Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Por que confronto das irmãs Williams no Aberto dos EUA já nasce imperdível https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/30/por-que-confronto-das-irmas-williams-no-aberto-dos-eua-ja-nasce-imperdivel/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/30/por-que-confronto-das-irmas-williams-no-aberto-dos-eua-ja-nasce-imperdivel/#respond Thu, 30 Aug 2018 03:59:50 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/serena-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1393 Um dos maiores clássicos do tênis chega ao seu 30º capítulo nesta sexta-feira (31). As irmãs Serena Williams, 36, e Venus Williams, 38, se enfrentam por volta das 20h, pela terceira rodada do Aberto dos Estados Unidos, Grand Slam realizado em Nova York.

A primeira das 29 vezes em que as irmãs Williams estiveram frente à frente foi há mais de 20 anos, em janeiro de 1998.

Na ocasião, Venus, então com 17 anos, superou a irmã mais nova na segunda rodada do Aberto da Austrália, por 2 sets a 0. A mais velha ganharia outros dois duelos antes de Serena obter seu primeiro triunfo, em 1999.

Venus (à esq.) e Serena no primeiro duelo, em 1998 (Rick Stevens - 21.jan.98/Associated Press)
Venus (à esq.) e Serena no primeiro duelo, em 1998 (Rick Stevens – 21.jan.98/Associated Press)

Hoje a vantagem é de Serena: 17 vitórias contra 12.

O último confronto entre elas foi em Indian Wells, em março deste ano, e Venus venceu com facilidade, em sets diretos. Na ocasião, Serena ainda tentava recuperar a forma após se afastar do circuito por conta da gravidez. Sua filha nasceu em setembro de 2017.

“Foi dois contra um. Pelo menos agora será justo”, brincou Venus em entrevista.

Agora o cenário é diferente. A vencedora de 23 títulos de Grand Slam vem de um vice-campeonato em Wimbledon e, apesar de ter jogado mal na preparação para Nova York, fez duas partidas em bom nível até agora, contra adversárias que não apresentaram muita resistência.

A americana derrotou a polonesa Magda Linette na estreia (6/4 e 6/0) e a alemã Carina Witthoeft na segunda rodada (duplo 6/2).

Venus, que também vive uma temporada irregular, mostrou mais segurança do que se esperava dela nas duas primeiras rodadas. Bateu a russa Svetlana Kuznetsova em um jogo apertado (6/3, 5/7 e 6/3) e depois passou pela italiana Camila Giorgi (6/4 e 6/5).

O desempenho de ambas até aqui permite esperar um duelo de bom nível técnico, o que, talvez pelo componente emocional, nem sempre acontece quando elas se encaram.

Na última vez que as duas jogaram no Aberto dos EUA, em 2015, Serena venceu em três sets nas quartas de final. O jogo foi mais equilibrado do que se esperava na época.

Serena (à esq.) e Venus se abraçam após jogo no Aberto dos EUA de 2015 (Julio Cortez - 8.set.15/Associated Press)
Serena (à esq.) e Venus se abraçam após jogo no Aberto dos EUA de 2015 (Julio Cortez – 8.set.15/Associated Press)

Serena era a líder do ranking mundial feminino naquela ocasião e buscava o quarto título de Slam na temporada, enquanto Venus ocupava o 23º lugar da lista. Após bater a irmã, no entanto, ela foi eliminada pela italiana Roberta Vinci na semifinal.

Em janeiro de 2017, elas fizeram a última final entre si, no Aberto da Austrália, com vitória de Serena, que já estava grávida durante o torneio. Foi a sua última atuação antes do afastamento.

Dessa vez, o encontro familiar será mais precoce, ainda na primeira semana de competição. Após o jogo de 1998, elas nunca haviam se encontrado tão cedo em um torneio.

Venus é a atual número 16 do ranking, dez posições à frente da irmã. Elas só se enfrentarão nessa fase porque Serena foi “promovida” à posição de cabeça de chave 17 pela organização do torneio, que adotou uma espécie de compensação pelo período afastada.

Além de emocional e histórico, o 30º duelo das irmãs Williams promete ser o primeiro grande espetáculo desta edição do Aberto dos EUA, já que reunirá duas das maiores atletas da modalidade, na sessão noturna de sexta, no maior estádio de tênis do mundo.

O Arthur Ashe tem capacidade para 24 mil espectadores, ou sortudos, que terão a oportunidade de acompanhar mais um episódio do clássico.

*O Aberto dos EUA é transmitido por ESPN, ESPN+ e SporTV3

]]>
0
Wimbledon perde atual campeã e mais cinco das oito principais favoritas https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/em-tres-dias-wimbledon-perde-cinco-das-oito-principais-favoritas/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/em-tres-dias-wimbledon-perde-cinco-das-oito-principais-favoritas/#respond Wed, 04 Jul 2018 19:09:28 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/muguruza-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1280 *Atualizado às 17h06 de quinta-feira (5)

Não é apenas a Copa do Mundo da Rússia que tem quebrado bolões. Em quatro dias de Wimbledon, seis das oito principais cabeças de chave do evento feminino de simples foram eliminadas do torneio.

Na primeira rodada caíram a americana Sloane Stephens (#4), a ucraniana Elina Svitolina (#5), a francesa Caroline Garcia (#6) e a tcheca Petra Kvitova (#8), bicampeã do Slam britânico. A dinamarquesa Caroline Wozniacki (#2) foi eliminada na segunda rodada, assim como a espanhola Garbiñe Muguruza (#2).

Nesta quinta (5), a atual campeã foi superada pela belga Alison Van Uytvanck por 2 sets a 1 (5/7, 6/2 e 6/1).

Das tenistas mais cotadas para chegar às quartas de final sobraram a romena Simona Halep (#1), campeã de Roland Garros em junho, e a tcheca Karolina Pliskova (#7), que busca seu primeiro título de Slam.

Nas últimas dez edições do torneio, apenas em 2013 houve um cenário próximo desse, quando quatro das oito principais cabeças de chave foram derrotadas antes da terceira rodada.

As irmãs Williams, Venus (#9) e Serena (#25), venceram dois jogos até agora. Campeã de Wimbledon, a russa Maria Sharapova (#24) caiu no seu primeiro jogo.

Na chave masculina de simples, as zebras também estão soltas. Três dos oito principais cabeças de chave se despediram até agora: o croata Marin Cilic, o búlgaro Grigor Dimitrov (#6) e o austríaco Dominic Thiem (#7).

]]>
0
Melhores tenistas do ano fecham temporada maluca com nova disputa pelo número 1 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/10/20/melhores-tenistas-do-ano-fecham-temporada-maluca-com-nova-disputa-pelo-numero-1/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/10/20/melhores-tenistas-do-ano-fecham-temporada-maluca-com-nova-disputa-pelo-numero-1/#respond Fri, 20 Oct 2017 16:00:03 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/10/wtafinals-180x135.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=806 Uma temporada incomum como foi a da WTA em 2017 pode ser vista pela ótica do copo meio cheio ou pela do copo meio vazio. Fico com a primeira opção.

Sem a concorrência de Serena Williams, 36, que se afastou das quadras após o título do Aberto da Austrália para dar à luz à primeira filha, três novas tenistas ganharam o carimbo de número 1 do ranking no currículo: Karolina Pliskova, Garbiñe Muguruza e Simona Halep.

Somados os reinados de Angelique Kerber e da própria Serena, que mesmo sem jogar voltou à liderança em 24 de abril e permaneceu por lá até 14 de maio —na época estava grávida de quatro meses—, o ano teve cinco líderes diferentes e sete trocas de posição, maior número desde 2002. A oitava pode ocorrer na próxima semana, em Cingapura (leia mais abaixo).

Na China, Simona Halep recebe um número um feito de flores ao alcançar o posto (Ju Huanzong/Xinhua)
Na China, Simona Halep recebe um número um feito de flores ao alcançar o posto (Ju Huanzong/Xinhua)

No cardápio de surpresas ainda constam duas campeãs inéditas de Grand Slam: a letã Jelena Ostapenko, 20, levou Roland Garros, e americana Sloane Stephens, 24, triunfou em Nova York.

Há quem veja mediocridade na ausência do domínio de uma ou duas jogadoras. Penso que assim é mais divertido. Claro que assistir à Serena em seus melhores dias é um deleite aos fãs de tênis. Foi assim na decisão de veteranas em Melbourne contra Venus, 37, que também acabou com o vice em Wimbledon.

Mas é sempre bom que haja gente jovem —ou nem tanto— para renovar as expectativas. Halep, 26, Pliskova, 25, e Muguruza, 24, têm bons anos pela frente para disputar o concorrido lugar no topo.

Caroline Wozniacki, 27, ex-número um do mundo, voltou a fazer uma boa temporada. A ucraniana Elina Svitolina, 23, teve o ano mais consistente entre as tops e se aproximou da disputa pela liderança do ranking.

Ostapenko, a mais jovem do top 20, mostrou que pode fazer estragos com seu jogo agressivo, quase sem limites. E ainda deu tempo de a francesa Caroline Garcia, 24, vencer dois torneios na reta final e se garantir entre as oito melhores da temporada.

Grand Finale

Halep, Muguruza, Pliskova, Svitolina, Venus, Wozniacki, Ostapenko e Garcia disputarão em Cingapura, a partir deste domingo (22), o WTA Finals. O torneio, a exemplo da temporada, se desenha imprevisível.

O sorteio das chaves foi realizado nesta sexta (20) e reuniu, no grupo branco, Muguruza, Pliskova, Venus e Ostapenko. Promessa de muita pancadaria. A chave vermelha deve ter mais paciência e trocas de bola com Halep, Svitolina, Wozniacki e Garcia.

O formato de disputa é simples: as tenistas se enfrentam nos grupos, e as duas melhores de cada chave avançam às semifinais.

A corrida para terminar o ano na ponta do ranking ainda está aberta. Sete atletas têm chances matemáticas, e os possíveis cenários estão no quadro abaixo.

Cenários para a última disputa pela liderança em 2017
Cenários para a última disputa pela liderança em 2017

O canal Sony, que tem os direitos de transmissão da WTA no Brasil, anunciou em seu site que transmitirá os jogos a partir de quinta (26), com as últimas partidas da primeira fase.

]]>
0
Disputa pelo título do Aberto dos EUA reúne mulheres com trajetórias inspiradoras https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/05/disputa-pelo-titulo-do-aberto-dos-eua-reune-mulheres-com-trajetorias-inspiradoras/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/05/disputa-pelo-titulo-do-aberto-dos-eua-reune-mulheres-com-trajetorias-inspiradoras/#respond Tue, 05 Sep 2017 05:45:10 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/venus-180x124.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=770 Lesões, doenças, carreiras interrompidas ou quase. As quartas de final da chave feminina do Aberto dos EUA reúnem tenistas que deram a volta por cima para chegar a essa etapa do torneio. Agora, elas estão a três vitórias do título.

Nesta terça (5), a americana Sloane Stephens enfrenta a letã Anastasija Sevastova, e a também americana Venus Williams encara a tcheca Petra Kvitova. Desse grupo sairá uma das finalistas.

Kvitova, 27, não se machucou em quadra, mas teve um grande susto fora dela, em dezembro do ano passado. Durante um assalto a sua casa, na República Tcheca, a tenista tentou se defender e teve a mão esquerda ferida com uma faca.

A lesão foi grave, e a canhota corria sérios riscos de não voltar a jogar. Para a alegria do circuito, porém, a bicampeã de Wimbledon retornou em Roland Garros, quando conseguiu uma vitória emotiva na estreia.

Petra Kvitova comemora vitória sobre Garbiñe Muguruza (Don Emmert - 4.set.2017/AFP)
Petra Kvitova comemora vitória sobre Garbiñe Muguruza (Don Emmert – 4.set.2017/AFP)

Venus, 37, vive um 2017 especial e inesperado. Desde 2011, quando foi diagnosticada com a Síndrome de Sjögren —doença autoimune que pode causar, entre outras coisas, dor articular e cansaço fácil—, ela era uma coadjuvante no circuito.

Este ano, porém, a jogadora perdeu a final do Aberto da Austrália para Serena e também foi vice em Wimbledon. Ainda viu a irmã dar à luz a primeira filha, na semana passada, e passou por um triste episódio: se envolveu em um acidente de trânsito com vítima fatal nos EUA —o último relatório da polícia a inocentou.

Stephens, 24, teve uma das recuperações mais rápidas do tênis. Em 7 de agosto, a americana era apenas a número 934 do ranking. Três semanas depois, já ocupava a 83ª posição. Apontada como revelação no início da carreira, a ex-número 11 do mundo chegou à semifinal na Austrália em 2013.

No ano passado, ela conquistou três títulos, mas se lesionou após a Olimpíada do Rio e só voltou em julho deste ano, para Wimbledon. Após duas derrotas seguidas, Stephens venceu 12 dos últimos 14 jogos.

Sloane Stephens comemora vitória pelas oitavas de final (Jewel Samad – 4.set.2017/AFP)

Sevastova, 27, chegou a abandonar a carreira em 2013 por causa de problema nas costas, mas retornou dois anos depois, quando as dores diminuíram. Nesse período, começou um curso na área de turismo e recreação. Hoje, ela ocupa a 17ª posição do ranking e repete a campanha do ano passado em Nova York.

Na quarta (6), será a vez de mais quatro tenistas entrarem em ação. A americana Madison Keys, 22, que enfrenta a estoniana Kaia Kanepi, 32, teve sua melhor temporada no ano passado. A entrada dela no top 10, porém, ofuscou as fortes dores no punho que a atormentavam. Duas cirurgias depois, a jovem busca recuperar a melhor forma.

Kanepi, por sua vez, quase abandonou o tênis no fim de 2016, atormentada por um processo inflamatório nos dois pés e uma doença autoimune. Ela percebeu que sentia falta do circuito quando fazia um curso para aprender a dirigir em estradas congeladas na Finlândia, segundo o “New York Times”. Como ficou cerca de um ano sem jogar, a ex-número 15 do mundo ocupa atualmente a 418ª colocação.

Para fechar os jogos das quartas de final, a tcheca Karolina Pliskova, 25, precisa superar a americana CoCo Vandeweghe para ter chances de permanecer como número um do mundo após o torneio. A reta final do Aberto dos EUA promete.

Madison Keys comemora vitória sobre Elina Svitolina (Matthew Stockman - 4.set.2017/AFP)
Madison Keys comemora vitória sobre Elina Svitolina (Matthew Stockman – 4.set.2017/AFP)

*Este post foi inspirado em uma sequência de tuítes da jornalista da WTA Courtney Nguyen que chegou até mim pela colega de Folha Beatriz Izumino.

]]>
0
Campeã de Wimbledon, Muguruza renova expectativas (e pressões) sobre sua carreira https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/campea-de-wimbledon-muguruza-renova-expectativas-e-pressoes-sobre-sua-carreira/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/15/campea-de-wimbledon-muguruza-renova-expectativas-e-pressoes-sobre-sua-carreira/#respond Sat, 15 Jul 2017 17:06:13 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/MUGURUZA-180x122.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=581 “Eu acho que vou me sentir muito melhor agora para continuar o ano, e todos vão parar de me incomodar perguntando sobre este torneio”.

Foi assim que a atual campeã de Wimbledon, Garbiñe Muguruza, 23, reagiu após ser eliminada de Roland Garros, há pouco mais de um mês. Ela defendia o título, mas parou nas oitavas de final.

Com a derrota, a espanhola nascida na Venezuela finalmente se livrava da pressão que a incomodou por um ano. Nesse período, ela não chegou a nenhuma final e caiu da vice-liderança do ranking para o 15º lugar —voltará à quinta posição na segunda (17).

Assim, quando estreou em Wimbledon, Muguruza não estava entre as favoritas. Porém não demorou a jogar como uma delas. Nos sete jogos, perdeu apenas um set, para a número um do mundo, Angelique Kerber.

O pneu aplicado em Venus Williams no segundo set da final foi a melhor forma de encerrar uma campanha onde foi dominadora, vibrante e inteligente.

O ótimo trabalho de fundo de quadra apresentado pela espanhola não chega a ser novidade, mas a estabilidade para jogar ponto por ponto, sem se perder nos momentos de pressão, surpreendeu.

Vencer um Slam na grama e outro no saibro, ambos contra as irmãs Williams, mostra que o lugar de Muguruza é entre as grandes. Agora, ela terá mais uma chance para aprender a lidar com as altas expectativas e mostrar que é mais do que uma grande jogadora de Slams (alô, Wawrinka).

Após a final, a tenista disse que o trabalho de Conchita Martínez, que a acompanhou durante Wimbledon como uma “supertécnica” —seu treinador regular, Sam Sumyk, se ausentou porque estava prestes a ser pai—, fez diferença.

A compatriota, vencedora de Wimbledon em 1994 como jogadora, teria passado confiança e ajudado a lidar com o estresse de um torneio longo. Se as lições da mentora durarem, Muguruza voltará a fazer estragos.

Conchita Martínez acompanha a final de Wimbledon (Glyn Kirk/AFP)
]]>
0
Reconstrução leva Venus Williams e Muguruza à final de Wimbledon https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/14/reconstrucao-leva-venus-williams-e-muguruza-a-final-de-wimbledon/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/14/reconstrucao-leva-venus-williams-e-muguruza-a-final-de-wimbledon/#respond Fri, 14 Jul 2017 17:14:42 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/montagem-2-180x59.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=573 A final feminina de Wimbledon, entre Venus Williams e Garbiñe Muguruza, opõe duas trajetórias de reconstrução. Uma mais longa, outra mais recente.

O duelo entre a americana e a espanhola, às 10h deste sábado (15), terá transmissão do SporTV 3 e da ESPN.

Aos 37 anos, Venus pode superar o recorde de mais velha vencedora de Grand Slam. A marca pertence a Serena Williams, que em janeiro conquistou o Aberto da Austrália aos 35. Na final, ela bateu justamente a irmã.

Esse foi o primeiro indício de que 2017 seria um ano especial para Venus. Desde 2011, quando foi diagnosticada com a Síndrome de Sjögren —doença autoimune que pode causar, entre outras coisas, dor articular e cansaço fácil—, ela era uma coadjuvante no circuito.

De 2011 a 2014, a americana não passou da terceira rodada em Slams, e muitos davam a carreira da pentacampeã de Wimbledon como acabada. Não estava. Persistente e ofensiva como sempre, ela continuou disparando suas pancadas e esperou seu momento chegar novamente.

Em junho, a atleta esteve envolvida em acidente de carro nos EUA que causou a morte de um idoso de 78 anos. O caso está sob investigação, e o último comunicado da polícia isentou a tenista de culpa.

Venus Williams e Garbiñe Muguruza nas semifinais de Wimbledon (Adrian Dennis e Frank Augstein – 14.jul.2017/AFP)

Agora, Venus terá pela frente outra tenista que precisou sacudir a poeira recentemente. Muguruza, 23 anos, vice em Wimbledon em 2015 e campeã de Roland Garros no ano passado, não chegava a uma final de qualquer torneio desde o título em Paris.

Em junho, a espanhola sentiu-se pressionada para a defesa do troféu e caiu nas oitavas de final após sofrer com o apoio da torcida francesa à local Kristina Mladenovic. Em entrevista, ela disse que estava feliz com o fim daquele momento e que finalmente poderia seguir adiante sem encarar perguntas incômodas sobre Roland Garros.

Mais leve, Muguruza recuperou em Londres seu melhor tênis: agressivo na medida certa e com subidas inteligentes à rede. Passou por cima de cinco adversárias e só teve dificuldades diante da número 1 do mundo, Angelique Kerber, nas oitavas.

As duas finalistas perderam apenas um set até aqui. Na final, uma delas perderá dois. Antes disso, porém, espera-se uma batalha.

]]>
0
Com potência e com afeto, Serena Williams mostra por que é a maior https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/28/com-potencia-e-com-afeto-serena-williams-mostra-por-que-e-a-maior/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/28/com-potencia-e-com-afeto-serena-williams-mostra-por-que-e-a-maior/#respond Sat, 28 Jan 2017 10:53:29 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/7-180x136.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=106 Entre o primeiro título de Grand Slam de Serena Williams, no Aberto dos EUA-1999, e o 23º, neste sábado (28), no Aberto da Austrália, muita coisa aconteceu no tênis.

Como explicar que alguém que conquistou quatro Slams seguidos de 2002 a 2003 e de 2014 a 2015 ainda hoje seja a jogadora mais dominante do circuito?

A potência nos golpes, o estilo agressivo, um saque que fez e faz a diferença: tudo isso ajuda a entender por que ela tornou-se a maior vencedora de torneios desse porte na era aberta —deixou Steffi Graf, com 22 títulos, para trás. A recordista de todos os tempos é Margaret Court, que levantou 24 troféus.

Além de uma combinação exemplar de atributos físicos e técnicos para o esporte, Serena mostra que ainda tem apetite para colecionar marcas: bateu o próprio recorde de campeã mais velha de um Slam e voltará a ser número um do mundo aos 35 anos.

No atual top 100 do ranking feminino, apenas Venus Williams e Francesca Schiavone, ambas com 36, são mais velhas que ela.

Para retornar ao topo, Serena derrotou a irmã, dona de sete títulos e que voltava a decidir um Slam após quase oito anos, em um jogo tenso —com direito a quebra de raquete da campeã logo no início— e que teve 48 erros não forçados. Em um embate entre dois estilos de jogo parecidos, prevaleceu a consistência da irmã mais nova para fechar em um duplo 6/4.

Além dos ataques constantes, o abraço fraterno após o último ponto e os emotivos discursos das duas eram partes esperadas da decisão. “Sua vitória sempre foi minha vitória, eu acho que você sabe disso”, afirmou Venus. “Ela é a única razão pela qual estou aqui hoje e a razão de as irmãs Williams existirem”, disse Serena.

Declarações afetuosas em cerimônias têm sido uma constante da multicampeã. Ano passado, quando perdeu a final para Angelique Kerber em Melbourne, também direcionou belas palavras à alemã.

Excepcional em quadra e cada vez mais importante fora dela, com a defesa pela igualdade de gênero no esporte, Serena mostra que está muito viva após um segundo semestre de 2016 abaixo da média. Por que não pensar que ela finalmente pode conquistar os quatro troféus no mesmo ano? Recomendo não duvidar.

Serena e Venus Williams se abraçam após a final (Edgar Su/Reuters)
Serena e Venus Williams se abraçam após a final (Edgar Su/Reuters)
]]>
0
É melhor preparar o lenço para a final entre as irmãs Williams https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/26/e-melhor-preparar-o-lenco-para-a-final-entre-as-irmas-williams/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/01/26/e-melhor-preparar-o-lenco-para-a-final-entre-as-irmas-williams/#respond Thu, 26 Jan 2017 13:08:36 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/US_Open_Tennis-180x130.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=80 O abraço junto à rede ao fim dos jogos ganha conotação diferente quando, de cada lado dela, está uma das irmãs Williams.

Neste sábado (28), ao término da decisão do Aberto da Austrália, o cumprimento entre Serena e Venus em uma final de Grand Slam após quase oito anos promete ser um dos mais emocionantes da carreira delas. O jogo está marcado para as 6h30 (de Brasília).

Já foi emotivo no último confronto familiar, nas quartas de final do Aberto dos EUA-2015. Na ocasião, Serena teve mais trabalho do que se esperava para vencer a irmã mais velha em três sets. O público americano reconheceu o esforço das atletas da casa e aplaudiu o abraço emocionado entre elas.

Era difícil prever que, aos 35 e 36 anos, elas teriam um reencontro em uma final de major. Não por Serena, que, a despeito de eliminações inesperadas no segundo semestre do ano passado, ainda é capaz de impor sua superioridade técnica e física no circuito.

Por outro lado, a última final de Slam para Venus havia sido em Wimbledon-2009, quando perdeu para a irmã. Era sabido que o filme ainda não havia chegado ao fim, mas uma nova e brusca virada no roteiro tampouco parecia estar nos planos.

Venus (à esq.) e Serena Williams comemoram no Aberto da Austrália (Peter Parks//Paul Crock/AFP)
Venus (à esq.) e Serena Williams comemoram no Aberto da Austrália (Peter Parks//Paul Crock/AFP)

Serena é muito favorita. A irmã mais nova venceu 16 dos 27 duelos entre elas e 7 dos últimos 8. Além da disputa pelo troféu, estará em quadra um capítulo fundamental da história do tênis. As irmãs que revolucionaram o esporte nas últimas décadas voltarão, após 14 anos, a decidir o Slam australiano. Foi em Melbourne também que elas tiveram seu primeiro embate como profissionais, em 1998.

Todo mundo que já disputou pelo menos bolinha de gude contra o irmão conhece a frustração de ser derrotado por alguém tão próximo. Saber olhar para o outro lado da quadra e se enxergar na adversária, no entanto, é um gesto de grandeza, algo que certamente não falta às Williams.

“[Venus] é uma inspiração total. Minha grande irmã. Ela é basicamente meu mundo e minha vida e significa tudo para mim. Eu não poderia estar mais feliz com esses resultados. Para nós, as duas estarem na final é o maior sonho que se tornou realidade. Eu só sinto que, não importa o que aconteça, nós teremos vencido […] Uma Williams ganhará o torneio”, afirmou Serena após a sua classificação.

Preparem os lenços, pois será bonito.

]]>
0