Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com tenistas em baixa, Brasil corre riscos diante da Colômbia na Copa Davis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/05/com-tenistas-em-baixa-brasil-corre-riscos-diante-da-colombia-na-copa-davis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/05/com-tenistas-em-baixa-brasil-corre-riscos-diante-da-colombia-na-copa-davis/#respond Thu, 05 Apr 2018 18:00:43 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/monteiro-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1091 No confronto Brasil x Colômbia, que dará ao vencedor a chance de disputar uma vaga no grupo mundial da próxima Copa Davis, retrospecto (8 a 0 para os brasileiros) e posição dos tenistas no ranking mundial dizem pouco sobre o que pode acontecer dentro de quadra.

Os jogos serão disputados sexta (6) e sábado (7), na cidade colombiana de Barranquilla, sobre o piso duro e descoberto. Bandsports e SporTV anunciaram transmissão para os dois dias a partir das 17h (veja abaixo a ordem dos jogos). No SporTV, a partida de duplas, no sábado, será transmitida pela internet.

A equipe brasileira será formada por Thiago Monteiro (125º do ranking), Guilherme Clezar (234º), João Pedro Sorgi (359º), além dos duplistas Marcelo Melo e Marcelo Demoliner. Assim como no confronto anterior, contra a República Dominicana, Thomaz Bellucci, Rogerinho e Bruno Soares são desfalques.

O time colombiano terá Daniel Galán (257º), Santiago Giraldo (290º), Alejandro Gonzalez (305º) e os duplistas Juan-Sebastian Cabal e Robert Farah.

Se os resultados dos adversários nos jogos de simples não assustam, o momento dos brasileiros tampouco inspira confiança. Monteiro, número um do país na ausência de Rogerinho, vem de seis derrotas consecutivas. A sequência negativa começou após uma boa campanha em Quito, quando fez semifinal.

Clezar, 25 anos, e Sorgi, 24, possuem pouca experiência e resultados empolgantes, em que a pese a vitória heroica de Sorgi no ponto decisivo diante dos dominicanos.

Do outro lado, o experiente Giraldo, de 30 anos, já foi número 28 do mundo. Ele volta após meses afastado por lesão. Galán, 21 anos, ainda não possui resultados expressivos como profissional. Na semana passada, porém, venceu em sets diretos Thomaz Bellucci em um torneio challenger mexicano.

Nas duplas, que muitas vezes é um ponto quase garantido para o Brasil, a Colômbia desta vez leva vantagem —ao menos em tese. Cabal e Farah jogam juntos no circuito e formam a terceira melhor parceria do ano. Melo e Demoliner, além de não atuarem lado a lado regularmente, não fazem uma grande temporada até aqui.

O mineiro mantém a posição de número um no ranking, mas forma com o polonês Lukasz Kubot apenas a nona melhor parceria de 2018. O gaúcho, sem parceiro fixo, é o 55º colocado no ranking.

As expectativas são de um confronto aberto, com boas chances de decisão no quinto —e sempre sofrido— jogo. Placar de 3 a 0 para qualquer um dos lados me deixaria surpreso.

Sexta (6)

17h
Santiago Giraldo x Thiago Monteiro
Daniel Galán x Guilherme Clezar

Sábado (7)

17h
Juan-Sebastian Cabal e Robert Farah x Marcelo Melo e Marcelo Demoliner
Daniel Galán x Thiago Monteiro
Santiago Giraldo x Guilherme Clezar

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Atrapalhada, convocação para Copa Davis gera tensão no tênis brasileiro https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/01/atrapalhada-convocacao-para-copa-davis-gera-tensao-no-tenis-brasileiro/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/01/atrapalhada-convocacao-para-copa-davis-gera-tensao-no-tenis-brasileiro/#respond Fri, 01 Sep 2017 20:24:35 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/28241253873_821551e7b3_z-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=731 A convocação brasileira para a Copa Davis criou um ambiente de crise no tênis nacional. A equipe enfrentará o Japão de 15 a 17 de setembro, pela repescagem do grupo mundial.

Na segunda (28), o capitão do time, João Zwetsch, convocou a mesma equipe do último duelo, contra o Equador, em abril: Thomaz Bellucci, 29, Thiago Monteiro, 23, e os duplistas Bruno Soares, 35, e Marcelo Melo, 33.

A diferença é que, nesse meio tempo, o número um do país passou a ser Rogério Dutra Silva, 33. Hoje, a ordem dos simplistas brasileiros no ranking é Rogerinho (68º colocado), Bellucci (76º) e Monteiro (113º).

Zwetsch disse que optou por não contar com o melhor jogador do país na atualidade por conta do piso em que o confronto será disputado, uma quadra dura e rápida, e para que Monteiro, o mais jovem dos três simplistas, acumule experiência.

Nesta sexta, Bellucci anunciou que não poderá disputar a competição por causa de uma ruptura parcial no tendão de aquiles. Desta vez, então, o capitão convocou Rogerinho, que recusou.

“Por ser o número um do país e viver um de meus melhores momentos acreditava que seria consultado para ir ao confronto, mas eu tive que ir atrás do capitão para saber”, afirmou o tenista em nota divulgada por sua assessoria.

“Depois dessa negativa, preparei todo o meu calendário até o fim da temporada com altos custos tanto na parte financeira e também na parte física, pois jogar uma Copa Davis exige muito do corpo. Infelizmente, atender a esse pedido de última hora comprometeria todo o meu calendário e meu desempenho”, completou o atleta, que não possui um grande patrocinador.

Também por meio de nota, divulgada pela Confederação Brasileira de Tênis, Zwetsch disse que a recusa “é plenamente compreensível, pois sabemos o quanto é difícil para um tenista mudar o calendário de última hora”. Para o lugar de Bellucci, então, foi chamado Guilherme Clezar (233º).

A Folha apurou que Rogerinho ficou irritado com a não convocação. Para ele, porém, não ter sido comunicado antes pelo capitão foi ainda pior.

MAIS DIFÍCIL

O Brasil havia visto suas chances no confronto crescerem nos últimos meses, com as lesões do top 10 Kei Nishikori e do promissor Yoshihito Nishioka. Em simples, o país asiático será representado por Yuichi Sugita (44º), que vive boa fase, e por Taro Daniel (121º), que fez bom jogo e venceu um set contra Rafael Nadal no Aberto dos EUA.

Agora, com exceção das duplas, a vantagem passa a ser japonesa. Aos brasileiros, resta juntar os cacos e buscar o retorno ao grupo de elite da Davis em meio a mais um capítulo confuso do tênis nacional.

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Tenistas brasileiros fazem nos EUA seu pior Grand Slam desta temporada https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/29/__tenistas-brasileiros-fazem-nos-eua-seu-pior-grand-slam-desta-temporada/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/29/__tenistas-brasileiros-fazem-nos-eua-seu-pior-grand-slam-desta-temporada/#respond Tue, 29 Aug 2017 17:04:12 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/19c82491cfd358670d97335bf8f0bdc21a99e764159e22fa0c8aec1359ded5dd_59a45b6568288-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=722 Com quatro derrotas em quatro jogos na primeira rodada do Aberto dos EUA, os tenistas brasileiros tiveram o pior desempenho nas chaves de simples de um Grand Slam em 2017.

Nesta quarta-feira (30), Thomaz Bellucci (76º do ranking) perdeu em sets diretos para o alemão Dustin Brown (116º), e Thiago Monteiro (113º), por 3 a 2 para o atleta da Tunísia Malek Jaziri (80º).

Na segunda, Rogerinho (68º) foi superado por 3 a 1 pelo alemão Florian Mayer (74º). Única representante do país entre as mulheres, Bia Haddad (71º) parou diante da croata Donna Vekic (52º) sem ganhar uma parcial.

Nenhum dos oponentes dos brasileiros é cabeça de chave e poderia ser considerado uma pedreira, portanto fica a sensação de que ir mais longe era um cenário possível.

O melhor aproveitamento em Slams neste ano ocorreu em Roland Garros. Os três tenistas venceram o primeiro jogo, e Bia caiu no seu debute em Slams. Já em Wimbledon foram duas vitórias (Bia e Monteiro) e duas derrotas. No Aberto da Austrália, o país teve três representantes, todos na chave masculina: Rogerinho foi o único a conquistar um triunfo.

O desempenho zerado repete o Aberto dos EUA do ano passado, quando Bellucci, Rogerinho e Guilherme Clezar pararam na estreia.

Resta apostar, como de hábito, nas chaves de duplas. São seis brasileiros em ação: Marcelo Melo, Bruno Soares, Marcelo Demoliner, André Sá e Rogerinho, além de Bia, que repetirá Wimbledon e jogará ao lado da croata Ana Konjuh.

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Bia Haddad e Thiago Monteiro levam lições valiosas de Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/05/bia-haddad-e-thiago-monteiro-levam-licoes-valiosas-de-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/05/bia-haddad-e-thiago-monteiro-levam-licoes-valiosas-de-wimbledon/#respond Wed, 05 Jul 2017 21:12:58 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/TENNIS-GBR-WIMBLEDON-1-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=533 Duas derrotas duras, mas que deixam lições e mostram caminhos para Thiago Monteiro e Beatriz Haddad Maia. Os brasileiros, que coincidentemente são namorados, foram eliminados de Wimbledon nesta quarta (5).

O cearense teve algumas chances de sair de quadra vitorioso sobre o russo Karen Khachanov, cabeça de chave 30, mas errou em momentos cruciais e acabou derrotado por 3 sets a 1 (3/6, 7/6 (5), 7/6 (3), 7/5).

Após uma ótima primeira parcial do brasileiro, os demais sets foram acirrados, mas ele desperdiçou quebras de vantagem no segundo e no quarto, além de dois set-points no terceiro. Ao longo do jogo, teve 18 break-points e aproveitou 3 (17%).

Como o agressivo Khachanov cometia muitos erros não forçados, fazia sentido esperar por eles. Deu certo algumas vezes, mas faltou ao brasileiro tomar as rédeas dos pontos decisivos.

Se há lamento, também fica o aprendizado. Desde que ascendeu meteoricamente ao top 100, no ano passado, Monteiro dava a impressão de ter estagnado. Seu jogo parecia capaz de incomodar apenas no saibro e contra adversários de ranking pior.

Porém o canhoto de 23 anos surpreendeu. Na grama, contra um um dos tenistas mais promissores da temporada, ganhou 77% dos pontos com o primeiro serviço e 63% na rede. Nos mesmos índices, o russo teve 72% e 70% de aproveitamento, respectivamente.

Para quem não havia disputado nenhum torneio sobre o piso antes de Wimbledon, jogar uma segunda rodada em bom nível é digno de comemoração. Com confiança e variações, Monteiro pode ir mais longe.

BIA HADDAD

O desafio da paulista era ainda maior. Contra Simona Halep, número 2 do mundo, Bia fez uma partida equilibrada. Chegou a sacar para fechar o primeiro set em 5/3, mas levou a virada e perdeu por 7/5. Na segunda parcial, sua força para permanecer no jogo durou até a metade. Depois, a vice-líder do ranking se impôs e fechou em 6/3.

Diferentemente de Monteiro, a canhota de 21 anos não viu a chance de vitória tão próxima, mas fez com que Halep precisasse elevar seu nível. Faltou sacar melhor (ganhou 57% dos pontos com o primeiro saque) e cometer menos erros não forçados (33 contra 16 da romena).

Bia já mostrou que pode endurecer contra qualquer rival. Agora falta conseguir sustentar esse ritmo por mais tempo.

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Vitória de Bia Haddad em Wimbledon é histórica para ela e para o tênis brasileiro https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/03/vitoria-de-bia-haddad-em-wimbledon-e-historica-para-ela-e-para-o-tenis-brasileiro/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/03/vitoria-de-bia-haddad-em-wimbledon-e-historica-para-ela-e-para-o-tenis-brasileiro/#respond Mon, 03 Jul 2017 13:30:07 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/TENNIS-GBR-WIMBLEDON-180x117.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=517 Bia Haddad Maia fechou a partida contra a britânica Laura Robson (6/4, 6/2), na primeira rodada de Wimbledon, após cinco match-points. Foi o único momento de drama do jogo, que durou uma hora e cinco minutos.

Na sua primeira vitória em Grand Slam da carreira, a paulista de 21 anos esteve segura durante a maior parte do tempo. Colocou 75% do primeiro saque em quadra e ganhou 79% dos pontos com ele. Na grama, por conta da velocidade do piso, um bom desempenho nesse fundamento é chave para a vitória.

Tornou-se comum, em relatos de jogos, ler que “fulano perdeu chances e acabou derrotado”. No caso de Bia ocorreu o contrário. Número 97 do mundo, ela aproveitou o fato de jogar contra uma rival que passa longe de seus melhores dias após sofrer grave lesão no punho. Ex-top 30, Robson ocupa a 189ª posição do ranking e teve atuação condizente com o momento atual.

A estreia dentro da casa da adversária, que é dois anos mais velha e já fez oitavas de final no torneio em 2013, poderia ter sido traiçoeira. Mas a brasileira viveu dia de veterana, soube se livrar das cascas de banana e foi sólida do início ao fim.

Após tornar-se a primeira atleta do país a vencer em Wimbledon desde a paranaense Gisele Miró, em 1989, ela correu para abraçar sua equipe e se permitiu um sorriso emocionado. Bia, que não costuma adotar tom conformista em entrevistas, estaria insatisfeita caso tivesse desperdiçado essa chance.

O triunfo faz com que ela avance mais uma casa no seu tabuleiro pessoal e no do tênis brasileiro. Na segunda rodada, prevista para quarta (5), a oponente será a romena Simona Halep, número 2 do ranking e que busca sair de Londres na liderança. O desafio é imenso, mas jogar sem nada a perder e embalada nunca fez mal a ninguém. De quebra, há boas chances de a partida ser marcada para a quadra central ou para a quadra 1, grandes palcos do esporte.

CASAL FELIZ

O cearense Thiago Monteiro, 23, também aproveitou uma primeira rodada acessível. Número 100 do ranking, o namorado de Bia derrotou o australiano Andrew Whittington (210º) por 3 sets a 1.

Monteiro, que não disputou nenhum torneio na grama antes de Wimbledon, terá pela frente o russo Karen Khachanov, cabeça de chave 30. Outro brasileiro que entrou em quadra no primeiro dia, Rogerinho, 33, caiu diante do francês Benoit Paire por 3 sets a 1.

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Bia Haddad relata bastidores de Roland Garros, seu primeiro Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/02/bia-haddad-relata-bastidores-de-roland-garros-seu-primeiro-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/02/bia-haddad-relata-bastidores-de-roland-garros-seu-primeiro-grand-slam/#respond Fri, 02 Jun 2017 11:59:56 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/BEATRIZ-180x133.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=431 A paulista Bia Haddad Maia, 21, fez em Roland Garros sua primeira partida como profissional na chave principal de um Grand Slam. Ela perdeu na estreia para a russa Elena Vesnina, cabeça de chave 14, por 2 sets a 1 (6/2, 3/6, 6/4).

A pedido do blog, Bia escreveu um depoimento sobre a sua experiência em Paris. Ela conta como se sentiu em quadra, fala sobre o aniversário de 21 anos e do presente que recebeu do tenista Thiago Monteiro, seu namorado. A atleta destaca também as expectativas para Wimbledon, torneio que começa no dia 3 de julho e onde ela tem vaga garantida na chave principal.

***

Foi meu terceiro quali [torneio classificatório que dá vaga na chave principal] em Roland Garros. No primeiro ano, eu fiquei a dois pontos de furar e não furei. Mas, como sempre falam, nada é por acaso. Acho que eu não estava pronta, não era o momento. Este ano eu consegui melhorar a cada jogo, jogando cada vez mais sólida, impondo meu padrão por mais tempo. É isso que eu venho procurando fazer. E jogar sempre agressiva. Isso fez a diferença.

Entrar na chave foi muito legal, muito boa a experiência. Eu não tive muita sorte no sorteio, poderia ter tido uma estreia mais tranquila, mas aqui não tem jeito. Se você ganha uma rodada, vai pegar o próximo jogo duro também. Então, se eu quiser estar bem e ganhar das boas, eu tenho que enfrentá-las e foi assim que eu fiz. Saio de cabeça erguida. Joguei bem, tive chance também.

Meu dia antes da estreia na chave foi normal, como qualquer outro. Eu bati bola, treinei só um turno. A gente procura economizar mais a energia um dia antes da competição, e mantive tudo como eu vinha fazendo. Fiz minha rotina de jogo normal. Depois do jogo, apesar de ter perdido, eu soltei, alonguei, fiz tudo o que eu tinha para fazer.

Na terça (30) foi o meu aniversário, 21 anos. Fui assistir ao jogo do Thiago [Monteiro, tenista brasileiro e namorado de Bia], fiquei nervosa para caramba. Ganhou em cinco sets, primeira vitória dele em Grand Slam. Ele me dedicou, fiquei muito feliz!

Este ano optamos por alugar um apartamento. Nos primeiros dias, ficamos eu, o German [Gaich, técnico] e o Paulo [Santos, fisioterapeuta]. Depois chegaram o Duda [Matos, técnico de Monteiro], o Thiago e o Alex [Matoso, preparador físico da Tennis Route].

Eu gosto muito desse clima de família, de cozinhar. A gente se vira, sempre se ajuda, cada um faz sua parte. Até que sai coisa boa. Minha especialidade é risoto de camarão!

Estamos sempre juntos, ouvindo uma música, dando risada. Esta semana o Paulão tocou na cozinha. Acho importante esse clima de família, ter esse conforto de casa. Acredito também que o que tem feito muita diferença neste momento é a minha relação com o German e com o Paulo fora da quadra. A gente está se dando muito bem. No aquecimento, a gente até faz umas brincadeiras para dar uma descontraída, para dar um relaxada para jogar.

Trago boas lembranças do juvenil aqui. Muda bastante, é sempre um aprendizado. Lembro que, no meu aniversário de 15 anos, eu passei o quali. A primeira vez que entrei aqui parecia que eu estava na Disney.

Eu estava muito feliz. Assisti ao jogo do [Richard] Gasquet com o Thomaz [Bellucci] na Suzanne Lenglen [o francês venceu, pela terceira rodada]. Foi um jogo que me marcou, sabia que aqui era um lugar muito especial, que o Guga tinha ganhado, então sempre tive um sonho de jogar aqui.

No juvenil tudo é novo. Você ter a oportunidade de vir aqui antes de estrear no profissional é muito importante. Acho que essa transição que eu tive foi muito show, até agradeço a meus patrocinadores, à CBT [Confederação Brasileira de Tênis] por me proporcionar fazer a gira europeia, que é muito importante nessa época para quem tem seus 15, 16 anos.

Bom, para Wimbledon eu levo o sorriso com que estou na quadra, acho que é o principal. Ficar sempre positiva, acreditando, porque os jogos todos são duros, independentemente de a menina ser top 15 ou não. Tem que enfrentar todas, sabendo que só depende de mim. Conseguir jogar o quali e passar à primeira rodada de Roland Garros foi muito legal e só me fortalece para cada vez mais acreditar que eu posso jogar com qualquer uma. Vamos que vamos!

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Marcelo Melo e Bia Haddad fazem tênis brasileiro viver um domingo raro https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/14/marcelo-melo-e-bia-haddad-fazem-tenis-brasileiro-viver-um-domingo-raro/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/14/marcelo-melo-e-bia-haddad-fazem-tenis-brasileiro-viver-um-domingo-raro/#respond Sun, 14 May 2017 17:50:08 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/311910_703341_whatsapp_image_2017_05_14_at_12.36.10-180x135.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=358 O domingo de Dia das Mães também foi um belo dia para o tênis brasileiro, com dois títulos e outros resultados importantes na Europa.

Ao lado do polonês Lukasz Kubot, Marcelo Melo levantou o troféu nas duplas do Masters 1.000 de Madri. Na final, eles bateram os franceses Nicolas Mahut e Edouard Roger-Vasselin por 2 sets a 0. Nos quatro Masters do ano até agora, a parceria, que lidera o ranking de 2017, tem dois títulos e um vice-campeonato.

Foi o sétimo triunfo em Masters da carreira do mineiro, que assume o terceiro lugar do ranking individual dos duplistas.

O outro troféu do dia veio da França, onde Bia Haddad sagrou-se campeã do ITF de Cagnes-Sur-Mer, torneio com premiação de US$ 100 mil. Essa foi a conquista mais importante da paulista de 20 anos, que vive ótima fase no circuito, entra na lista das cem melhores do ranking da WTA e se garante na chave principal de Wimbledon pela primeira vez.

Ela será a oitava brasileira da história a figurar no top 100. As outras foram Maria Esther Bueno, Niege Dias, Teliana Pereira, Patrícia Medrado, Claudia Monteiro, Dadá Vieira e Gisele Miró.

Quem quase chegou lá foi Orlando Luz. O gaúcho de 19 anos ficou com o vice de um future de US$ 15 mil na Espanha após dois meses sem competir por causa de dores nas costas.

Bia Haddad com troféu de Cagnes-Sur-Mer

BRASIL X BRASIL

No qualifying do Masters de Roma, os brasileiros Thiago Monteiro e Thomaz Bellucci duelaram por uma vaga na chave principal. O cearense, 100º colocado no ranking, levou a melhor sobre o paulista (54º) pela segunda vez seguida e entrou no torneio. Enfrentará o alemão Florian Mayer (51º) na primeira rodada.

Pouco tempo depois, Bellucci contou com desistências e também garantiu seu lugar, como “lucky loser” (perdedor de sorte). A estreia promete ser dura, contra o belga David Goffin (10º).

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O que deu certo e o que deu errado nos torneios da ATP no Brasil https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/03/07/o-que-deu-certo-e-o-que-deu-errado-nos-torneios-da-atp-no-brasil/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/03/07/o-que-deu-certo-e-o-que-deu-errado-nos-torneios-da-atp-no-brasil/#respond Tue, 07 Mar 2017 13:58:17 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/bropen-180x119.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=211 Nas duas últimas semanas foram disputados os dois torneios brasileiros da ATP, o Aberto do Rio (nível 500) e o Aberto do Brasil (250), este em São Paulo. Ter dois eventos desse porte no país é um privilégio para quem gosta de tênis. No mundo, outras 15 nações possuem a mesma quantidade ou mais —os EUA, por exemplo, têm 11.

Entre erros e acertos, golpes de sorte ou de azar, as competições transcorreram bem. O blog acompanhou o fim de semana dos dois eventos e lista abaixo o que deu certo e o que deu errado. Como a percepção é sempre individual, convido a todos que estiveram nos torneios para ampliar a discussão.

DEU CERTO

Clima de clube

Tanto no Jockey, no Rio, quanto no Pinheiros, em São Paulo, o ambiente estava agradável. Muitas famílias e fãs de tênis de todas as idades andavam pelos complexos, aguardavam pelo momento de tietar os atletas e se divertiam nas atrações montadas pelos patrocinadores. Torneio não é só dentro de quadra, e os eventos brasileiros já aprenderam isso.

Os campeões

Após o desempenho decepcionante de Kei Nishikori, o Rio viu Dominic Thiem, seu cabeça de chave dois, jogar muito bem e exibir tênis de alta qualidade para o público. Quem assistiu a seus jogos pôde ver um dos nomes que devem dominar o esporte nos próximos anos. Em São Paulo, um Pablo Cuevas cada vez mais de casa conquistou o inédito tricampeonato seguido, e André Sá e Rogerinho conseguiram um título importante para ambos nas duplas.

Pablo Cuevas comemora o título na quadra do Pinheiros (DGW/Comunicação)

DEU ERRADO

Espaços vazios nas arquibancadas

Não é legal ver lugares desocupados em semifinais e finais, mas eles sempre estão lá, mesmo com os ingressos esgotados. Como muitas cotas vão para patrocinadores, e eles distribuem como bem entendem, os torneios perdem o controle sobre a real ocupação das arquibancadas. Registre-se que na segunda semifinal e na final de simples, em São Paulo (antes da chuva) e no Rio, o público foi bom.

O torneio carioca estimou um total de 45 mil pessoas em cada uma das duas últimas edições. O paulista indicou aumento de 16.750 para 19.894 espectadores. As quadras centrais têm capacidade para 6.200 e 2.567 pessoas, respectivamente. Ambos tiveram parte de suas programações coincidindo com o Carnaval.

Desempenho dos brasileiros

Pelo segundo ano seguido, o país não colocou ninguém nas semifinais de simples. No Rio, o melhor resultado foi as quartas de final de Thiago Monteiro. Em São Paulo, as oitavas de João Souza, o Feijão. Houve bons momentos, como a vitória de Thomaz Bellucci sobre Nishikori na estreia no Rio e a final com três atletas brasileiros nas duplas em São Paulo. É pouco.

Final do Aberto do Rio entre Thiem e Carreño Busta (Fotojump)

DEU CERTO E DEU ERRADO

São Pedro

A chuva, que não caiu no Rio nem na maior parte do torneio em São Paulo, deixou para fazer estrago no último dia. Com isso, a final que começou na tarde de domingo (5) só acabou na noite de segunda (6). Não havia muito o que fazer, a não ser colocar a lona e torcer para que a água desse trégua. Cuevas comemorou o tri em uma quadra vazia, mas pelo menos o torneio terminou com um campeão.

E O FUTURO?

O Aberto do Rio, que traz pelo menos dois tenistas do top 10 ao país desde a sua primeira edição, há quatro anos, já deixou claro que tem a pretensão de virar um Masters 1.000. Para isso, o torneio tenta a mudança do saibro para a quadra dura e possivelmente de local, com o Parque Olímpico como o mais forte candidato. Há muito chão pela frente para realizar esse objetivo, conforme explicado nessa reportagem. Por enquanto, parece um passo maior do que as pernas.

Já o Aberto do Brasil, a cada ano parece um torneio mais modesto, mas que funciona bem no Pinheiros e traz jogadores de nível médio.

Há mais a comemorar do que a lamentar nos eventos, mas sempre é possível evoluir. Como as estruturas estão boas, o principal para o ano que vem deveria ser renovar os jogadores. É sabido que os custos de trazer estrelas são altos e que o calendário e o piso não ajudam, mas o público precisa de caras novas para continuar a se interessar pelos torneios. Será preciso criatividade.

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Ascensão de Thiago Monteiro impõe expectativa e pressão por resultados https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/24/ascensao-de-thiago-monteiro-impoe-expectativa-e-pressao-por-resultados/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/24/ascensao-de-thiago-monteiro-impoe-expectativa-e-pressao-por-resultados/#respond Sat, 25 Feb 2017 02:35:35 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/02/Brazil_Rio_Open_Tennis-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=169 Se o ano de 2016 ficou marcado para Thiago Monteiro pela espetacular escalada no ranking (de 463º para 82º), 2017 surge como a temporada de afirmação para o cearense.

É importante que resultados como as quartas de final alcançadas em Buenos Aires e no Rio passem a fazer parte da rotina de Monteiro para que ele ganhe confiança e possa dar o próximo salto na carreira.

No mesmo palco, o atleta já viveu dois momentos distintos: a vitória sobre Tsonga no Aberto do Rio do ano passado, lembrada como o início da sua trajetória ascendente, e a derrota diante de Casper Ruud, nesta sexta (24), revés de difícil digestão.

Sem tirar os méritos do potente e agressivo norueguês de 18 anos, convidado da organização, o brasileiro errou demais e teve uma exibição bem abaixo da esperada pela (pequena) torcida no Jockey. A chance de enfrentar, no próprio país, o 208º do ranking nas quartas de um ATP 500 não aparece sempre.

Oportunidade desperdiçada, bola para frente. Na semana que vem, no Aberto do Brasil, o jovem de 22 anos terá mais uma chance de fazer boa campanha e continuar ganhando posições.

O cearense já mostrou que bate muito bem na bola e que tem o jogo mental como um dos seus trunfos. Vibrante, ele começa a ganhar fãs pelo país, mas ao mesmo tempo precisará se acostumar com a expectativa criada sobre os seus resultados.

Após Monteiro crescer vários anos em um, é normal que a evolução dele seja mais lenta, porém é importante que também seja constante.

A “rivalidade” com Thomaz Bellucci pela posição de número 1 do Brasil pode ser benéfica para ambos, à medida que diminui a pressão por resultados de um único tenista.

À pergunta “até onde pode chegar?” só cabe a ele responder.

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Duelo entre Thomaz Bellucci e Thiago Monteiro aproxima país de melhor campanha no Rio https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/22/duelo-entre-thomaz-bellucci-e-thiago-monteiro-aproxima-pais-de-melhor-campanha-no-rio/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/02/22/duelo-entre-thomaz-bellucci-e-thiago-monteiro-aproxima-pais-de-melhor-campanha-no-rio/#respond Wed, 22 Feb 2017 11:39:08 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/02/01-3-180x111.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=156 As vitórias de Thomaz Bellucci, 29, e Thiago Monteiro, 22, em suas estreias no Aberto do Rio, além de representarem muito para ambos, colocam o tênis brasileiro em boas condições de alcançar a sua melhor campanha na história do torneio.

O paulista e o cearense se enfrentarão pelas oitavas de final, o que significa que um deles chegará às quartas e pelo menos repetirá os desempenhos de João Souza, o Feijão, em 2015, e do próprio Bellucci, em 2014.

O futuro adversário pela vaga na semifinal será o jovem norueguês Casper Ruud, 18, convidado da organização que eliminou Rogerinho na primeira rodada, ou o espanhol Roberto Carballes Baena.

Ninguém vence na véspera, mas as chances de o país ter um representante na semifinal pela primeira vez são ótimas.

BELLUCCI X MONTEIRO

O duelo de brasileiros —e de canhotos— colocará frente a frente o melhor tenista do país nos últimos anos e o mais promissor atleta do Brasil na atualidade. Os dois nunca se enfrentaram em partidas oficiais, mas vêm treinando juntos e são parceiros na chave de duplas. Ou seja, conhecimento sobre o rival não falta para nenhum deles.

Bellucci ainda deve uma campanha digna do seu potencial dentro de casa, e a vitória maiúscula sobre Kei Nishikori pode ser o impulso que faltava a ele após duas derrotas em estreias nas últimas edições do Aberto do Rio.

Monteiro teve mais trabalho para vencer o português Gastão Elias, mas não se deixou abater pelo início ruim. A força mental do número 85 do ranking impressiona. É notável que a virada tenha ocorrido no mesmo local onde ele iniciou a sua arrancada rumo ao top 100 no ano passado (para quem não lembra, após vencer Tsonga).

A experiência pode pesar a favor de Bellucci, mas a empolgação e o momento de Monteiro serão os trunfos do outro lado da quadra. Penso inclusive que o cearense terá mais torcida do que o paulista na quadra central do Jockey.

Ganha o torneio, que terá fortes emoções logo nas oitavas de final. O jogo deverá ser marcado para esta quinta (23), ainda sem horário definido.

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