Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Patrocinado por Djokovic, garoto de oito anos é nova joia do tênis da Sérvia https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/12/31/patrocinado-por-djokovic-garoto-de-oito-anos-e-nova-joia-do-tenis-da-servia/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/12/31/patrocinado-por-djokovic-garoto-de-oito-anos-e-nova-joia-do-tenis-da-servia/#respond Sun, 31 Dec 2017 22:00:11 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/poster-180x180.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=888

“Outro dia maravilhoso com meu querido Novak Djokovic”. O texto acompanha foto publicada em rede social por Mihailo Topic, 8, no fim de novembro de 2017.

Estar ao lado do ídolo em uma quadra não era novidade na vida do garoto sérvio. Há mais de um ano, ele é patrocinado pelo ex-número um do mundo, que banca seus  treinos e equipamentos.

A parceria começou após Topic pedir para bater bola com Marian Vajda, técnico de Djokovic durante 11 anos, até maio de 2017. Impressionado com o talento do menino, o treinador o apresentou ao pupilo. Vários encontros depois, a parceria foi oficializada.

Além do apoio financeiro, Topic recebe mimos do tenista. No seu último aniversário, ganhou bolsa para guardar raquetes e uma mensagem: “Para Mihailo, do Novak. Amo seu grande sorriso.”

Nos últimos meses, vídeos do garoto em ação foram compartilhados em redes sociais, chamando a atenção para o talento precoce. Guardadas as devidas proporções, sua devolução de saque foi comparada à de Djokovic.

Topic é tratado como uma joia na Sérvia, mas ainda não se aventurou em competições infantis, algo que só deve ocorrer a partir dos 10 anos. Trata-se de uma estratégia da equipe dele para adiar a pressão por resultados.“Ele é talentoso e tem um potencial enorme. Minha opinião é que ele não precisa de popularidade nessa idade, precisa apenas trabalhar anonimamente” afirma Filip Spasojevic, professor de um clube na Sérvia em que o menino treina com frequência.

Segundo Spasojevic, que chegou a enfrentar Djokovic em torneios de base, Topic gosta da atenção que recebe. Mas ele alerta: “Quando começar a competir no circuito juvenil talvez seja difícil, porque todos vão esperar que vença a todo momento”.

Técnico da Federação Sérvia de Tênis, Dragan Serer disse à revista “Sports Illustrated” que a promessa está dois ou três anos à frente do esperado para alguém da sua idade. “Novak era assim também. É um indicativo de que ele pode ser muito bom no futuro, mas não podemos dizer até que ele fique mais velho e comece a jogar torneios”.

PÓS-DJOKOVIC

Quem vive do tênis na Sérvia se preocupa com o aproveitamento do legado do ex-número 1 e atual 12º do ranking. Aos 30 anos, ele está tendo de lidar com uma lesão no cotovelo que o tirou do torneio-exibição de Abu Dhabi, do Torneio de Doha e ameaça participação no Aberto da Austrália, a partir do dia 15.

Nos últimos anos, o país produziu tenistas de sucesso, como as ex-líderes do ranking Ana Ivanovic e Jelena Jankovic. Entre os homens, Janko Tipsarevic chegou a ser número 8 do mundo em 2012, e Viktor Troicki 12º em 2011.

Nenhum deles, porém, se compara ao fenômeno representado por Djokovic. O atleta é visto como exemplo de superação por ter crescido durante as guerras na antiga Iugoslávia, nos anos 1990, e enfrentado dificuldades financeiras na carreira.

“Ele tornou-se um modelo para o país e encorajou muitas crianças a tentarem sucedê-lo. Os outros resultados são medidos a partir dos feitos dele, e os sérvios não ficam mais satisfeitos com o segundo lugar”, diz Spasojevic.

Antes de saber se Topic repetirá o fenômeno, outros sérvios terão essa oportunidade. Ex-número um juvenil, Miomir Kecmanovic, 18, fará sua primeira temporada exclusivamente como profissional neste ano.

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Saiba onde ver os torneios de tênis na TV em 2018 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/saiba-onde-ver-os-torneios-de-tenis-na-tv-em-2018/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/12/22/saiba-onde-ver-os-torneios-de-tenis-na-tv-em-2018/#respond Fri, 22 Dec 2017 12:41:45 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/federer-camera-180x132.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=880 A temporada 2018 do tênis terá torneios transmitidos em ao menos quatro canais da TV por assinatura no Brasil. O blog entrou em contato com as emissoras que possuem os direitos de transmissão dos principais eventos para publicar a relação completa de competições previstas por elas.

Os Grand Slams serão divididos por três canais: Aberto da Austrália na Espn, Roland Garros no Bandsports, Wimbledon no SporTV e Aberto dos EUA na Espn e no SporTV.

A principal novidade nas grades foi anunciada pelo BandSports neste mês. O canal transmitirá 12 dos 13 ATPs 500. A exceção é o Aberto do Rio, que segue com exclusividade no SporTV. Pelo segundo ano seguido, a Sony exibirá as fases decisivas dos torneios da WTA.

Uma alternativa para quem quer assistir a um número maior de partidas é assinar a Tennis TV, serviço de streaming da ATP, ou a WTA TV. Elas exibem quase todos os torneios do circuito (Grand Slams não entram nessa lista) e oferecem atrativos como replays, melhores momentos e tela multijogos.

A assinatura anual da Tennis TV custa US$ 120, e a mensal, US$ 15. A WTA cobra US$ 75 pelo pacote anual e US$ 10 pelo mensal.

As relações de torneios foram fornecidas pelas assessorias de imprensa das emissoras e estão sujeitas a alteração. As datas entre parênteses não significam necessariamente que todos os dias de competição serão exibidos.

Espn

  • Copa Hopman (30 de dezembro a 6 de janeiro)
  • ATP 250 de Brisbane (31 de dezembro a 7 de janeiro)
  • ATP 250 de Sydney (7 a 13 de janeiro)
  • World Tennis Challenge (8 a 10 de janeiro)
  • Aberto da Austrália (15 a 28 de janeiro)
  • BNP Paribas Exhibition (5 de março)
  • Aberto dos EUA (27 de agosto a 9 de setembro)
  • Laver Cup (21 a 23 de setembro)

Bandsports

  • ATP 250 de Doha (1º a 6 de janeiro)
  • ATP 250 de Pune (1º a 6 de janeiro)
  • Copa Davis (2 a 4 de fevereiro, 6 a 8 de abril, 14 a 16 de setembro e 23 a 25 de novembro)
  • Fed Cup (10 e 11 de fevereiro, 21 e 22 de abril e 10 e 11 de novembro)
  • ATP 500 de Roterdã (12 a 18 de fevereiro)
  • ATP 250 de Buenos Aires (12 a 18 de fevereiro)
  • ATP 500 de Dubai (26 de fevereiro a 3 de março)
  • ATP 500 de Acapulco (26 de fevereiro a 3 de março)
  • ATP 250 de Houston (9 a 15 de abril)
  • ATP 500 de Barcelona (23 a 29 de abril)
  • ATP 250 de Budapeste (23 a 29 de abril)
  • ATP 250 de Estoril (30 de abril a 6 de maio)
  • Roland Garros (27 de maio a 10 de junho)
  • ATP 500 de Londres (18 a 24 de junho)
  • ATP 500 de Halle (18 a 24 de junho)
  • ATP 250 de Antalva (24 de junho a 30 de junho)
  • ATP 250 de Eastbourne (25 de junho a 30 de junho)
  • ATP 500 de Hamburgo (23 a 29 de julho)
  • ATP 250 de Atlanta (23 a 29 de julho)
  • ATP 250 de Gstaad (23 a 29 de julho)
  • ATP 500 de Washington (30 de julho a 5 de agosto)
  • ATP 250 de Los Cabos (30 de julho a 4 de agosto)
  • ATP 250 de Winston Salem (19 a 25 de agosto)
  • ATP 250 de Chengdu (24 a 30 de setembro)
  • ATP 500 de Pequim (1º a 7 de outubro)
  • ATP 250 de Tóquio (1º a 7 de outubro)
  • ATP 250 da Antuérpia (15 a 21 de outubro)
  • ATP 500 de Viena (22 a 28 de outubro)
  • ATP 500 de Basel (22 a 28 de outubro)
  • Next Gen Finals (6 a 10 de novembro)

SporTV

  • Copa Davis (2 a 4 de fevereiro, 6 a 8 de abril, 14 a 16 de setembro e 23 a 25 de novembro)
  • Fed Cup (10 e 11 de fevereiro, 21 e 22 de abril e 10 e 11 de novembro)
  • Aberto do Rio (19 a 25 de fevereiro)
  • Masters de Indian Wells (8 a 18 de março)
  • Masters de Miami (21 de março a 1º de abril)
  • Masters de Monte Carlo (15 a 22 de abril)
  • Masters de Madri (6 a 13 de maio)
  • Masters de Roma (13 a 20 de maio)
  • Wimbledon (2 a 15 de julho)
  • Masters de Toronto (6 a 12 de agosto)
  • Masters de Cincinnati (12 a 19 de agosto)
  • Aberto dos EUA (27 de agosto a 9 de setembro)
  • Masters de Xangai (7 a 14 de outubro)
  • Masters de Paris (29 de outubro a 4 de novembro)
  • ATP Finals (11 a 18 de novembro)

Sony

  • Brisbane (premier): quartas de final (3 e 4 de janeiro), semifinais (5 de janeiro) e final (6 de janeiro)
  • Sydney (premier): quartas de final (9 e 10 de janeiro), semifinais (11 de janeiro) e final (12 de janeiro)
  • São Petersburgo (premier): quartas de final (2 de fevereiro), semifinais (3 de fevereiro) e final (4 de fevereiro)
  • Doha (premier 5): quartas de final (15 de fevereiro), semifinais (16 de fevereiro) e final (17 de fevereiro)
  • Dubai (premier): quartas de final (22 de fevereiro), semifinais (23 de fevereiro) e final (24 de fevereiro)
  • Acapulco (international): semifinais (2 de março) e final (3 de março)
  • Indian Wells (premier mandatory): quartas de final (14 e 15 de março), semifinais (16 de março) e final (18 de março)
  • Miami (premier mandatory): quartas de final (27 e 28 de março), semifinais (29 de março) e final (31 de março)
  • Monterrey (international): semifinais (7 de abril) e final (8 de abril)
  • Bogotá (international): semifinais (13 de abril) e final (14 de abril)
  • Stuttgart (premier): quartas de final (27 de abril), semifinais (28 de abril) e final (29 de abril)
  • Praga (international): semifinais (4 de maio) e final (5 de maio)
  • Madri (premier mandatory): quartas de final (10 de maio), semifinais (11 de maio) e final (12 de maio)
  • Roma (premier 5): quartas de final (18 de maio), semifinais (19 de maio) e final (20 de maio)
  • Strasbourg (international): semifinais (25 de maio) e final (26 de maio)
  • S-Hertogenbosch (international): semifinais (16 de junho) e final (17 de junho)
  • Birmingham (premier): semifinais (23 de junho) e final (24 de junho)
  • Eastbourne (premier): quartas de final (28 de junho), semifinais (29 de junho) e final (30 de junho)
  • Bucareste (international): semifinais (21 de julho) e final (22 de julho)
  • Stanford (premier): quartas de final (3 de agosto), semifinais (4 de agosto) e final (5 de agosto)
  • Montreal (premier 5): quartas de final (10 de agosto), semifinais (11 de agosto) e final (12 de agosto)
  • Cincinnati (premier 5): quartas de final (17 de agosto), semifinais (18 de agosto) e finais (19 de agosto)
  • New Haven (premier): quartas de final (23 de agosto), semifinais (24 de agosto) e final (25 de agosto)
  • Hiroshima (international): semifinais (15 de setembro) e final (16 de setembro)
  • Tóquio (premier): quartas de final (21 de setembro), semifinais (22 de setembro) e final (23 de setembro)
  • Wuhan (premier 5): quartas de final (27 de setembro), semifinais (28 de setembro) e final (29 de setembro)
  • Pequim (premier mandatory): quartas de final (05 de outubro), semifinais (06 de outubro) e final (07 de outubro)
  • Hong Kong (international): semifinais (13 de outubro) e final (14 de outubro);
  • Moscou (premier): quartas de final (18 de outubro), semifinais (19 de outubro) e final (20 de outubro)
  • WTA Finals – Cingapura: Round Robin (25 e 26 de outubro), semifinais (27 de outubro) e final (28 de outubro)
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Aos 85 anos, técnico que revelou Arthur Ashe ainda joga e cultua valores do tênis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/30/aos-85-anos-tecnico-que-revelou-arthur-ashe-ainda-joga-e-cultua-valores-do-tenis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/30/aos-85-anos-tecnico-que-revelou-arthur-ashe-ainda-joga-e-cultua-valores-do-tenis/#respond Thu, 30 Nov 2017 18:33:04 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/11/powless2-final-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=872 O americano John Powless, 85, ainda vive em função do tênis. Ele mantém centro de treinamento no Estado de Wisconsin, viaja pelo mundo para disputar o circuito sênior e fala com orgulho sobre o esporte que pratica desde os anos 1940.

Nesta semana, Powless participa de torneio em Porto Alegre que possui a chancela da Federação Internacional de Tênis.

Se hoje o veterano é o número um do mundo na categoria 85 anos, o início da sua trajetória na modalidade teve percalços. Aos nove anos de idade, ele foi desclassificado do que seria sua primeira competição porque não tinha dinheiro para comprar camisa e tênis adequados.

As condições melhoraram nas décadas seguintes, quando ele ganhou destaque nos campeonatos nacionais e disputou edições do Aberto dos EUA.

Foi como treinador, porém, que o americano se notabilizou, após receber convite para captar jovens valores do tênis nacional que participariam da Copa Davis júnior.

Nessa equipe, ao selecionar um ainda desconhecido Arthur Ashe, o técnico deu grande empurrão para a carreira de um dos maiores nomes do tênis no país.

O tenista americano Arthur Ashe, em foto sem data

EXEMPLO

Vencedor do Aberto dos EUA (1968), do Aberto da Austrália (1970) e de Wimbledon (1975), Ashe foi pioneiro em uma série de conquistas dos jogadores negros nos EUA e no mundo. Ele se aposentou em 1980 e 13 anos mais tarde morreu em decorrência de complicações do vírus HIV.

Powless destaca o comportamento de Ashe em quadra como sua virtude máxima. Por não reclamar com o árbitro ou quebrar raquetes, o técnico afirma que ele honrava os verdadeiros valores do jogo.

“Quando você levanta sua voz, joga sua raquete [no chão] ou fala um palavrão, você insulta o jogo de tênis. Você quebra as regras de um jogo criado originalmente para damas e cavalheiros”, afirma à Folha.

Ashe dá nome à maior quadra do mundo, o Arthur Ashe Stadium, que tem capacidade para 24 mil pessoas e fica no complexo que sedia o Aberto dos EUA.

O veterano defende que os jogadores da atualidade preservem o legado do antigo pupilo e cita o comportamento de Roger Federer e Rafael Nadal como bons exemplos.

“Se você repara como eles agem em quadra, você sabe que eles não quebram uma raquete. A mente deles está voltada para eles mesmos, para o jogo”, diz.

NA ATIVA

O tenista sênior afirma que não há limite de idade para continuar em ação, desde que se respeitem algumas condições. A primeira é física: “Se você é saudável e capaz de entrar em quadra, então deve jogar até quando quiser. Você pode não conseguir correr tão bem quanto antes, não ser tão rápido. Talvez não tenha força, mas você pode jogar”.

A segunda, e que resume o pensamento de Powless, passa pelo comportamento: “Todas as pessoas devem mostrar respeito pelo jogo e por suas regras. Não insultá-lo jogando a raquete, questionando marcações e gritando. Assim você poupa energia”.

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Lesões derrubam presença de Federer, Nadal, Djokovic e Murray no circuito https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/28/lesoes-derrubam-presenca-de-federer-nadal-djokovic-e-murray-no-circuito/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/28/lesoes-derrubam-presenca-de-federer-nadal-djokovic-e-murray-no-circuito/#respond Tue, 28 Nov 2017 14:15:36 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/11/nadal-180x127.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=863 A temporada 2017, que começou empolgante com o Fedal do Aberto da Austrália, acabou um tanto frustrante, sem nenhum representante do “Big Four” na decisão do ATP Finals.

Não diria que o confronto entre David Goffin e Grigor Dimitrov tenha sido chocho ou capenga, até porque o belga despachou o espanhol e o suíço pelo caminho. O búlgaro, por sua vez, apresentou nível de tênis que todos já haviam esperado dele em algum momento, mas que muitos, desiludidos, já haviam desistido de esperar.

No domingo (26), o título da França na Copa Davis amenizou esse vazio quase existencial, mas o fato é que coadjuvantes com momentos de brilho ainda estão longe de preencher as ausências de Federer, Nadal, Djokovic e Murray.

Do ano passado para cá, todos eles sofreram com problemas físicos. O suíço, que teve lesão no joelho, abandonou o segundo semestre de 2016. Neste ano, o sérvio (cotovelo) e o britânico (quadril) fizeram o mesmo. O espanhol não ficou fora por um período tão longo quanto os rivais, mas desistiu de torneios aqui e ali. Na maioria dos casos, também por culpa do joelho.

Desde 2004, quando Murray e Djokovic ainda engatinhavam na carreira, nunca uma temporada havia registrado tão poucos jogos dos quatro principais tenistas do circuito. Somados, eles entraram em quadra 210 vezes em 2017. A queda começou em 2016, quando a soma foi de 242 partidas. A média dos últimos dez anos é de 290.

Apenas Nadal fez um número de jogos dentro do seu padrão neste ano: 78. Federer (57), que monta um calendário cada vez mais seletivo, Djokovic (40) e Murray (35) vieram na sequência.

Depois de Wimbledon-2016, o quarteto só esteve no mesmo torneio três vezes, todas em 2017: no Aberto da Austrália, em Indian Wells e novamente em Wimbledon.

No gráfico abaixo, as curvas mostram a evolução do número de partidas de cada um dos representantes do “Big Four” nos últimos dez anos. Fica a torcida para que o movimento volte a ser crescente em 2018.

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Boris Becker chega aos 50 anos com falência decretada e ainda falastrão https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/22/boris-becker-chega-aos-50-anos-com-falencia-decretada-e-ainda-falastrao/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/22/boris-becker-chega-aos-50-anos-com-falencia-decretada-e-ainda-falastrao/#respond Wed, 22 Nov 2017 03:21:13 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/11/becker3-180x125.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=857 O ex-tenista Boris Becker, que completa 50 anos nesta quarta (22), deu nome a um dos grupos do ATP Finals, na última semana, e entrou em quadra com o troféu que seria dada ao campeão, Grigor Dimitrov, na cerimônia de premiação. Foram momentos de pompa após uma maré negativa vivida pelo ex-número 1 do mundo.

Em junho, ele teve a falência decretada por uma corte britânica, que o considerou incapaz de pagar uma dívida de valor não revelado com o banco Arbuthnot Latham. O alemão pediu mais tempo para quitar o débito, mas não teve a apelação aceita.

No mês seguinte, Hans-Dieter Cleven, ex-sócio de Becker, cobrou na Justiça uma suposta dívida de 36,5 milhões de euros, negada de forma veemente pelo ex-atleta.

“É uma loucura pensar que estou falido”, disse no início do mês ao jornal suíço “Neue Zürcher Zeitung”. “Eu vou a Zurique nesta noite, vou entrar em um hotel e pagar minha própria conta. Se eu fosse insolvente, não poderia fazer isso. Se eu pegar um táxi, pagarei por isso. E acredite, não roubei nada”, completou.

Becker, que faturou cerca de US$ 25 milhões em premiação na carreira, atribui as cobranças ao que considera oportunismo. “Meu nome e minha marca são mais atuais do que há 20 anos. Se você está procurando publicidade, você contrata Boris Becker. Atenção garantida”, afirmou na mesma entrevista.

Campeão de Wimbledon pela primeira vez em 1985, aos 17 anos, Becker totaliza seis títulos de Grand Slam e está entre os maiores jogadores da história. Considerado um fenômeno pelo saque potente e pela habilidade junto à rede, ele ainda é o maior nome do tênis masculino da Alemanha.

Como treinador, teve uma parceria bem sucedida com Novak Djokovic de 2014 a 2016. Nesse período, o sérvio conquistou seis troféus de Slam. O trabalho terminou há um ano, e desde então Becker tem atuado como comentarista de tênis na TV.

A vida dele fora das quadras teve vários momentos tumultuados nas últimas décadas. Em 2013, o alemão reconheceu ter tido uma filha em uma relação extraconjugal enquanto era casado com a designer e atriz Barbara Feltus. Ele negou a paternidade durante muito tempo. “Fui um babaca”, admitiu em biografia.

Becker e Feltus, que posaram nus para a revista alemã “Stern” no início dos anos 1990, travaram uma batalha pública durante o divórcio, cerca de dez anos depois.

O ex-tenista também já se aventurou como jogador de poker e tornou-se garoto-propaganda de empresas do ramo.

“O nome Boris Becker é quente”, ele disse ao “Neue Zürcher Zeitung”. Fica difícil discordar.

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Federer, Nadal, Djokovic e Murray nunca se enfrentaram tão pouco https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/04/federer-nadal-djokovic-e-murray-nunca-se-enfrentaram-tao-pouco/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/04/federer-nadal-djokovic-e-murray-nunca-se-enfrentaram-tao-pouco/#respond Fri, 04 Aug 2017 13:29:45 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/17213180-180x113.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=640 Ver dois dos quatro principais tenistas da atualidade frente a frente tornou-se raro em 2017. Sete meses após o início da temporada, os integrantes do “Big Four” (leia mais sobre o conceito no fim do post) jogaram entre si apenas em cinco ocasiões.

Desde 2004, o quarteto formado por Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray protagonizou 217 partidas.

A primeira temporada com número expressivo de confrontos ocorreu em 2006. A partir de então, os quatro tenistas mais dominantes do século fizeram ao menos 11 clássicos todos os anos. O recorde de 24 foi alcançado em 2008 e 2015.

O ano passado, marcado por lesões de Federer (seis meses fora após Wimbledon) e Nadal (ausência em vários torneios), registrou queda significativa: 11 jogos, cinco deles entre Djokovic e Murray.

Em 2017, suíço e espanhol voltaram aos seus melhores dias e já se enfrentaram três vezes, o que não ocorria desde 2013. A temporada ruim para sérvio (fora até 2018 por lesão) e britânico (com problema no quadril), porém, deixou o número de clássicos em um patamar inédito decorridos três Grand Slams e cinco Masters.

Os gráficos abaixo mostram o histórico de confrontos do “Big Four” e de cada um dos seis duelos que marcaram o tênis nos últimos 14 anos.

O ‘BIG FOUR’

O conceito de “Big Four” se refere aos quatro jogadores que dominaram o esporte neste século. Vários dados corroboram essa classificação (a Wikipedia em inglês tem uma página sobre isso), por exemplo: Federer, Nadal, Djokovic ou Murray venceram 45 dos últimos 50 Grand Slams.

Reconhecer esses tenistas como um quarteto não significa dizer que todos têm a mesma qualidade ou o mesmo número de títulos.

É verdade que Murray e Stan Wawrinka têm três troféus em Slams cada um. Essa, porém, é a única estatística que favorece o argumento de quem defende a presença do suíço em um “Big Five” ou a ausência do britânico em um “Big Three”.

Outros dados sobre a carreira de ambos rechaçam a possibilidade de comparação. Veja abaixo:

Murray

Número um do mundo como melhor ranking
Oito vices em Grand Slams
Duas medalhas de ouro olímpicas em simples
14 títulos em Masters
45 títulos na carreira

Wawrinka

Número três do mundo como melhor ranking
Um vice em Grand Slams
Uma medalha de ouro olímpica em duplas
Um título em Masters
16 títulos na carreira

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Temporada atípica coloca técnicos da elite do tênis em evidência https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/01/temporada-atipica-coloca-tecnicos-da-elite-do-tenis-em-evidencia/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/01/temporada-atipica-coloca-tecnicos-da-elite-do-tenis-em-evidencia/#respond Sat, 01 Jul 2017 03:01:54 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/06/AGASSI-BENOIT-TESSIER-REUTERS-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=508 Eles são alvo corriqueiro das câmeras de TV no intervalo dos pontos, mas costumam manter a discrição. Atualmente, porém, não há óculos escuros ou boné que os tirem do foco. Em um ano atípico na elite do tênis, o trabalho dos treinadores tornou-se mais presente no noticiário sobre o esporte.

Em janeiro, a nítida melhora do backhand de Roger Federer após ele retornar de lesão foi atribuída em grande parte ao ex-atleta croata Ivan Ljubicic, amigo e hoje técnico do suíço.

No mês seguinte veio o anúncio de que Toni Nadal deixará de treinar o sobrinho, Rafael, ao fim desta temporada. Ele interromperá a parceria que vem desde a infância do tenista espanhol para se dedicar à academia da família em Maiorca. O decacampeão de Roland Garros seguirá com o ex-jogador Carlos Moyá.

Toni Nadal e Rafael Nadal com o troféu de Roland Garros (Christian Hartmann – 11.jun.2017/Reuters)

O episódio mais radical, no entanto, foi protagonizado por Novak Djokovic. Em maio, ele demitiu toda a sua equipe, comandada por Marian Vajda, após 11 anos de parceria. No torneio de Wimbledon, que começa nesta segunda (3), o sérvio repetirá Roland Garros e terá a orientação de Andre Agassi, novato no cargo. O anúncio surpreendeu, já que o americano não estava presente no circuito nos últimos anos.

Os casos citados levam a uma questão: alguém ainda tem o que ensinar a atletas desse nível? Rodrigo Nascimento, um dos responsáveis pela academia R&B Tennis Team, na Flórida (EUA), defende que sim.

“Uma vez o Sven [Groeneveld, atual técnico de Maria Sharapova] me falou que todo treinador é substituível. Eu disse: ‘não estou de acordo com você, alguns não são’”, afirma o brasileiro, que já trabalhou com nomes como a americana Monica Seles e o luxemburguês Gilles Muller.

“A diferença é que os jogadores top confiam. Eles têm boa visão de quem pode ajudar e de quem não pode. Aí escolhem corretamente e não precisam ficar mudando igual todo mundo fica, como no futebol”, completa Nascimento.

Para Leo Azevedo, coordenador técnico da academia BTT, em Barcelona, a intervenção é cirúrgica. “Eu credito ao treinador, no tênis de alto nível, 10% de importância. O detalhe é que nesse nível 10% é muito”, diz.

Ele acaba de deixar a USTA (Associação de Tênis dos EUA), onde atuou ao lado de Ivan Lendl. O tcheco naturalizado americano, que trabalha com o britânico Andy Murray, é um dos chamados “supertécnicos” do circuito. O apelido é dado para aqueles que foram atletas da elite e que hoje acompanham tenistas em momentos pontuais da temporada.

Na opinião de Azevedo, mesmo sem estar presente na maior parte do tempo, Lendl é peça-chave para o desempenho do número um do mundo.

“Mentalmente, ele contribui muito para o Murray, além de ser um estudioso dos seus rivais. O importante, nos casos em que o jogador tem mais de um técnico, é que a mensagem seja a mesma e que alguém seja o responsável por passá-la”, afirma.

O português Antonio Van Grichen, que entre outros nomes já treinou a bielorussa Victoria Azarenka, acredita que poder falar de igual para igual é a principal vantagem desses profissionais.

“Eles podem fazer a diferença só para jogadores que estão no topo, porque já passaram por momentos como finais de Grand Slam, onde existe muita pressão e ansiedade. É mais fácil de se identificar”, diz.

O mais importante, segundo Nascimento, é não deixar que a badalação e a vaidade tomem conta da relação. “Eu falo para o meu jogador o seguinte: tu ganhas, tu ganhas. Tu perdes, eu perco. O trabalho do treinador não é aparecer, é fazer o jogador ganhar”, afirma.

Ivan Lendl conversa com Andy Murray durante treino antes de Roland Garros (Benoit Tessier – 26.mai.2017/Reuters)
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1% dos tenistas ficam com 60% dos prêmios; veja números da disparidade no esporte https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/03/30/1-dos-tenistas-ficam-com-60-dos-premios-veja-numeros-da-desigualdade-no-esporte/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/03/30/1-dos-tenistas-ficam-com-60-dos-premios-veja-numeros-da-desigualdade-no-esporte/#respond Thu, 30 Mar 2017 21:07:43 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/THOMAS_PETER_REUTERS-180x125.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=273 Que o abismo financeiro entre os tenistas profissionais é enorme todos já sabem. O que a ITF (Federação Internacional de Tênis) fez nesta quinta (30), ao anunciar mudanças importantes na organização do esporte, foi expor dados reveladores sobre a realidade vivida pela maioria dos atletas.

Um estudo com mais de 50 mil entrevistados no mundo do tênis analisou a evolução do circuito de 2001 a 2013 e traz diversos números interessantes referentes ao último ano da pesquisa:

  • No circuito masculino, entre os que ganharam alguma premiação, 1% faturou 60% (US$ 97,4 milhões) do total das verbas distribuídas (US$ 162 milhões). Em média, cada atleta levou US$ 32,6 mil
  • Entre as mulheres, a elite que fazia parte do 1% faturou 51% (US$ 60,5 milhões) da premiação total (US$ 120 milhões)
  • 8.874 homens competiram no circuito, mas apenas 3.896 ganharam algum dinheiro com isso. Entre as mulheres, foram 4.862 e 2.212, respectivamente
  • Os custos médios anuais para jogar profissionalmente (que incluem gastos com transporte, acomodações, alimentação, lavanderia, vestuário, equipamento, mas não com treinador) foram de US$ 38,8 mil para os homens e de US$ 40,1 mil para as mulheres
  • Para escapar de sofrer prejuízo, o cálculo da entidade é que os tenistas precisavam estar no mínimo em 336º no ranking da ATP e em 253º na WTA. Reitero: isso apenas para não precisar pagar para jogar, não significa ter lucro

MUDANÇAS

Números apresentados, a ITF anunciou que, a partir da temporada 2019, quer ter 1.500 atletas profissionais (750 homens e 750 mulheres). Para isso, vai transformar o primeiro nível dos torneios future, que pagam US$ 15 mil, em competições de transição.

Em vez de premiar em dinheiro e contar pontos para a ATP e para a WTA, elas servirão de balizamento para os tenistas entrarem nos torneios profissionais da ITF. A ideia é que eles sejam distribuídos regionalmente para diminuir os custos de jogadores e organizadores.

David Haggerty, presidente da entidade, disse que não é viável ter mais de 14 mil profissionais no circuito. Ele afirmou também que o teto de 1.500 permitirá pagar mais para esses atletas. A promessa é que eles sejam “verdadeiramente profissionais”. A realidade é dura, mas a ITF faz bem em escancará-la.

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Assistir ao vídeo da pré-temporada de Del Potro vale como exercício do dia https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/16/assistir-ao-video-da-pre-temporada-de-del-potro-vale-como-exercicio-do-dia/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/16/assistir-ao-video-da-pre-temporada-de-del-potro-vale-como-exercicio-do-dia/#respond Thu, 16 Feb 2017 16:02:20 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/02/delpotro-180x93.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=151 O argentino Juan Martín del Potro abriu mão de disputar os torneios do início do ano, incluindo o Aberto da Austrália, para se preparar melhor para a temporada.

Ele, que em 2016 teve um retorno impressionante após lesão, com direito a vice-campeonato na Olimpíada do Rio e título da Copa Davis, tem motivos de sobra para se poupar e apostar em um calendário mais enxuto.

Nem por isso é possível dizer que a sua pré-temporada tenha sido moleza. Os seguidores do argentino no Instagram puderam acompanhar as postagens frequentes de treinos físicos intensos. Agora, ele compilou os melhores momentos da preparação em um vídeo, disponível no YouTube.

Alerta: é provável que você fique cansado após assistir ao resumo dos trabalhos do argentino.

O atual número 36 do ranking voltará às quadras para um torneio na próxima semana, no ATP 250 de Delray Beach (EUA), mesmo local onde iniciou a espetacular redenção do ano passado.

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Mergulho de Gael Monfils, o acrobata do tênis, rende prêmio a fotógrafo https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/13/mergulho-de-gael-monfils-o-acrobata-do-tenis-rende-premio-a-fotografo/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/13/mergulho-de-gael-monfils-o-acrobata-do-tenis-rende-premio-a-fotografo/#respond Mon, 13 Feb 2017 18:26:28 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/02/9-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=145 O tênis marcou presença no World Press Photo 2017, maior prêmio dedicado ao fotojornalismo no mundo.

O fotógrafo Cameron Spencer ficou em segundo lugar na categoria esportes com um registro do francês Gael Monfils mergulhando para rebater uma bola no Aberto da Austrália de 2016.

Na ocasião, ele venceu o russo Andrey Kuznestov pelas oitavas de final. O mergulho não resultou em ponto —a bola de Monfils foi na rede—, mas o francês, que costuma brindar o público com golpes acrobáticos em quadra, ajudou o profissional australiano a escrever seu nome na história do concurso.

Difícil pensar em tenista mais apropriado do que o francês para figurar em uma foto premiada. Dustin Brown, talvez?

O vencedor na categoria foi Tom Jenkins, com uma foto feita em uma corrida de cavalos com obstáculos. Kai Oliver Pfaffenbach ficou em terceiro com uma imagem que se tornou símbolo da Olimpíada do Rio: Usain Bolt deixando seus adversários para trás e sorrindo no Engenhão.

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