Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Campeão juvenil, Wild afirma que amadureceu cedo para tênis profissional https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/campeao-juvenil-wild-afirma-que-amadureceu-cedo-para-tenis-profissional/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/campeao-juvenil-wild-afirma-que-amadureceu-cedo-para-tenis-profissional/#respond Mon, 10 Sep 2018 22:17:48 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/wild-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1456 O brasileiro Thiago Seyboth Wild, 18, campeão juvenil do Aberto dos EUA no domingo (9), considera estar bem preparado para um momento definidor na carreira dos tenistas: a transição para o circuito profissional.

A confiança, porém, possui pouca relação com o fato de o paranaense de Marechal Cândido Rondon ter sido o segundo atleta do país a conquistar um Grand Slam como juvenil.

Para Wild, o troféu obtido em Nova York tem um papel importante na sua trajetória e representa a realização de um sonho, mas não definirá um caminho mais fácil ou difícil na elite do tênis mundial.

“A cabeça de um jogador juvenil não tem que estar preparada para querer ganhar todos os torneios. Tem que estar preparada para lidar bem com momentos bons e ruins”, diz em entrevista à Folha.

Ele afirma que a maturidade necessária no período de transição foi adquirida ainda no juvenil. “Acho que eu consegui boa parte dela, até mais cedo do que alguns jogadores”.

Nos últimos anos, há exemplos bem-sucedidos e malsucedidos de tenistas que saíram do último estágio antes do profissional como promessas.

O alemão Alexander Zverev, campeão do Aberto da Austrália juvenil em 2014, está no primeiro grupo. Ele já ocupou o posto de terceiro melhor do mundo e, aos 21 anos, tem três troféus de torneios Masters 1.000.

Mas há casos também como o do primeiro brasileiro a triunfar em um Slam juvenil, o alagoano Tiago Fernandes. Vencedor na Austrália em 2010, ele abandonou o tênis quatro anos depois, após resultados frustrantes no início da carreira profissional.

Com bom saque e estilo agressivo, Wild acredita que seu jogo está em bom nível para a próxima etapa da carreira.

“Não tenho muito mais golpes ou potência para acrescentar, é mais afinar, deixar os detalhes cada vez mais cristalinos. A principal diferença é a intensidade que o jogo [profissional] pede”, diz.

Este é seu último ano como juvenil, mas ele já compete com frequência em torneios profissionais e conquistou dois títulos de nível future, o mais baixo entre os adultos.

Seu jogo mais relevante na elite até o momento foi em fevereiro, quando recebeu convite e disputou o Aberto do Brasil, torneio de nível ATP. Na ocasião, ele sentiu a diferença de preparo físico e perdeu na primeira rodada para o veterano argentino Carlos Berlocq, 35.

Arthur Rabelo, técnico de Wild na academia Tennis Route, no Rio de Janeiro, diz que o troféu nos EUA deve trazer boas oportunidades para o atleta, como mais convites para torneios e apoio financeiro.

Sobre o jogo do paranaense, ele afirma que uma lacuna a ser trabalhada é a forma de definição dos pontos. Como Wild cria muitos espaços em quadra com seus golpes, poderia subir mais à rede e usar voleios. “Nem sempre depender da bola salvadora, da pancada incrível”, explica.

Além da agressividade em quadra, chama a atenção de quem acompanha os jogos do tenista a sua atitude. Ele costuma vibrar de forma efusiva e faz questão de se mostrar sempre confiante, como o ídolo Rafael Nadal.

A possibilidade de por esse motivo ser considerado arrogante pelo público não parece preocupá-lo neste momento.

“Algumas pessoas podem olhar para mim e pensar que eu faço isso porque quero me mostrar melhor, mas outras vão olhar da maneira que eu quero que elas olhem. Eu me sinto confiante, não quero diminuir outras pessoas para parecer maior”, afirma.

O comportamento em quadra também faz parte das conversas entre técnico e jogador. “O sujeito tem que ter alguma autoconfiança. Se hesitar, muito dificilmente vai acertar com a intensidade que precisa. Só não pode viajar na maionese achando que é mais do que já é. Vamos ficar com os pés no chão”, diz Rabelo.

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Título nos EUA recoloca dominante Djokovic nas grandes disputas https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/titulo-nos-eua-recoloca-dominante-djokovic-nas-grandes-disputas/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/titulo-nos-eua-recoloca-dominante-djokovic-nas-grandes-disputas/#respond Mon, 10 Sep 2018 05:03:00 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/djokovic-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1448 Após o título do Aberto dos EUA conquistado neste domingo (9), Novak Djokovic está de volta a várias disputas que envolvem os principais tenistas do mundo.

As duas mais imediatas são pela liderança dos rankings de 52 semanas e da temporada. Na lista principal da ATP, agora ele é o terceiro colocado, com 6.445 pontos. À sua frente estão Roger Federer (6.900) e Rafael Nadal (8.760).

O espanhol tem 1.280 pontos para defender até o fim do ano, e o suíço, 2.100. Djokovic, que não atuou no segundo semestre de 2017, não terá nenhum desconto, ou seja, cada vitória significará pontos somados para o sérvio.

Na corrida da temporada, ele já é o segundo colocado, com seus 6.445 pontos. O líder, Nadal, tem 7.480. Atrás deles vêm Juan Martín Del Potro (4.910) e Federer (4.800).

Outra disputa que volta a ganhar a concorrência do sérvio é no número de títulos de torneios do Grand Slam. Federer lidera com 20 conquistas, seguido de Nadal (17) e Djokovic (14), que neste domingo igualou a marca de Pete Sampras.

O tenista de 31 anos leva ampla vantagem sobre os rivais no retrospecto recente. Nos últimos cinco anos, o sérvio ficou com o troféu de 8 dos 20 torneios desse nível realizados. Nadal ganhou 4, Federer e Wawrinka, 3, e Andy Murray e Marin Cilic, 1.

Em Wimbledon e principalmente nos EUA, Nole voltou a jogar o melhor tênis do circuito. Se ainda é cedo para dizer que ele voltará a ter temporadas dominantes como as de 2011 e 2015, nenhum adversário aparenta ter tantas condições de fazer isso.

Apesar da lesão no cotovelo que o levou a passar por cirurgia em fevereiro, ele é o mais inteiro entre os tenistas do “Big Four”. O joelho de Nadal, o quadril de Murray e os 37 anos de Federer colocam o sérvio em vantagem nesse aspecto.

Djokovic iniciará a temporada de 2019 com chances de repetir um feito que nenhum dos seus rivais conseguiu: vencer os quatro Slams em sequência. Para igualar a marca de 2015/16, ele terá que ganhar o Aberto da Austrália e Roland Garros.

Missão complicada, mas, pelo que se viu em Nova York, nada impossível.

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Papelão de Serena ofusca título da incrível Osaka no Aberto dos EUA https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/08/papelao-de-serena-ofusca-titulo-da-incrivel-osaka-no-aberto-dos-eua/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/08/papelao-de-serena-ofusca-titulo-da-incrivel-osaka-no-aberto-dos-eua/#respond Sat, 08 Sep 2018 22:56:53 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/serena-320x213.jpeg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1438 A noite que poderia ser da consagração de Serena Williams como recordista de títulos de Grand Slam acabou com um papelão da maior tenista da história, que infelizmente ofuscou a primeira conquista desse nível da japonesa Naomi Osaka, incrível talento de 20 anos.

A americana perdeu a linha com o árbitro principal da decisão do Aberto dos EUA, o português Carlos Ramos, e recebeu três punições no segundo set da partida, após perder a primeira parcial por 6-2.

A primeira porque seu técnico, Patrick Mouratoglou, orientou da arquibancada que ela entrasse mais em quadra para devolver os saques da japonesa. A comunicação entre treinador e tenista é proibida, e por isso ela foi advertida corretamente.

Por mais que Serena não tenha visto ou mesmo que não quisesse receber nenhuma ajuda, a imagem da transmissão de TV deixou claro que houve a manifestação de Mouratoglou. Mais tarde, ele mesmo admitiu o “coaching” à ESPN americana.

A polêmica poderia ter parado por aí se Serena tivesse mantido a cabeça no lugar, mas na sequência, após perder um game e destruir a raquete, ela foi novamente penalizada, desta vez com a perda de um ponto, em nova aplicação correta da regra.

Serena saiu do controle e voltou a reclamar da primeira advertência, disse que nunca trapaceou, que Ramos deveria lhe pedir desculpas, que ele nunca mais apitaria um jogo dela e até que é mãe —nada disso estava em discussão naquele momento. Depois, em entrevista, afirmou que a punição teve motivação sexista.

No intervalo seguinte, ela voltou a se dirigir de forma arrogante para o árbitro e o chamou de ladrão. Nova punição, aplicada corretamente pela terceira vez, agora com a perda de um game.

Serena ainda sacou em 3-5 e prolongou a partida, mas a japonesa manteve o foco, confirmou o saque na sequência e chegou ao título.

Uma pena que o jogo e o torneio fora de série de Osaka —primeira do seu país a conquistar um Slam— tenham sido ofuscados pela atitude da americana, considerada um ídolo pela japonesa.

A cerimônia de premiação começou sob vaias do público, que embarcou nas reclamações da tenista da casa e aumentou o estrago.

Ainda constrangida, a vencedora do Aberto dos EUA só conseguiu discursar após Serena finalmente pedir para o público trocar os apupos por aplausos para a campeã. Mesmo assim, ela não reconheceu que foi a principal responsável por estragar a festa da sua fã.

Serena é a maior tenista de todos os tempos, dona de 23 títulos de Grand Slam (há ótimas chances de o recorde vir em 2019), além de um ícone para os movimentos feminista e negro. Nada disso, porém, justifica seu comportamento em quadra neste sábado (8).

A Osaka, cabe ficar com as boas memórias de sua façanha. Em sua primeira final de Slam, ela entrou em quadra calma (73% de acerto no primeiro serviço) e não se afobou na maioria dos pontos importantes (salvou 5 de 6 breakpoints e converteu 4 de 5). Segurou nas trocas de bola e foi para cima nos momentos certos.

Aos 20 anos, tudo indica que a japonesa terá outras glórias na carreira. Tomara que elas venham sem novas polêmicas.

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Após viver montanha-russa na carreira, algoz de Federer desafia Djokovic https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/apos-viver-montanha-russa-na-carreira-algoz-de-federer-desafia-djokovic/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/apos-viver-montanha-russa-na-carreira-algoz-de-federer-desafia-djokovic/#respond Wed, 05 Sep 2018 04:55:11 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/millman-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1426 Olhar para a variação do ranking de John Millman, australiano que na madrugada de terça bateu Roger Federer nas oitavas de final do Aberto dos EUA, é observar uma carreira que se move como uma montanha-russa.

Nesta quarta (5), o tenista de 29 anos enfrentará Novak Djokovic pelas quartas de final em busca de mais uma façanha. O jogo está previsto para começar por volta das 22h.

Em 2013, pela primeira vez na carreira ele passou uma temporada inteira no top 200, apesar de ter se afastado das quadras de maio daquele ano até abril do ano seguinte.

Uma lesão no ombro fez com que o atleta passasse por duas cirurgias e despencasse no ranking da ATP. Em junho de 2014, ele era apenas o número 1.193 do mundo.

Recuperado, em julho de 2015 Millman entrou pela primeira vez no top 100. Permaneceu até janeiro de 2017, mas uma lesão na região da virilha exigiu nova cirurgia e o tirou de ação até maio. Dessa vez a queda foi menor, para 218º.

Desde então, o australiano vive período de ascensão. Em abril, foi vice-campeão no saibro de Budapeste, seu melhor resultado em um torneio da ATP. Atual número 55 do mundo, chegou a ser 49º em julho e entrará pelo menos entre os 40 melhores após o torneio.

Quando passou pelas cirurgias no ombro, Millman precisou recorreu a um emprego de escritório no setor financeiro, mas nunca pensou em desistir do tênis profissional.

“Se eu jogasse tênis pelo dinheiro, teria desistido há muito, muito tempo atrás. Para mim, [o esporte] é mais sobre ser capaz de me colocar na posição em que estou, jogando na segunda semana de um Grand Slam. Isso é muito especial”, afirmou o atleta antes da partida contra Federer.

Ele soma US$ 1,8 milhão (R$ 7,5 milhões) de dólares na carreira em premiação. Federer, o líder em prêmios, já conquistou US$ 117, 5 milhões.

Após derrotar o suíço, porém, Millman não demonstrou euforia. Disse que Federer é um herói para ele e reconheceu que soube aproveitar uma noite em que o suíço esteve num nível muito abaixo do esperado. “A única coisa que posso controlar é a luta em mim. É a única coisa que sempre fiz durante toda a minha carreira”, afirmou.

Com um discurso de pés no chão, mas um estilo de jogo ousado, ele deverá repetir contra Djokovic a estratégia que deu certo diante de Federer: ser agressivo e atuar no limite da margem de erro, buscando as linhas da quadra sempre que tiver essa chance.

Se o sérvio vem sofrendo com o forte calor e a alta umidade em Nova York durante o Aberto dos EUA, Millman está mais acostumado a essa situação. Sua cidade natal, Brisbane, se caracteriza pelas mesmas condições climáticas.

O australiano nunca havia vencido um top 10 nem passado às quartas de um Slam antes da madrugada de terça. Então por que não acreditar em mais um feito histórico?

“Por que não? Acho que seria um desserviço entrar em quadra se não tivesse essa crença”, afirmou Millman.

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Erros em profusão e coragem de rival decretam queda de Federer nos EUA https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/04/erros-em-profusao-e-coragem-de-rival-decretam-queda-de-federer-nos-eua/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/04/erros-em-profusao-e-coragem-de-rival-decretam-queda-de-federer-nos-eua/#respond Tue, 04 Sep 2018 13:00:30 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/federer-320x213.jpeg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1416 Uma eliminação difícil de acreditar, mas que se explica em alguns números: 77 erros não forçados, 10 duplas faltas e 49% de acerto no primeiro saque.

O desempenho sofrível de um Roger Federer irreconhecível determinou a queda precoce do suíço nas oitavas de final do Aberto dos EUA, para o australiano John Millman, número 55 do mundo.

Foi a primeira vez que o vencedor de 20 títulos de Grand Slam e atual número 2 do ranking perdeu para um tenista de fora do top 50 em Nova York.

Parecia que a vitória viria com facilidade quando Federer tinha 1 set a 0 e dois set points no seu saque para fechar a segunda parcial, mas foi nesse momento que tudo começou a desandar.

Millman quebrou duas vezes, empatou o jogo e ganhou confiança. O suíço, por outro lado, parecia cada vez mais afundado num buraco.

O repertório de erros foi variado: smash, forehand, backhand, slice, voleio e muitas, mas muitas tentativas frustradas de drop shots.

Mesmo quando quebrou o saque do rival no quarto set, teve a quebra devolvida logo na sequência.

O desempenho assustou mais porque na partida anterior, contra Nick Kyrgios, Federer havia se apresentado muito bem.

Também não é possível atribuir essa derrota a um momento ruim de carreira. O suíço venceu três Slams do ano passado para cá e liderou o ranking por oito semanas nesta temporada.

Se faltasse confiança num duelo de quartas de final contra Djokovic, seu algoz na decisão de Cincinnati, seria mais fácil entender. Mas na madrugada desta terça (4), nada parecia fazer sentido para Federer.

Em entrevista após a partida, ele disse que sofreu com o calor e umidade e teve dificuldades para respirar —realmente o suíço estava muito mais suado do que o normal para ele.

Mas como ninguém perde se não tiver um adversário do outro lado da quadra, é preciso destacar a coragem que levou Millman à vitória.

Por não ter deixado de acreditar, o australiano foi ficando mais solto e confiante conforme a partida avançava. Ele atacou as linhas de forma insana e devolveu o saque do suíço como poucos fariam. Além disso, não perdeu a concentração, mesmo com a legião de fãs de Federer na torcida vivendo momentos de Copa Davis.

Ao derrotar pela primeira vez um top 10 na carreira, Millman ganhou de presente a oportunidade de encarar outro ex-número 1 pela frente. Enfrentará Djokovic nesta quarta (5) buscando que o raio caia mais uma vez no estádio Arthur Ashe.

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Após polêmica com árbitro, jogo entre Kyrgios e Federer promete ser quente https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/31/apos-polemica-com-arbitro-jogo-entre-kyrgios-e-federer-promete-ser-quente/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/31/apos-polemica-com-arbitro-jogo-entre-kyrgios-e-federer-promete-ser-quente/#respond Fri, 31 Aug 2018 13:50:19 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/kyrgios-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1407 Adversários de Roger Federer costumam ter a torcida contra si. O australiano Nick Kyrgios costuma ter a torcida contra si. Kyrgios será o adversário de Federer no sábado (1º), pela terceira rodada do Aberto dos EUA.

Não será nenhuma surpresa se o talentoso tenista de 23 anos encontrar um ambiente bastante hostil nas arquibancadas, provavelmente no grandioso estádio Arthur Ashe, com capacidade para quase 24 mil espectadores.

Se não bastasse o apelo do suíço entre os fãs e a fama negativa que o australiano carrega (antipático, arrogante, provocador, imaturo —todos esses adjetivos já foram usados em algum momento, e com justiça, para se referir a ele), Kyrgios fez parte da maior polêmica do Aberto dos EUA até agora.

Nesta quinta (30), quando perdia para o francês Pierre Hugues-Herbert por 1 set a 0 e estava atrás na segunda parcial, ele já tinha entrado no seu modo desinteressado. Não se esforçava e rebatia com desleixo, atitude que já lhe rendeu multa na carreira por antidesportividade. A torcida, é claro, vaiava.

Então, num intervalo, o experiente árbitro sueco Mohamed Lahyani, um dos principais do circuito, desceu da cadeira e conversou com Kyrgios. Segundo reportagem do The New York Times, o juiz principal do confronto disse “estou tentando ajudar você”, “eu sei que esse não é você” e “eu vi seus jogos, você é bom para o esporte”.

Depois do papo e do atendimento do fisioterapeuta, o australiano se recompôs, venceu 19 dos 25 games seguintes e conseguiu a virada contra o francês por 3 sets a 1.

O comportamento de Lahyani chamou a atenção, já que árbitros não estão autorizados a aconselhar jogadores em quadra. No tênis masculino, nem os técnicos podem fazer isso.

“É ridículo. Ele não estava me orientando. Eu não tenho um treinador. Eu não tenho um treinador há anos. Claro que ele não estava me orientando”, afirmou Kyrgios após a partida.

O adversário, Herbert, não viu da mesma forma. “Acho que esse não era o trabalho dele. Não acho que ele seja um técnico. Ele é um árbitro e deveria ficar na cadeira dele para isso”, disse.

Federer na partida de segunda rodada do Aberto dos EUA (Elsa/AFP)
Federer na partida de segunda rodada do Aberto dos EUA (Elsa/AFP)

Federer, o rival deste sábado, também foi questionado sobre o assunto: “Na minha opinião, acho que ele não pode dizer o que disse a Kyrgios. Ele não pode falar assim com um tenista. Foi uma conversa, e conversas podem mudar a mentalidade do jogador”.

Segundo comunicado do Aberto dos EUA, Lahyani desceu da sua cadeira para falar com o australiano porque o estádio estava barulhento. Ele queria saber se o atleta precisava de atendimento médico e o informou que tomaria uma atitude se o aparente desinteresse na partida persistisse. A explicação não convenceu Herbert, que se disse decepcionado.

Apesar de nesse caso as críticas terem recaído sobre o comportamento de Lahyani (também teve quem o defendeu, como John McEnroe), Kyrgios novamente está em evidência por conta de uma polêmica.

Pela esperada qualidade do jogo contra Federer (em três partidas, eles disputaram nove sets e oito tiebreaks), ou pelas reações em quadra na arquibancada, a partida deste sábado promete ser quente.

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Por que confronto das irmãs Williams no Aberto dos EUA já nasce imperdível https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/30/por-que-confronto-das-irmas-williams-no-aberto-dos-eua-ja-nasce-imperdivel/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/30/por-que-confronto-das-irmas-williams-no-aberto-dos-eua-ja-nasce-imperdivel/#respond Thu, 30 Aug 2018 03:59:50 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/serena-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1393 Um dos maiores clássicos do tênis chega ao seu 30º capítulo nesta sexta-feira (31). As irmãs Serena Williams, 36, e Venus Williams, 38, se enfrentam por volta das 20h, pela terceira rodada do Aberto dos Estados Unidos, Grand Slam realizado em Nova York.

A primeira das 29 vezes em que as irmãs Williams estiveram frente à frente foi há mais de 20 anos, em janeiro de 1998.

Na ocasião, Venus, então com 17 anos, superou a irmã mais nova na segunda rodada do Aberto da Austrália, por 2 sets a 0. A mais velha ganharia outros dois duelos antes de Serena obter seu primeiro triunfo, em 1999.

Venus (à esq.) e Serena no primeiro duelo, em 1998 (Rick Stevens - 21.jan.98/Associated Press)
Venus (à esq.) e Serena no primeiro duelo, em 1998 (Rick Stevens – 21.jan.98/Associated Press)

Hoje a vantagem é de Serena: 17 vitórias contra 12.

O último confronto entre elas foi em Indian Wells, em março deste ano, e Venus venceu com facilidade, em sets diretos. Na ocasião, Serena ainda tentava recuperar a forma após se afastar do circuito por conta da gravidez. Sua filha nasceu em setembro de 2017.

“Foi dois contra um. Pelo menos agora será justo”, brincou Venus em entrevista.

Agora o cenário é diferente. A vencedora de 23 títulos de Grand Slam vem de um vice-campeonato em Wimbledon e, apesar de ter jogado mal na preparação para Nova York, fez duas partidas em bom nível até agora, contra adversárias que não apresentaram muita resistência.

A americana derrotou a polonesa Magda Linette na estreia (6/4 e 6/0) e a alemã Carina Witthoeft na segunda rodada (duplo 6/2).

Venus, que também vive uma temporada irregular, mostrou mais segurança do que se esperava dela nas duas primeiras rodadas. Bateu a russa Svetlana Kuznetsova em um jogo apertado (6/3, 5/7 e 6/3) e depois passou pela italiana Camila Giorgi (6/4 e 6/5).

O desempenho de ambas até aqui permite esperar um duelo de bom nível técnico, o que, talvez pelo componente emocional, nem sempre acontece quando elas se encaram.

Na última vez que as duas jogaram no Aberto dos EUA, em 2015, Serena venceu em três sets nas quartas de final. O jogo foi mais equilibrado do que se esperava na época.

Serena (à esq.) e Venus se abraçam após jogo no Aberto dos EUA de 2015 (Julio Cortez - 8.set.15/Associated Press)
Serena (à esq.) e Venus se abraçam após jogo no Aberto dos EUA de 2015 (Julio Cortez – 8.set.15/Associated Press)

Serena era a líder do ranking mundial feminino naquela ocasião e buscava o quarto título de Slam na temporada, enquanto Venus ocupava o 23º lugar da lista. Após bater a irmã, no entanto, ela foi eliminada pela italiana Roberta Vinci na semifinal.

Em janeiro de 2017, elas fizeram a última final entre si, no Aberto da Austrália, com vitória de Serena, que já estava grávida durante o torneio. Foi a sua última atuação antes do afastamento.

Dessa vez, o encontro familiar será mais precoce, ainda na primeira semana de competição. Após o jogo de 1998, elas nunca haviam se encontrado tão cedo em um torneio.

Venus é a atual número 16 do ranking, dez posições à frente da irmã. Elas só se enfrentarão nessa fase porque Serena foi “promovida” à posição de cabeça de chave 17 pela organização do torneio, que adotou uma espécie de compensação pelo período afastada.

Além de emocional e histórico, o 30º duelo das irmãs Williams promete ser o primeiro grande espetáculo desta edição do Aberto dos EUA, já que reunirá duas das maiores atletas da modalidade, na sessão noturna de sexta, no maior estádio de tênis do mundo.

O Arthur Ashe tem capacidade para 24 mil espectadores, ou sortudos, que terão a oportunidade de acompanhar mais um episódio do clássico.

*O Aberto dos EUA é transmitido por ESPN, ESPN+ e SporTV3

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Rafael Nadal responde com 16 Grand Slams a quem ainda o subestima https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/10/rafael-nadal-responde-com-16-grand-slams-a-quem-ainda-o-subestima/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/10/rafael-nadal-responde-com-16-grand-slams-a-quem-ainda-o-subestima/#respond Mon, 11 Sep 2017 01:06:42 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/nadal-180x87.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=799 O título do Aberto dos EUA conquistado neste domingo (10) é a mais nova resposta de Rafael Nadal aos seus persistentes críticos.

Após bater o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0, o tenista espanhol ergueu seu terceiro troféu em Nova York e o 16º de Grand Slam (são dez em Roland Garros, dois em Wimbledon e um na Austrália). Ele voltou a diminuir para três títulos a distância de Federer nesse quesito.

Esta temporada foi a sua melhor em majors desde 2013, quando também venceu em Paris e nos EUA. Com os quase 2.000 pontos (9.465 a 7.505) que abriu para o suíço no ranking, Nadal é muito favorito para terminar o ano na liderança.

O número um do mundo, que nas duas últimas temporadas sofreu com lesões, coroou uma recuperação espetacular com um jogo intenso e sólido no Slam americano. Dominou rivais potentes na quadra dura como muitos dizem que ele só é capaz de fazer no saibro.

Desde o segundo set da semifinal contra Juan Martín del Potro, Nadal pareceu ter ligado seu “beast mode”. É verdade que faltou o tão esperado duelo contra Federer, mas seria necessário um dia muito inspirado do novo vice-líder do ranking para interromper a jornada impetuosa do espanhol.

Disseram que ele só ganharia no saibro —foram dois títulos em Wimbledon. Disseram que ele quebraria cedo —é o melhor tenista do mundo aos 31 anos. Disseram que ele estava acabado após as lesões —venceu dois Slams neste ano e retomou a ponta do ranking.

Por algum motivo que eu custo a entender, os feitos do canhoto são subestimados por muitos espectadores do tênis.

Nadal trabalha calado, mas trabalha muito. Ao lado do tio, Toni, que faz sua última temporada com o pupilo, e de Carlos Moyá, ele melhorou o segundo saque e o backhand. Mas não só. O Nadal-2017 tem a energia e a garra dos seus melhores dias, além da habitual inteligência para ler o jogo.

Dessa forma, silenciou seus críticos mais uma vez. Dessa forma, poderá fazê-lo novamente.

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Disputa pelo título do Aberto dos EUA reúne mulheres com trajetórias inspiradoras https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/05/disputa-pelo-titulo-do-aberto-dos-eua-reune-mulheres-com-trajetorias-inspiradoras/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/05/disputa-pelo-titulo-do-aberto-dos-eua-reune-mulheres-com-trajetorias-inspiradoras/#respond Tue, 05 Sep 2017 05:45:10 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/venus-180x124.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=770 Lesões, doenças, carreiras interrompidas ou quase. As quartas de final da chave feminina do Aberto dos EUA reúnem tenistas que deram a volta por cima para chegar a essa etapa do torneio. Agora, elas estão a três vitórias do título.

Nesta terça (5), a americana Sloane Stephens enfrenta a letã Anastasija Sevastova, e a também americana Venus Williams encara a tcheca Petra Kvitova. Desse grupo sairá uma das finalistas.

Kvitova, 27, não se machucou em quadra, mas teve um grande susto fora dela, em dezembro do ano passado. Durante um assalto a sua casa, na República Tcheca, a tenista tentou se defender e teve a mão esquerda ferida com uma faca.

A lesão foi grave, e a canhota corria sérios riscos de não voltar a jogar. Para a alegria do circuito, porém, a bicampeã de Wimbledon retornou em Roland Garros, quando conseguiu uma vitória emotiva na estreia.

Petra Kvitova comemora vitória sobre Garbiñe Muguruza (Don Emmert - 4.set.2017/AFP)
Petra Kvitova comemora vitória sobre Garbiñe Muguruza (Don Emmert – 4.set.2017/AFP)

Venus, 37, vive um 2017 especial e inesperado. Desde 2011, quando foi diagnosticada com a Síndrome de Sjögren —doença autoimune que pode causar, entre outras coisas, dor articular e cansaço fácil—, ela era uma coadjuvante no circuito.

Este ano, porém, a jogadora perdeu a final do Aberto da Austrália para Serena e também foi vice em Wimbledon. Ainda viu a irmã dar à luz a primeira filha, na semana passada, e passou por um triste episódio: se envolveu em um acidente de trânsito com vítima fatal nos EUA —o último relatório da polícia a inocentou.

Stephens, 24, teve uma das recuperações mais rápidas do tênis. Em 7 de agosto, a americana era apenas a número 934 do ranking. Três semanas depois, já ocupava a 83ª posição. Apontada como revelação no início da carreira, a ex-número 11 do mundo chegou à semifinal na Austrália em 2013.

No ano passado, ela conquistou três títulos, mas se lesionou após a Olimpíada do Rio e só voltou em julho deste ano, para Wimbledon. Após duas derrotas seguidas, Stephens venceu 12 dos últimos 14 jogos.

Sloane Stephens comemora vitória pelas oitavas de final (Jewel Samad – 4.set.2017/AFP)

Sevastova, 27, chegou a abandonar a carreira em 2013 por causa de problema nas costas, mas retornou dois anos depois, quando as dores diminuíram. Nesse período, começou um curso na área de turismo e recreação. Hoje, ela ocupa a 17ª posição do ranking e repete a campanha do ano passado em Nova York.

Na quarta (6), será a vez de mais quatro tenistas entrarem em ação. A americana Madison Keys, 22, que enfrenta a estoniana Kaia Kanepi, 32, teve sua melhor temporada no ano passado. A entrada dela no top 10, porém, ofuscou as fortes dores no punho que a atormentavam. Duas cirurgias depois, a jovem busca recuperar a melhor forma.

Kanepi, por sua vez, quase abandonou o tênis no fim de 2016, atormentada por um processo inflamatório nos dois pés e uma doença autoimune. Ela percebeu que sentia falta do circuito quando fazia um curso para aprender a dirigir em estradas congeladas na Finlândia, segundo o “New York Times”. Como ficou cerca de um ano sem jogar, a ex-número 15 do mundo ocupa atualmente a 418ª colocação.

Para fechar os jogos das quartas de final, a tcheca Karolina Pliskova, 25, precisa superar a americana CoCo Vandeweghe para ter chances de permanecer como número um do mundo após o torneio. A reta final do Aberto dos EUA promete.

Madison Keys comemora vitória sobre Elina Svitolina (Matthew Stockman - 4.set.2017/AFP)
Madison Keys comemora vitória sobre Elina Svitolina (Matthew Stockman – 4.set.2017/AFP)

*Este post foi inspirado em uma sequência de tuítes da jornalista da WTA Courtney Nguyen que chegou até mim pela colega de Folha Beatriz Izumino.

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Final masculina do Aberto dos EUA terá pelo menos um azarão; conheça os candidatos https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/04/final-masculina-do-aberto-dos-eua-tera-pelo-menos-um-azarao-conheca-os-candidatos/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/04/final-masculina-do-aberto-dos-eua-tera-pelo-menos-um-azarao-conheca-os-candidatos/#respond Mon, 04 Sep 2017 18:21:38 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/diego-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=754 De um lado da chave, a expectativa pelo inédito confronto entre Roger Federer e Rafael Nadal no Aberto dos EUA, que pode acontecer nas semifinais. Do outro, tudo aberto e a certeza de que um dos finalistas alcançará a decisão de um Grand Slam pela primeira vez na carreira.

Há uma semana, os nomes de Sam Querrey, Kevin Anderson, Pablo Carreño Busta e Diego Schwartzman estavam longe de serem cotados ao título. Um deles, porém, terá a chance de disputá-lo no domingo (10).

Após o sorteio da chave, os favoritos nesse quadrante eram o britânico Andy Murray, que desistiu antes de o torneio começar, Alexander Zverev e Marin Cilic, estes eliminados precocemente.

Conheça os tenistas que surpreenderam e que buscarão voos mais altos nesta terça (5), pelas quartas de final. Schwartzman enfrenta Carreño Busta às 13h, e Querrey encara Anderson por volta das 21h30 (transmissão do SporTV 3 e da ESPN).

Diego Schwartzman (foto no alto)

É difícil não reparar logo de cara na altura do argentino de 25 anos. Segundo a ATP, ele tem 1,70 m, mas quem já o viu pessoalmente jura que são alguns centímetros a menos. Schwartzman tenta compensar o pequeno tamanho com uma movimentação veloz e boas devoluções de saque. Número 33 do ranking, ele tem o saibro como piso favorito e costuma marcar presença nos torneios brasileiros do circuito. Eliminou Marin Cilic na terceira rodada.

Pablo Carreño Busta

Outra figura conhecida dos torneios no Rio de Janeiro e em São Paulo —já foi vice-campeão em ambos—, o espanhol é especialista em saibro, mas também joga bem sobre a quadra dura. Dois dos seus três títulos são nesse piso, e em 2017 ele fez semifinal no Masters de Indian Wells. O jogador de 26 anos ocupa a 19ª colocação do ranking e vem de uma vitória em sets diretos (três tie-breaks) sobre a sensação Denis Shapovalov.

Pablo Carreño Busta em ação nos EUA (Michael Noble Jr. - 1.set.2017/Associated Press)
Pablo Carreño Busta em ação nos EUA (Michael Noble Jr. – 1.set.2017/Associated Press)

Kevin Anderson

Com 31 anos e 2,03 m, o sul-africano é o mais alto e o mais velho desse lado da chave. Dono de um saque potente e especialista em quadras rápidas, o tenista foi top 10 em 2015, quando chegou às quartas do Aberto dos EUA pela primeira vez. Nos anos seguintes, sofreu com lesões (joelho, ombro e tornozelo) e caiu no ranking —em janeiro chegou a ser número 80. Vem em trajetória de recuperação e atualmente ocupa a 32ª posição.

Kevin Anderson comemora vitória na 3ª rodada (Jerry Lai - 1.set.2017/USA Today Sports)
Kevin Anderson comemora vitória na 3ª rodada (Jerry Lai – 1.set.2017/USA Today Sports)

Sam Querrey

O único representante do país vivo na chave masculina de simples vem embalado por uma vitória arrasadora contra Mischa Zverev e pode ser considerado o mais cotado dos quatro para chegar à final. O tenista de 29 anos, 1,98 m e ótimo saque vive grande momento e acumula bons resultados em Slams recentemente: foi às quartas e às semis nas duas últimas edições de Wimbledon. Desde 2006, com Andy Roddick, um homem americano não vai às semis em casa.

Sam Querrey, a esperança local entre os homens (Geoff Burke - 1.set.2017 USA Today Sports)
Sam Querrey, a esperança local entre os homens (Geoff Burke – 1.set.2017/USA Today Sports)
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