Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Maiores tenistas de duplas, irmãos Bryan fazem 40 anos novamente em alta https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/29/maiores-tenistas-de-duplas-irmaos-bryan-fazem-40-anos-novamente-em-alta/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/29/maiores-tenistas-de-duplas-irmaos-bryan-fazem-40-anos-novamente-em-alta/#respond Sun, 29 Apr 2018 05:00:44 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/bryans-320x213.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1110 Responsáveis por mudar o patamar do jogo de duplas no tênis, os americanos Bob e Mike Bryan completam 40 anos neste domingo (29) novamente em alta.

Não são apenas os números superlativos que fazem os gêmeos serem considerados os maiores duplistas da história. O domínio que os irmãos nascidos em 29 de abril de 1978, na Califórnia, inauguraram em 2003 contribuiu para a especialização da modalidade.

Juntos, eles já conquistaram 16 títulos de Grand Slam e 116 no total, foram campeões olímpicos em Londres-2012 e da Copa Davis (2007) e lideraram o ranking mundial por 438 semanas.

Desde então, vários tenistas passaram a se dedicar exclusivamente às duplas, tornando o outrora considerado jogo de clube muito mais competitivo. Os brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares, que se consagraram jogando duplas, são exemplos de atletas que tiraram proveito dessa mudança.

Bob Bryan e Mike Bryan com o troféu do Masters de Miami (Michael Reaves 31.mar.18/AFP)
Bob Bryan e Mike Bryan com o troféu do Masters de Miami (Michael Reaves 31.mar.18/AFP)

Os inseparáveis irmãos, que começaram a jogar com seis anos, tornaram-se também um sucesso de marketing. Mike, destro, e Bob, canhoto, se completam em quadra. A comemoração deles pulando e batendo o peitoral virou marca registrada.

A piada no mundo do tênis, segundo relato do The New York Times, é que por mais longeva que fosse uma dupla, ela não teria os nove meses de convivência na gestação que os americanos tiveram.

Desde o fim de 2015, os gêmeos não lideraram mais o ranking da ATP. O último título de Grand Slam deles foi o Aberto dos EUA, em 2014.  Apesar disso, Bob e Mike não deixaram de ganhar torneios ou saíram do top 20.

Em 2018, eles parecem capazes de voltar aos tempos dos grandes feitos. Venceram dois Masters 1.000 seguidos nos EUA em março e são a segunda melhor dupla da temporada. Assim como Roger Federer e Serena Williams, os agora quarentões sabem usar o tempo a seu favor.

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Veja curiosidades e polêmicas da carreira de Martina Hingis, agora triplamente aposentada https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/10/28/veja-curiosidades-e-polemicas-da-carreira-de-martina-hingis-agora-triplamente-aposentada/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/10/28/veja-curiosidades-e-polemicas-da-carreira-de-martina-hingis-agora-triplamente-aposentada/#respond Sat, 28 Oct 2017 13:58:00 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/10/hingis-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=826 Chegou ao fim neste sábado (28), com uma derrota nas semifinais de duplas do WTA Finals, a terceira passagem de Martina Hingis, 37, pelo tênis profissional. Uma carreira que começou em 1994, acabou (ela jura que sim) em 2017 e marcou a história do esporte. Adolescente prodígio, número um dominante, controversa dentro e fora das quadras. Por último, uma versão light que conseguiu feitos enormes nas duplas.

Ela, que anunciou nesta semana que essa seria sua última competição, e Chan Yung-Jan foram superadas por Timea Babos e Andrea Hlavackova por 2 sets a 0 (6/4, 7/6).

Relembre curiosidades e polêmicas da carreira da Swiss Miss, um dos vários apelidos que ela teve ao longo desses anos.

Professora de Federer

Compatriota de Roger Federer e um ano mais velha que ele, Hingis pode se dar ao luxo de dizer que foi sua “professora”. O primeiro troféu profissional do maior vencedor de Grand Slams entre os homens veio ao lado dela, na Copa Hopman (competição mista entre países) de 2001. “Eu disse a ele que fui a única a ensiná-lo como ganhar títulos”, brincou anos mais tarde. Os dois jogariam juntos na Olimpíada do Rio, mas a lesão de Federer o fez desistir do evento.

Hingis e Federer na Austrália para a Copa Hopman (Trevor Collens - 30.dez.2000/Associated Press)
Hingis e Federer na Austrália para a Copa Hopman (Trevor Collens – 30.dez.2000/Associated Press)

Talento precoce

A exemplo de outros grandes nomes do tênis, Hingis despontou no circuito ainda adolescente. Em 1997, com 16 anos e 117 dias, superou Monica Seles e tornou-se a campeã de Grand Slam mais jovem da história. Meses mais tarde, também virou a mais nova número um do mundo. Esses recordes duram até hoje e dificilmente serão batidos. Um sinal de que os tempos são outros é que a letã Jelena Ostapenko foi considerada precoce ao ganhar Roland Garros com 20 anos, em junho deste ano.

Spice Girls

Martina Hingis e a russa Anna Kournikova eram duas das tenistas mais famosas na virada do século. A dupla formada pelas jovens venceu o Aberto da Austrália em 1999 e 2002. Além disso, foi muito badalada fora das quadras, o que fez com que as próprias atletas se definissem como as “Spice Girls” do tênis, em referência ao quinteto pop britânico que também explodiu nos anos 1990.

Anna Kournikova e Martina Hingis com o troféu do Aberto da Austrália em 1999 (Sean Garnsworthy/Associated Press )
Anna Kournikova e Martina Hingis com o troféu do Aberto da Austrália em 1999 (Sean Garnsworthy/Associated Press )

O saque polêmico

Em 1999, na final de Roland Garros —único Slam que não venceu em simples— contra a alemã Steffi Graf, Hingis tinha boa vantagem, mas perdeu o controle após uma marcação da juíza e foi vaiada pelos franceses. Com o jogo quase perdido, arriscou dois saques por baixo (veja a partir do minuto 24 do vídeo), ação que o público considerou um desrespeito. Vale lembrar que esse tipo de serviço não fere as regras e que vez ou outra algum tenista o arrisca. O americano Michael Chang, também em Paris, fez o mesmo dez anos antes da suíça —a torcida adorou.

 

Três aposentadorias

Após vencer cinco Grand Slams em simples, nove em duplas e liderar o ranking por 209 semanas, Hingis não resistiu a uma sequência de lesões no tornozelo e se aposentou pela primeira vez no início de 2003, aos 22 anos. De 2006 a 2007, ela fez mais uma tentativa de jogar em simples. A passagem teve menos brilho e acabou com uma suspensão de dois anos por testar positivo para cocaína. Mais uma vez, ela anunciou a aposentadoria.

Grand Finale

Hingis parece ter feito as pazes com o circuito a partir de 2013, quando iniciou um retorno de sucesso. Venceu mais dez Grand Slams em duplas e duplas mistas, fez uma parceria histórica com a indiana Sania Mirza, levou a medalha de prata na Olimpíada do Rio, ganhou o último Grand Slam que disputou e fechará o ano na primeira posição do ranking. Além disso, fez com que a modalidade de duplas femininas ganhasse mais espaço no circuito e na mídia.

Martina Hingis e Sania Mirza com o troféu do Aberto da Austrália em 2016 (Peter Parks/AFP)
Martina Hingis e Sania Mirza com o troféu do Aberto da Austrália em 2016 (Peter Parks/AFP)
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Hoje sou um número 1 mais experiente e respeitado, afirma Marcelo Melo https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/20/hoje-sou-um-numero-1-mais-experiente-e-respeitado-afirma-marcelo-melo/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/20/hoje-sou-um-numero-1-mais-experiente-e-respeitado-afirma-marcelo-melo/#respond Thu, 20 Jul 2017 03:01:27 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/TENNIS-GBR-WIMBLEDON_66506763-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=611 Conquistar um Grand Slam e ser número um do mundo não são fatos novos na carreira de Marcelo Melo, 33. O atual campeão de Wimbledon vencera Roland Garros há dois anos e já havia liderado o ranking em outras duas oportunidades.

A primeira vez que o mineiro chegou ao topo foi em novembro de 2015. Ele permaneceu lá durante 22 semanas, até abril de 2016. No mês seguinte, Melo retomou a primeira posição para um reinado mais curto, de quatro semanas.

Se antes ele formava time com o croata Ivan Dodig, agora joga ao lado do polonês Lukasz Kubot. Porém não foi apenas o parceiro que mudou. O experiente tenista, que há mais de dez anos se dedica exclusivamente às duplas, hoje se considera um atleta melhor em comparação à primeira vez que liderou a lista.

“Com certeza estou muito mais experiente hoje em dia do que em 2015. Tive vários resultados importantes no caminho, e isso tudo conta na bagagem, tornando o jogador mais experiente, sólido e respeitado”, afirma Melo à Folha.

O brasileiro destaca aspectos técnicos e psicológicos da sua evolução. “Melhorei muito meu saque, e isso vem ajudando muito. Sempre procurei ficar tranquilo nos momentos importantes, e acho que o lado mental também evoluiu demais”, diz.

Saber lidar com momentos tensos foi crucial para chegar ao título de Wimbledon, no sábado (15), a primeira conquista do país no torneio em 51 anos.

A partida contra o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic teve quatro horas e 39 minutos de duração. Quando o quinto set estava empatado em 11 a 11 e a luz natural já não dava conta da iluminação, foi feita uma pausa para fechar o teto da quadra central.

Depois de dez minutos de paralisação, Melo e Kubot finalmente ganharam dois games seguidos e finalizaram o jogo em 13 a 11. O brasileiro conta que, à espera do fechamento da cobertura, ele e o parceiro evitaram papos mais longos.

“Fomos para uma sala atrás da quadra central. A gente conversou um pouco, mas cada um tentou manter o seu foco. Procurei ficar pulando para manter o corpo aquecido, porque sabia que voltaria sacando”.

Após o ponto decisivo, o silêncio se transformou em euforia. “Acho que falei Wimbledon umas 50 vezes, o Lukasz também”, relembra Melo, que se atirou na grama para comemorar.

Com o maior sonho da carreira realizado, o mineiro voltou ao Brasil nesta semana. No segundo semestre, os principais objetivos da dupla são o Aberto dos EUA, no fim de agosto, e o ATP Finals, torneio que reúne as oito melhores parcerias do ano e fecha a temporada, em novembro.

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Entenda o tamanho da conquista de Marcelo Melo em Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/entenda-o-tamanho-da-conquista-de-marcelo-melo-em-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/entenda-o-tamanho-da-conquista-de-marcelo-melo-em-wimbledon/#respond Sat, 15 Jul 2017 20:37:57 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/MELO-180x131.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=588 Realização de um sonho e marco para o tênis brasileiro. O título de Marcelo Melo em Wimbledon, conquistado neste sábado (15) ao lado do polonês Lukasz Kubot após uma batalha de quatro horas e 39 minutos, é histórico em diferentes dimensões.

Quer entender o tamanho do que aconteceu na quadra central do All England Club? Leia abaixo os principais significados do feito do Girafa, apelido do mineiro de 2,03 m e 33 anos.

Meta de vida

Melo sempre disse que vencer Wimbledon era o seu grande sonho no esporte, e a comemoração emocionada após o último ponto é a imagem perfeita disso. Número um do mundo pela terceira vez na carreira e agora dono de dois troféus de Grand Slam, o mineiro fica atrás apenas de Maria Esther Bueno e de Guga em relevância histórica para o tênis brasileiro.

País das duplas

Ao lado de Bruno Soares, Melo mudou o patamar da modalidade no país. Com o troféu dele em Wimbledon, o Brasil passa a ter títulos nas duplas masculinas nos quatro Grand Slams. Isso em apenas três anos. Em 2015, Melo venceu Roland Garros ao lado do croata Ivan Dodig. No ano passado, Soares conquistou o Aberto da Austrália e o Aberto dos EUA com o britânico Jamie Murray.

LEIA TAMBÉM: Campeã de Wimbledon, Muguruza renova expectativas (e pressões) sobre sua carreira

Templo sagrado

51 anos. Esse foi o tempo que demorou para que outro tenista do país conquistasse um título profissional em Wimbledon, o torneio mais antigo e prestigioso do esporte. Maria Esther Bueno, dona de oito troféus no Slam britânico (três em simples), venceu pela última vez em 1966, nas duplas femininas. A melhor campanha em simples entre os homens foi quartas de final, por quatro vezes. A última delas com André Sá, em 2002.

Parceria dominante

Após um começo de ano ruim (leia mais neste post), a parceria entre Melo e Kubot impressiona. A dupla já era a melhor da temporada antes de Wimbledon e se distanciará mais dos rivais depois da conquista. Nos torneios de grama, o domínio foi total —três títulos e 14 vitórias seguidas.

Lukasz Kubot e Marcelo Melo com o troféu de Wimbledon (Matthew Childs/Reuters)
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Marcelo Melo supera início ruim com parceiro para voltar ao número 1 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/13/marcelo-melo-supera-inicio-ruim-com-parceiro-para-voltar-ao-numero-1/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/13/marcelo-melo-supera-inicio-ruim-com-parceiro-para-voltar-ao-numero-1/#respond Thu, 13 Jul 2017 19:44:20 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/316449_715511_wimbledon_2_web_-180x135.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=560 Há quatro meses, Marcelo Melo vivia um começo de parceria frustrante com Lukasz Kubot. Hoje, a dupla está na final de Wimbledon, e o brasileiro assumirá a liderança do ranking na próxima segunda (17).

A conquista em dose dupla veio após vitória em cinco sets sobre Henri Kontinen e John Peers, cabeças de chave número 1, pela semifinal.

Nos primeiros cinco torneios do ano, Melo e Kubot venceram apenas quatro partidas. O estilo de jogo agressivo do polonês não havia encaixado com o trabalho de rede do mineiro, e a sequência de torneios nos EUA em março poderia significar o fim da recém-formada equipe.

Porém o resultado surpreendeu: um título e um vice nos Masters de Miami e Indian Wells. Esse foi o ponto de virada para a dupla, que assumiu a liderança do ranking da temporada e ganhou mais três competições desde então.

Por terem vencido dois torneios na grama, eles chegaram a Wimbledon como favoritos, mas nem por isso a trajetória até a final teve menos drama. Três dos cinco jogos foram ao quinto set, e em dois deles as parciais passaram de seis.

Como o ranking é baseado nos resultados das últimas 52 semanas, nem todos os pontos de Melo foram conquistados também por Kubot. O polonês, portanto, não estará no topo do ranking ao lado do brasileiro —pelo menos por enquanto.

É uma situação normal na modalidade de duplas, mas, pela evolução da parceria e pela persistência de ambos para superar as dificuldades iniciais, seria recompensador vê-los chegarem lá juntos.

DE NOVO NO ALTO

Marcelo Melo será o melhor duplista do mundo pela terceira vez na carreira. A primeira passagem durou 22 semanas, de novembro de 2015 a abril de 2016. Em maio e junho do ano passado, ele teve um período de liderança mais curto,  quatro semanas.

Desde então, três tenistas ocuparam o posto de número 1: Nicolas Mahut, Jamie Murray e Kontinen.

Aos 33 anos, o brasileiro mostra que ainda pode fazer muito no tênis. A próxima parada será a final, no sábado (15), contra o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic, cabeças de chave 16.

O Girafa, apelido do mineiro de 2,03 m, sempre diz que Wimbledon é o seu torneio favorito e que vencer o Slam britânico seria um sonho. Ele já bateu na trave em 2013, quando perdeu para os irmãos Bryan ao lado de Ivan Dodig.

“Hoje foi um grande dia, mas agora é acalmar, aproveitar o dia de amanhã para dar uma tranquilizada e vir com tudo na final”, afirmou. O sonho nunca esteve tão próximo.

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Melhor duplista da atualidade sofre lesão no joelho e grita por ajuda em Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/06/melhor-duplista-da-atualidade-sofre-lesao-no-joelho-e-grita-por-ajuda-em-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/06/melhor-duplista-da-atualidade-sofre-lesao-no-joelho-e-grita-por-ajuda-em-wimbledon/#respond Thu, 06 Jul 2017 17:43:32 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/MATTEK-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=539 Líder do ranking de duplas, a americana Bethanie Mattek-Sands, 32, protagonizou a cena mais triste desta edição de Wimbledon até agora (esperamos que não ocorra uma pior). Na partida de segunda rodada do torneio de simples, contra a romena Sorana Cirstea, ela escorregou ao subir à rede, caiu no chão e começou a gritar por ajuda e se contorcer de dor no joelho direito.

O jogo, que estava no início do terceiro set, acabou por ali. A tenista deixou a quadra de maca e foi levada para o hospital. Ainda não há informações detalhadas sobre a gravidade da lesão —o torneio informou que ela é “aguda”. O vídeo abaixo mostra o momento (as imagens são fortes).

O episódio não assustou apenas Mattek-Sands. Cirstea ficou visivelmente desesperada ao se aproximar da rede e ver a situação da rival. Mais tarde, disse que nunca tinha visto uma cena como essa, “talvez no cinema”. A tcheca Lucie Safarova, companheira da americana nas duplas, chegou à quadra e chorou ao acompanhar a situação.

As duas formam a melhor parceria da atualidade e venceram os últimos três Grand Slams (Aberto dos EUA em 2016 e Aberto da Austrália e Roland Garros em 2017). Em Wimbledon, elas tentavam fechar a sequência nos quatro torneios mais importantes do esporte e já haviam passado pela primeira rodada.

Mattek-Sands têm sete títulos de Slam na carreira (somando duplas e duplas mistas) e conquistou a medalha de ouro nas mistas na Olimpíada do Rio. Ela também é famosa pelo estilo das roupas que usa em quadra e fora dela. Por esse motivo, já foi chamada de “Lady Gaga do tênis”.

Mattek-Sands caída na quadra em Wimbledon (Reprodução)
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Com Melo e Soares em alta, Brasil cobiça título nas duplas em Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/04/com-melo-e-soares-em-alta-brasil-cobica-titulo-nas-duplas-em-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/04/com-melo-e-soares-em-alta-brasil-cobica-titulo-nas-duplas-em-wimbledon/#respond Tue, 04 Jul 2017 21:08:53 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/MELOKUBOT-180x121.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=525 Quatro torneios, quatro títulos. Não dava para imaginar uma preparação melhor dos principais duplistas do país antes de Wimbledon. A chave de duplas começa nesta quarta (5).

Nas últimas semanas, Marcelo Melo, 3º colocado do ranking, venceu competições na Holanda e na Alemanha ao lado do polonês Lukasz Kubot. Bruno Soares (6º), que joga com o britânico Jamie Murray, ganhou troféus também na Alemanha e no Reino Unido.

Com seus respectivos parceiros, cada um dos mineiros venceu oito jogos seguidos sobre a grama. Os resultados alimentam as expectativas por um bom desempenho do tênis brasileiro no terceiro Grand Slam do ano.

Desde o último título de Maria Esther Bueno em Wimbledon, em 1966, o país não conquista um troféu nas chaves profissionais.

Melo foi quem esteve mais perto. Há quatro anos, com o croata Ivan Dodig, ele perdeu na final para os irmãos Bryan. Em 2007, uma parceria 100% brasileira entre ele e André Sá chegou nas semifinais.

O melhor resultado de Soares foi quartas de final, em quatro ocasiões (2009, 2014, 2015 e 2016). Desta vez, ele se vê com ótimas possibilidades de alcançar seu terceiro Slam da carreira.

“Obviamente a gente chega com confiança em alta e jogando um tênis de alto nível. Nossas chances provavelmente são as melhores que já tivemos”, afirma. O atleta diz que a grama não é seu piso preferido, mas que costuma se adaptar bem às condições mais rápidas de jogo.

Já Melo não esconde sua predileção pelo evento mais prestigioso do tênis: “Um grande resultado em Wimbledon, para mim, será especial. É o meu torneio favorito e quero muito conquistar um título nesse templo sagrado”.

Murray e Soares comemoram o título do torneio de Queens (Steven Paston – 25.jun.2017/Associated Press)

ESTREIAS

Melo e Kubot estreiam nesta quarta (5), por volta das 12h, contra os holandeses Wesley Koolhof e Matwe Middelkoop. A dupla de Thomaz Bellucci e Rogerinho, ambos eliminados da chave de simples, joga por volta das 9h diante do francês Fabrice Martin e do canadense Daniel Nestor. Ao lado do israelense Dudi Sela, André Sá encara o americano Nicholas Monroe e o neozelandês Artem Sitak, não antes das 9h.

A estreia de Soares e Murray deve ocorrer na quinta (6), assim como a do brasileiro Marcelo Demoliner, que atua com o neozelandês Marcus Daniell.

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Marcelo Melo conta como dupla foi da apreensão ao equilíbrio em um mês https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/04/07/marcelo-melo-conta-como-dupla-foi-da-apreensao-ao-equilibrio-em-um-mes/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/04/07/marcelo-melo-conta-como-dupla-foi-da-apreensao-ao-equilibrio-em-um-mes/#respond Fri, 07 Apr 2017 12:09:11 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/04/MARCELOMELO-180x121.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=284 Para quem viu o brasileiro Marcelo Melo, 33, e o polonês Lukasz Kubot, 34, jogarem em março é difícil imaginar que o mês poderia ter marcado o fim da dupla. Os dois, que formaram parceria fixa para essa temporada, acumularam decepções em janeiro e fevereiro.

Após derrota nas quartas de final do Aberto do Rio, o brasileiro disse que eles ainda procuravam a forma ideal de atuar e que a continuidade da dupla seria discutida após os Masters 1.000 nos EUA.

Um vice em Indian Wells e um título em Miami depois, o mineiro e o polonês já são a segunda melhor parceria do ano e continuarão juntos para a temporada de saibro.

Melo contou em entrevista o que mudou dentro de quadra e falou sobre voltar a jogar ao lado de Bruno Soares neste sábado (8), pela Copa Davis (com SporTV 3), após ter derrotado o amigo nos dois últimos torneios.

Você esperava obter esses bons resultados após um começo de ano difícil?
Marcelo Melo – A gente vinha tentando consertar os erros. Com uma dupla nova isso é bem normal. A cada jogo, a cada treino, fomos consertando, e conseguimos fazer isso muito bem. Conseguimos contornar vários altos e baixos que tivemos também durante o torneio em Miami, virar alguns jogos, e isso foi importante para ganhar confiança.

O que mudou em quadra?
A gente conseguiu encontrar um balanço melhor, um ponto de equilíbrio. Tinha que ter uma base e achar um jeito de jogar que fizesse a dupla ser eficiente.

Quando você fala em equilíbrio é porque o Kubot costuma atacar muito mais?
Realmente, o Lukasz é um jogador muito mais agressivo do que eu. Acho que, sendo um pouco menos agressivo, ele poderia me usar mais. Não tinha necessidade de agredir tanto sendo que poderia jogar de outra maneira comigo. Com outro parceiro ele poderia ter que ser mais agressivo, como eu também tenho que ser, por isso falei que era tão importante encontrar esse balanço.

Houve algum momento mais tenso entre vocês?
Nunca tivemos problema de tensão. A gente estava um pouco apreensivo pelos resultados, mas, ao mesmo tempo, treinando para resolver esses probleminhas. Já tínhamos jogado bem juntos. Ganhamos em dois anos seguidos o ATP de Viena. Então era mais acertar o dia a dia, não só numa semana, como fazíamos quando não tínhamos a parceria fixa.

Após o título, ele lhe deu um abraço e falou algumas coisas no seu ouvido. O que foi?
Ele agradeceu a parceria, estava realmente muito feliz com o primeiro título de Masters dele. Os outros momentos todos foram ele gritando na minha orelha [risos]. Gritou mais do que falou, mas o mais importante foi agradecer a confiança e a parceria.

A dupla corria riscos?
Depois de Miami, as duplas novas conversam para ver se vale a pena continuar ou não, independentemente dos resultados. Claro que os resultados são importantes. Mas, no meu caso, se a dupla está evoluindo, acho que vale continuar. Não consigo dizer se a gente teria continuado ou não sem esses resultados, mas realmente sentamos, conversamos e resolvemos continuar.

Quais são as expectativa para a temporada de saibro?
Obviamente, a gente está com muito mais confiança do que antes. No ano passado eu joguei bem no saibro, o Lukasz fez semifinal de Roland Garros, então acho que, se conseguirmos manter esse nível, temos boas chances.

A equipe brasileira da Copa Davis no Equador (Divulgação/CBT)

Como vai ser jogar junto com o Bruno Soares após derrotá-lo duas vezes seguidas?
A gente é amigo desde pequeno, sabe que a rivalidade fica dentro de quadra. Aqui [no Equador, pela Copa Davis] vamos nos juntar novamente, assim como foi na Olimpíada. Não foram as últimas vezes que nos enfrentamos, e a gente sabe que agora tem que estar junto para poder defender bem o Brasil num ponto tão importante.

Ele chegou a ficar bravo com você, ainda que de brincadeira, por causa dos resultados?
Até que não, porque a gente já jogou várias vezes contra o outro, treina junto toda hora. Uma brincadeira ou outra às vezes acontece, mas entre nós até que não tem tanta.

Vocês têm retrospecto positivo na Davis, mas perderam dois dos últimos três jogos. O rendimento caiu?
Não acredito que caímos de rendimento na Copa Davis porque a gente vem mantendo os mesmos resultados no circuito. Contra a Bélgica [em setembro do ano passado], eles realmente jogaram muito bem, mereceram a vitória. Tivemos algumas chances de ganhar, então foi questão de jogo mesmo. Continuamos com a mesma confiança e sabemos que vamos ter que jogar nosso melhor por causa das condições adversas, especialmente a altitude [a cidade de Ambato fica 2.500 m acima do nível do mar]. Aqui a bola anda muito mais, tem menos ar, mas estamos acostumados a nos adaptar a diferentes quadras e condições.

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