Nadal e Djokovic chegam ao 50º duelo em momento crucial de suas carreiras

DANIEL E. DE CASTRO

Estar frente a frente com o mesmo oponente em 50 partidas oficiais é para poucos. A rara e grandiosa marca será alcançada por Rafael Nadal, 30, e Novak Djokovic, 29, às 11h deste sábado (13), na semifinal do Masters 1.000 de Madri (com SporTV 3).

Em quantidade de jogos, essa é a maior rivalidade do tênis masculino na era aberta, seguida de perto por Federer x Djokovic (45 partidas) e bem à frente das demais. Entre as mulheres, Chris Evert e Martina Navratilova fizeram impressionantes 80 duelos nos anos 1970 e 1980.

Já faz quase um ano que os dois não se enfrentam, desde as quartas de final do Masters de Roma, vencida pelo sérvio por 2 sets a 0. Djokovic vem de sete vitórias seguidas —e sem perder sets— sobre o espanhol, que ganhou pela última vez na final de Roland Garros em 2014.

O placar total aponta 26 vitórias do atual vice-líder do ranking contra 23 do número 5 do mundo.

O jogo de número de 50 ocorrerá em um momento crucial na carreira de ambos. Enquanto Nadal faz uma temporada de alto nível e acabou de se tornar o melhor tenista do ano —superando Roger Federer em pontos—, Djokovic patina. Antes de Madri, ele havia acabado de demitir toda a sua equipe técnica e era apenas o 23º colocado no ranking da temporada.

Ambos tiveram dificuldades nas suas estreias no torneio. O espanhol enfrentou Fabio Fognini, e o sérvio, Nicolás Almagro. Nas oitavas, eles superaram Nick Kyrgios (com autoridade) e Feliciano López, respectivamente. Já nas quartas, o espanhol obteve outra boa vitória contra David Goffin, e Kei Nishikori desistiu antes da partida diante do sérvio.

Se um chega com mais confiança, o outro vem mais descansado. O mundo do tênis, que estava com saudades desse clássico, agora pode comemorar a marca histórica.