Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Rafael Nadal domina Dominic Thiem e conquista seu 11º título de Roland Garros https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/06/10/rafael-nadal-domina-dominic-thiem-e-conquista-seu-11o-titulo-de-roland-garros/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/06/10/rafael-nadal-domina-dominic-thiem-e-conquista-seu-11o-titulo-de-roland-garros/#respond Sun, 10 Jun 2018 15:55:39 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/nadal-1-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1240 Duas mãos já não contam os títulos de Rafael Nadal em Roland Garros. Neste domingo (10), o espanhol derrotou o austríaco Dominic Thiem na final e conquistou seu 11º troféu no saibro francês, o 17º de Grand Slam.

Das 14 edições edições que disputou do torneio, apenas em 3 Nadal não saiu campeão. Em 2009, ele perdeu para o sueco Robin Soderling nas oitavas de final. Dois anos atrás, caiu diante de Novak Djokovic nas quartas. Já em 2016, desistiu por lesão antes da terceira rodada.

“É um momento muito especial para mim. É impossível sonhar que algo como isso seja alcançável”, afirmou o espanhol, que chorou ao receber o troféu como se estivesse fazendo isso pela primeira vez.

Na decisão deste domingo, Nadal prevaleceu nos momentos decisivos. Não foi um atropelo, como ocorreu na final do ano passado, diante de Stan Wawrinka (6/2, 6/3 e 6/1).

O austríaco ganhou apenas três games a mais do que o suíço havia conseguido (6/4, 6/3 e 6/2), mas pelo menos exigiu que o espanhol jogasse em alto nível para derrotá-lo.

No primeiro set, Nadal iniciou com uma quebra de saque, devolvida por Thiem na sequência. A partida continuou sem novas quebras até o austríaco sacar com desvantagem de 4 a 5 e errar quatro vezes seguidas para perder o serviço e o set.

Na parcial seguinte, Thiem foi quebrado novamente no início, mas dessa vez não conseguiu devolver. Na melhor chance que teve, viu Nadal salvar um break-point com uma bola curtinha na linha.

Para se manter no jogo, o austríaco precisava disputar pontos longos e arriscar bolas vencedoras. Por esse motivo, cometeu 42 erros não forçados contra 24 do espanhol, que, sem pressão nos seus games de saque, os confirmava com tranquilidade.

No terceiro set, a maior ameaça a Nadal foi um problema para mexer o dedo médio da mão esquerda, que exigiu atendimento médico durante o quarto game. Nos intervalos seguintes, ele recebeu massagem no punho.

A partida, porém, continuou da mesma maneira, com o espanhol sem correr riscos para chegar ao título.

O maior mérito de Thiem foi oferecer resistência durante a maior parte do tempo, não se entregar mesmo com uma desvantagem quase irreversível diante do rei do saibro e ainda salvar quatro match-points.

Em um dia bastante firme de Nadal, não dava para fazer muito mais do que isso.

“As primeiras vezes que Rafa ganhou aqui eu vi pela televisão. Nunca imaginei que o enfrentaria em uma final. Não é o melhor dia porque eu perdi, mas sinto que dei tudo”, afirmou Thiem. “Estou certo de que essa não vai ser minha última final de Grand Slam.”

Nadal também fez questão de elogiar o austríaco ao final da partida. “Ele teve duas semanas incríveis. É um grande amigo, e o circuito precisa de jogadores como ele”, afirmou.

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Campeã de Roland Garros, Simona Halep enfim ganha seu primeiro Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/06/09/campea-de-roland-garros-simona-halep-enfim-ganha-seu-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/06/09/campea-de-roland-garros-simona-halep-enfim-ganha-seu-grand-slam/#respond Sat, 09 Jun 2018 15:14:53 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/AP-Photo_Christophe-Ena-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1227 Após três derrotas em finais de Grand Slam, a romena Simona Halep, 26, enfim saiu de uma decisão com o troféu. Neste sábado (9), ela venceu a americana Sloane Stephens por 2 sets a 1 (3/6, 6/4 e 6/1 ) e tornou-se campeã de Roland Garros.

Número um do mundo por 31 semanas (desde outubro de 2017, com quatro semanas de intervalo em que perdeu a posição para Caroline Wozniacki), Halep tirou dos ombros a pressão de nunca ter triunfado nos maiores torneios do tênis.

“Ano passado foi difícil falar, porque eu perdi a partida. Este ano é emocionante falar, porque eu sou a vencedora. Eu queria que esse troféu fosse aqui na França”, afirmou.

Ela havia sido vice-campeã de Roland Garros em 2014 (derrota para Maria Sharapova) e no ano passado (diante de Jelena Ostapenko). Neste ano, perdeu a decisão do Aberto da Austrália para Wozniacki.

Em todas as ocasiões, a final foi disputada em três sets, o que também ocorreu neste sábado, mas com um desfecho diferente.

Na primeira parcial, jogada em alto nível, Stephens não se intimidou com o favoritismo da romena. Muito firme na defesa, a americana anulava os ataques da adversária e contra-atacava com precisão.

No início do segundo set, Halep foi quebrada logo no início, e o título parecia perto da americana, atual campeã do Aberto dos EUA. A romena reagiu, as duas alternaram bons e maus momentos, até que Halep conseguisse prevalecer.

No terceiro set, a romena se impôs e não deu chances para Stephens. Parecia a versão dominadora que a americana apresentou no início do confronto, mas sem encontrar muita resistência da rival, que se abateu. Halep, cada vez mais firme, não deixou a chance escapar desta vez.

Após Wozniacki conquistar seu primeiro troféu de Slam na Austrália, novamente uma das melhores tenistas da atualidade livra-se do incômodo de não triunfar nos maiores torneios.

Aos 26 anos e com muito tempo de carreira pela frente, Halep tem tudo para emendar outros grandes títulos. Seu jogo consistente costuma levá-la longe nos torneios. Agora, com a cabeça mais leve, os voos devem ser ainda mais altos.

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Wozniacki volta ao topo do tênis com título de Grand Slam e sem contestação https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/#respond Sat, 27 Jan 2018 12:55:50 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/woz-180x132.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1026 Número um do mundo sem título de Grand Slam. Esse rótulo, tantas vezes colado em Caroline Wozniacki e usado para desmerecer a sua carreira, não poderá mais ser atribuído à tenista dinamarquesa de 27 anos.

Campeã do Aberto da Austrália neste sábado (27), após bater a romena Simona Halep por 2 sets a 1 (7/6, 3/6, 6/4) em duas horas e 50 minutos de partida, Wozniacki voltará ao topo do ranking da WTA na segunda (29).

Desta vez, diferentemente das outras 67 semanas em que esteve na liderança de 2010 a 2012, não faltará ao currículo dela um dos quatro mais importantes troféus do tênis.

Wozniacki foi vice-campeã do Aberto dos EUA em 2009, aos 19 anos, e em 2014. Uma sequência de lesões a derrubou para a 74ª posição em 2016, e a oportunidade de triunfar em Slams parecia ter passado para a atleta.

Seu estilo de jogo defensivo, baseado em rápida movimentação das pernas e muitas trocas de bola, foi considerado ultrapassado em um circuito cada vez mais dominado por jogadoras que agridem a bolinha.

Desde o ano passado, porém, a dinamarquesa mostrou repertório para se reinventar sem perder a essência. É uma das melhores estrategistas do circuito, mas também parte para a definição dos pontos quando julga necessário. Foi essa postura, mais agressiva do que Halep esperava, que lhe deu a vantagem no início da decisão.

A partida, que valia a ponta do ranking, foi uma batalha de nervos, uma prova de resistência para as duas tenistas, que precisaram salvar match points durante a competição e por muito pouco não deram adeus a Melbourne precocemente.

Após o primeiro set de alto nível, a qualidade técnica caiu nas demais parciais, mas a tensão dos games decisivos garantiu emoção até os últimos pontos.

Halep, agora três vezes vice-campeã em Slams (perdeu na final de Roland Garros em 2014 e 2017), também buscava se livrar do asterisco por nunca ter triunfado em Majors.

Se não foi neste sábado, uma conquista desse nível tampouco parece distante da romena de 26 anos, que com o resultado cai para a segunda posição do ranking. Caso lhe falte inspiração, basta assistir ao vídeo da final e encontrá-la bem ali, do outro lado da rede.

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Rafael Nadal responde com 16 Grand Slams a quem ainda o subestima https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/10/rafael-nadal-responde-com-16-grand-slams-a-quem-ainda-o-subestima/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/10/rafael-nadal-responde-com-16-grand-slams-a-quem-ainda-o-subestima/#respond Mon, 11 Sep 2017 01:06:42 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/nadal-180x87.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=799 O título do Aberto dos EUA conquistado neste domingo (10) é a mais nova resposta de Rafael Nadal aos seus persistentes críticos.

Após bater o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0, o tenista espanhol ergueu seu terceiro troféu em Nova York e o 16º de Grand Slam (são dez em Roland Garros, dois em Wimbledon e um na Austrália). Ele voltou a diminuir para três títulos a distância de Federer nesse quesito.

Esta temporada foi a sua melhor em majors desde 2013, quando também venceu em Paris e nos EUA. Com os quase 2.000 pontos (9.465 a 7.505) que abriu para o suíço no ranking, Nadal é muito favorito para terminar o ano na liderança.

O número um do mundo, que nas duas últimas temporadas sofreu com lesões, coroou uma recuperação espetacular com um jogo intenso e sólido no Slam americano. Dominou rivais potentes na quadra dura como muitos dizem que ele só é capaz de fazer no saibro.

Desde o segundo set da semifinal contra Juan Martín del Potro, Nadal pareceu ter ligado seu “beast mode”. É verdade que faltou o tão esperado duelo contra Federer, mas seria necessário um dia muito inspirado do novo vice-líder do ranking para interromper a jornada impetuosa do espanhol.

Disseram que ele só ganharia no saibro —foram dois títulos em Wimbledon. Disseram que ele quebraria cedo —é o melhor tenista do mundo aos 31 anos. Disseram que ele estava acabado após as lesões —venceu dois Slams neste ano e retomou a ponta do ranking.

Por algum motivo que eu custo a entender, os feitos do canhoto são subestimados por muitos espectadores do tênis.

Nadal trabalha calado, mas trabalha muito. Ao lado do tio, Toni, que faz sua última temporada com o pupilo, e de Carlos Moyá, ele melhorou o segundo saque e o backhand. Mas não só. O Nadal-2017 tem a energia e a garra dos seus melhores dias, além da habitual inteligência para ler o jogo.

Dessa forma, silenciou seus críticos mais uma vez. Dessa forma, poderá fazê-lo novamente.

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Hoje sou um número 1 mais experiente e respeitado, afirma Marcelo Melo https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/20/hoje-sou-um-numero-1-mais-experiente-e-respeitado-afirma-marcelo-melo/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/20/hoje-sou-um-numero-1-mais-experiente-e-respeitado-afirma-marcelo-melo/#respond Thu, 20 Jul 2017 03:01:27 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/TENNIS-GBR-WIMBLEDON_66506763-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=611 Conquistar um Grand Slam e ser número um do mundo não são fatos novos na carreira de Marcelo Melo, 33. O atual campeão de Wimbledon vencera Roland Garros há dois anos e já havia liderado o ranking em outras duas oportunidades.

A primeira vez que o mineiro chegou ao topo foi em novembro de 2015. Ele permaneceu lá durante 22 semanas, até abril de 2016. No mês seguinte, Melo retomou a primeira posição para um reinado mais curto, de quatro semanas.

Se antes ele formava time com o croata Ivan Dodig, agora joga ao lado do polonês Lukasz Kubot. Porém não foi apenas o parceiro que mudou. O experiente tenista, que há mais de dez anos se dedica exclusivamente às duplas, hoje se considera um atleta melhor em comparação à primeira vez que liderou a lista.

“Com certeza estou muito mais experiente hoje em dia do que em 2015. Tive vários resultados importantes no caminho, e isso tudo conta na bagagem, tornando o jogador mais experiente, sólido e respeitado”, afirma Melo à Folha.

O brasileiro destaca aspectos técnicos e psicológicos da sua evolução. “Melhorei muito meu saque, e isso vem ajudando muito. Sempre procurei ficar tranquilo nos momentos importantes, e acho que o lado mental também evoluiu demais”, diz.

Saber lidar com momentos tensos foi crucial para chegar ao título de Wimbledon, no sábado (15), a primeira conquista do país no torneio em 51 anos.

A partida contra o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic teve quatro horas e 39 minutos de duração. Quando o quinto set estava empatado em 11 a 11 e a luz natural já não dava conta da iluminação, foi feita uma pausa para fechar o teto da quadra central.

Depois de dez minutos de paralisação, Melo e Kubot finalmente ganharam dois games seguidos e finalizaram o jogo em 13 a 11. O brasileiro conta que, à espera do fechamento da cobertura, ele e o parceiro evitaram papos mais longos.

“Fomos para uma sala atrás da quadra central. A gente conversou um pouco, mas cada um tentou manter o seu foco. Procurei ficar pulando para manter o corpo aquecido, porque sabia que voltaria sacando”.

Após o ponto decisivo, o silêncio se transformou em euforia. “Acho que falei Wimbledon umas 50 vezes, o Lukasz também”, relembra Melo, que se atirou na grama para comemorar.

Com o maior sonho da carreira realizado, o mineiro voltou ao Brasil nesta semana. No segundo semestre, os principais objetivos da dupla são o Aberto dos EUA, no fim de agosto, e o ATP Finals, torneio que reúne as oito melhores parcerias do ano e fecha a temporada, em novembro.

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Sem linha de chegada, Federer torna sua carreira ainda mais brilhante https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/sem-linha-de-chegada-federer-torna-sua-carreira-ainda-mais-brilhante/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/sem-linha-de-chegada-federer-torna-sua-carreira-ainda-mais-brilhante/#respond Sun, 16 Jul 2017 19:11:20 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/federer-180x87.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=600 Até onde vai Roger Federer? A pergunta não é inédita, mas precisa ser feita novamente após seu 19º título de Grand Slam, o oitavo em Wimbledon, neste domingo (16).

Felizmente não há uma resposta na ponta da língua. O troféu em Londres, que isolou o suíço como maior vencedor do torneio entre os homens, era o objetivo principal —ainda assim visto com cautela— no início do ano, quando ele voltava após seis meses afastado por conta de lesão no joelho.

Federer antecipou as metas e venceu logo de cara o Aberto da Austrália. Depois, os Masters de Indian Wells e Miami. Nesses torneios, derrotou Rafael Nadal, seu maior adversário, três vezes. O nível apresentado em quadra surpreendia o circuito.

A prudência, porém, disse que era hora de descansar e se preparar para brilhar no seu piso favorito, a grama. Aos 35 anos, ele se permitiu nem pisar na quadra de saibro, superfície que sempre lhe trouxe mais dificuldades, e parou por mais de dois meses.

A estratégia se mostrou acertada, e a joia da coroa veio na quadra central do All England Club, cenário de suas maiores façanhas.

Em 2012, quando o suíço vencera seu último Slam até este ano, já não faltava nenhum dos principais feitos do tênis para ele. Agora, Federer ampliou a diferença de títulos para os rivais (Nadal tem 15 e Pete Sampras, 14) e ainda protagonizou um dos maiores retornos da história do esporte.

As possibilidades para o segundo semestre são animadoras. Em terceiro no ranking com 6.545 pontos e nada pela frente para defender, voltar ao topo é uma meta possível. Acima dele estão Andy Murray (7.750), que defende mais de 5.000 pontos até novembro, e Rafael Nadal (7.465), provavelmente seu maior adversário pela liderança. Na corrida da temporada, o espanhol supera o suíço por pouco (7.095 contra 6.545).

Uma eventual disputa dependerá de quantos torneios os tenistas estarão dispostos a jogar. Independentemente disso, há outros feitos grandiosos à espera do suíço. Vencer seu primeiro Aberto dos EUA desde 2008 e três Slams numa mesma temporada, algo que não acontece desde 2007, é um deles.

A maior vantagem de Federer hoje é que não há uma linha de chegada definida na sua carreira. Enquanto tiver condições físicas, prazer e sua família concordar, ele estará em ação. A aposentadoria pode vir amanhã, no fim do ano ou daqui a duas temporadas. Não importa. Aos fãs, cabe o deleite.

Mirka Federer (à dir.), mulher do suíço, e os quatro filhos do casal assistem à premiação (Daniel Leal-Olivas/Reuters)
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Entenda o tamanho da conquista de Marcelo Melo em Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/entenda-o-tamanho-da-conquista-de-marcelo-melo-em-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/entenda-o-tamanho-da-conquista-de-marcelo-melo-em-wimbledon/#respond Sat, 15 Jul 2017 20:37:57 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/MELO-180x131.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=588 Realização de um sonho e marco para o tênis brasileiro. O título de Marcelo Melo em Wimbledon, conquistado neste sábado (15) ao lado do polonês Lukasz Kubot após uma batalha de quatro horas e 39 minutos, é histórico em diferentes dimensões.

Quer entender o tamanho do que aconteceu na quadra central do All England Club? Leia abaixo os principais significados do feito do Girafa, apelido do mineiro de 2,03 m e 33 anos.

Meta de vida

Melo sempre disse que vencer Wimbledon era o seu grande sonho no esporte, e a comemoração emocionada após o último ponto é a imagem perfeita disso. Número um do mundo pela terceira vez na carreira e agora dono de dois troféus de Grand Slam, o mineiro fica atrás apenas de Maria Esther Bueno e de Guga em relevância histórica para o tênis brasileiro.

País das duplas

Ao lado de Bruno Soares, Melo mudou o patamar da modalidade no país. Com o troféu dele em Wimbledon, o Brasil passa a ter títulos nas duplas masculinas nos quatro Grand Slams. Isso em apenas três anos. Em 2015, Melo venceu Roland Garros ao lado do croata Ivan Dodig. No ano passado, Soares conquistou o Aberto da Austrália e o Aberto dos EUA com o britânico Jamie Murray.

LEIA TAMBÉM: Campeã de Wimbledon, Muguruza renova expectativas (e pressões) sobre sua carreira

Templo sagrado

51 anos. Esse foi o tempo que demorou para que outro tenista do país conquistasse um título profissional em Wimbledon, o torneio mais antigo e prestigioso do esporte. Maria Esther Bueno, dona de oito troféus no Slam britânico (três em simples), venceu pela última vez em 1966, nas duplas femininas. A melhor campanha em simples entre os homens foi quartas de final, por quatro vezes. A última delas com André Sá, em 2002.

Parceria dominante

Após um começo de ano ruim (leia mais neste post), a parceria entre Melo e Kubot impressiona. A dupla já era a melhor da temporada antes de Wimbledon e se distanciará mais dos rivais depois da conquista. Nos torneios de grama, o domínio foi total —três títulos e 14 vitórias seguidas.

Lukasz Kubot e Marcelo Melo com o troféu de Wimbledon (Matthew Childs/Reuters)
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Com Melo e Soares em alta, Brasil cobiça título nas duplas em Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/04/com-melo-e-soares-em-alta-brasil-cobica-titulo-nas-duplas-em-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/04/com-melo-e-soares-em-alta-brasil-cobica-titulo-nas-duplas-em-wimbledon/#respond Tue, 04 Jul 2017 21:08:53 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/MELOKUBOT-180x121.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=525 Quatro torneios, quatro títulos. Não dava para imaginar uma preparação melhor dos principais duplistas do país antes de Wimbledon. A chave de duplas começa nesta quarta (5).

Nas últimas semanas, Marcelo Melo, 3º colocado do ranking, venceu competições na Holanda e na Alemanha ao lado do polonês Lukasz Kubot. Bruno Soares (6º), que joga com o britânico Jamie Murray, ganhou troféus também na Alemanha e no Reino Unido.

Com seus respectivos parceiros, cada um dos mineiros venceu oito jogos seguidos sobre a grama. Os resultados alimentam as expectativas por um bom desempenho do tênis brasileiro no terceiro Grand Slam do ano.

Desde o último título de Maria Esther Bueno em Wimbledon, em 1966, o país não conquista um troféu nas chaves profissionais.

Melo foi quem esteve mais perto. Há quatro anos, com o croata Ivan Dodig, ele perdeu na final para os irmãos Bryan. Em 2007, uma parceria 100% brasileira entre ele e André Sá chegou nas semifinais.

O melhor resultado de Soares foi quartas de final, em quatro ocasiões (2009, 2014, 2015 e 2016). Desta vez, ele se vê com ótimas possibilidades de alcançar seu terceiro Slam da carreira.

“Obviamente a gente chega com confiança em alta e jogando um tênis de alto nível. Nossas chances provavelmente são as melhores que já tivemos”, afirma. O atleta diz que a grama não é seu piso preferido, mas que costuma se adaptar bem às condições mais rápidas de jogo.

Já Melo não esconde sua predileção pelo evento mais prestigioso do tênis: “Um grande resultado em Wimbledon, para mim, será especial. É o meu torneio favorito e quero muito conquistar um título nesse templo sagrado”.

Murray e Soares comemoram o título do torneio de Queens (Steven Paston – 25.jun.2017/Associated Press)

ESTREIAS

Melo e Kubot estreiam nesta quarta (5), por volta das 12h, contra os holandeses Wesley Koolhof e Matwe Middelkoop. A dupla de Thomaz Bellucci e Rogerinho, ambos eliminados da chave de simples, joga por volta das 9h diante do francês Fabrice Martin e do canadense Daniel Nestor. Ao lado do israelense Dudi Sela, André Sá encara o americano Nicholas Monroe e o neozelandês Artem Sitak, não antes das 9h.

A estreia de Soares e Murray deve ocorrer na quinta (6), assim como a do brasileiro Marcelo Demoliner, que atua com o neozelandês Marcus Daniell.

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Histórica, décima conquista em Roland Garros veio após Nadal se reconstruir https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/11/historica-decima-conquista-em-roland-garros-veio-apos-nadal-se-reconstruir/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/11/historica-decima-conquista-em-roland-garros-veio-apos-nadal-se-reconstruir/#respond Sun, 11 Jun 2017 19:05:57 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/06/nadal-180x133.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=485 Ao conquistar seu décimo troféu de Roland Garros, um feito absurdo, Rafael Nadal chegou ao ápice de uma trajetória de reconstrução.

Há um ano, quando teve que abandonar o Grand Slam francês por causa de uma lesão no punho antes da terceira rodada, o espanhol vivia um momento instável na carreira. Depois de deixar o torneio onde é rei, as coisas só pioraram.

No segundo semestre, ele conseguiu apenas dez vitórias, perdeu seis vezes e acumulou eliminações precoces. Em recuperação do problema físico, jogou pouco e quase saiu do top 10.

Veio 2017, e Nadal começou a dar sinais de melhora. Foram três vices antes da temporada de saibro, um deles no Aberto da Austrália, contra Roger Federer, de quem ele perderia outras duas vezes nos primeiros meses do ano.

Em seu piso predileto, o tenista voltou a fazer história. Foi o primeiro a ganhar dez vezes o mesmo torneio na era profissional, no Masters 1.000 de Monte Carlo e em Barcelona. Venceu mais um Masters, em Madri, antes de chegar a Roland Garros com amplo favoritismo para a maior “La Décima”.

Em Paris, Nadal esmagou sete adversários. Quem mais ganhou games contra ele foi o holandês Robin Haase, na segunda rodada, e não passou de oito. Para chegar à décima conquista, a primeira em três anos, ele perdeu apenas 35 games, sua melhor marca em uma campanha de título.

O espanhol estava com o forehand inspirado, e o ponto que melhor mostra isso é a passada magistral no segundo set da final diante de Stan Wawrinka.

Mas a grande novidade no jogo de Nadal foi o backhand. Assim como Federer, ele melhorou seu golpe mais fraco para voltar a dominar. Com 31 anos, após uma séria lesão e depois de já ter ganhado praticamente tudo no tênis, o espanhol foi capaz de se reinventar no circuito. Novamente, em uma trajetória similar à do suíço.

O tenista já foi chamado de baloeiro, por causa do jogo de defesa que marcou principalmente o começo de sua carreira. Muitos viraram a cara para ele por causa da força física, das regatas extravagantes, das bermudas longas e de suas conhecidas manias. Houve quem dissesse que ele não aguentaria o ritmo e se aposentaria cedo. Alguns insinuaram —e continuam insinuando— uso de doping para justificar seu desempenho.

Nadal jamais se abalou. Ao lado do tio, Toni, que deixará de treinar o pupilo no final da temporada e merecidamente participou da entrega do troféu neste domingo, ele construiu uma das mais brilhantes carreiras do tênis. Agora, com 15 Grand Slams no currículo, ultrapassou Pete Sampras e só fica atrás de Federer (18).

Se Nadal não teve rivais em Roland Garros e deixou até a decisão contra Wawrinka sem graça, há uma razão para isso. O espanhol já havia vencido a maior das batalhas, a interna, e o fez quantas vezes precisou ao longo desses anos.

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Ostapenko mostra força, fura fila e lembra Guga ao conquistar Roland Garros https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/10/ostapenko-mostra-forca-fura-fila-e-lembra-guga-ao-conquistar-roland-garros/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/06/10/ostapenko-mostra-forca-fura-fila-e-lembra-guga-ao-conquistar-roland-garros/#respond Sat, 10 Jun 2017 16:55:53 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/06/TOPSHOT-TENNIS-FRA-OPEN-WOMEN_65642745-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=479 Jelena Ostapenko. Quem não acompanha tênis com frequência e para além das rodadas decisivas dificilmente havia ouvido falar desse nome até este sábado (10).

A tenista da Letônia conquistou em Roland Garros o título de Grand Slam mais surpreendente desde o primeiro de Gustavo Kuerten, em 1997.

No mesmo dia em que Guga levantava a Taça dos Mosqueteiros, Ostapenko nascia na cidade de Riga. As coincidências, como relatado neste post, não param por aí.

Assim como o brasileiro, ela alcançou seu primeiro troféu como profissional aos 20 anos, logo em um Grand Slam. Também em repetição do feito de Guga, sem ser cabeça de chave. Foi a primeira nessa condição a ser campeã em Paris desde 1933, muito antes da era profissional.

Ostapenko, que saltará da 47ª para a 12ª posição no ranking da segunda-feira (12), sempre foi considerada uma das atletas mais promissoras da nova geração. O que não se esperava era que uma conquista desse tamanho viesse tão rápido, e no saibro.

A estratégia kamikaze da letã, que proporciona quantidades absurdas de bolas vencedoras e erros não forçados na mesma partida, em tese funciona melhor nas quadras rápidas. Na final contra a romena Simona Halep, foram 54 em cada um desses quesitos (a adversária registrou oito winners e dez erros).

Ao vencer Roland Garros, Ostapenko fura fila considerável de rivais mais experientes e com carreiras consolidadas, mas que nunca conquistaram um Grand Slam. As ex-líderes do ranking Caroline Wozniacki, Jelena Jankovic e Dinara Safina (já aposentada) são exemplos conhecidos.

A própria Halep, que terá que lidar com uma enorme frustração após perder sua segunda final em Paris, e a tcheca Karolina Pliskova, ambas em disputa para chegar ao número 1, são outras que jamais triunfaram em um dos quatro principais torneios.

E por que Ostapenko chegou lá tão cedo? Além dos golpes vistosos e potentes, deve-se ressaltar a incrível força da jovem. Na decisão, ela saiu de uma desvantagem de 1 set a 0 e 0-3 em games na segunda parcial para virar o confronto. Nas sete partidas da campanha, foram quatro reviravoltas.

Não que ela não oscile. Aliás, seus momentos de desespero são bem visíveis pelos gritos e caretas. Mas, durante toda a trajetória, a campeã soube sair do buraco quando precisou. O que já seria enorme para qualquer tenista coroa ainda mais o histórico título da zebra letã.

Ostapenko beija o troféu de Roland Garros (François Xavier/AFP)
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