Primeiro Serviço https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br Histórias, análises e pitacos sobre tênis Wed, 16 Jan 2019 14:14:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Momento e histórico dão favoritismo a Djokovic na disputa pelo número 1 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/10/14/momento-e-historico-dao-favoritismo-a-djokovic-na-disputa-pelo-numero-1/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/10/14/momento-e-historico-dao-favoritismo-a-djokovic-na-disputa-pelo-numero-1/#respond Sun, 14 Oct 2018 19:36:10 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/djokovic-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1481 Após o título no Masters 1.000 de Xangai, conquistado neste domingo (14) com vitória sobre o croata Borna Coric, Novak Djokovic colou em Rafael Nadal (7.660 contra 7.445 pontos), líder do ranking, e tornou-se o grande favorito para terminar a temporada na primeira posição.

Faltam dois grandes torneios: o Masters 1.000 de Paris, a partir de 29 de outubro, e o ATP Finals, em Londres, que fecha o ano a partir de 11 de novembro. São 2.500 pontos em jogo para o sérvio, que não estava em ação nesta época de 2017, e 2.320 para o espanhol, que fez quartas de final em Paris no ano passado e não pontuou no Finals.

O momento e o histórico dão o favoritismo a Djokovic. Ele já ganhou quatro vezes cada um desses torneios, disputados em quadras fechadas e rápidas, enquanto Nadal nunca triunfou em nenhum deles.

O sérvio venceu os últimos dois Slams e está invicto há 18 partidas. Já o espanhol abandonou a semifinal do Aberto dos EUA contra Juan Martín Del Potro por causa de lesão no joelho e não entrou em quadra desde então. Seu retorno será em Paris, em condições de jogo que estão longe de serem as suas preferidas.

É por esses motivos que tudo se encaminha para Djokovic protagonizar um dos maiores retornos da história do tênis. No início do ano, ele era o 22º colocado do ranking. Vinha de seis meses de inatividade e teve momentos deprimentes. O principal deles provavelmente foi a derrota para o japonês Taro Daniel na estreia em Indian Wells, em março.

No mês seguinte, ele retomou a parceria com o técnico Marian Vajda e, aos poucos, o tenista motivado e com sangue nos olhos voltou a aparecer. Com confiança e preparo físico em dia, ficou difícil para seus adversários.

A reta final da temporada também será interessante para observar o comportamento de Roger Federer, que pareceu desmotivado em suas últimas aparições. O suíço, em terceiro no ranking com 6.260 pontos, defenderá 500 na Basileia, uma semana antes de Paris, e 600 no Finals.

A lamentar, a lesão de Del Potro, quarto colocado, que neste domingo anunciou ter sofrido uma fratura no joelho direito. Não há data prevista para o retorno do argentino, que já sofreu com diversas lesões no punho e neste ano enfim parecia estar mais inteiro.

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Título nos EUA recoloca dominante Djokovic nas grandes disputas https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/titulo-nos-eua-recoloca-dominante-djokovic-nas-grandes-disputas/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/09/10/titulo-nos-eua-recoloca-dominante-djokovic-nas-grandes-disputas/#respond Mon, 10 Sep 2018 05:03:00 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/djokovic-320x213.jpg https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1448 Após o título do Aberto dos EUA conquistado neste domingo (9), Novak Djokovic está de volta a várias disputas que envolvem os principais tenistas do mundo.

As duas mais imediatas são pela liderança dos rankings de 52 semanas e da temporada. Na lista principal da ATP, agora ele é o terceiro colocado, com 6.445 pontos. À sua frente estão Roger Federer (6.900) e Rafael Nadal (8.760).

O espanhol tem 1.280 pontos para defender até o fim do ano, e o suíço, 2.100. Djokovic, que não atuou no segundo semestre de 2017, não terá nenhum desconto, ou seja, cada vitória significará pontos somados para o sérvio.

Na corrida da temporada, ele já é o segundo colocado, com seus 6.445 pontos. O líder, Nadal, tem 7.480. Atrás deles vêm Juan Martín Del Potro (4.910) e Federer (4.800).

Outra disputa que volta a ganhar a concorrência do sérvio é no número de títulos de torneios do Grand Slam. Federer lidera com 20 conquistas, seguido de Nadal (17) e Djokovic (14), que neste domingo igualou a marca de Pete Sampras.

O tenista de 31 anos leva ampla vantagem sobre os rivais no retrospecto recente. Nos últimos cinco anos, o sérvio ficou com o troféu de 8 dos 20 torneios desse nível realizados. Nadal ganhou 4, Federer e Wawrinka, 3, e Andy Murray e Marin Cilic, 1.

Em Wimbledon e principalmente nos EUA, Nole voltou a jogar o melhor tênis do circuito. Se ainda é cedo para dizer que ele voltará a ter temporadas dominantes como as de 2011 e 2015, nenhum adversário aparenta ter tantas condições de fazer isso.

Apesar da lesão no cotovelo que o levou a passar por cirurgia em fevereiro, ele é o mais inteiro entre os tenistas do “Big Four”. O joelho de Nadal, o quadril de Murray e os 37 anos de Federer colocam o sérvio em vantagem nesse aspecto.

Djokovic iniciará a temporada de 2019 com chances de repetir um feito que nenhum dos seus rivais conseguiu: vencer os quatro Slams em sequência. Para igualar a marca de 2015/16, ele terá que ganhar o Aberto da Austrália e Roland Garros.

Missão complicada, mas, pelo que se viu em Nova York, nada impossível.

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Federer age como predador paciente para abocanhar o número um https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/02/16/federer-age-como-predador-paciente-para-abocanhar-o-numero-um/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/02/16/federer-age-como-predador-paciente-para-abocanhar-o-numero-um/#respond Fri, 16 Feb 2018 20:04:47 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/02/federer3-150x150.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1044 Treze meses separaram o retorno triunfal de Roger Federer às quadras, no Aberto da Austrália de 2017, e sua volta à liderança do ranking. A vitória nas quartas de final do ATP 500 de Roterdã, nesta sexta (16), garante que na lista da próxima segunda (19) ele estará à frente de Rafael Nadal.

Os rivais dominaram a última temporada, marcada também pelas lesões que ainda atrapalham os planos de Novak Djokovic e Andy Murray, e venceram dois Slams cada um. Apesar de no total ter conquistado um título a mais do que o espanhol (7 contra 6), o suíço disputou menos partidas (57 ante 78) e acabou o ano 1.040 pontos atrás dele no ranking.

Em entrevistas, Federer sempre minimizou o duelo pelo número um. Dizia que esse não era o seu principal objetivo, e atitudes dele no ano passado confirmaram o discurso: abriu mão de jogar torneios no saibro e raramente emendou competições, por exemplo.

Aos 36 anos, com um histórico de problemas nas costas e após passar por cirurgia no joelho em 2016, o atleta sabe até onde pode ir em segurança. Como um predador astuto e paciente, Federer não avançou em falso. Até que a chance ideal apareceu.

Depois de ter vencido em Melbourne novamente e ainda longe do Masters 1.000 de Indian Wells —o próximo grande torneio do calendário, que começa em 8 de março—, ele optou por mudar sua programação inicial e pediu um convite para o torneio na Holanda.

Dessa vez retornar ao topo era o objetivo declarado, e para isso bastaria ganhar três partidas em uma chave sem desafios aparentes. Como previsto, os triunfos vieram com tranquilidade, e o suíço fez história outra vez.

Na próxima segunda, ele superará Andre Agassi como o número um mais velho entre os homens. O americano tinha 33 anos da última vez que chegou ao topo, em 2003. Também baterá marca de Nadal, que no ano passado havia se tornado o jogador a viver o maior intervalo entre a primeira vez que liderou o ranking e a mais recente.

Federer debutou na posição em fevereiro de 2004. Desde então foram três períodos de reinado e 302 semanas no total (a última em novembro de 2012), recorde que agora ele ampliará —entre os jogadores em atividade, Novak Djokovic é quem mais se aproxima, com 223 semanas.

Para coroar sua versão mais descontraída dentro de quadra e nem por isso menos vencedora, o suíço voltou a ser o melhor tenista do mundo. Não que Federer precisasse provar nada. Mas que bom que ele não se cansa de nos assombrar.

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Wozniacki volta ao topo do tênis com título de Grand Slam e sem contestação https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2018/01/27/wozniacki-volta-ao-topo-do-tenis-com-titulo-de-grand-slam-e-sem-contestacao/#respond Sat, 27 Jan 2018 12:55:50 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/woz-180x132.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=1026 Número um do mundo sem título de Grand Slam. Esse rótulo, tantas vezes colado em Caroline Wozniacki e usado para desmerecer a sua carreira, não poderá mais ser atribuído à tenista dinamarquesa de 27 anos.

Campeã do Aberto da Austrália neste sábado (27), após bater a romena Simona Halep por 2 sets a 1 (7/6, 3/6, 6/4) em duas horas e 50 minutos de partida, Wozniacki voltará ao topo do ranking da WTA na segunda (29).

Desta vez, diferentemente das outras 67 semanas em que esteve na liderança de 2010 a 2012, não faltará ao currículo dela um dos quatro mais importantes troféus do tênis.

Wozniacki foi vice-campeã do Aberto dos EUA em 2009, aos 19 anos, e em 2014. Uma sequência de lesões a derrubou para a 74ª posição em 2016, e a oportunidade de triunfar em Slams parecia ter passado para a atleta.

Seu estilo de jogo defensivo, baseado em rápida movimentação das pernas e muitas trocas de bola, foi considerado ultrapassado em um circuito cada vez mais dominado por jogadoras que agridem a bolinha.

Desde o ano passado, porém, a dinamarquesa mostrou repertório para se reinventar sem perder a essência. É uma das melhores estrategistas do circuito, mas também parte para a definição dos pontos quando julga necessário. Foi essa postura, mais agressiva do que Halep esperava, que lhe deu a vantagem no início da decisão.

A partida, que valia a ponta do ranking, foi uma batalha de nervos, uma prova de resistência para as duas tenistas, que precisaram salvar match points durante a competição e por muito pouco não deram adeus a Melbourne precocemente.

Após o primeiro set de alto nível, a qualidade técnica caiu nas demais parciais, mas a tensão dos games decisivos garantiu emoção até os últimos pontos.

Halep, agora três vezes vice-campeã em Slams (perdeu na final de Roland Garros em 2014 e 2017), também buscava se livrar do asterisco por nunca ter triunfado em Majors.

Se não foi neste sábado, uma conquista desse nível tampouco parece distante da romena de 26 anos, que com o resultado cai para a segunda posição do ranking. Caso lhe falte inspiração, basta assistir ao vídeo da final e encontrá-la bem ali, do outro lado da rede.

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Promessa do tênis brasileiro, Thiago Wild gosta de pressão e foge do ‘salto alto’ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/21/promessa-do-tenis-brasileiro-thiago-wild-gosta-de-pressao-e-foge-do-salto-alto/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/11/21/promessa-do-tenis-brasileiro-thiago-wild-gosta-de-pressao-e-foge-do-salto-alto/#respond Tue, 21 Nov 2017 14:31:07 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/11/thiagowildantalya17gd-180x135.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=850 Aos 17 anos, o paranaense Thiago Wild está próximo de contrariar os conselhos maternos e tornar-se um tenista profissional. Apesar de ainda ter uma temporada em que pode jogar como juvenil, ele já ostenta bons resultados entre os adultos.

Neste mês, o adolescente conquistou seu primeiro título de um torneio da categoria future, na Turquia, e recebeu convite para a chave principal do challenger do Rio de Janeiro. Ele deve estrear nesta quarta (22), contra o chileno Nicolás Jarry, 22.

Wild, apontado como o principal tenista juvenil do país, é um dos três atletas nascidos nos anos 2000 a ter conquistado um troféu profissional. Os outros dois, ambos de 17 anos, são o canadense Felix Auger-Aliassime e o espanhol Nicola Khun, duas das maiores promessas do tênis mundial.

Nascido em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná, Wild mudou-se para o Rio de Janeiro em 2014, após se destacar em torneios sul-americanos. Ele treina na academia Tennis Route, mesmo local de nomes como Bia Haddad, Thiago Monteiro e Marcelo Demoliner e onde também trabalha seu pai, o ex-tenista Claudio Ricardo Wild.

A mãe, Gisela, é ortodontista. O jovem conta que ela o incentivava a ter uma “vida normal” e estudar para fazer faculdade, preferencialmente de medicina. Do pai, que o treinou anteriormente, ele ouvia: “escuta sua mãe e vamos ver no que dá”.

Até agora, o início promissor vem dando razão à persistência do atleta. Wild sabe que a expectativa sobre sua carreira é grande e não encara a pressão de forma negativa.

“Desde pequeno, eu sempre gostei dessa pressão que colocam em mim, sempre gostei de jogar assim. Com certeza as pessoas esperam bastante, mas não escuto muito o que as pessoas de fora da minha equipe falam”, afirma em entrevista à Folha.

Thiago Wild recebe seu primeiro troféu como profissional, em Antalya
Thiago Wild recebe seu primeiro troféu como profissional, em Antalya (Divulgação)

Para o ano que vem, Wild planeja disputar poucos torneios juvenis e acelerar a passagem para o tênis profissional, a chamada transição, que costuma ser um choque de realidade para muitos jogadores. Ele relata dois erros que já viu colegas cometerem e que não deseja repetir: “dar importância para torneio juvenil e subir no salto”.

“Profissional é completamente outro mundo. Rankings e torneios juvenis ajudam, dão um pouco de nome, de fama, mas não te dão futuro. Se a gente dá muita importância para eles, pensa que está bem e dá uma relaxada. Quando você pensa isso, você cai do salto, o salto quebra”, diz.

PACIÊNCIA

A inspiração do destro Wild, de 1,80 m, é o canhoto espanhol Rafael Nadal, mas ele vê seu estilo de jogo mais parecido com o do austríaco Dominic Thiem.

“Nunca fui muito paciente, muito calmo. Gosto mais de jogar atacando, com a minha direita e meu saque. Tenho uma boa devolução, mas gosto bastante de sacar”, afirma.

Para Arthur Rabelo, seu técnico desde 2014, a impaciência em quadra diminuiu nos últimos anos. “Ele era um menino que jogava com poucas bolas, querendo fazer as coisas rapidamente. A gente tinha que mostrar para ele que não precisava ser assim, que em alguns momentos, e só nesses, poderia fazer algumas coisas mais agressivas”, explica.

Rabelo enxerga no atleta um perfil batalhador, cujo gosto pelo treino e pelo trabalho supera o usual para a idade. O treinador também concorda que o pupilo cresce quando está sob pressão.

“Ele rende melhor quando está com a água batendo no pescoço. Quando as coisas estão muito tranquilas, ele tende a amolecer, agir com mais displicência. Quando sente que as coisas são mais difíceis, que tem que se manter mais intenso, ele consegue fazer melhor”, diz.

Após o challenger do Rio, Wild descansará por uma semana antes de iniciar a pré-temporada. Em janeiro, ele disputará o Aberto da Austrália. A meta, segundo o técnico, é que o atual número 637 do ranking da ATP encerre 2018 entre os 250 melhores tenistas do mundo.

Thiago Wild treina em Santa Croce, na Itália, onde conquistou importante título juvenil
Thiago Wild treina em Santa Croce Sull’Arno, na Itália, onde conquistou importante título juvenil (Divulgação)
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Rafael Nadal responde com 16 Grand Slams a quem ainda o subestima https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/10/rafael-nadal-responde-com-16-grand-slams-a-quem-ainda-o-subestima/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/09/10/rafael-nadal-responde-com-16-grand-slams-a-quem-ainda-o-subestima/#respond Mon, 11 Sep 2017 01:06:42 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/nadal-180x87.jpeg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=799 O título do Aberto dos EUA conquistado neste domingo (10) é a mais nova resposta de Rafael Nadal aos seus persistentes críticos.

Após bater o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0, o tenista espanhol ergueu seu terceiro troféu em Nova York e o 16º de Grand Slam (são dez em Roland Garros, dois em Wimbledon e um na Austrália). Ele voltou a diminuir para três títulos a distância de Federer nesse quesito.

Esta temporada foi a sua melhor em majors desde 2013, quando também venceu em Paris e nos EUA. Com os quase 2.000 pontos (9.465 a 7.505) que abriu para o suíço no ranking, Nadal é muito favorito para terminar o ano na liderança.

O número um do mundo, que nas duas últimas temporadas sofreu com lesões, coroou uma recuperação espetacular com um jogo intenso e sólido no Slam americano. Dominou rivais potentes na quadra dura como muitos dizem que ele só é capaz de fazer no saibro.

Desde o segundo set da semifinal contra Juan Martín del Potro, Nadal pareceu ter ligado seu “beast mode”. É verdade que faltou o tão esperado duelo contra Federer, mas seria necessário um dia muito inspirado do novo vice-líder do ranking para interromper a jornada impetuosa do espanhol.

Disseram que ele só ganharia no saibro —foram dois títulos em Wimbledon. Disseram que ele quebraria cedo —é o melhor tenista do mundo aos 31 anos. Disseram que ele estava acabado após as lesões —venceu dois Slams neste ano e retomou a ponta do ranking.

Por algum motivo que eu custo a entender, os feitos do canhoto são subestimados por muitos espectadores do tênis.

Nadal trabalha calado, mas trabalha muito. Ao lado do tio, Toni, que faz sua última temporada com o pupilo, e de Carlos Moyá, ele melhorou o segundo saque e o backhand. Mas não só. O Nadal-2017 tem a energia e a garra dos seus melhores dias, além da habitual inteligência para ler o jogo.

Dessa forma, silenciou seus críticos mais uma vez. Dessa forma, poderá fazê-lo novamente.

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Aberto dos EUA começa sob expectativa de duelo inédito entre Federer e Nadal https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/28/aberto-dos-eua-comeca-sob-expectativa-de-duelo-inedito-entre-federer-e-nadal/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/28/aberto-dos-eua-comeca-sob-expectativa-de-duelo-inedito-entre-federer-e-nadal/#respond Mon, 28 Aug 2017 03:01:55 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/tenistas5-180x128.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=707 Roger Federer e Rafael Nadal já se enfrentaram 37 vezes, 12 delas em Grand Slams. O Aberto dos EUA, porém, nunca foi palco desse clássico do tênis.

Nos últimos anos, a lacuna jamais esteve tão perto de ser preenchida quanto nesta temporada. Suíço e espanhol entram como favoritos ao título do torneio, que começa nesta segunda (28), em Nova York.

Na semana passada, Nadal, 31, reassumiu após três anos a liderança do ranking. Federer, 36, no mínimo ultrapassará o britânico Andy Murray, segundo colocado, que desistiu da disputa por causa de dores no quadril e ampliou a lista de ausências.

Dos 11 melhores tenistas da atualidade, cinco estão fora do Aberto dos EUA por lesão, inclusive os finalistas do ano passado, Novak Djokovic e Stan Wawrinka.

A chave impede que Federer e Nadal se encontrem em uma eventual decisão, antecipando o possível duelo para a semi. Ainda assim, um confronto direto é o cenário mais aguardado para o último Grand Slam do ano, já que valeria a ponta do ranking para ambos.

Os dois veteranos, que sofreram com lesões no ano passado, voltaram em alto nível e dominaram o circuito nesta temporada.

O suíço venceu o Aberto da Austrália, Wimbledon e dois Masters 1.000. O espanhol foi vice em Melbourne, conquistou Roland Garros e dois Masters.

Do outro lado da chave, os favoritos são a revelação alemã Alexander Zverev, 20, terceiro melhor tenista do ano, e o croata Marin Cilic, 28, campeão do torneio em 2014.

OITO PARA UMA

A gravidez de Serena Williams abriu espaço para um equilíbrio raro entre as mulheres. Oito atletas têm chances matemáticas de sair dos EUA na liderança do ranking. A tcheca Karolina Pliskova, 25, atual número um, precisa chegar à final para ter chances de continuar no topo.

A romena Simona Halep, 25, que estreia contra Maria Sharapova, e a espanhola Garbiñe Muguruza, 23, em ótima fase após o título de Wimbledon, são as favoritas para desbancá-la. A ucraniana Elina Svitolina, 22, tenta surpreender.

Os cenários para as candidatas ao número 1

BRASILEIROS

Nas duplas, Marcelo Melo, campeão de Wimbledon, busca seu segundo título de Grand Slam em 2017 com o polonês Lukasz Kubot. Bruno Soares defende a conquista do ano passado ao lado do britânico Jamie Murray.

Bia Haddad, única brasileira em ação, vive o melhor ano de sua carreira e disputará seu terceiro Slam na temporada. Em Wimbledon, a tenista de 21 anos chegou à segunda rodada. Rogério Dutra Silva, Thomaz Bellucci e Thiago Monteiro também disputam a chave de simples.

TRANSMISSÃO

A programação da maioria dos dias começará às 12h (no horário de Brasília), com rodada noturna marcada para as 20h. ESPN, ESPN + e SporTV 3 transmitem.

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Seis motivos para não perder o Aberto dos EUA, último Grand Slam da temporada https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/25/seis-motivos-para-nao-perder-o-aberto-dos-eua-ultimo-grand-slam-da-temporada/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/25/seis-motivos-para-nao-perder-o-aberto-dos-eua-ultimo-grand-slam-da-temporada/#respond Fri, 25 Aug 2017 18:23:44 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/FEDAL-180x128.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=697 O Aberto dos EUA, que começa na segunda (28), é o último Grand Slam de 2017. Para matar as saudades depois do torneio em Nova York será preciso esperar até o Aberto da Austrália, em janeiro do ano que vem. Antes do jejum, porém, há uma bela torta de maçã (ou cheesecake, se preferir) à espera dos fãs de tênis (clique para ver as chaves masculina e feminina).

Liderança dos rankings em jogo, expectativa por um duelo inédito e boas chances de surpresa compõem o pacote. Veja seis motivos para ficar ligado nas duas semanas de competição.

Disputa no topo entre eles…

A matemática pode ser simples: se o campeão do torneio for Rafael Nadal, Roger Federer ou Andy Murray, ele sairá dos EUA na liderança do ranking. Outros cenários, como a queda precoce de um dos três, podem ser vistos abaixo, na explicação da ATP.

…e entre elas

Aqui os cálculos são mais complexos, já que oito atletas têm chances matemáticas de alcançar o topo do ranking. A tcheca Karolina Pliskova, atual número um, precisa chegar à final para ter chances de continuar como número um.

A romena Simona Halep e a espanhola Garbiñe Muguruza, em ótima fase após o título de Wimbledon, são as favoritas para desbancá-la. A ucraniana Elina Svitolina busca surpreender.

Os cenários para as candidatas ao número 1

Um possível Fedal inédito…

Dos 37 jogos entre Federer e Nadal, nenhum ocorreu no Aberto dos EUA, onde o suíço tem cinco títulos, e o espanhol, dois. O sorteio das chaves antecipou um possível confronto entre eles para as semifinais. Mesmo sem uma decisão dos sonhos, a expectativa pelo duelo é alta.

…e campeões também

Os últimos três Masters 1.000 foram vencidos por Alexander Zverev, duas vezes, e Grigor Dimitrov. Se o búlgaro já tem duas semifinais de Grand Slam na carreira, o alemão de 20 anos ainda busca passar das oitavas pela primeira vez. Eles devem correr por fora, assim como Dominic Thiem e Marin Cilic.

Entre as mulheres, vencer um Grand Slam seria inédito para Pliskova, Halep, Svitolina, Caroline Wozniacki e Johanna Konta, todas entre as sete melhores do mundo.

Alexander Zverev comemora título em Cincinnati (Minas Panagiotakis - 13.ago.2017/AFP)
Alexander Zverev comemora título em Cincinnati (Minas Panagiotakis – 13.ago.2017/AFP)

Brasileiros em ação

Nas duplas, Marcelo Melo busca seu segundo título de Slam na temporada com o polonês Lukasz Kubot. Bruno Soares tenta defender a conquista do ano passado ao lado do britânico Jamie Murray.

Após vencer na primeira rodada em Wimbledon, Bia Haddad jogará nos EUA seu terceiro Grand Slam. Rogério Dutra Silva, Thomaz Bellucci e Thiago Monteiro também disputam a chave de simples.

Bia Haddad em Wimbledon (Glyn Klirk/AFP)
Bia Haddad em Wimbledon (Glyn Klirk/AFP)

Horários (e transmissão) ajudam

A programação dos primeiros dias começará às 12h (no horário de Brasília), com rodada noturna marcada para as 20h. Quem tem a tarde ocupada poderá assistir aos jogos da noite e vice-versa. Assim como ocorreu em Wimbledon, há opções para o telespectador, já que ESPN, ESPN + e SporTV 3 transmitem.

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Desistência de Federer faz Nadal chegar ao número um de forma chocha https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/14/desistencia-de-federer-faz-nadal-chegar-ao-numero-um-de-forma-chocha/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/14/desistencia-de-federer-faz-nadal-chegar-ao-numero-um-de-forma-chocha/#respond Mon, 14 Aug 2017 21:05:53 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/TENNIS-ATP-SUI_50723425-180x165.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=692 Ao desistir da disputa do Masters de Cincinnati, Roger Federer jogou um balde de água fria nas expectativas para o torneio. Era para ser a semana em que ele e Rafael Nadal travariam uma batalha jogo a jogo pela liderança do ranking. Agora, já se sabe que o espanhol voltará ao número um do mundo na próxima segunda (21) —posição que ocupou pela última vez em julho de 2014.

Ambos fazem uma temporada espetacular após retornarem de lesão. Até agora, porém, houve mais momentos de brilho individual do que choques diretos.

O suíço e o espanhol estiveram frente a frente três vezes neste ano: nas finais do Aberto da Austrália e de Miami e nas oitavas em Indian Wells. Depois do último confronto, Nadal foi soberano no saibro e Federer, na grama.

Um duelo em Cincinnati com o lugar no topo em jogo era tudo o que os fãs de tênis mais desejavam. Resta torcer para que a lesão nas costas, motivo da desistência do suíço, não o atrapalhe na disputa do Aberto dos EUA, que começa em 28 de agosto.

Com Novak Djokovic e Stan Wawrinka fora da temporada e Andy Murray às voltas com problema no quadril, Federer e Nadal carregam praticamente sozinhos a popularidade do tênis masculino.

Em 13 anos de rivalidade, eles nunca se enfrentaram no Slam americano. Mesmo que a liderança não esteja em disputa direta —prognósticos ainda dependem do desempenho do espanhol nesta semana—, um eventual confronto inédito em Nova York apagaria a decepção causada pelo retorno chocho de Nadal ao número um.

QUERO SER GRANDE

Além da dupla Fedal, quem pode se orgulhar da temporada que faz é Alexander Zverev. Terceiro colocado da corrida e campeão de dois Masters com vitórias sobre Djokovic e Federer, o alemão mudou de patamar. Mais que representante da nova geração, hoje ele faz parte da elite. É um dos favoritos nesta semana, se o físico permitir, e ao Aberto dos EUA, se a pouca experiência não pesar.

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Número 1 do mundo, Karolina Pliskova nega pressão por não ter vencido Grand Slam https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/numero-1-do-mundo-karolina-pliskova-nega-pressao-por-nao-ter-vencido-grand-slam/ https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/numero-1-do-mundo-karolina-pliskova-nega-pressao-por-nao-ter-vencido-grand-slam/#respond Fri, 11 Aug 2017 05:00:30 +0000 https://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/PLISKOVA-180x124.jpg http://primeiroservico.blogfolha.uol.com.br/?p=676 Ao alcançar o posto de número um do mundo no último mês, Karolina Pliskova, 25, não recebeu apenas elogios. Por nunca ter vencido um Grand Slam, a atleta da República Tcheca fez um velho tema voltar à discussão no circuito feminino de tênis.

Desde a criação do ranking, em 1975, seis mulheres chegaram ao topo sem conquistar um dos quatro principais torneios. Duas delas, a belga Kim Clijsters e a francesa Amélie Mauresmo, o fizeram depois. Já a russa Dinara Safina se aposentou com essa lacuna no currículo.

Além de Pliskova, a sérvia Jelena Jankovic, 32, e a dinamarquesa Caroline Wozniacki, 27, ainda estão em ação. Apesar de almejar um troféu desse porte, a melhor tenista da atualidade nega, em entrevista à Folha, que se sinta pressionada pelo estigma.

“[Os comentários] não me incomodam. Tenho melhorado a cada ano. Nos últimos 12 meses, trabalhei muito, ganhei vários títulos importantes e fui muito bem em Grand Slams. Gostaria de adicionar um Slam aos meus feitos, mas não estou dando ênfase a isso”, diz a tenista, finalista do último Aberto dos EUA.

Questionada sobre o que esperava que ocorresse primeiro, a liderança ou um título de Slam, a tcheca traça um cenário que não conseguiu pôr em prática: “A melhor situação seria alcançar os dois ao mesmo tempo.”

A ascensão ao número um veio após Wimbledon. Mesmo com uma anticlimática queda na segunda rodada, ela desbancou das duas primeiras posições a alemã Angelique Kerber, que não defendeu a final do ano anterior, e Simona Halep, que ficou a uma vitória do topo, mas parou nas quartas de final.

Halep, que também nunca venceu um Slam, é a principal perseguidora de Pliskova. Até o Aberto dos EUA, que começa em 28 de agosto, a posição deve ser disputada palmo a palmo. Nesta semana, ambas estão nas quartas do torneio de Toronto.

EM FAMÍLIA

Dona de um saque potente e estilo agressivo, a jogadora de 1,86 m tornou-se a primeira representante da República Tcheca a liderar o ranking feminino. A bicampeã de Wimbledon Petra Kvitova, 27, já ocupou a segunda posição.

A antiga Tchecoslováquia também foi o local de nascimento de Ivan Lendl e Martina Navratilova, que competiu sob a bandeira americana na maior parte da carreira.

“O tênis sempre foi muito popular na República Tcheca. Tivemos várias lendas que inspiraram as gerações mais novas e e me inspiraram. Estou muito feliz por poder fazer parte da história e espero que a minha realização inspire ainda mais meninas a jogar”, diz Pliskova.

Das oito atletas do país que estão no top 100, uma conhece a líder como ninguém. Irmã dois minutos mais velha de Karolina, Kristyna Pliskova, 25, vive a melhor fase da carreira e está na 37ª posição do ranking.

Apesar de elas serem idênticas, basta ver as gêmeas em quadra ou ler suas fichas técnicas para notar algumas diferenças: a destra Karolina tem nove títulos na carreira, contra um da irmã, é 2 cm mais alta e mora em Monaco. Canhota, Kristyna vive em Praga.

Nos confrontos diretos, aí sim tudo igual: quatro vitórias para cada uma. A última partida entre as irmãs ocorreu em 2013, para alívio da família.

“Acho que nós duas estamos preocupadas com isso. Felizmente, faz tempo que não jogamos uma contra a outra, mas talvez por isso será mais difícil se acabarmos jogando. Teremos que dar nosso melhor e ver [o que acontece]. Deverá ser pior para nossos pais, eles provavelmente não estarão assistindo”, brinca a número um.

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