Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Momento e histórico dão favoritismo a Djokovic na disputa pelo número 1 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/10/14/momento-e-historico-dao-favoritismo-a-djokovic-na-disputa-pelo-numero-1/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/10/14/momento-e-historico-dao-favoritismo-a-djokovic-na-disputa-pelo-numero-1/#respond Sun, 14 Oct 2018 19:36:10 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/djokovic-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1481 Após o título no Masters 1.000 de Xangai, conquistado neste domingo (14) com vitória sobre o croata Borna Coric, Novak Djokovic colou em Rafael Nadal (7.660 contra 7.445 pontos), líder do ranking, e tornou-se o grande favorito para terminar a temporada na primeira posição.

Faltam dois grandes torneios: o Masters 1.000 de Paris, a partir de 29 de outubro, e o ATP Finals, em Londres, que fecha o ano a partir de 11 de novembro. São 2.500 pontos em jogo para o sérvio, que não estava em ação nesta época de 2017, e 2.320 para o espanhol, que fez quartas de final em Paris no ano passado e não pontuou no Finals.

O momento e o histórico dão o favoritismo a Djokovic. Ele já ganhou quatro vezes cada um desses torneios, disputados em quadras fechadas e rápidas, enquanto Nadal nunca triunfou em nenhum deles.

O sérvio venceu os últimos dois Slams e está invicto há 18 partidas. Já o espanhol abandonou a semifinal do Aberto dos EUA contra Juan Martín Del Potro por causa de lesão no joelho e não entrou em quadra desde então. Seu retorno será em Paris, em condições de jogo que estão longe de serem as suas preferidas.

É por esses motivos que tudo se encaminha para Djokovic protagonizar um dos maiores retornos da história do tênis. No início do ano, ele era o 22º colocado do ranking. Vinha de seis meses de inatividade e teve momentos deprimentes. O principal deles provavelmente foi a derrota para o japonês Taro Daniel na estreia em Indian Wells, em março.

No mês seguinte, ele retomou a parceria com o técnico Marian Vajda e, aos poucos, o tenista motivado e com sangue nos olhos voltou a aparecer. Com confiança e preparo físico em dia, ficou difícil para seus adversários.

A reta final da temporada também será interessante para observar o comportamento de Roger Federer, que pareceu desmotivado em suas últimas aparições. O suíço, em terceiro no ranking com 6.260 pontos, defenderá 500 na Basileia, uma semana antes de Paris, e 600 no Finals.

A lamentar, a lesão de Del Potro, quarto colocado, que neste domingo anunciou ter sofrido uma fratura no joelho direito. Não há data prevista para o retorno do argentino, que já sofreu com diversas lesões no punho e neste ano enfim parecia estar mais inteiro.

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Aos 19 anos, tenista grego faz barulho no circuito com talento e mergulhos https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/10/aos-19-anos-tenista-grego-faz-barulho-no-circuito-com-talento-e-mergulhos/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/10/aos-19-anos-tenista-grego-faz-barulho-no-circuito-com-talento-e-mergulhos/#respond Fri, 10 Aug 2018 03:45:21 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/tsitsipas-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1374 Se todo jovem tenista promissor precisa daquela vitória de peso para concretizar o momento “empolgou”, o grande triunfo de Stefanos Tsitsipas, 19, veio nesta quinta (9).

O grego derrotou Novak Djokovic por 2 sets a 1, pelas oitavas de final do Masters 1.000 de Toronto, e marcou encontro com Alexander Zverev, 21, nas quartas de final. O jogo é o segundo da rodada que começa às 13h30 nesta sexta (com transmissão do SporTV 3).

Além de bater um ex-número 1 que vinha do título de Wimbledon recém-conquistado, o resultado de Tsitsipas é expressivo por colocá-lo nas quartas de final de um Masters pela primeira vez.

Atual número 27 do ranking, ele irá pelo menos se aproximar do top 20 na próxima segunda (13). Após iniciar o ano em 91º, o grego encaixou bons resultados nos últimos meses que o levaram ao top 30.

Tsitsipas já venceu três atletas que estão no atual top 10: Dominic Thiem (duas vezes), Kevin Anderson e Djokovic. Seu melhor resultado foi o vice de Barcelona, em abril, quando perdeu para Rafael Nadal. Em Wimbledon, foi até as oitavas.

A capacidade de conseguir bons resultados em superfícies distintas aumenta as expectativas para esta temporada de quadra rápidas.

Tsitsipas é agressivo e habilidoso. Seu jeito solto de atuar, o backhand de uma mão e a cabeleira vasta sugerem a comparação com Guga em início de carreira.

Quando ele vai à rede, se atirar para conseguir o voleio faz parte do repertório. É a faceta old school de um tênis moderno (veja nos vídeos abaixo).

O jovem também não economiza nas reações extremadas. Na semana passada, em Washington, roubou a cena ao bater com força na cabeça por várias vezes durante a derrota na semifinal para Zverev.

Neste ano, o juiz de cadeira precisou intervir no Masters de Miami para que uma discussão entre ele e o russo Daniil Medvedev não acabasse de maneira pior.

Curiosamente, Tsitsipas é mais um representante da nova geração com origem russa. Sua mãe foi tenista profissional na União Soviética dos anos 1980. Zverev e o canadense Denis Shapovalov também têm familiares nascidos no país.

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Nadal, Djokovic e jovens embalados são atrativos no Masters de Toronto https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/06/nadal-djokovic-e-jovens-embalados-sao-atrativos-no-masters-de-toronto/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/08/06/nadal-djokovic-e-jovens-embalados-sao-atrativos-no-masters-de-toronto/#respond Mon, 06 Aug 2018 13:25:28 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/djokovic-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1366 O Masters 1.000 de Toronto, torneio que começa nesta segunda-feira (6) com transmissão do SporTV 3 (a partir das 12h), esquenta de vez a preparação para o Aberto dos EUA, Grand Slam com início em 27 de agosto.

O sexto dos nove Masters da temporada reúne tantas atrações que as ausências de Roger Federer e Andy Murray podem passar batidas. Os dois se poupam para o Masters de Cincinnati, na próxima semana.

Líder do ranking, Rafael Nadal volta à quadra dura do Canadá após parar nas oitavas de final no ano passado, quando caiu diante de Denis Shapovalov no jogo que catapultou a carreira do tenista de 19 anos.

Seu principal adversário deve ser Novak Djokovic, embalado após o título de Wimbledon. Sérvio e espanhol, que se enfrentaram em uma batalha espetacular no Slam britânico, podem se encontrar apenas na final do torneio.

Atual campeão do Masters canadense, Alexander Zverev, 21, vem do título no ATP 500 de Washington. Um possível encontro com Djokovic ocorreria nas quartas. Semifinalistas na capital dos EUA, os jovens Stefano Tsitsipas, 19, e Andrey Rublev, 20, também chegam em bom momento a Toronto.

Há ainda outros nomes fortes que correm por fora, como Juan Martín Del Potro e Marin Cilic, além do atual vice-campeão de Wimbledon e do Aberto dos EUA, Kevin Anderson.

A semifinal de Shapovalov no ano passado pode inspirar outro tenista promissor do país-sede, Felix Auger-Aliassime, 17 anos, 133º do ranking e que busca despontar num grande torneio.

Milos Raonic também alimenta as esperanças da torcida local. A partida de estreia contra o belga David Goffin, na noite desta segunda, está na lista dos grandes jogos da primeira rodada, que tem ainda Schwartzman x Edmund (também nesta noite), Djokovic x Chung e Kyrgios x Wawrinka como destaques.

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Gato entra em quadra de tênis e quase leva bolada de Marcelo Melo https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/05/18/gato-entra-em-quadra-de-tenis-e-quase-leva-bolada-de-marcelo-melo/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/05/18/gato-entra-em-quadra-de-tenis-e-quase-leva-bolada-de-marcelo-melo/#respond Fri, 18 May 2018 17:56:02 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/gato-320x213.png http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1135 A partida desta sexta (18) da dupla formada pelo brasileiro Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot, nas quartas de final do Masters 1.000 de Roma, teve um momento inusitado quando um gato entrou em quadra no meio de um ponto.

O animal passou correndo perto da rede pouco depois de a bola ser colocada em jogo e quase foi acertado por um smash do tenista mineiro. Mostrando ótima movimentação e trabalho de pernas, o gato conseguiu escapar. Ele ainda contornou uma das cadeiras dos jogadores e subiu a arquibancada.

Não foi a primeira vez que um animal entrou em quadra e chamou a atenção em um torneio importante. No ano passado, no Masters 1.000 de Miami, uma iguana até se deitou sobre o placar na partida de primeira rodada entre Tommy Haas e Jiri Vesely.

O árbitro do confronto desceu da cadeira e pediu que os jogadores continuassem o duelo, já que o animal não seria perigoso, mas Vesely se negou. “Não consigo me concentrar”, justificou. Haas, então, aproveitou o momento para tirar uma selfie com a visitante.

“Foi divertido. Pensei que era uma foto interessante para tirar. Não acho que isso vá acontecer novamente, para ser honesto, especialmente na minha carreira, porque ela está quase acabando”, disse o alemão, agora aposentado.

Melo e Kubot acabaram derrotados pelos colombianos Cabal e Farah nas quartas de final por 2 sets a 0 (6/3, 7/5). Os vencedores enfrentarão o brasileiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray nas semifinais.

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Duas mãos já não contam os títulos de Rafael Nadal em Monte Carlo https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/22/duas-maos-ja-nao-contam-os-titulos-de-rafael-nadal-em-monte-carlo/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/22/duas-maos-ja-nao-contam-os-titulos-de-rafael-nadal-em-monte-carlo/#respond Sun, 22 Apr 2018 14:30:54 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/nadalmc-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1101 A versão 2018 de Rafael Nadal no saibro, tal como as anteriores, tem se mostrado impiedosa. Neste domingo (22), ao vencer o japonês Kei Nishikori por 2 sets a 0 (6/3 e 6/2), ele conquistou o seu 11º título do Masters 1.000 de Monte Carlo.

O espanhol de 31 anos é o primeiro homem a faturar mais de uma dezena de troféus do mesmo torneio na era aberta. No ano passado, ele já havia sido pioneiro ao chegar a dez títulos em Monte Carlo, Barcelona e Roland Garros.

Duas mãos não bastam para contar as conquistas do número um do mundo no principado e tudo indica que nas próximas semanas não darão mais conta das suas glórias no torneio espanhol e no Grand Slam francês.

Nadal ficou mais de dois meses sem atuar entre o Aberto da Austrália, quando, lesionado, abandonou partida de quartas de final contra Marin Cilic, e o duelo diante da Alemanha na Copa Davis, no início de abril.

Desde então, ele bateu adversários de diferentes estilos e níveis. Não perdeu nenhum set. Nos cinco jogos em Monte Carlo, cedeu apenas 21 games —em nenhum jogo foram mais do que cinco.

Quando enfrentou Dominic Thiem nas quartas, apresentou sua performance mais impressionante. O austríaco, apontado como o maior adversário de Nadal no saibro na atualidade, foi derrotado por constrangedores 6/0 e 6/2.

Se havia dúvidas sobre como o espanhol voltaria para a sua época favorita do ano, a primeira resposta foi claríssima, ainda que ele não tenha repetido o que fez contra Thiem diante de Dimitrov na semi e Nishikori na final.

O austríaco pode elevar seu jogo (como em Roma no ano passado), Djokovic apresentou sinais positivos e Wawrinka e Del Potro ainda não deram as caras no piso lento. Mesmo assim, se o corpo do espanhol se comportar bem é difícil imaginar que alguém possa derrotá-lo nos seus quintais (sim, são muitos).

Nadal no saibro em 2018

Copa Davis
Philipp Kohlschreiber – 6/2, 6/2, 6/3
Alexander Zverev – 6/1, 6/4, 6/4

Monte Carlo
Aljaz Bedene – 6/1, 6/3
Karen Kachanov – 6/3, 6/2
Dominic Thiem – 6/0, 6/2
Grigor Dimitrov – 6/4, 6/1
Kei Nishikori – 6/3, 6/2

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Gigante americano conquista primeiro Masters e quebra hegemonia no tênis https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/01/gigante-americano-conquista-primeiro-masters-e-quebra-hegemonia-no-tenis/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/04/01/gigante-americano-conquista-primeiro-masters-e-quebra-hegemonia-no-tenis/#respond Sun, 01 Apr 2018 20:35:54 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/04/isner-320x213.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1081 O americano John Isner, 32, conquistou o Masters 1.000 de Miami neste domingo (1º), ao bater na decisão o alemão Alexander Zverev, 20, por 2 sets a 1 (6/7, 6/4, 6/4).

Foi o primeiro título desse nível do gigante de 2,08 m e o 13º como profissional. Com o resultado, ele alcançará a nona posição do ranking nesta segunda (2), igualando a melhor de sua carreira. Após o vice-campeonato, o alemão subirá da quinta para a quarta colocação.

Esse é o segundo Masters 1.000 da temporada 2018 e o segundo que não é vencido por um integrante do “Big Four”. Em 2010, na última vez que isso havia acontecido, o croata Ivan Ljubicic e o americano Andy Roddick ficaram com os troféus de Indian Wells e Miami, respectivamente.

Miami marcou também o terceiro torneio seguido desse nível que não é vencido por Federer, Nadal, Djokovic ou Murray. O americano Jack Sock foi o campeão do último Masters de 2017, realizado em Paris.

No ano passado, pela primeira vez desde 2004 pelo menos quatro troféus de Masters ficaram fora das mãos do quarteto. Zverev venceu dois deles (Roma e Montreal), Dimitrov (Cincinnati) e Sock, um.

Alexander Zverev na final em Miami (Lynne Sladky/Associated Press)
Alexander Zverev na final em Miami (Lynne Sladky/Associated Press)

Entre os atuais detentores dos troféus dos nove Masters do calendário, Nadal tem dois e Federer, um. Djokovic e Murray, nenhum sequer. Principalmente por causa das lesões dos tenistas dominantes, a divisão de conquistas no tênis ficou mais democráticas.

Muitos podem torcer o nariz ao ver o grandalhão Isner nesse patamar, mas é um prêmio merecido para um atleta que desde 2010 passou a maior parte do tempo no top 20. Também é um jogador com recursos, não apenas sacador, como mostrou em Miami ao derrotar Marin Cilic, Del Potro e Zverev. A campanha surpreendeu, pois antes do torneio ele somava seis derrotas e apenas duas vitórias na temporada.

O alemão ficou perto de chegar ao seu terceiro título de Masters, o que seria um grande feito aos 20 anos —completa 21 ainda em abril. O melhor nome da “next gen”, porém, precisa emplacar uma boa sequência para empolgar. Ele, que ainda não passou das oitavas de um Grand Slam, vinha num ano insosso até aqui.

Se o desempenho em Miami se repetir nos próximos torneios, Zverev terá uma ótima oportunidade para dar o salto que se espera dele.

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De bolada em juiz a algoz de Nadal, conheça a promessa canadense Denis Shapovalov https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/de-bolada-no-juiz-a-algoz-de-nadal-conheca-a-promessa-canadense-denis-shapovalov/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/de-bolada-no-juiz-a-algoz-de-nadal-conheca-a-promessa-canadense-denis-shapovalov/#respond Fri, 11 Aug 2017 04:45:05 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/SHAPOVALOV-180x135.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=683 O canadense Denis Shapovalov, 18, é um meteoro. Ex-número dois juvenil, o atleta sempre foi cotado para figurar entre os grandes. Ainda assim, apostar que ele venceria Rafael Nadal nas oitavas do Masters 1.000 de Montreal, como ocorreu nesta quinta (10), era no mínimo uma ousadia.

Pois aconteceu. Shapovalov será o mais novo a disputar um jogo de quartas de final em torneios desse nível e tem boas chances de entrar no top 100 no ranking da próxima segunda (14) —hoje está em 143º. Ele também será o primeiro jogador nascido em 1999 a atingir esse patamar.

Se 2017 ficará marcado como o ano da ascensão do canadense, vale lembrar que o seu primeiro momento de destaque na temporada não foi por um bom motivo.

Em fevereiro, durante confronto da Copa Davis, o tenista foi desclassificado do jogo contra o britânico Kyle Edmund por acertar uma bola no rosto do árbitro de cadeira, Arnaud Gabas. A ação inconsequente, mas não intencional —irritado, ele tentava disparar a bola para qualquer lugar—, resultou em uma multa de US$ 7 mil.

Na ocasião, Shapovalov disse estar envergonhado e que aprenderia com o erro. Desde então, ele disputou torneios de nível challenger, o ATP 500 de Queens e recebeu convite para Wimbledon, sem chamar muito a atenção.

Convidado da casa em Montreal, ele encontrou o seu momento. Na primeira rodada, venceu o brasileiro Rogerinho após salvar quatro match-points. No jogo seguinte, bateu Juan Martín Del Potro em dois sets, com autoridade.

Contra Nadal, o canhoto foi agressivo com o forehand e mostrou ter evoluído emocionalmente ao ganhar um game de 14 minutos. Saiu com um set de desvantagem, mas não se perdeu. Empolgado e apoiado pela torcida, superou o espanhol no tie-break da parcial decisiva. É para aplaudir de pé.

Como se fosse pouco, Shapovalov ainda impediu o número 2 do mundo de ficar a uma vitória da liderança do ranking. Por volta das 19h30 desta sexta (11), ele jogará as quartas de final contra o francês Adrian Mannarino. Se passar, ainda poderá duelar contra Alexander Zverev, na semifinal, e Roger Federer, em uma eventual decisão.

FUTURO

Os canadenses podem esperar muito da sua nova geração de tenistas. Felix Auger-Aliassime, 16, e Bianca Andreescu, 17, já despontam como revelações. Se Milos Raonic e Eugenie Bouchard descuidarem, em breve terão seus postos de número um do país ameaçados.

Nadal e Shapovalov se cumprimentam após a partida
Nadal e Shapovalov se cumprimentam após a partida (Eric Bolte/Usa Today)

 

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Título de Alexander Zverev é marco da chegada de uma nova geração de tenistas https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/22/titulo-de-alexander-zverev-e-marco-da-chegada-de-uma-nova-geracao-de-tenistas/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/22/titulo-de-alexander-zverev-e-marco-da-chegada-de-uma-nova-geracao-de-tenistas/#respond Mon, 22 May 2017 13:11:38 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/TENNIS-ROME_MEN-180x118.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=378 Há muitos anos sob o domínio de quatro jogadores (pelo menos três deles estão entre os melhores da história), o tênis vê sua tão esperada renovação acontecer cada vez mais rápido.

O título de Alexander “Sascha” Zverev em Roma, ao dominar Novak Djokovic na final, é o sinal mais claro de que o momento da passagem do bastão se aproxima. O alemão de 20 anos e 1,98 m representa, ao lado do australiano Nick Kyrgios, 22, e do austríaco Dominic Thiem, 23, o que há de melhor na nova cara do esporte.

Apesar da diferença de idade entre eles, todos fazem parte do que a ATP chama de Next Generation, ou #nextgen, para que pareça mais jovem e descolado.

Zverev, o mais novo, foi o primeiro da turma a conquistar um título de Masters e o segundo a entrar no top 10. Thiem está na sétima posição atualmente, a melhor de sua carreira. Kyrgios, hoje em 19º, já esteve em 13º. Parece questão de tempo (e de cabeça) para integrar o grupo dos dez melhores.

Além das boas campanhas em torneios recentes, todos eles já conseguiram superar pelo menos dois dos integrantes do “Big Four”. Zverev tem vitórias sobre Djokovic e Roger Federer. Thiem só não bateu o sérvio, e Kyrgios, Andy Murray.

Em 2017, o alemão, quarto melhor tenista da temporada, já conquistou três títulos e tornou-se o mais novo a levantar o troféu de um Masters desde Djokovic em 2007. Também foi o primeiro nascido nos anos 1990 a faturar um torneio desse porte.

Thiem, terceiro colocado no ranking do ano, chegou a uma final e a uma semi em Masters, ambos no saibro, piso em que é especialista. Kyrgios, mais instável, derrotou o sérvio duas vezes seguidas e fez uma duríssima semifinal em Miami contra Federer.

Aos poucos, os três ocupam seus lugares na elite do tênis. É verdade que nenhum deles chegou fazendo tanto barulho quanto Djokovic e Rafael Nadal (Zverev pode se aproximar disso se vencer Roland Garros ou outro Grand Slam nesta temporada). Mas, com a velha guarda ainda em alta, o caminho para o topo torna-se mais longo.

Para a sorte dos fãs de tênis, o choque de gerações visto três vezes em Roma (Thiem x Nadal, Thiem x Djokovic e Zverev x Djokovic) deve se repetir com frequência nos próximos meses.

SVITOLINA

Entre as mulheres, a nova geração também avança. A ucraniana Elina Svitolina, 22, ficou com o título em Roma, lidera a corrida de 2017 e agora está em sexto no ranking da WTA. Há 15 atletas com até 21 anos entre as cem melhores da lista. No ranking da ATP, são nove.

Elina Svitolina com o troféu em Roma (Tiziana Fabi/AFP)
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Por que vitória de Thiem sobre Nadal é a melhor notícia antes de Roland Garros https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/19/por-que-vitoria-de-thiem-sobre-nadal-e-a-melhor-noticia-antes-de-roland-garros/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/19/por-que-vitoria-de-thiem-sobre-nadal-e-a-melhor-noticia-antes-de-roland-garros/#respond Fri, 19 May 2017 18:45:31 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/TENNIS1-180x124.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=374 Dominic Thiem, 23, fez uma partida praticamente impecável contra Rafael Nadal, 30, nesta sexta (19) e impôs ao espanhol sua primeira derrota no saibro em 2017 (6/4, 6/3).

Após perder duas vezes para o adversário nas últimas semanas, o austríaco entrou muito ligado no jogo. Agressivo, usou o backhand cheio de spin e estava com o forehand inspiradíssimo para machucar o espanhol. Como ele afirmou após a partida, foi um dia em que várias bolas de risco entraram. Mérito da estratégia bem escolhida e executada.

Mais do que um grande resultado, que coloca Thiem pela segunda semana seguida em uma semifinal de Masters, a vitória cria expectativa para um possível reencontro entre os dois em Roland Garros. É também a melhor notícia às vésperas do torneio, com início marcado para o próximo dia 28.

Após a sequência vitoriosa de Nadal e a desistência de Roger Federer, o favoritismo do espanhol cresceu a ponto de muitos darem sua décima conquista no saibro de Paris como favas contadas.

O atual número 4 do mundo, que vinha de semanas desgastantes, ainda é muito favorito, e a derrota não deve abalar sua confiança nem prejudicar as costumeiras boas performances no piso onde é rei.

Por outro lado, o triunfo impulsiona ainda mais o bom momento de Thiem e o credencia a voos mais altos do que a semifinal obtida no ano passado. Não parece exagero dizer que o austríaco é, hoje, o segundo melhor tenista no saibro.

Ao quebrar a invencibilidade de Nadal, ele também diminuiu a fama de imbatível que o espanhol havia recuperado nesses últimos meses. Pode ter sido um resultado pontual ou a descoberta de um caminho para voltar a batê-lo outras vezes, mas certamente é uma novidade que esquenta os preparativos para o segundo Grand Slam do ano.

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Marcelo Melo e Bia Haddad fazem tênis brasileiro viver um domingo raro https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/14/marcelo-melo-e-bia-haddad-fazem-tenis-brasileiro-viver-um-domingo-raro/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/05/14/marcelo-melo-e-bia-haddad-fazem-tenis-brasileiro-viver-um-domingo-raro/#respond Sun, 14 May 2017 17:50:08 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/311910_703341_whatsapp_image_2017_05_14_at_12.36.10-180x135.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=358 O domingo de Dia das Mães também foi um belo dia para o tênis brasileiro, com dois títulos e outros resultados importantes na Europa.

Ao lado do polonês Lukasz Kubot, Marcelo Melo levantou o troféu nas duplas do Masters 1.000 de Madri. Na final, eles bateram os franceses Nicolas Mahut e Edouard Roger-Vasselin por 2 sets a 0. Nos quatro Masters do ano até agora, a parceria, que lidera o ranking de 2017, tem dois títulos e um vice-campeonato.

Foi o sétimo triunfo em Masters da carreira do mineiro, que assume o terceiro lugar do ranking individual dos duplistas.

O outro troféu do dia veio da França, onde Bia Haddad sagrou-se campeã do ITF de Cagnes-Sur-Mer, torneio com premiação de US$ 100 mil. Essa foi a conquista mais importante da paulista de 20 anos, que vive ótima fase no circuito, entra na lista das cem melhores do ranking da WTA e se garante na chave principal de Wimbledon pela primeira vez.

Ela será a oitava brasileira da história a figurar no top 100. As outras foram Maria Esther Bueno, Niege Dias, Teliana Pereira, Patrícia Medrado, Claudia Monteiro, Dadá Vieira e Gisele Miró.

Quem quase chegou lá foi Orlando Luz. O gaúcho de 19 anos ficou com o vice de um future de US$ 15 mil na Espanha após dois meses sem competir por causa de dores nas costas.

Bia Haddad com troféu de Cagnes-Sur-Mer

BRASIL X BRASIL

No qualifying do Masters de Roma, os brasileiros Thiago Monteiro e Thomaz Bellucci duelaram por uma vaga na chave principal. O cearense, 100º colocado no ranking, levou a melhor sobre o paulista (54º) pela segunda vez seguida e entrou no torneio. Enfrentará o alemão Florian Mayer (51º) na primeira rodada.

Pouco tempo depois, Bellucci contou com desistências e também garantiu seu lugar, como “lucky loser” (perdedor de sorte). A estreia promete ser dura, contra o belga David Goffin (10º).

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