Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Zverev dá passo grande e definitivo para entrar na elite do tênis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/11/18/zverev-da-passo-grande-e-definitivo-para-entrar-na-elite-do-tenis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/11/18/zverev-da-passo-grande-e-definitivo-para-entrar-na-elite-do-tenis/#respond Sun, 18 Nov 2018 23:09:09 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/zverev3-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1509 Aos 21 anos, o alemão Alexander Zverev obteve neste domingo (18) um feito que, quando for relembrado no futuro, poderá ser visto como um marco da mudança de geração na elite do tênis.

Ao derrotar o sérvio Novak Djokovic, 31, e vencer o ATP Finals, torneio que reúne os oito melhores do ano e só perde para os Grand Slams em relevância, Zverev não só alcançou o maior feito da sua ainda curta carreira, mas o fez vencendo em sequência dois dos maiores nomes da história.

No sábado, ele havia batido Roger Federer, 37, nas semifinais, por 2 sets a 0, placar que repetiu diante de Djokovic.

Se ainda soa prematuro dizer que o domínio deles, além de Rafael Nadal e Andy Murray —quarteto que ficou conhecido como “Big Four”—, está com os dias contados, pode-se afirmar com segurança que o alemão chegou na elite do esporte para permanecer.

Foi a primeira vez que um tenista da nova geração venceu um dos quatro na final de um torneio desse peso.

A carreira de Zverev já era bem consistente para um atleta de 21 anos, que ainda precisa dividir espaço com veteranos que não dão sinais de trégua. Ele soma três títulos de Masters 1.000 e já alcançou a terceira posição do ranking —será o quarto na lista desta segunda (19), atrás apenas de Federer, Nadal e Djokovic.

A tendência é que a pressão sofrida por nunca ter passado das quartas de final de um Grand Slam arrefeça após ele provar que é capaz de derrotar em sequência, num grande torneio, dois desses nomes.

Seu retrospecto contra Federer é de três vitórias para cada lado. Contra Djokovic, cada um levou a melhor duas vezes. Apenas diante de Nadal (0 a 5) seus números são amplamente desfavoráveis.

Zverev tornou-se também o mais jovem desde Djokovic, em 2008, a vencer o Finals. A mostra de respeito e certa devoção pelo agora rival veio no seu discurso de campeão.

“Gostaria de parabenizar Novak pela ótima semana e pela segunda metade da temporada. Você mal perdeu, e estou muito agradecido por ter perdido de mim hoje”, disse.

De fato, o sérvio teve um segundo semestre exemplar, com 35 vitórias e 3 derrotas. Após passar por uma cirurgia no cotovelo e acumular resultados ruins até Roland Garros, ele deslanchou a partir da temporada de grama.

Venceu quatro torneios, entre eles Wimbledon e o US Open, e voltou a liderar o ranking. No Finals, havia ganhado quatro jogos com facilidade, um deles contra Zverev, na fase de grupos, antes de chegar à decisão. “Nós jogamos duas vezes nesta semana. Todos sabem quão bom tenista você é, mas quero mencionar o quanto você é uma boa pessoa. Nós tivemos muitas boas conversas sobre a vida. Aprecio você ter me deixado ganhar o título hoje”, afirmou em tom de brincadeira o alemão.

O discurso de Zverev também teve menções a seus dois técnicos: Ivan Lendl, um dos grandes tenistas da história, e seu pai, Alexander Zverev Sr.: “Ele não vai parar de chorar até o ano que vem”, disse.

Dois brasileiros também tiveram momento de destaque na cerimônia de premiação.

Marcelo Melo, grande amigo do alemão no circuito, foi citado por ele. Gustavo Kuerten, campeão do torneio em 2000 (ainda com o nome Masters Cup), batizou um dos grupos desta edição e entrou em quadra com o troféu.

A conquista de Zverev teve ainda uma pitada de ironia. Após a derrota para Djokovic, na quarta (14), ele reclamou do desgaste físico provocado pelo calendário de 11 meses e foi criticado por colegas.

Na ocasião, chegou a afirmar que não vinha se sentido bem nos dois últimos meses, algo que talvez não dissesse se soubesse o que estava por vir.

O ATP Finals praticamente encerra a temporada 2018 do tênis, que ainda terá a disputa da final da Copa Davis, entre França e Croácia, de sexta (23) a domingo (25).

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Maiores vencedores, Federer e Djokovic voltam a protagonizar ATP Finals https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/11/09/maiores-vencedores-federer-e-djokovic-voltam-a-protagonizar-atp-finals/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/11/09/maiores-vencedores-federer-e-djokovic-voltam-a-protagonizar-atp-finals/#respond Fri, 09 Nov 2018 14:00:42 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/fedole-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1488 Vencedores de 11 das últimas 15 edições da competição que fecha a temporada da ATP, Roger Federer e Novak Djokovic buscam recuperar o protagonismo nessa disputa.

O torneio, jogado em Londres com os oito melhores tenistas do circuito ao longo do ano, começa neste domingo (11) e vai até o próximo (18).

Federer, 37, é o maior vencedor do ATP Finals, com seis títulos (2003, 2004, 2006, 2007, 2010 e 2011). Em seguida vem Djokovic, 31, com cinco (2008, 2012, 2013, 2014 e 2015), mesmo número de Pete Sampras e Ivan Lendl. De 2000 a 2008, o campeonato era chamado de Masters Cup, e antes disso teve outros nomes.

A última vez que Federer e Djokovic se enfrentaram no ATP Finals foi em 2015. Naquela ocasião, o suíço venceu na fase de grupos, mas eles se reencontraram na decisão, desta vez com triunfo do sérvio, como já havia acontecido em 2012 e 2014.

Com uma lesão no joelho, Federer se afastou das quadras no segundo semestre de 2016 e não participou da competição. No ano seguinte, foi a vez de Djokovic se ausentar por seis meses, para tratar uma lesão no cotovelo. Nenhum deles, no entanto, aproveitou a ausência do rival.

Há dois anos, o sérvio perdeu o troféu para o britânico Andy Murray, que havia acabado de desbancá-lo do posto de número 1 do mundo.

Já em 2017, o suíço parou nas semifinais, ao ser eliminado de forma surpreendente pelo belga David Goffin. O título ficou com o búlgaro Grigor Dimitrov. Nem Goffin nem Dimitrov conseguiram se classificar nesta temporada.

Federer e Djokovic jogam duplas em parceria na Laver Cup (Jim Young - 21.set.18/Associated Press)
Federer e Djokovic jogam duplas em parceria na Laver Cup (Jim Young – 21.set.18/Associated Press)

O domínio de Federer e Djokovic no piso rápido e coberto da o2 Arena contrasta com as dificuldades enfrentadas por Rafael Nadal em Londres. O ATP Finals é o único dos principais eventos do tênis (lista que também inclui Grand Slams e o torneio olímpico) que o espanhol nunca venceu.

Nadal, atual vice-líder do ranking, anunciou sua desistência no início da semana, por não ter se recuperado de uma lesão no abdômen. O desgaste de fim de temporada tem atormentado o espanhol nos últimos anos.

Ele também desistiu de participar do Finals em 2016 e, na temporada passada, abandonou após perder na primeira rodada da fase de grupos.

Além dele, o argentino Juan Martín Del Potro (quarto colocado) é outra baixa neste ano, com uma fratura no joelho.

Dessa forma,o líder e o terceiro colocado do ranking são os favoritos para reeditar a decisão de 2015. Na semana passada, Djokovic, que ressumiu o topo na segunda (5) e vive grande momento, e Federer estiveram frente à frente nas semifinais do Masters 1.000 de Paris, com vitória do sérvio no tiebreak do terceiro set.

Ele venceu os últimos quatro confrontos contra o rival, mas o duelo na França sugeriu um equilíbrio não visto no outro embate entre os dois em 2018, no Masters 1.000 de Cincinnati, que acabou com triunfo tranquilo de Djokovic.

Federer, que pode obter em Londres o centésimo título de simples da sua carreira, afirmou em entrevista nesta semana ao jornal britânico “The Times” que vai continuar a jogar “pelo maior tempo possível”.

Maior vencedor de Grand Slams entre os homens, ele fez uma temporada irregular em 2018. Conquistou 4 troféus, contra 7 no ano passado, e sofreu eliminações inesperadas em Wimbledon, para o sul-africano Kevin Anderson nas quartas de final, e no US Open, diante do australiano John Millman nas oitavas.

Neste ano, o ATP Finals homenageia nos nomes dos grupos os vencedores das edições de 2000 e 2001. Djokovic encabeça a chave Guga Kuerten, que tem ainda o alemão Alexander Zverev, o croata Marin Cilic e o americano John Isner.

No grupo Lleyton Hewitt estão Federer, Kevin Anderson, o austríaco Dominic Thiem e o japonês Kei Nishikori.

O Brasil está representado com dois tenistas no torneio de duplas. Marcelo Melo, que joga com o polonês Lukasz Kubot, e Bruno Soares, parceiro do britânico Jamie Murray, caíram em chaves diferentes e poderão se enfrentar a partir das semifinais.

Os grupos do ATP Finals

Diferentemente dos outros torneios do circuito, no ATP Finals quem perde logo de cara não é eliminado. Os oito melhores tenistas do ano são divididos em duas chaves. Todos jogam entre si dentro dos grupos, e os dois melhores de cada um avançam para as semifinais.

Simples

Grupo Guga Kuerten
Novak Djokovic (SER) – 1º colocado do ranking
Alexander Zverev (ALE) – 5º colocado do ranking
Marin Cilic (CRO) – 7º colocado do ranking
John Isner (EUA) – 10º colocado do ranking

Grupo Lleyton Hewitt
Roger Federer (SUI) – 3º colocado do ranking
Kevin Anderson (AFS) – 6º colocado do ranking
Dominic Thiem (AUT) – 8º colocado do ranking
Kei Nishikori (JAP) – 9º colocado do ranking

*Rafael Nadal (2º colocado do ranking) e Del Potro (4º) desistiram por lesão

Primeira rodada

Domingo (11)
12h K. Anderson x D. Thiem
18h R. Federer x K. Nishikori

Segunda (12)
12h A. Zverev x M. Cilic
18h N. Djokovic x J. Isner

Duplas

Grupo Knowles/Nestor
[1] Oliver Marach (AUT) / Mate Pavic (CRO)
[3] Lukasz Kubot (POL) / Marcelo Melo (BRA)
[5] Mike Bryan (EUA) / Jack Sock (EUA)
[8] Pierre-Hugues Herbert (FRA) / Nicolas Mahut (FRA)

Grupo Llodra/Santoro
[2] Juan Sebastian Cabal (COL) / Robert Farah (COL)
[4] Jamie Murray (GBR) / Bruno Soares (BRA)
[6] Raven Klaasen (AFS) / Michael Venus (NZL)
[7] Nikola Mektic (CRO) / Alexander Peya (AUT)

Domingo (11)
10h Murray/Soares x Klaasen/Venus
16h Cabal/Farah x Mektic/Peya

Segunda (12)
10h Marach/Pavic c Herbert/Mahut
16h Kubot/Melo x Bryan/Sock

Transmissão

SporTV 3

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Como o zagueiro Piqué virou vilão para fãs da Copa Davis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/16/como-o-zagueiro-pique-virou-vilao-para-fas-da-copa-davis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/16/como-o-zagueiro-pique-virou-vilao-para-fas-da-copa-davis/#respond Thu, 16 Aug 2018 22:20:48 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/pique-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1381 Um dia após defender o Barcelona em jogo de pré-temporada no Camp Nou, o zagueiro Gerard Piqué, 31, estava na Flórida comemorando a aprovação de mudanças radicais em um dos mais tradicionais eventos esportivos do mundo. No caso, um torneio de tênis.

O jogador de futebol espanhol é um dos donos do grupo de investimento Kosmos, que injetará US$ 3 bilhões (R$ 11,7 bilhões) na Federação Internacional de Tênis (ITF) por 25 anos de contrato com a Copa Davis, principal competição de países da modalidade.

O dinheiro que convenceu a ITF e a maioria das federações internacionais a mudar o formato da competição —medida populista semelhante às adotadas por Fifa e Uefa nos últimos anos— também originou críticas de atletas e fãs de tênis pelo mundo.

“O você acharia se um jogador de tênis, apoiado por um bilionário, quisesse mudar todo o formato da fraca competição de 63 anos da Liga dos Campeões? Sem jogos em casa e fora, com equipes convidadas, etc. É uma loucura”, escreveu o australiano John Millman, número 53 do ranking.

Quem também está por trás da Kosmos é o empresário japonês Hiroshi Mikitani, presidente da Rakuten, empresa de comércio eletrônico que patrocina o Barcelona.

Judy Murray, mãe dos tenistas Andy e Jamie e ex-capitã da equipe britânica da Fed Cup —competição feminina entre países também organizada pela ITF, mas que foi ignorada durante as negociações do torneio masculino—, postou em uma rede social a foto de um túmulo com a inscrição “Aqui jaz a Copa Davis (1900-2018)”.

Se em geral o tom no circuito é de lamento pelo fim da competição com torcidas barulhentas e batalhas de cinco sets, nas redes sociais muitos fãs de tênis seguiram a melodia fúnebre.

Várias das mensagens enviadas para as contas de Piqué são impublicáveis, mas a maioria reclama que um jogador de futebol tenha matado uma competição centenária de tênis.

“Este é o começo de um novo episódio, que garantirá o legítimo lugar que a Copa Davis deve ter como competição de nações. No pessoal e no profissional, hoje é um dos dias mais felizes da minha vida”, disse o espanhol, campeão da Copa do Mundo (2010) e quatro vezes da Liga dos Campeões.

Se o sucesso ou o fracasso da nova Copa Davis nos próximos anos depende de vários fatores, uma coisa já é certa. Piqué, muitas vezes vaiado em jogos da seleção espanhola em razão do seu apoio à independência catalã, acaba de ganhar novos detratores.

Entenda o que muda na nova Copa Davis

Datas – O calendário previa quatro semanas para as fases principais do torneio. Agora serão duas. Em fevereiro, será disputada a fase eliminatória, em vários países. A fase final, em novembro, terá sede única

Formato – A semana final terá uma fase de grupos, com as 18 finalistas divididas em seis chaves. Em cada confronto, serão três jogos em melhor de três sets, em vez de cinco jogos em melhor de cinco sets

Convite – Dois países serão convidados para a fase final da competição. Os critérios para a escolha desses participantes não foram divulgados

Dinheiro – O Kosmos investirá US$ 3 bilhões (R$ 11,7 bilhões) no evento por prazo de 25 anos. Segundo a ITF, a verba servirá para aumentar a premiação e expandir o esporte em mais países

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Federer leva virada incrível de sul-africano e cai nas quartas de Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/11/federer-leva-virada-incrivel-de-sul-africano-e-cai-nas-quartas-de-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/11/federer-leva-virada-incrivel-de-sul-africano-e-cai-nas-quartas-de-wimbledon/#respond Wed, 11 Jul 2018 16:30:45 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/federer-anderson2-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1297 Após vencer 34 sets seguidos em Wimbledon, Roger Federer perdeu 3, diante do sul-africano Kevin Anderson, e foi eliminado nas quartas de final do torneio.

Nesta quarta-feira (11), o suíço de 36 anos abriu vantagem de 2 a 0 contra Anderson, 32, igualando seu próprio recorde de invencibilidade de sets na grama inglesa. A contagem considera também a última edição do evento, que ele venceu.

Na terceira parcial, Federer chegou a ter um match point no saque do adversário, mas não conseguiu fechar o jogo e viu o sul-africano se recuperar em partida que parecia destinada a terminar com uma vitória tranquila do cabeça de chave número um.

O triunfo acabou nas mãos do sul-africano e não teve nada de tranquilo. Após quatro horas e 14 minutos de confronto contra o oito vezes campeão do torneio, Anderson concretizou a virada e fechou a partida por 3 sets a 2 (2/6, 6/7, 7/5, 6/4 e 13/11).

O último set, com a perspectiva de se estender sabe-se lá por quanto tempo (em Wimbledon não há tiebreak para definir a última parcial), teve momentos de drama e fez a torcida, majoritariamente favorável ao suíço, sofrer ao ver seu favorito flertar mais e mais com a eliminação precoce.

Essa é a primeira vez desde 2013 que ele perde antes das semifinais do Slam britânico. Naquele ano, caiu diante do ucraniano Stakhovsky na segunda rodada. Depois, foi derrotado em duas decisões pelo sérvio Novak Djokovic e caiu nas semis de 2016, contra o canadense Milos Raonic. No ano passado, voltou a vencer o torneio.

Na reta final da partida, os dois tenistas confirmavam seus saques com certa facilidade e não pareciam capazes de ameaçar o serviço do adversário, por competência do rival e também pelos erros que, desgastados, cometiam.

Parecia que o primeiro a demonstrar instabilidade em seu saque perderia o duelo, e foi isso que aconteceu. Quando sacava em 11-11, Federer cometeu uma dupla falta e, no ponto seguinte, foi quebrado por Anderson. O sul-africano confirmou o serviço na sequência para confirmar a vitória mais impressionante da sua carreira.

Oitavo colocado do ranking, Kevin Anderson, 2,03 m, é o atual vice-campeão do Aberto dos EUA e chega pela primeira vez às semifinais de Wimbledon. Ele enfrentará John Isner em um duelo de gigantes, já que o americano tem 2,08 m.

Na outra semifinal, Djokovic e Rafael Nadal, que venceu Juan Martín Del Potro também em batalha de 5 sets (quatro horas e 48 minutos), farão uma partida que já nasce com grande expectativa. O espanhol não vai à final de Wimbledon desde 2011, quando perdeu justamente para o sérvio. Este, por sua vez, ganhou o torneio pela última vez em 2015.

Nadal e Del Potro se abraçam após a partida (Tony O'Brien/Reuters)
Nadal e Del Potro se abraçam após a partida (Tony O’Brien/Reuters)
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Saiba onde ver os torneios de tênis na TV em 2018 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/saiba-onde-ver-os-torneios-de-tenis-na-tv-em-2018/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/saiba-onde-ver-os-torneios-de-tenis-na-tv-em-2018/#respond Fri, 22 Dec 2017 12:41:45 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/federer-camera-180x132.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=880 A temporada 2018 do tênis terá torneios transmitidos em ao menos quatro canais da TV por assinatura no Brasil. O blog entrou em contato com as emissoras que possuem os direitos de transmissão dos principais eventos para publicar a relação completa de competições previstas por elas.

Os Grand Slams serão divididos por três canais: Aberto da Austrália na Espn, Roland Garros no Bandsports, Wimbledon no SporTV e Aberto dos EUA na Espn e no SporTV.

A principal novidade nas grades foi anunciada pelo BandSports neste mês. O canal transmitirá 12 dos 13 ATPs 500. A exceção é o Aberto do Rio, que segue com exclusividade no SporTV. Pelo segundo ano seguido, a Sony exibirá as fases decisivas dos torneios da WTA.

Uma alternativa para quem quer assistir a um número maior de partidas é assinar a Tennis TV, serviço de streaming da ATP, ou a WTA TV. Elas exibem quase todos os torneios do circuito (Grand Slams não entram nessa lista) e oferecem atrativos como replays, melhores momentos e tela multijogos.

A assinatura anual da Tennis TV custa US$ 120, e a mensal, US$ 15. A WTA cobra US$ 75 pelo pacote anual e US$ 10 pelo mensal.

As relações de torneios foram fornecidas pelas assessorias de imprensa das emissoras e estão sujeitas a alteração. As datas entre parênteses não significam necessariamente que todos os dias de competição serão exibidos.

Espn

  • Copa Hopman (30 de dezembro a 6 de janeiro)
  • ATP 250 de Brisbane (31 de dezembro a 7 de janeiro)
  • ATP 250 de Sydney (7 a 13 de janeiro)
  • World Tennis Challenge (8 a 10 de janeiro)
  • Aberto da Austrália (15 a 28 de janeiro)
  • BNP Paribas Exhibition (5 de março)
  • Aberto dos EUA (27 de agosto a 9 de setembro)
  • Laver Cup (21 a 23 de setembro)

Bandsports

  • ATP 250 de Doha (1º a 6 de janeiro)
  • ATP 250 de Pune (1º a 6 de janeiro)
  • Copa Davis (2 a 4 de fevereiro, 6 a 8 de abril, 14 a 16 de setembro e 23 a 25 de novembro)
  • Fed Cup (10 e 11 de fevereiro, 21 e 22 de abril e 10 e 11 de novembro)
  • ATP 500 de Roterdã (12 a 18 de fevereiro)
  • ATP 250 de Buenos Aires (12 a 18 de fevereiro)
  • ATP 500 de Dubai (26 de fevereiro a 3 de março)
  • ATP 500 de Acapulco (26 de fevereiro a 3 de março)
  • ATP 250 de Houston (9 a 15 de abril)
  • ATP 500 de Barcelona (23 a 29 de abril)
  • ATP 250 de Budapeste (23 a 29 de abril)
  • ATP 250 de Estoril (30 de abril a 6 de maio)
  • Roland Garros (27 de maio a 10 de junho)
  • ATP 500 de Londres (18 a 24 de junho)
  • ATP 500 de Halle (18 a 24 de junho)
  • ATP 250 de Antalva (24 de junho a 30 de junho)
  • ATP 250 de Eastbourne (25 de junho a 30 de junho)
  • ATP 500 de Hamburgo (23 a 29 de julho)
  • ATP 250 de Atlanta (23 a 29 de julho)
  • ATP 250 de Gstaad (23 a 29 de julho)
  • ATP 500 de Washington (30 de julho a 5 de agosto)
  • ATP 250 de Los Cabos (30 de julho a 4 de agosto)
  • ATP 250 de Winston Salem (19 a 25 de agosto)
  • ATP 250 de Chengdu (24 a 30 de setembro)
  • ATP 500 de Pequim (1º a 7 de outubro)
  • ATP 250 de Tóquio (1º a 7 de outubro)
  • ATP 250 da Antuérpia (15 a 21 de outubro)
  • ATP 500 de Viena (22 a 28 de outubro)
  • ATP 500 de Basel (22 a 28 de outubro)
  • Next Gen Finals (6 a 10 de novembro)

SporTV

  • Copa Davis (2 a 4 de fevereiro, 6 a 8 de abril, 14 a 16 de setembro e 23 a 25 de novembro)
  • Fed Cup (10 e 11 de fevereiro, 21 e 22 de abril e 10 e 11 de novembro)
  • Aberto do Rio (19 a 25 de fevereiro)
  • Masters de Indian Wells (8 a 18 de março)
  • Masters de Miami (21 de março a 1º de abril)
  • Masters de Monte Carlo (15 a 22 de abril)
  • Masters de Madri (6 a 13 de maio)
  • Masters de Roma (13 a 20 de maio)
  • Wimbledon (2 a 15 de julho)
  • Masters de Toronto (6 a 12 de agosto)
  • Masters de Cincinnati (12 a 19 de agosto)
  • Aberto dos EUA (27 de agosto a 9 de setembro)
  • Masters de Xangai (7 a 14 de outubro)
  • Masters de Paris (29 de outubro a 4 de novembro)
  • ATP Finals (11 a 18 de novembro)

Sony

  • Brisbane (premier): quartas de final (3 e 4 de janeiro), semifinais (5 de janeiro) e final (6 de janeiro)
  • Sydney (premier): quartas de final (9 e 10 de janeiro), semifinais (11 de janeiro) e final (12 de janeiro)
  • São Petersburgo (premier): quartas de final (2 de fevereiro), semifinais (3 de fevereiro) e final (4 de fevereiro)
  • Doha (premier 5): quartas de final (15 de fevereiro), semifinais (16 de fevereiro) e final (17 de fevereiro)
  • Dubai (premier): quartas de final (22 de fevereiro), semifinais (23 de fevereiro) e final (24 de fevereiro)
  • Acapulco (international): semifinais (2 de março) e final (3 de março)
  • Indian Wells (premier mandatory): quartas de final (14 e 15 de março), semifinais (16 de março) e final (18 de março)
  • Miami (premier mandatory): quartas de final (27 e 28 de março), semifinais (29 de março) e final (31 de março)
  • Monterrey (international): semifinais (7 de abril) e final (8 de abril)
  • Bogotá (international): semifinais (13 de abril) e final (14 de abril)
  • Stuttgart (premier): quartas de final (27 de abril), semifinais (28 de abril) e final (29 de abril)
  • Praga (international): semifinais (4 de maio) e final (5 de maio)
  • Madri (premier mandatory): quartas de final (10 de maio), semifinais (11 de maio) e final (12 de maio)
  • Roma (premier 5): quartas de final (18 de maio), semifinais (19 de maio) e final (20 de maio)
  • Strasbourg (international): semifinais (25 de maio) e final (26 de maio)
  • S-Hertogenbosch (international): semifinais (16 de junho) e final (17 de junho)
  • Birmingham (premier): semifinais (23 de junho) e final (24 de junho)
  • Eastbourne (premier): quartas de final (28 de junho), semifinais (29 de junho) e final (30 de junho)
  • Bucareste (international): semifinais (21 de julho) e final (22 de julho)
  • Stanford (premier): quartas de final (3 de agosto), semifinais (4 de agosto) e final (5 de agosto)
  • Montreal (premier 5): quartas de final (10 de agosto), semifinais (11 de agosto) e final (12 de agosto)
  • Cincinnati (premier 5): quartas de final (17 de agosto), semifinais (18 de agosto) e finais (19 de agosto)
  • New Haven (premier): quartas de final (23 de agosto), semifinais (24 de agosto) e final (25 de agosto)
  • Hiroshima (international): semifinais (15 de setembro) e final (16 de setembro)
  • Tóquio (premier): quartas de final (21 de setembro), semifinais (22 de setembro) e final (23 de setembro)
  • Wuhan (premier 5): quartas de final (27 de setembro), semifinais (28 de setembro) e final (29 de setembro)
  • Pequim (premier mandatory): quartas de final (05 de outubro), semifinais (06 de outubro) e final (07 de outubro)
  • Hong Kong (international): semifinais (13 de outubro) e final (14 de outubro);
  • Moscou (premier): quartas de final (18 de outubro), semifinais (19 de outubro) e final (20 de outubro)
  • WTA Finals – Cingapura: Round Robin (25 e 26 de outubro), semifinais (27 de outubro) e final (28 de outubro)
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1% dos tenistas ficam com 60% dos prêmios; veja números da disparidade no esporte https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/03/30/1-dos-tenistas-ficam-com-60-dos-premios-veja-numeros-da-desigualdade-no-esporte/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/03/30/1-dos-tenistas-ficam-com-60-dos-premios-veja-numeros-da-desigualdade-no-esporte/#respond Thu, 30 Mar 2017 21:07:43 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/THOMAS_PETER_REUTERS-180x125.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=273 Que o abismo financeiro entre os tenistas profissionais é enorme todos já sabem. O que a ITF (Federação Internacional de Tênis) fez nesta quinta (30), ao anunciar mudanças importantes na organização do esporte, foi expor dados reveladores sobre a realidade vivida pela maioria dos atletas.

Um estudo com mais de 50 mil entrevistados no mundo do tênis analisou a evolução do circuito de 2001 a 2013 e traz diversos números interessantes referentes ao último ano da pesquisa:

  • No circuito masculino, entre os que ganharam alguma premiação, 1% faturou 60% (US$ 97,4 milhões) do total das verbas distribuídas (US$ 162 milhões). Em média, cada atleta levou US$ 32,6 mil
  • Entre as mulheres, a elite que fazia parte do 1% faturou 51% (US$ 60,5 milhões) da premiação total (US$ 120 milhões)
  • 8.874 homens competiram no circuito, mas apenas 3.896 ganharam algum dinheiro com isso. Entre as mulheres, foram 4.862 e 2.212, respectivamente
  • Os custos médios anuais para jogar profissionalmente (que incluem gastos com transporte, acomodações, alimentação, lavanderia, vestuário, equipamento, mas não com treinador) foram de US$ 38,8 mil para os homens e de US$ 40,1 mil para as mulheres
  • Para escapar de sofrer prejuízo, o cálculo da entidade é que os tenistas precisavam estar no mínimo em 336º no ranking da ATP e em 253º na WTA. Reitero: isso apenas para não precisar pagar para jogar, não significa ter lucro

MUDANÇAS

Números apresentados, a ITF anunciou que, a partir da temporada 2019, quer ter 1.500 atletas profissionais (750 homens e 750 mulheres). Para isso, vai transformar o primeiro nível dos torneios future, que pagam US$ 15 mil, em competições de transição.

Em vez de premiar em dinheiro e contar pontos para a ATP e para a WTA, elas servirão de balizamento para os tenistas entrarem nos torneios profissionais da ITF. A ideia é que eles sejam distribuídos regionalmente para diminuir os custos de jogadores e organizadores.

David Haggerty, presidente da entidade, disse que não é viável ter mais de 14 mil profissionais no circuito. Ele afirmou também que o teto de 1.500 permitirá pagar mais para esses atletas. A promessa é que eles sejam “verdadeiramente profissionais”. A realidade é dura, mas a ITF faz bem em escancará-la.

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Pioneira, tenista brasileira vai realizar sonho de disputar uma Surdolimpíada https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/07/pioneira-tenista-brasileira-vai-realizar-sonho-de-disputar-uma-surdolimpiada/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/07/pioneira-tenista-brasileira-vai-realizar-sonho-de-disputar-uma-surdolimpiada/#respond Tue, 07 Feb 2017 14:08:38 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/02/IMG_3025-1-180x135.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=126 Mariana Matias, 26, está prestes a se tornar a primeira tenista do país a participar da Deaflympics (Surdolimpíadas), maior evento mundial voltado aos atletas surdos. A 23ª edição dos Jogos, realizados de quatro em quatro anos, será de 18 a 30 de julho, em Samsun, na Turquia.

As primeiras raquetadas da jovem natural de Mogi das Cruzes (SP) foram aos dez anos. Com 15, ela participou de um projeto do ex-tenista Carlos Alberto Kirmayr em Serra Negra (SP), antes de seguir para o tênis universitário nos EUA. Uma grave lesão no ombro abreviou a temporada americana de Matias e alterou os seus planos de carreira.

De volta ao Brasil, ela cursou educação física em São Paulo e hoje trabalha com treinamento e desenvolvimento de pessoas em uma multinacional do setor químico.

O retorno às competições terá ares de novidade. Pela primeira vez, a tenista jogará contra atletas que, assim como ela, têm deficiência auditiva.

A paulista não escuta nada com o ouvido esquerdo e usa aparelho no ouvido direito para amplificar os sons. Nunca foi além do básico na língua de sinais, mas desde cedo aprendeu a fazer leitura labial e a falar.

Para isso, ela conta que as contribuições da irmã, três anos mais velha, e do irmão, três anos mais novo, foram cruciais: “Minha irmã me ensinava a falar. Às vezes meus pais não entendiam o que eu falava errado e ela entendia para me corrigir. Quando meu irmão começou a aprender a falar eu estava melhorando a minha fala, isso também ajudou”.

 

 

Além do conforto familiar, a prática esportiva fez com que Matias desenvolvesse habilidades para a vida. “Joguei esportes coletivos, mas tênis foi o que me capturou. Por ser individual, você tem que ter um psicológico mais forte. Jogar os torneios me incentivou muito na parte social. Hoje eu falo super bem, meu inglês é fluente e estou aprendendo espanhol”, afirma.

Segundo a tenista, a deficiência auditiva impôs desafios, mas nunca foi um fator que a limitou em quadra. Quando disputava torneios de base, em que vários jogos não contam com juízes fixos, a atenção precisava ser redobrada.

“Mesmo com o aparelho, não entendo algumas marcações do juiz se ele não fizer um sinal. Se estou jogando com alguém que não é deficiente auditivo, fico preocupada. De vez em quando a pessoa bate para cima e você não sabe se ainda está rolando o jogo ou não”, explica.

Ela desconhece o som produzido pelo impacto da rebatida da adversária, considerado fundamental pelos profissionais para antecipar movimentos. “Eu não tenho essa experiência, mas todo mundo fala que ajuda muito, então já fico em desvantagem”, diz.

Na Surdolimpíada-2017, os desafios de Matias serão outros. Ela tomou conhecimento da competição quando ainda treinava para ser profissional, mas na época não levou o objetivo adiante. Foi só recentemente que retomou o antigo sonho e procurou a CBDS (Confederação Brasileira de Desportos de Surdos), que a convocou.

Para jogar em igualdade de condições com as rivais, ela terá que tirar o aparelho. Além disso, precisará aprender as marcações em sinais feitas pelos juízes. “Está um pouco estranho ainda, o silêncio total incomoda, mas voltar a jogar tênis é a maior alegria. De igual para igual então, estou bem animada”, afirma.

PATROCÍNIO

A tenista conta com o patrocínio da empresa em que trabalha, a Dow Brasil, mas ainda busca apoios para bancar os custos de treinos e de material. Sem local para praticar com regularidade, ela gravou um vídeo para ajudar na divulgação.

A CBDS também procura interessados em contribuir com a delegação nacional, que podem entrar em contato pelo e-mail surdolimpiadas@cbds.org.br ou participar da vaquinha virtual no site Kickante.

A entidade afirma que não recebe repasses de verbas governamentais regulares, pois não faz parte do COB (Comitê Olímpico do Brasil) ou do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro). A estimativa da confederação é de que até 155 atletas possam representar o país na competição.

SURDOLIMPÍADAS

As Surdolimpíadas, principal competição esportiva para os atletas surdos, são realizadas desde 1924. No início, o nome do evento era Jogos Internacionais Silenciosos, depois passou a ser Jogos Mundiais Silenciosos, até ganhar a alcunha olímpica em 2000.

A primeira participação de uma delegação brasileira ocorreu em 1993. Em 2001, o tenista Carlos Alexandre Pucheu, do Rio de Janeiro, foi o primeiro homem a representar o Brasil na modalidade.

Podem participar das disputas atletas com perda bilateral a partir de 55dB.

A tenista Mariana Matias, que tem deficiência auditiva
A tenista Mariana Matias, que tem deficiência auditiva

LEIA TAMBÉM: Jovem tenista sul-coreano busca top 100 sem ouvir nada dentro de quadra

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Dividido entre tênis e basquete, Nick Kyrgios sofre golpe duro dentro de casa https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/18/dividido-entre-tenis-e-basquete-nick-kyrgios-sofre-golpe-duro-dentro-de-casa/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/18/dividido-entre-tenis-e-basquete-nick-kyrgios-sofre-golpe-duro-dentro-de-casa/#respond Wed, 18 Jan 2017 13:21:58 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/Australian_Open_Tennis-2-180x133.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=45 A derrota do australiano Nick Kyrgios, 21, na segunda rodada do Aberto da Austrália, pode ser considerada um dos golpes mais duros até o momento na carreira do tenista, tido como a maior revelação do país nos últimos anos.

Ele caiu diante do italiano Andreas Seppi, 32, em cinco sets (1-6, 6-7 (1), 6-4, 6-2 e 10-8), após abrir vantagem de 2 a 0. Na última parcial, não aproveitou um match point.

Na primeira vez que disputou a chave principal do Slam australiano, em 2014, Kyrgios também perdeu na segunda rodada, daquela vez diante de Benoit Paire. O francês, porém, era o número 28 do mundo, enquanto o australiano, na época com 18 anos, ocupava a 183ª posição do ranking.

Nos anos seguintes, ele foi às quartas de final, em 2015, quando parou em Andy Murray, e à terceira rodada no ano passado, fase em que foi derrotado por Tomas Berdych. Os dois rivais ocupavam a sexta posição do ranking nos momentos dos confrontos.

Após três eliminações esperadas, o revés diante de Seppi foi a primeira vez que a maior esperança da casa deu motivo para os torcedores em Melbourne deixarem o complexo frustrados e o vaiarem.

 

Kyrgios senta após perder o terceiro set da partida contra Seppi (Aaron Favila/AFP)
Kyrgios senta após perder o terceiro set da partida contra Seppi (Aaron Favila/AFP)


Kyrgios é o atual 13º colocado, sua melhor posição, e venceu seus três primeiros títulos no ano passado. Na primeira rodada, ele havia derrotado o português Gastão Elias em uma hora e 24 minutos. Também por isso, um duelo contra Stan Wawrinka nas oitavas de final era dado como certo.

Pois não acontecerá. Mais do que nunca, Kyrgios tem motivos para repensar como encara sua carreira. Após o jogo, ele mostrou alguma disposição em fazer isso, embora nada leve a crer que ele estivesse sendo sincero.

“Talvez [devesse] não jogar tanto basquete ou levar minha pré-temporada mais a sério”, afirmou, em uma entrevista cheia de ironias. Fã da bola laranja, ele iniciou o ano com uma lesão. Não ficou claro se ela foi provocada ou agravada por partidas da modalidade que ele já disse ser a sua preferida.

O australiano acumula punições por mau comportamento e, em outubro passado, foi suspenso por perder pontos de propósito no Masters 1.000 de Xangai —o Aberto da Austrália marcava seu retorno a grandes torneios.

O estilo das roupas, das correntes e do cabelo, além das declarações polêmicas, faz com que ele ganhe torcedores —impressionou a quantidade de crianças e jovens enlouquecidos na Hisense Arena—, mas também gera muita reprovação. É o clássico caso de amor e ódio provocado pelo esportista “bad boy”.

Antes de estrear em Melbourne, Kyrgios disse que estava pronto para causar “danos maiores” este ano. Talvez ele estivesse falando sobre cestas e enterradas.

PS: com a vitória, Seppi se vingou da derrota sofrida para Kyrgios nas oitavas de final do Aberto da Austrália de 2015. Na ocasião, foi o italiano que abriu 2 a 0, teve match point, mas levou a virada do australiano. Tudo isso na mesma Hisense Arena.

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Folha estreia blog sobre tênis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/13/folha-estreia-blog-sobre-tenis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/13/folha-estreia-blog-sobre-tenis/#respond Fri, 13 Jan 2017 13:51:11 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=20 A Folha estreia nesta sexta-feira (13) o blog “Primeiro Serviço”, que acompanhará o circuito mundial de tênis e trará histórias sobre as figuras mais e menos conhecidas do esporte, além de entrevistas e análises.

Haverá espaço para discussões sobre o tênis brasileiro e internacional, feminino e masculino, de simples e duplas.

Um dos objetivos é aproveitar a grande quantidade de dados e informações produzidos pela ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e pela WTA (Associação de Tênis Feminino) para interpretar uma modalidade cada vez mais competitiva.

A página é assinada pelo jornalista Daniel Castro, 25, que está desde 2015 na Folha, onde participou do Programa de Treinamento em Jornalismo Diário e trabalhou em “Esporte”.

Os feitos de Guga o levaram a dar as primeiras rebatidas, mas foram os duelos entre Federer e Nadal que o fizeram tomar gosto pelas histórias de dentro e de fora das quadras —onde acredita que se sai melhor.

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