slam de Djokovic (está a um de igualar o americano Pete Sampras) representa um novo momento do tenista no circuito, que começou o torneio na 21ª posição do ranking —será o 10º na lista desta segunda (16).

Anderson, também finalista do Aberto dos EUA do ano passado, chega ao seu segundo vice-campeonato de Grand Slam e sobe da oitava para a quinta posição do ranking.

Após ganhar quatro Slams em sequência, culminando com o título inédito de Roland Garros em 2016, o sérvio entrou em declínio. Em novembro daquele ano, perdeu a liderança do ranking, que ocupava desde julho de 2014, para o britânico Andy Murray.

Depois de abandonar uma partida por lesão nas quartas de final de Wimbledon, no ano passado, ele se afastou do circuito para tratar uma lesão no cotovelo direito.

Voltou no Aberto da Austrália, em janeiro, mas após parar nas oitavas decidiu se submeter a uma cirurgia no cotovelo. Em março, quando retornou, sofreu derrotas nas estreias dos Masters 1.000 de Miami e de Indian Wells.

Sua técnica, seu preparo físico e, principalmente, sua confiança passaram a ser questionadas. Será que aquele Djokovic dominante de 2011 e 2015, anos em que ganhou três Grand Slams, voltaria a dar as caras no circuito?

Na temporada de saibro, ele começou a apresentar sinais de evolução. Nessa época, interrompeu a parceria de menos de um ano com o ex-tenista americano Andre Agassi e voltou a trabalhar com seu antigo técnico, o eslovaco Marian Vajda, que também o acompanhou de 2006 até 2017.

Djokovic fez jogo duro contra Rafael Nadal no Masters de Roma, mas caiu de forma surpreendente diante do italiano Marco Cecchinato nas quartas em Roland Garros.

Já na grama, após ser vice-campeão do torneio de Queens, alimentou boas expectativas para Wimbledon, confirmadas ao longo do torneio.

Seu maior teste foi na semifinal, contra Rafael Nadal, em jogo de cinco sets em que os dois elevaram seus níveis e fizeram um duelo para entrar na lista dos melhores entre os 52 que eles já protagonizaram.

Se a final não foi memorável como a rodada anterior, ao menos será lembrada pelo retorno triunfal de um dos maiores tenistas da história e pela superação pessoal, como Djokovic deixou bem claro ao vibrar efusivamente na quadra central de Wimbledon.

A partida deste domingo teve duas horas e 19 minutos de duração e foi dominada pelo sérvio desde o primeiro game, em que ele logo quebrou o saque de Anderson. Faria isso mais três vezes na partida.

Os dois tenistas vinham de longos jogos, mas o sul-africano parece ter sentido mais os efeitos das maratonas. Somando duas partidas de cinco sets, contra Roger Federer e John Isner, nas quartas e na semifinal, respectivamente, ele já havia ficado em quadra por 10 horas e 50 minutos.

Já as cinco horas e 15 minutos da semifinal entre Djokovic e Nadal, apesar de terem acabado menos de 24 horas antes do início da decisão, foram diluídas em dois dias.

Curiosamente, foi no terceiro set que Anderson mostrou mais resistência.

O sérvio precisou salvar cinco set-points antes de levar a parcial para o tiebreak e fechar o confronto.

 

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Wozniacki volta ao topo do tênis com título de Grand Slam e sem contestação https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/#respond Sat, 27 Jan 2018 12:55:50 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/woz-180x132.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1026 Número um do mundo sem título de Grand Slam. Esse rótulo, tantas vezes colado em Caroline Wozniacki e usado para desmerecer a sua carreira, não poderá mais ser atribuído à tenista dinamarquesa de 27 anos.

Campeã do Aberto da Austrália neste sábado (27), após bater a romena Simona Halep por 2 sets a 1 (7/6, 3/6, 6/4) em duas horas e 50 minutos de partida, Wozniacki voltará ao topo do ranking da WTA na segunda (29).

Desta vez, diferentemente das outras 67 semanas em que esteve na liderança de 2010 a 2012, não faltará ao currículo dela um dos quatro mais importantes troféus do tênis.

Wozniacki foi vice-campeã do Aberto dos EUA em 2009, aos 19 anos, e em 2014. Uma sequência de lesões a derrubou para a 74ª posição em 2016, e a oportunidade de triunfar em Slams parecia ter passado para a atleta.

Seu estilo de jogo defensivo, baseado em rápida movimentação das pernas e muitas trocas de bola, foi considerado ultrapassado em um circuito cada vez mais dominado por jogadoras que agridem a bolinha.

Desde o ano passado, porém, a dinamarquesa mostrou repertório para se reinventar sem perder a essência. É uma das melhores estrategistas do circuito, mas também parte para a definição dos pontos quando julga necessário. Foi essa postura, mais agressiva do que Halep esperava, que lhe deu a vantagem no início da decisão.

A partida, que valia a ponta do ranking, foi uma batalha de nervos, uma prova de resistência para as duas tenistas, que precisaram salvar match points durante a competição e por muito pouco não deram adeus a Melbourne precocemente.

Após o primeiro set de alto nível, a qualidade técnica caiu nas demais parciais, mas a tensão dos games decisivos garantiu emoção até os últimos pontos.

Halep, agora três vezes vice-campeã em Slams (perdeu na final de Roland Garros em 2014 e 2017), também buscava se livrar do asterisco por nunca ter triunfado em Majors.

Se não foi neste sábado, uma conquista desse nível tampouco parece distante da romena de 26 anos, que com o resultado cai para a segunda posição do ranking. Caso lhe falte inspiração, basta assistir ao vídeo da final e encontrá-la bem ali, do outro lado da rede.

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Campeã de Wimbledon, Muguruza renova expectativas (e pressões) sobre sua carreira https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/campea-de-wimbledon-muguruza-renova-expectativas-e-pressoes-sobre-sua-carreira/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/campea-de-wimbledon-muguruza-renova-expectativas-e-pressoes-sobre-sua-carreira/#respond Sat, 15 Jul 2017 17:06:13 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/MUGURUZA-180x122.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=581 “Eu acho que vou me sentir muito melhor agora para continuar o ano, e todos vão parar de me incomodar perguntando sobre este torneio”.

Foi assim que a atual campeã de Wimbledon, Garbiñe Muguruza, 23, reagiu após ser eliminada de Roland Garros, há pouco mais de um mês. Ela defendia o título, mas parou nas oitavas de final.

Com a derrota, a espanhola nascida na Venezuela finalmente se livrava da pressão que a incomodou por um ano. Nesse período, ela não chegou a nenhuma final e caiu da vice-liderança do ranking para o 15º lugar —voltará à quinta posição na segunda (17).

Assim, quando estreou em Wimbledon, Muguruza não estava entre as favoritas. Porém não demorou a jogar como uma delas. Nos sete jogos, perdeu apenas um set, para a número um do mundo, Angelique Kerber.

O pneu aplicado em Venus Williams no segundo set da final foi a melhor forma de encerrar uma campanha onde foi dominadora, vibrante e inteligente.

O ótimo trabalho de fundo de quadra apresentado pela espanhola não chega a ser novidade, mas a estabilidade para jogar ponto por ponto, sem se perder nos momentos de pressão, surpreendeu.

Vencer um Slam na grama e outro no saibro, ambos contra as irmãs Williams, mostra que o lugar de Muguruza é entre as grandes. Agora, ela terá mais uma chance para aprender a lidar com as altas expectativas e mostrar que é mais do que uma grande jogadora de Slams (alô, Wawrinka).

Após a final, a tenista disse que o trabalho de Conchita Martínez, que a acompanhou durante Wimbledon como uma “supertécnica” —seu treinador regular, Sam Sumyk, se ausentou porque estava prestes a ser pai—, fez diferença.

A compatriota, vencedora de Wimbledon em 1994 como jogadora, teria passado confiança e ajudado a lidar com o estresse de um torneio longo. Se as lições da mentora durarem, Muguruza voltará a fazer estragos.

Conchita Martínez acompanha a final de Wimbledon (Glyn Kirk/AFP)
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Reconstrução leva Venus Williams e Muguruza à final de Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/14/reconstrucao-leva-venus-williams-e-muguruza-a-final-de-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/14/reconstrucao-leva-venus-williams-e-muguruza-a-final-de-wimbledon/#respond Fri, 14 Jul 2017 17:14:42 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/montagem-2-180x59.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=573 A final feminina de Wimbledon, entre Venus Williams e Garbiñe Muguruza, opõe duas trajetórias de reconstrução. Uma mais longa, outra mais recente.

O duelo entre a americana e a espanhola, às 10h deste sábado (15), terá transmissão do SporTV 3 e da ESPN.

Aos 37 anos, Venus pode superar o recorde de mais velha vencedora de Grand Slam. A marca pertence a Serena Williams, que em janeiro conquistou o Aberto da Austrália aos 35. Na final, ela bateu justamente a irmã.

Esse foi o primeiro indício de que 2017 seria um ano especial para Venus. Desde 2011, quando foi diagnosticada com a Síndrome de Sjögren —doença autoimune que pode causar, entre outras coisas, dor articular e cansaço fácil—, ela era uma coadjuvante no circuito.

De 2011 a 2014, a americana não passou da terceira rodada em Slams, e muitos davam a carreira da pentacampeã de Wimbledon como acabada. Não estava. Persistente e ofensiva como sempre, ela continuou disparando suas pancadas e esperou seu momento chegar novamente.

Em junho, a atleta esteve envolvida em acidente de carro nos EUA que causou a morte de um idoso de 78 anos. O caso está sob investigação, e o último comunicado da polícia isentou a tenista de culpa.

Venus Williams e Garbiñe Muguruza nas semifinais de Wimbledon (Adrian Dennis e Frank Augstein – 14.jul.2017/AFP)

Agora, Venus terá pela frente outra tenista que precisou sacudir a poeira recentemente. Muguruza, 23 anos, vice em Wimbledon em 2015 e campeã de Roland Garros no ano passado, não chegava a uma final de qualquer torneio desde o título em Paris.

Em junho, a espanhola sentiu-se pressionada para a defesa do troféu e caiu nas oitavas de final após sofrer com o apoio da torcida francesa à local Kristina Mladenovic. Em entrevista, ela disse que estava feliz com o fim daquele momento e que finalmente poderia seguir adiante sem encarar perguntas incômodas sobre Roland Garros.

Mais leve, Muguruza recuperou em Londres seu melhor tênis: agressivo na medida certa e com subidas inteligentes à rede. Passou por cima de cinco adversárias e só teve dificuldades diante da número 1 do mundo, Angelique Kerber, nas oitavas.

As duas finalistas perderam apenas um set até aqui. Na final, uma delas perderá dois. Antes disso, porém, espera-se uma batalha.

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Marcelo Melo supera início ruim com parceiro para voltar ao número 1 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/13/marcelo-melo-supera-inicio-ruim-com-parceiro-para-voltar-ao-numero-1/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/13/marcelo-melo-supera-inicio-ruim-com-parceiro-para-voltar-ao-numero-1/#respond Thu, 13 Jul 2017 19:44:20 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/316449_715511_wimbledon_2_web_-180x135.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=560 Há quatro meses, Marcelo Melo vivia um começo de parceria frustrante com Lukasz Kubot. Hoje, a dupla está na final de Wimbledon, e o brasileiro assumirá a liderança do ranking na próxima segunda (17).

A conquista em dose dupla veio após vitória em cinco sets sobre Henri Kontinen e John Peers, cabeças de chave número 1, pela semifinal.

Nos primeiros cinco torneios do ano, Melo e Kubot venceram apenas quatro partidas. O estilo de jogo agressivo do polonês não havia encaixado com o trabalho de rede do mineiro, e a sequência de torneios nos EUA em março poderia significar o fim da recém-formada equipe.

Porém o resultado surpreendeu: um título e um vice nos Masters de Miami e Indian Wells. Esse foi o ponto de virada para a dupla, que assumiu a liderança do ranking da temporada e ganhou mais três competições desde então.

Por terem vencido dois torneios na grama, eles chegaram a Wimbledon como favoritos, mas nem por isso a trajetória até a final teve menos drama. Três dos cinco jogos foram ao quinto set, e em dois deles as parciais passaram de seis.

Como o ranking é baseado nos resultados das últimas 52 semanas, nem todos os pontos de Melo foram conquistados também por Kubot. O polonês, portanto, não estará no topo do ranking ao lado do brasileiro —pelo menos por enquanto.

É uma situação normal na modalidade de duplas, mas, pela evolução da parceria e pela persistência de ambos para superar as dificuldades iniciais, seria recompensador vê-los chegarem lá juntos.

DE NOVO NO ALTO

Marcelo Melo será o melhor duplista do mundo pela terceira vez na carreira. A primeira passagem durou 22 semanas, de novembro de 2015 a abril de 2016. Em maio e junho do ano passado, ele teve um período de liderança mais curto,  quatro semanas.

Desde então, três tenistas ocuparam o posto de número 1: Nicolas Mahut, Jamie Murray e Kontinen.

Aos 33 anos, o brasileiro mostra que ainda pode fazer muito no tênis. A próxima parada será a final, no sábado (15), contra o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic, cabeças de chave 16.

O Girafa, apelido do mineiro de 2,03 m, sempre diz que Wimbledon é o seu torneio favorito e que vencer o Slam britânico seria um sonho. Ele já bateu na trave em 2013, quando perdeu para os irmãos Bryan ao lado de Ivan Dodig.

“Hoje foi um grande dia, mas agora é acalmar, aproveitar o dia de amanhã para dar uma tranquilizada e vir com tudo na final”, afirmou. O sonho nunca esteve tão próximo.

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As incríveis coincidências entre Ostapenko, finalista de Roland Garros, e Guga https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/08/as-incriveis-coincidencias-entre-ostapenko-finalista-de-roland-garros-e-guga/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/08/as-incriveis-coincidencias-entre-ostapenko-finalista-de-roland-garros-e-guga/#respond Thu, 08 Jun 2017 16:56:42 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/06/tenista620-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=472 Em 8 de junho de 1997, enquanto Gustavo Kuerten vencia Roland Garros pela primeira vez e fazia história, Jelena Ostapenko nascia em Riga, na Letônia.

Hoje, 20 anos depois, Guga recebia homenagens pela conquista em Paris enquanto a jovem tenista avançava à decisão do Grand Slam francês.

Com os mesmos 20 anos que o brasileiro tinha na época do título, Ostapenko já escreve um capítulo mágico na sua carreira.

Caso vença a final contra a romena Simona Halep, às 10h deste sábado (transmissão do Bandsports), ela repetirá Guga e alcançará seu primeiro grande troféu como profissional logo em um Grand Slam.

Outra coincidência, em caso de final feliz para a letã, é que, assim como o catarinense, ela não entrou como cabeça de chave do torneio. Guga estava em 66º do mundo antes de Roland Garros-1997. Ostapenko aparecia na 47ª posição do ranking.

Hoje, com a facilidade de acesso à informação e uma grande quantidade de jogos exibidos na TV, ficou mais simples conhecer jovens tenistas com potencial. Por isso, principalmente, a atleta da Letônia não choca o mundo como aconteceu naquela ocasião.

Ostapenko vem de três vitórias seguidas contra cabeças de chave: Samantha Stosur (23), Caroline Wozniacki (11) e Timea Bacsinszky (30). Durante o torneio, ela disputou quatro partidas de três sets e fez cinco dos seus seis jogos diante de adversárias mais bem ranqueadas.

Apesar de não esconder a frustração com os erros em quadra —faz careta e cara de choro—, impressiona como a jovem não deixou os jogos escaparem. Agressiva, ela disparou em média 41 winners por partida e cometeu 36 erros não forçados.

A título de curiosidade: Ostapenko teve que optar pelo tênis ou pela dança de salão na adolescência. Campeã juvenil de Wimbledon em 2014, ela escolheu a raquete, mas não deixou de praticar dança sempre que pode. Seu ritmo preferido, segundo esta divertida reportagem do “The New York Times”, é samba.

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Nadal faz história como primeiro decacampeão, e tudo indica que fará ainda mais https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/04/23/nadal-faz-historia-como-primeiro-decacampeao-e-tudo-indica-que-fara-ainda-mais/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/04/23/nadal-faz-historia-como-primeiro-decacampeao-e-tudo-indica-que-fara-ainda-mais/#respond Sun, 23 Apr 2017 20:21:23 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/5-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=291 Até este domingo (23), o soberbo retorno de Roger Federer ofuscava o bom momento de Rafael Nadal na temporada. Ele já era o segundo melhor tenista do ano com alguma folga, mas a falta de títulos e as três derrotas para o suíço impediam empolgação maior com o tênis do espanhol.

Pronto. O dia de derramar elogios a Nadal chegou. Com a previsível vitória sobre o compatriota Albert Ramos-Vinolas em Monte Carlo (6/1, 6/3 em 76 minutos), o rei do saibro conquistou seu décimo título nesse torneio. Foi a primeira vez que um tenista levantou o mesmo troféu dez vezes na era aberta. De quebra, ele chegou ao 29º título de Masters e ao 70º da carreira.

Nadal terá a chance de triplicar o feito se alcançar a décima conquista em Barcelona e em Roland Garros. Hoje ele tem nove títulos em cada um dos torneios. Além disso, o espanhol tornou-se o grande favorito para a temporada de saibro como um todo.

Federer só deve voltar do período de descanso no Slam francês, e mesmo assim ele ainda não confirmou presença em Paris. Número um do mundo, Andy Murray decepcionou novamente ao cair diante de Ramos-Vinolas. Em que pese a falta de ritmo do britânico e a lentidão da quadra no principado, esperava-se mais.

Novak Djokovic segue como incógnita. O sérvio mostrou evolução e, mais importante no caso dele, atitude positiva em quadra para vencer dois jogos complicados contra Gilles Simon e Pablo Carreño Busta. Depois, perdeu para um David Goffin inspirado. É possível ver o copo meio cheio ou meio vazio antes que os Masters de Madri e Roma iluminem mais as perspectivas para Roland Garros.

Se a campanha de Nadal não chegou a ser brilhante, pelo menos foi segura. O espanhol perdeu set contra Kyle Edmund e poderia ter sido mais exigido por Goffin, que entrou em um buraco para não mais sair após erro grosseiro do árbitro. Contra Alexander Zverev e Vinolas, porém, ele se impôs. Sem contar a primeira rodada, foram apenas 4,5 games perdidos por jogo em média.

Ainda faltam confrontos diretos para a rivalidade do “big four” esquentar. Nadal e Federer não enfrentaram Murray ou Djokovic em 2017. Britânico e sérvio se encontraram só uma vez até agora, em Doha. Esses clássicos, em que o nível técnico cresce e o emocional aflora, podem mudar os rumos da temporada.

A próxima chance de ver um deles será nesta semana, em Barcelona, onde Murray e Nadal estão inscritos. Fica a torcida para que o saibro proporcione vários duelos entre os melhores do mundo, preferencialmente logo.

RAMOS-VINOLAS

Aos 29 anos, o canhoto espanhol conseguiu em Monte Carlo o melhor resultado da carreira e aparecerá no top 20 pela primeira vez nesta segunda (24) após derrotar Murray, Marin Cilic e Lucas Pouille em sequência. Competente no saibro, mas sem grandes diferenciais, tentou o que podia contra Nadal: começou agressivo e errou demais, depois foi um pouco melhor ao prolongar os pontos. Nada que fosse suficiente.

Espero coisas boas dele e de Carreño Busta, 25, nesta temporada de saibro. Se não formam aquela armada espanhola de outrora, podem surpreender aqui e ali. A conferir.

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Título emocionante de Federer coroa envelhecimento exemplar https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/29/titulo-emocionante-de-federer-coroa-envelhecimento-exemplar/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/29/titulo-emocionante-de-federer-coroa-envelhecimento-exemplar/#respond Sun, 29 Jan 2017 14:00:01 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/federer620-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=113 Seria difícil imaginar um roteiro melhor e mais dramático para a 18ª conquista de Grand Slam de Roger Federer. Aos 35 anos, contra o maior rival, em cinco sets e num ponto definido após o desafio.

É um daqueles dias em que tudo parece fazer sentido: os mais de quatro anos de espera desde o troféu de Wimbledon-2012, os seis meses parados por lesão no joelho, a dúvida se a bola havia ido fora que fez com que o Aberto da Austrália tivesse o protagonismo da tecnologia em seu desfecho.

Como não se emocionar com a alegria de criança do campeão? Nos últimos anos, era em tom sarcástico que falávamos sobre a sua “decadência”. Parecia impossível bater Novak Djokovic em cinco sets, mas ele sempre esteve por ali: fez oito semifinais e decisões de Slams desde então. Focado, decidiu enfrentar a maior lesão da carreira e retornar mesmo após ter conquistado quase tudo o que podia.

O carinho do público só aumentou, e Federer passou a ser o favorito sentimental de todo torneio. Em Melbourne, as entrevistas com Jim Courier após as partidas transformaram-se em longos bate-papos. A familiaridade de nós, mortais, com o suíço é tamanha que, ao ver suas declarações, dá vontade de perguntar: “Como vai a Mirka? E as crianças, estão bem?”.

Dentro de quadra, suas exibições despertam inveja. Quem envelhece tão bem? O físico pode não ser o mesmo, mas a técnica e a classe não o deixaram.

Em 2006, no célebre ensaio “Federer como experiência religiosa”, o escritor David Foster Wallace definiu “Momentos Federer” como “ocasiões em que, assistindo ao jovem suíço jogar, a mandíbula despenca, os olhos saltam para fora e os sons produzidos fazem o cônjuge aparecer na sala para ver se você está passando bem”.

Com exceção do “jovem”, a definição segue atual. A carreira inteira do maior vencedor de Slams em todos os tempos é um “Momento Federer”.

Diante de Rafael Nadal neste domingo (29), ele espantou fantasmas do passado. Pressionado, deu as velhas madeiradas, mas também foi agressivo e buscou a linha, com saldo positivo: 73 bolas vencedoras e 57 erros não forçados. No quinto set, quando tudo indicava o contrário, o suíço foi mais forte mentalmente que o espanhol.

Federer vai sacar para o campeonato. Ah, que saudades de ouvir isso. Federer tem o match point. Meu Deus, não acredito que estou ouvindo isso. Federer é campeão do Aberto da Austrália. Que maravilhoso ouvir isso.

Não se sabe como será o amanhã do suíço, que retorna ao top 10, mas por enquanto não importa. Obrigado por hoje. Obrigado por tudo, Roger.

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Federer e Nadal provam que sim, ainda podem ganhar Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/27/federer-e-nadal-provam-que-sim-eles-ainda-podem-ganhar-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/27/federer-e-nadal-provam-que-sim-eles-ainda-podem-ganhar-grand-slam/#respond Fri, 27 Jan 2017 14:36:11 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/Fedal-180x111.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=89 O primeiro a ser questionado foi Roger Federer. Sem triunfar em um Grand Slam desde Wimbledon-2012, ele passou a conviver com a incômoda pergunta: ainda conseguirá um título desse porte?

Para Rafael Nadal, a pressão chegou dois anos depois, mas foi ainda mais dura. Após a sua última conquista, em Roland Garros-2014, ele nunca mais havia avançado às semifinais de um major.

Com a definição de que a final do Aberto da Austrália, às 6h30 de domingo (29), será entre os dois, uma coisa é certa: sim, pelo menos um deles ainda é capaz de triunfar em Grand Slam.

Aos 35 anos, o suíço voltou após seis meses em que ficou afastado por lesão no joelho. Derrotou três top 10 (Tomas Berdych, Kei Nishikori e Stan Wawrinka), fez duas partidas de cinco sets e por vezes foi aquele Federer.

No presente, a mente e o corpo são diferentes, mas, para o maior vencedor de Slams em todos os tempos (17), a roupa do passado ainda serve perfeitamente.

As lesões também atrapalharam o espanhol, com quem a chegada aos 30 foi cruel. No ano passado, ele precisou abandonar Roland Garros na terceira rodada, desistiu de Wimbledon e encerrou a temporada mais cedo.

Muitos, incluindo este blogueiro, achavam que seria difícil passar de Alexander Zverev na terceira rodada. Esquecemos que para nenhum tenista a palavra superação cai tão bem quanto para ele. A vitória fácil contra Milos Raonic surpreendeu, e a batalha de quase cinco horas diante de Grigor Dimitrov nesta sexta (27) deve aumentar a sua confiança (leia mais sobre o búlgaro abaixo).

É fato que as quedas precoces de Andy Murray e Novak Djokovic abriram o caminho para Nadal e Federer voltarem a decidir um Slam após quase seis anos. Porém pelo que ambos jogaram durante estas duas semanas em Melbourne, quem garante que não poderiam derrotar os melhores da atualidade?

Jogo após jogo, a expectativa pelo 35º “Fedal” crescia no mundo do tênis. Concretizado, muitas cartas virão à mesa. O domínio do espanhol no confronto geral (23 a 11), em Slams (9 a 2), sobre a quadra dura (9 a 7) e no Aberto da Austrália (3 a 0) é indiscutível.

No entanto faz mais de um ano que os rivais não se enfrentam —Federer venceu o último confronto na final de Basel-2015. Nos últimos três anos, eles estiveram frente a frente apenas duas vezes.

O jogo e o físico de ambos são muito diferentes do que eram da primeira vez que duelaram, em 2004. Nadal conseguirá minar Federer explorando o backhand? Quão efetivo o suíço será no saque e na rede?

Apenas o prólogo da final dos sonhos foi escrito. O restante do livro está aberto e à espera do que os protagonistas da maior rivalidade da história do tênis farão daqui a dois dias.

GRIGOR DIMITROV

Este post poderiam ser dois, porque Grigor Dimitrov, 25, merecia um só para ele. O búlgaro jogou tudo o que sabe —e o que a gente até já tinha esquecido— para sair de duas desvantagens e quase virar uma batalha épica contra Nadal.

Correu muito para se defender e parecia pouco suar, teve seus momentos de “shot-maker” e desfilou a conhecida técnica. Enfim, mostrou que pode fazer um ano muito bom e cumprir as expectativas que o circuito tem sobre ele caso mantenha o embalo. Já temos um candidato a melhor jogo do ano.

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É melhor preparar o lenço para a final entre as irmãs Williams https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/26/e-melhor-preparar-o-lenco-para-a-final-entre-as-irmas-williams/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/26/e-melhor-preparar-o-lenco-para-a-final-entre-as-irmas-williams/#respond Thu, 26 Jan 2017 13:08:36 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/US_Open_Tennis-180x130.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=80 O abraço junto à rede ao fim dos jogos ganha conotação diferente quando, de cada lado dela, está uma das irmãs Williams.

Neste sábado (28), ao término da decisão do Aberto da Austrália, o cumprimento entre Serena e Venus em uma final de Grand Slam após quase oito anos promete ser um dos mais emocionantes da carreira delas. O jogo está marcado para as 6h30 (de Brasília).

Já foi emotivo no último confronto familiar, nas quartas de final do Aberto dos EUA-2015. Na ocasião, Serena teve mais trabalho do que se esperava para vencer a irmã mais velha em três sets. O público americano reconheceu o esforço das atletas da casa e aplaudiu o abraço emocionado entre elas.

Era difícil prever que, aos 35 e 36 anos, elas teriam um reencontro em uma final de major. Não por Serena, que, a despeito de eliminações inesperadas no segundo semestre do ano passado, ainda é capaz de impor sua superioridade técnica e física no circuito.

Por outro lado, a última final de Slam para Venus havia sido em Wimbledon-2009, quando perdeu para a irmã. Era sabido que o filme ainda não havia chegado ao fim, mas uma nova e brusca virada no roteiro tampouco parecia estar nos planos.

Venus (à esq.) e Serena Williams comemoram no Aberto da Austrália (Peter Parks//Paul Crock/AFP)
Venus (à esq.) e Serena Williams comemoram no Aberto da Austrália (Peter Parks//Paul Crock/AFP)

Serena é muito favorita. A irmã mais nova venceu 16 dos 27 duelos entre elas e 7 dos últimos 8. Além da disputa pelo troféu, estará em quadra um capítulo fundamental da história do tênis. As irmãs que revolucionaram o esporte nas últimas décadas voltarão, após 14 anos, a decidir o Slam australiano. Foi em Melbourne também que elas tiveram seu primeiro embate como profissionais, em 1998.

Todo mundo que já disputou pelo menos bolinha de gude contra o irmão conhece a frustração de ser derrotado por alguém tão próximo. Saber olhar para o outro lado da quadra e se enxergar na adversária, no entanto, é um gesto de grandeza, algo que certamente não falta às Williams.

“[Venus] é uma inspiração total. Minha grande irmã. Ela é basicamente meu mundo e minha vida e significa tudo para mim. Eu não poderia estar mais feliz com esses resultados. Para nós, as duas estarem na final é o maior sonho que se tornou realidade. Eu só sinto que, não importa o que aconteça, nós teremos vencido […] Uma Williams ganhará o torneio”, afirmou Serena após a sua classificação.

Preparem os lenços, pois será bonito.

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