Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Título nos EUA recoloca dominante Djokovic nas grandes disputas https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/titulo-nos-eua-recoloca-dominante-djokovic-nas-grandes-disputas/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/titulo-nos-eua-recoloca-dominante-djokovic-nas-grandes-disputas/#respond Mon, 10 Sep 2018 05:03:00 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/djokovic-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1448 Após o título do Aberto dos EUA conquistado neste domingo (9), Novak Djokovic está de volta a várias disputas que envolvem os principais tenistas do mundo.

As duas mais imediatas são pela liderança dos rankings de 52 semanas e da temporada. Na lista principal da ATP, agora ele é o terceiro colocado, com 6.445 pontos. À sua frente estão Roger Federer (6.900) e Rafael Nadal (8.760).

O espanhol tem 1.280 pontos para defender até o fim do ano, e o suíço, 2.100. Djokovic, que não atuou no segundo semestre de 2017, não terá nenhum desconto, ou seja, cada vitória significará pontos somados para o sérvio.

Na corrida da temporada, ele já é o segundo colocado, com seus 6.445 pontos. O líder, Nadal, tem 7.480. Atrás deles vêm Juan Martín Del Potro (4.910) e Federer (4.800).

Outra disputa que volta a ganhar a concorrência do sérvio é no número de títulos de torneios do Grand Slam. Federer lidera com 20 conquistas, seguido de Nadal (17) e Djokovic (14), que neste domingo igualou a marca de Pete Sampras.

O tenista de 31 anos leva ampla vantagem sobre os rivais no retrospecto recente. Nos últimos cinco anos, o sérvio ficou com o troféu de 8 dos 20 torneios desse nível realizados. Nadal ganhou 4, Federer e Wawrinka, 3, e Andy Murray e Marin Cilic, 1.

Em Wimbledon e principalmente nos EUA, Nole voltou a jogar o melhor tênis do circuito. Se ainda é cedo para dizer que ele voltará a ter temporadas dominantes como as de 2011 e 2015, nenhum adversário aparenta ter tantas condições de fazer isso.

Apesar da lesão no cotovelo que o levou a passar por cirurgia em fevereiro, ele é o mais inteiro entre os tenistas do “Big Four”. O joelho de Nadal, o quadril de Murray e os 37 anos de Federer colocam o sérvio em vantagem nesse aspecto.

Djokovic iniciará a temporada de 2019 com chances de repetir um feito que nenhum dos seus rivais conseguiu: vencer os quatro Slams em sequência. Para igualar a marca de 2015/16, ele terá que ganhar o Aberto da Austrália e Roland Garros.

Missão complicada, mas, pelo que se viu em Nova York, nada impossível.

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Djokovic vence Wimbledon, seu primeiro título de Grand Slam em dois anos https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/djokovic-vence-wimbledon-seu-primeiro-titulo-de-grand-slam-em-dois-anos/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/djokovic-vence-wimbledon-seu-primeiro-titulo-de-grand-slam-em-dois-anos/#respond Sun, 15 Jul 2018 15:32:31 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/djoko-trofeu-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1352 Após pouco mais de dois anos, Novak Djokovic se reencontrou com um grande troféu. Neste domingo (15), o sérvio derrotou o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0 (6/2, 6/2 e 7/6) e conquistou o título de Wimbledon pela quarta vez na carreira.

O 13º troféu de Grand Slam de Djokovic (está a um de igualar o americano Pete Sampras) representa um novo momento do tenista no circuito, que começou o torneio na 21ª posição do ranking —será o 10º na lista desta segunda (16).

Anderson, também finalista do Aberto dos EUA do ano passado, chega ao seu segundo vice-campeonato de Grand Slam e sobe da oitava para a quinta posição do ranking.

Após ganhar quatro Slams em sequência, culminando com o título inédito de Roland Garros em 2016, o sérvio entrou em declínio. Em novembro daquele ano, perdeu a liderança do ranking, que ocupava desde julho de 2014, para o britânico Andy Murray.

Depois de abandonar uma partida por lesão nas quartas de final de Wimbledon, no ano passado, ele se afastou do circuito para tratar uma lesão no cotovelo direito.

Voltou no Aberto da Austrália, em janeiro, mas após parar nas oitavas decidiu se submeter a uma cirurgia no cotovelo. Em março, quando retornou, sofreu derrotas nas estreias dos Masters 1.000 de Miami e de Indian Wells.

Sua técnica, seu preparo físico e, principalmente, sua confiança passaram a ser questionadas. Será que aquele Djokovic dominante de 2011 e 2015, anos em que ganhou três Grand Slams, voltaria a dar as caras no circuito?

Na temporada de saibro, ele começou a apresentar sinais de evolução. Nessa época, interrompeu a parceria de menos de um ano com o ex-tenista americano Andre Agassi e voltou a trabalhar com seu antigo técnico, o eslovaco Marian Vajda, que também o acompanhou de 2006 até 2017.

Djokovic fez jogo duro contra Rafael Nadal no Masters de Roma, mas caiu de forma surpreendente diante do italiano Marco Cecchinato nas quartas em Roland Garros.

Já na grama, após ser vice-campeão do torneio de Queens, alimentou boas expectativas para Wimbledon, confirmadas ao longo do torneio.

Seu maior teste foi na semifinal, contra Rafael Nadal, em jogo de cinco sets em que os dois elevaram seus níveis e fizeram um duelo para entrar na lista dos melhores entre os 52 que eles já protagonizaram.

Se a final não foi memorável como a rodada anterior, ao menos será lembrada pelo retorno triunfal de um dos maiores tenistas da história e pela superação pessoal, como Djokovic deixou bem claro ao vibrar efusivamente na quadra central de Wimbledon.

A partida deste domingo teve duas horas e 19 minutos de duração e foi dominada pelo sérvio desde o primeiro game, em que ele logo quebrou o saque de Anderson. Faria isso mais três vezes na partida.

Os dois tenistas vinham de longos jogos, mas o sul-africano parece ter sentido mais os efeitos das maratonas. Somando duas partidas de cinco sets, contra Roger Federer e John Isner, nas quartas e na semifinal, respectivamente, ele já havia ficado em quadra por 10 horas e 50 minutos.

Já as cinco horas e 15 minutos da semifinal entre Djokovic e Nadal, apesar de terem acabado menos de 24 horas antes do início da decisão, foram diluídas em dois dias.

Curiosamente, foi no terceiro set que Anderson mostrou mais resistência.

O sérvio precisou salvar cinco set-points antes de levar a parcial para o tiebreak e fechar o confronto.

 

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Kerber frustra façanhas de Serena e conquista Wimbledon pela primeira vez https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/14/kerber-frustra-facanhas-de-serena-e-conquista-wimbledon-pela-primeira-vez/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/07/14/kerber-frustra-facanhas-de-serena-e-conquista-wimbledon-pela-primeira-vez/#respond Sat, 14 Jul 2018 16:26:04 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/kerber-serena-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1334 As chances de Serena Williams, 36, conquistar seu oitavo título em Wimbledon, e de quebra ainda conseguir mais duas façanhas na vitoriosa carreira, foram frustradas por outra tenista que também perseguia grandes feitos neste sábado (14).

A alemã Angelique Kerber, 30, que venceu a americana por 2 sets a 0 (duplo 6/3), chegou ao seu terceiro título de Grand Slam em três torneios diferentes. Em 2016, ela ganhou o Aberto da Austrália (também contra Serena) e o Aberto dos EUA.

Após uma temporada memorável há dois anos, quando além desses títulos ficou com o vice em Wimbledon (daquela vez derrotada pela americana) e chegou à liderança do ranking, Kerber viu seu rendimento cair no ano passado e fechou a temporada na 21ª posição.

Em 2018, seu desempenho vinha sendo mais regular, mas sem brilho. Já no Slam britânico, ela, que será a quarta colocada do ranking na segunda-feira (16), fez grande campanha e só perdeu um set nas sete partidas disputadas.

Na decisão contra Serena, pesou o contraste no número de erros não forçados. A americana cometeu 23, contra apenas 5 da alemã.

Com seu terceiro título de Slam na carreira, a alemã torna-se a quarta jogadora em atividade com mais troféus desse nível. Fica atrás de Serena (23), Venus Williams (7) e Sharapova (5), mas se isola de outras contemporâneas de destaque, como a bielorrussa Azarenka, a espanhola Muguruza e a tcheca Kvitova, todas com dois troféus.

Serena podia alcançar duas marcas histórias neste sábado. Um 24º título de Grand Slam a igualaria à australiana Margaret Court como maior vencedora da história.

Ela também poderia ser a quarta tenista na era profissional a ganhar um Slam após ter se tornado mãe. Apesar de as façanhas não terem sido alcançadas, ficou a sensação de que foram apenas adiadas.

Wimbledon foi o quarto torneio de Serena após dar à luz, em setembro do ano passado. Ter chegado à final superou suas expectativas, como ela destacou no discurso de vice-campeã ao dizer que que esse foi apenas o início do seu retorno ao circuito.

“Fiquei realmente feliz por chegar tão longe. Para todas as mães aqui, eu estava jogando por vocês hoje”, disse a atleta, que ganhará 153 posições no ranking e assumirá a 28ª posição nesta segunda.

Kerber, repetindo a troca de gentileza que as amigas já haviam demonstrado em outros torneios, concordou: “Tenho certeza de que você terá seu próximo título de Grand Slam em breve. Estou realmente certa disso”.

A expectativa para que Serena conquiste esses dois feitos foi transferida para o Aberto dos EUA, torneio em solo pátrio com início no fim de agosto e que ela já venceu seis vezes, a última em 2014.

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Campeã de Roland Garros, Simona Halep enfim ganha seu primeiro Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/06/09/campea-de-roland-garros-simona-halep-enfim-ganha-seu-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/06/09/campea-de-roland-garros-simona-halep-enfim-ganha-seu-grand-slam/#respond Sat, 09 Jun 2018 15:14:53 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/AP-Photo_Christophe-Ena-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1227 Após três derrotas em finais de Grand Slam, a romena Simona Halep, 26, enfim saiu de uma decisão com o troféu. Neste sábado (9), ela venceu a americana Sloane Stephens por 2 sets a 1 (3/6, 6/4 e 6/1 ) e tornou-se campeã de Roland Garros.

Número um do mundo por 31 semanas (desde outubro de 2017, com quatro semanas de intervalo em que perdeu a posição para Caroline Wozniacki), Halep tirou dos ombros a pressão de nunca ter triunfado nos maiores torneios do tênis.

“Ano passado foi difícil falar, porque eu perdi a partida. Este ano é emocionante falar, porque eu sou a vencedora. Eu queria que esse troféu fosse aqui na França”, afirmou.

Ela havia sido vice-campeã de Roland Garros em 2014 (derrota para Maria Sharapova) e no ano passado (diante de Jelena Ostapenko). Neste ano, perdeu a decisão do Aberto da Austrália para Wozniacki.

Em todas as ocasiões, a final foi disputada em três sets, o que também ocorreu neste sábado, mas com um desfecho diferente.

Na primeira parcial, jogada em alto nível, Stephens não se intimidou com o favoritismo da romena. Muito firme na defesa, a americana anulava os ataques da adversária e contra-atacava com precisão.

No início do segundo set, Halep foi quebrada logo no início, e o título parecia perto da americana, atual campeã do Aberto dos EUA. A romena reagiu, as duas alternaram bons e maus momentos, até que Halep conseguisse prevalecer.

No terceiro set, a romena se impôs e não deu chances para Stephens. Parecia a versão dominadora que a americana apresentou no início do confronto, mas sem encontrar muita resistência da rival, que se abateu. Halep, cada vez mais firme, não deixou a chance escapar desta vez.

Após Wozniacki conquistar seu primeiro troféu de Slam na Austrália, novamente uma das melhores tenistas da atualidade livra-se do incômodo de não triunfar nos maiores torneios.

Aos 26 anos e com muito tempo de carreira pela frente, Halep tem tudo para emendar outros grandes títulos. Seu jogo consistente costuma levá-la longe nos torneios. Agora, com a cabeça mais leve, os voos devem ser ainda mais altos.

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Choro de Federer é o clímax do seu 20º Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/28/choro-de-federer-e-o-climax-do-seu-20o-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/28/choro-de-federer-e-o-climax-do-seu-20o-grand-slam/#respond Sun, 28 Jan 2018 13:49:24 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/federer-1-180x127.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1036 No dia em que Roger Federer chegou ao seu 20º troféu de Grand Slam, o principal momento da conquista se deu fora da quadra. Em um dos discursos mais emocionantes e emocionados que fez ao longo da carreira, o tenista de 36 anos desabou em lágrimas. A família chorou junto, a lenda Rod Laver filmou no celular, não poderia ter sido melhor.

A reação do campeão surpreendeu pelo nível de emoção. Foi mais intensa do que no ano passado, quando também na Austrália derrotou o rival Rafael Nadal após passar seis meses fora das quadras e quase cinco anos sem um título de Slam. Também chamou mais a atenção do que em Wimbledon, onde o oitavo troféu era sua meta declarada.

Será que essa foi a última conquista dele em Melbourne? Muitas pessoas notaram que o suíço não disse, como de hábito, “até o ano que vem”. Mais tarde, durante entrevista, afirmou que sim, espera voltar ao torneio em 2019. Talvez tornar-se o único homem a chegar a duas dezenas de Slams fosse um objetivo especial para a equipe, por isso a comoção.

Mais proveitoso do que especular sobre os motivos para o choro, porém, é deleitar-se com a emoção do maior vencedor de todos os tempos. Um atleta que conquistou seu primeiro troféu desse nível em 2003 e ainda hoje é capaz de comemorar como criança após um jogo sofrido. Aqui, todos os méritos para o derrotado Marin Cilic.

Adorado em todo o mundo pelos fãs de tênis, Federer mudou o patamar do esporte primeiro pela sua técnica apurada. Com o passar dos anos, tornou-se mais e mais carismático. A última barreira a ser rompida foi na parte física.

Ao respeitar o próprio corpo e se permitir mais momentos de descanso, ele bate seguidas marcas de longevidade e tem sofrido menos com lesões do que os rivais mais novos Rafael Nadal, de 31 anos, Novak Djokovic e Andy Murray, ambos com 30. Sem forçar, pode em breve retornar à liderança do ranking.

Hoje o suíço encanta pelo que faz em quadra e diverte pela leveza nas entrevistas. O recordista de títulos de Grand Slam é também o marido da Mirka, o pai das gêmeas e dos gêmeos, um trintão que sabe aproveitar a vida e ser o maior tio do pavê que você respeita.

O Federer gênio e o Federer humano nunca coexistiram tanto. Se a linha de chegada está sempre mais próxima, que possamos desfrutar enquanto ela não chega.

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Wozniacki volta ao topo do tênis com título de Grand Slam e sem contestação https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/#respond Sat, 27 Jan 2018 12:55:50 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/woz-180x132.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1026 Número um do mundo sem título de Grand Slam. Esse rótulo, tantas vezes colado em Caroline Wozniacki e usado para desmerecer a sua carreira, não poderá mais ser atribuído à tenista dinamarquesa de 27 anos.

Campeã do Aberto da Austrália neste sábado (27), após bater a romena Simona Halep por 2 sets a 1 (7/6, 3/6, 6/4) em duas horas e 50 minutos de partida, Wozniacki voltará ao topo do ranking da WTA na segunda (29).

Desta vez, diferentemente das outras 67 semanas em que esteve na liderança de 2010 a 2012, não faltará ao currículo dela um dos quatro mais importantes troféus do tênis.

Wozniacki foi vice-campeã do Aberto dos EUA em 2009, aos 19 anos, e em 2014. Uma sequência de lesões a derrubou para a 74ª posição em 2016, e a oportunidade de triunfar em Slams parecia ter passado para a atleta.

Seu estilo de jogo defensivo, baseado em rápida movimentação das pernas e muitas trocas de bola, foi considerado ultrapassado em um circuito cada vez mais dominado por jogadoras que agridem a bolinha.

Desde o ano passado, porém, a dinamarquesa mostrou repertório para se reinventar sem perder a essência. É uma das melhores estrategistas do circuito, mas também parte para a definição dos pontos quando julga necessário. Foi essa postura, mais agressiva do que Halep esperava, que lhe deu a vantagem no início da decisão.

A partida, que valia a ponta do ranking, foi uma batalha de nervos, uma prova de resistência para as duas tenistas, que precisaram salvar match points durante a competição e por muito pouco não deram adeus a Melbourne precocemente.

Após o primeiro set de alto nível, a qualidade técnica caiu nas demais parciais, mas a tensão dos games decisivos garantiu emoção até os últimos pontos.

Halep, agora três vezes vice-campeã em Slams (perdeu na final de Roland Garros em 2014 e 2017), também buscava se livrar do asterisco por nunca ter triunfado em Majors.

Se não foi neste sábado, uma conquista desse nível tampouco parece distante da romena de 26 anos, que com o resultado cai para a segunda posição do ranking. Caso lhe falte inspiração, basta assistir ao vídeo da final e encontrá-la bem ali, do outro lado da rede.

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‘Big Four’ do tênis completará um ano sem se enfrentar em Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/23/big-four-do-tenis-completara-um-ano-sem-se-enfrentar-em-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/23/big-four-do-tenis-completara-um-ano-sem-se-enfrentar-em-grand-slam/#respond Tue, 23 Jan 2018 14:02:34 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/nadal-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1020 Desde que Roger Federer e Rafael Nadal fizeram a espetacular final do último Aberto da Austrália, em janeiro de 2017, não houve mais confrontos entre os tenistas do “Big Four” em Grand Slams. Tampouco haverá tão cedo.

Nadal, com uma lesão ainda não esclarecida que o fez abandonar no quinto set a partida contra Marin Cilic pelas quartas de final, e Djokovic, que sentiu o cotovelo na derrota para Hyeon Chung pelas oitavas, estão fora do primeiro Slam do ano.

Murray, submetido a uma cirurgia no quadril, desistiu antes do torneio. Sua volta está prevista para o meio do ano, provavelmente na temporada de grama.

Resta Federer. Aos 36 anos, o suíço ainda não passou por uma grande exigência física na competição, cenário que deve mudar nos próximos jogos. Na manhã desta quarta (24), ele enfrentará o tcheco Tomas Berdych, que vem de ótimas partidas, pelas quartas de final.

No ano passado, o “Big Four” se enfrentou apenas seis vezes, menor número desde 2005. Em 2008 e 2015, foram 24 confrontos entre os quatro principais atletas das últimas décadas.

Depois da decisão em Melbourne, Federer e Nadal jogaram mais três vezes em 2017, nos Masters de Indian Wells e Miami, em março, e Xangai, em outubro. O espanhol enfrentou Djokovic no Masters de Madri, em maio, e o sérvio duelou com Murray no torneio de Doha, em janeiro.

Nenhum dos três últimos Slams teve mais que um tenista do quarteto nas semifinais. Em contrapartida, o americano Sam Querrey (Wimbledon), 30, o sul-africano Kevin Anderson (Aberto dos EUA), 31, o espanhol Pablo Carreño Busta (Aberto dos EUA), 26, e o britânico Kyle Edmund (Aberto da Austrália), 23, fizeram suas estreias nessa fase das competições.

Melbourne verá mais um debutante nas semis, que sairá do duelo entre Chung, 21, e Tennys Sandgren, 26, na madrugada desta quarta.

Aos poucos, e não necessariamente da forma mais desejada, o tênis vai conhecendo uma nova realidade.

Leia também:

Lesões derrubam presença de Federer, Nadal, Djokovic e Murray no circuito

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Final masculina do Aberto dos EUA terá pelo menos um azarão; conheça os candidatos https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/04/final-masculina-do-aberto-dos-eua-tera-pelo-menos-um-azarao-conheca-os-candidatos/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/04/final-masculina-do-aberto-dos-eua-tera-pelo-menos-um-azarao-conheca-os-candidatos/#respond Mon, 04 Sep 2017 18:21:38 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/diego-180x120.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=754 De um lado da chave, a expectativa pelo inédito confronto entre Roger Federer e Rafael Nadal no Aberto dos EUA, que pode acontecer nas semifinais. Do outro, tudo aberto e a certeza de que um dos finalistas alcançará a decisão de um Grand Slam pela primeira vez na carreira.

Há uma semana, os nomes de Sam Querrey, Kevin Anderson, Pablo Carreño Busta e Diego Schwartzman estavam longe de serem cotados ao título. Um deles, porém, terá a chance de disputá-lo no domingo (10).

Após o sorteio da chave, os favoritos nesse quadrante eram o britânico Andy Murray, que desistiu antes de o torneio começar, Alexander Zverev e Marin Cilic, estes eliminados precocemente.

Conheça os tenistas que surpreenderam e que buscarão voos mais altos nesta terça (5), pelas quartas de final. Schwartzman enfrenta Carreño Busta às 13h, e Querrey encara Anderson por volta das 21h30 (transmissão do SporTV 3 e da ESPN).

Diego Schwartzman (foto no alto)

É difícil não reparar logo de cara na altura do argentino de 25 anos. Segundo a ATP, ele tem 1,70 m, mas quem já o viu pessoalmente jura que são alguns centímetros a menos. Schwartzman tenta compensar o pequeno tamanho com uma movimentação veloz e boas devoluções de saque. Número 33 do ranking, ele tem o saibro como piso favorito e costuma marcar presença nos torneios brasileiros do circuito. Eliminou Marin Cilic na terceira rodada.

Pablo Carreño Busta

Outra figura conhecida dos torneios no Rio de Janeiro e em São Paulo —já foi vice-campeão em ambos—, o espanhol é especialista em saibro, mas também joga bem sobre a quadra dura. Dois dos seus três títulos são nesse piso, e em 2017 ele fez semifinal no Masters de Indian Wells. O jogador de 26 anos ocupa a 19ª colocação do ranking e vem de uma vitória em sets diretos (três tie-breaks) sobre a sensação Denis Shapovalov.

Pablo Carreño Busta em ação nos EUA (Michael Noble Jr. - 1.set.2017/Associated Press)
Pablo Carreño Busta em ação nos EUA (Michael Noble Jr. – 1.set.2017/Associated Press)

Kevin Anderson

Com 31 anos e 2,03 m, o sul-africano é o mais alto e o mais velho desse lado da chave. Dono de um saque potente e especialista em quadras rápidas, o tenista foi top 10 em 2015, quando chegou às quartas do Aberto dos EUA pela primeira vez. Nos anos seguintes, sofreu com lesões (joelho, ombro e tornozelo) e caiu no ranking —em janeiro chegou a ser número 80. Vem em trajetória de recuperação e atualmente ocupa a 32ª posição.

Kevin Anderson comemora vitória na 3ª rodada (Jerry Lai - 1.set.2017/USA Today Sports)
Kevin Anderson comemora vitória na 3ª rodada (Jerry Lai – 1.set.2017/USA Today Sports)

Sam Querrey

O único representante do país vivo na chave masculina de simples vem embalado por uma vitória arrasadora contra Mischa Zverev e pode ser considerado o mais cotado dos quatro para chegar à final. O tenista de 29 anos, 1,98 m e ótimo saque vive grande momento e acumula bons resultados em Slams recentemente: foi às quartas e às semis nas duas últimas edições de Wimbledon. Desde 2006, com Andy Roddick, um homem americano não vai às semis em casa.

Sam Querrey, a esperança local entre os homens (Geoff Burke - 1.set.2017 USA Today Sports)
Sam Querrey, a esperança local entre os homens (Geoff Burke – 1.set.2017/USA Today Sports)
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Número 1 do mundo, Karolina Pliskova nega pressão por não ter vencido Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/numero-1-do-mundo-karolina-pliskova-nega-pressao-por-nao-ter-vencido-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/numero-1-do-mundo-karolina-pliskova-nega-pressao-por-nao-ter-vencido-grand-slam/#respond Fri, 11 Aug 2017 05:00:30 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/PLISKOVA-180x124.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=676 Ao alcançar o posto de número um do mundo no último mês, Karolina Pliskova, 25, não recebeu apenas elogios. Por nunca ter vencido um Grand Slam, a atleta da República Tcheca fez um velho tema voltar à discussão no circuito feminino de tênis.

Desde a criação do ranking, em 1975, seis mulheres chegaram ao topo sem conquistar um dos quatro principais torneios. Duas delas, a belga Kim Clijsters e a francesa Amélie Mauresmo, o fizeram depois. Já a russa Dinara Safina se aposentou com essa lacuna no currículo.

Além de Pliskova, a sérvia Jelena Jankovic, 32, e a dinamarquesa Caroline Wozniacki, 27, ainda estão em ação. Apesar de almejar um troféu desse porte, a melhor tenista da atualidade nega, em entrevista à Folha, que se sinta pressionada pelo estigma.

“[Os comentários] não me incomodam. Tenho melhorado a cada ano. Nos últimos 12 meses, trabalhei muito, ganhei vários títulos importantes e fui muito bem em Grand Slams. Gostaria de adicionar um Slam aos meus feitos, mas não estou dando ênfase a isso”, diz a tenista, finalista do último Aberto dos EUA.

Questionada sobre o que esperava que ocorresse primeiro, a liderança ou um título de Slam, a tcheca traça um cenário que não conseguiu pôr em prática: “A melhor situação seria alcançar os dois ao mesmo tempo.”

A ascensão ao número um veio após Wimbledon. Mesmo com uma anticlimática queda na segunda rodada, ela desbancou das duas primeiras posições a alemã Angelique Kerber, que não defendeu a final do ano anterior, e Simona Halep, que ficou a uma vitória do topo, mas parou nas quartas de final.

Halep, que também nunca venceu um Slam, é a principal perseguidora de Pliskova. Até o Aberto dos EUA, que começa em 28 de agosto, a posição deve ser disputada palmo a palmo. Nesta semana, ambas estão nas quartas do torneio de Toronto.

EM FAMÍLIA

Dona de um saque potente e estilo agressivo, a jogadora de 1,86 m tornou-se a primeira representante da República Tcheca a liderar o ranking feminino. A bicampeã de Wimbledon Petra Kvitova, 27, já ocupou a segunda posição.

A antiga Tchecoslováquia também foi o local de nascimento de Ivan Lendl e Martina Navratilova, que competiu sob a bandeira americana na maior parte da carreira.

“O tênis sempre foi muito popular na República Tcheca. Tivemos várias lendas que inspiraram as gerações mais novas e e me inspiraram. Estou muito feliz por poder fazer parte da história e espero que a minha realização inspire ainda mais meninas a jogar”, diz Pliskova.

Das oito atletas do país que estão no top 100, uma conhece a líder como ninguém. Irmã dois minutos mais velha de Karolina, Kristyna Pliskova, 25, vive a melhor fase da carreira e está na 37ª posição do ranking.

Apesar de elas serem idênticas, basta ver as gêmeas em quadra ou ler suas fichas técnicas para notar algumas diferenças: a destra Karolina tem nove títulos na carreira, contra um da irmã, é 2 cm mais alta e mora em Monaco. Canhota, Kristyna vive em Praga.

Nos confrontos diretos, aí sim tudo igual: quatro vitórias para cada uma. A última partida entre as irmãs ocorreu em 2013, para alívio da família.

“Acho que nós duas estamos preocupadas com isso. Felizmente, faz tempo que não jogamos uma contra a outra, mas talvez por isso será mais difícil se acabarmos jogando. Teremos que dar nosso melhor e ver [o que acontece]. Deverá ser pior para nossos pais, eles provavelmente não estarão assistindo”, brinca a número um.

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Sem linha de chegada, Federer torna sua carreira ainda mais brilhante https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/sem-linha-de-chegada-federer-torna-sua-carreira-ainda-mais-brilhante/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/07/16/sem-linha-de-chegada-federer-torna-sua-carreira-ainda-mais-brilhante/#respond Sun, 16 Jul 2017 19:11:20 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/federer-180x87.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=600 Até onde vai Roger Federer? A pergunta não é inédita, mas precisa ser feita novamente após seu 19º título de Grand Slam, o oitavo em Wimbledon, neste domingo (16).

Felizmente não há uma resposta na ponta da língua. O troféu em Londres, que isolou o suíço como maior vencedor do torneio entre os homens, era o objetivo principal —ainda assim visto com cautela— no início do ano, quando ele voltava após seis meses afastado por conta de lesão no joelho.

Federer antecipou as metas e venceu logo de cara o Aberto da Austrália. Depois, os Masters de Indian Wells e Miami. Nesses torneios, derrotou Rafael Nadal, seu maior adversário, três vezes. O nível apresentado em quadra surpreendia o circuito.

A prudência, porém, disse que era hora de descansar e se preparar para brilhar no seu piso favorito, a grama. Aos 35 anos, ele se permitiu nem pisar na quadra de saibro, superfície que sempre lhe trouxe mais dificuldades, e parou por mais de dois meses.

A estratégia se mostrou acertada, e a joia da coroa veio na quadra central do All England Club, cenário de suas maiores façanhas.

Em 2012, quando o suíço vencera seu último Slam até este ano, já não faltava nenhum dos principais feitos do tênis para ele. Agora, Federer ampliou a diferença de títulos para os rivais (Nadal tem 15 e Pete Sampras, 14) e ainda protagonizou um dos maiores retornos da história do esporte.

As possibilidades para o segundo semestre são animadoras. Em terceiro no ranking com 6.545 pontos e nada pela frente para defender, voltar ao topo é uma meta possível. Acima dele estão Andy Murray (7.750), que defende mais de 5.000 pontos até novembro, e Rafael Nadal (7.465), provavelmente seu maior adversário pela liderança. Na corrida da temporada, o espanhol supera o suíço por pouco (7.095 contra 6.545).

Uma eventual disputa dependerá de quantos torneios os tenistas estarão dispostos a jogar. Independentemente disso, há outros feitos grandiosos à espera do suíço. Vencer seu primeiro Aberto dos EUA desde 2008 e três Slams numa mesma temporada, algo que não acontece desde 2007, é um deles.

A maior vantagem de Federer hoje é que não há uma linha de chegada definida na sua carreira. Enquanto tiver condições físicas, prazer e sua família concordar, ele estará em ação. A aposentadoria pode vir amanhã, no fim do ano ou daqui a duas temporadas. Não importa. Aos fãs, cabe o deleite.

Mirka Federer (à dir.), mulher do suíço, e os quatro filhos do casal assistem à premiação (Daniel Leal-Olivas/Reuters)
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