‘Big Four’ do tênis completará um ano sem se enfrentar em Grand Slam

Desde que Roger Federer e Rafael Nadal fizeram a espetacular final do último Aberto da Austrália, em janeiro de 2017, não houve mais confrontos entre os tenistas do “Big Four” em Grand Slams. Tampouco haverá tão cedo.

Nadal, com uma lesão ainda não esclarecida que o fez abandonar no quinto set a partida contra Marin Cilic pelas quartas de final, e Djokovic, que sentiu o cotovelo na derrota para Hyeon Chung pelas oitavas, estão fora do primeiro Slam do ano.

Murray, submetido a uma cirurgia no quadril, desistiu antes do torneio. Sua volta está prevista para o meio do ano, provavelmente na temporada de grama.

Resta Federer. Aos 36 anos, o suíço ainda não passou por uma grande exigência física na competição, cenário que deve mudar nos próximos jogos. Na manhã desta quarta (24), ele enfrentará o tcheco Tomas Berdych, que vem de ótimas partidas, pelas quartas de final.

No ano passado, o “Big Four” se enfrentou apenas seis vezes, menor número desde 2005. Em 2008 e 2015, foram 24 confrontos entre os quatro principais atletas das últimas décadas.

Depois da decisão em Melbourne, Federer e Nadal jogaram mais três vezes em 2017, nos Masters de Indian Wells e Miami, em março, e Xangai, em outubro. O espanhol enfrentou Djokovic no Masters de Madri, em maio, e o sérvio duelou com Murray no torneio de Doha, em janeiro.

Nenhum dos três últimos Slams teve mais que um tenista do quarteto nas semifinais. Em contrapartida, o americano Sam Querrey (Wimbledon), 30, o sul-africano Kevin Anderson (Aberto dos EUA), 31, o espanhol Pablo Carreño Busta (Aberto dos EUA), 26, e o britânico Kyle Edmund (Aberto da Austrália), 23, fizeram suas estreias nessa fase das competições.

Melbourne verá mais um debutante nas semis, que sairá do duelo entre Chung, 21, e Tennys Sandgren, 26, na madrugada desta quarta.

Aos poucos, e não necessariamente da forma mais desejada, o tênis vai conhecendo uma nova realidade.

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